sábado, 29 de fevereiro de 2020

BLOGS SUJOS APLAUDEM JORNALISTAS QUE FORAM CARRASCOS DO PT





Por Altamir Pinheiro
Pasmem!!! Só esta semana o grande jornalista Reinaldo Azevedo (o melhor do país) já foi manchete  do Blog Sujo Brasil/247 quatro vezes... O QUE SERÁ QUE ESTÁ ACONTECENDO, HEIN?!?!?! Com certeza que Azevedo não mudou... Mudaram os adeptos/leitores do Blog Esgoto a Céu Aberto, foi?!?!?! QUE COISA, NÃO!!! Os lacaios de Lula precisam  se reeducarem  adequando-se aos novos padrões culturais e NÃO atentando contra a moral de alguém mesmo que esse tenha a conduta irrepreensível, como é o caso do nosso ministro Moro. O direito de fazer juízo de valor até do imaginário de alguém que não bate com as ideias deles haja vista o alarde que fizeram com a imagem do futuro presidente da República. UMA COISA É CERTA: Em seu tanque de guerra ou míssil, o Xerife de Maringá, detona canhões de pétalas de rosas para os brasileiros do bem e o rigor da lei para marginais da laia do Lula, Marcola,  Zé Dirceu, Beira-mar e os  asseclas chegados a um pixuleco tanto da Petrobras quanto à Odebrecht.
Ao vê-lo nessa foro abaixo, meus dois neurônios ligam logo suas antenas: O grande sonho da putada petralha não é só destruir essa muralha de pedra, tijolo e cal alicerçada de carne e osso chamada Sérgio Moro... Na verdade,  esses bandidos “incarnados” querem mais, pasmem!!!  DESTRUIR A LAVA JATO... Este é o sonho de consumo dessa patifes!!! Quando a Lava Jato começou, o paralelo com a Operação Mãos Limpas, na Itália, era evidente e reconhecido inclusive por Moro e pela força-tarefa, que previram a repetição, no Brasil, da ofensiva para impedir que o combate à corrupção prosperasse.
 O Congresso brasileiro, infelizmente, tem repetido o roteiro italiano, destruindo as Dez Medidas Contra a Corrupção, aprovando a lei de abuso de autoridade e minando o pacote anticrime de Moro. Mas será absolutamente indecente se, diferentemente do que ocorreu na Itália, o golpe mais duro em defesa da ladroagem – ainda que não seja essa a intenção – vier da mais alta corte do Judiciário brasileiro. QUER DIZER: não são os políticos pilantras que tentam  destruir a lava jato. Quem quer  acabar com o maior programa de combate a corrupção, pasmem, é o Supremo Tribunal Federal em conluio com Bolsonaro e Lula, STF esse, que é  comandado por um advogadozinho petralha que levou pau por duas vezes num concurso para juiz de direito. O país ficaria mais saudável se toda essa marginalidade petralha fosse incinerada, inclusive o petralha presidente do Supremo.
O general Santos Cruz foi muito feliz ao afirmar que,  “Moro é um ícone. Liderou uma virada contra a corrupção histórica no Brasil. Faz parte da história do Brasil. A Lava Jato, com Moro à frente, se tornou uma coisa que vai ficar para sempre. O ministro Moro veio ao governo com uma expectativa da sociedade. A sociedade o via como líder de um movimento contra a corrupção”. Na verdade, O "PT VÍRUS" , foi eliminado pela "Operação Lava Jato" sob o comando do Patriótico SERGIO MORO, que se tornou respeitado mundialmente, como símbolo/referência contra a corrupção.
Propondo-se uma comparação entre Moro e Lula, se 10% do povo brasileiro tivesse o caráter de Moro, hoje, poderíamos nos orgulhar de ser uma sociedade nos padrões da Finlândia, Suécia ou Dinamarca. Agora, já pensou se essa mesma porcentagem alcançasse  o patamar do  caráter e a honestidade do pau-de-arara Lula, hein,  com certeza que seríamos um Paraguai... REPETINDO: Se 10% dos homens deste país tivessem a ética e a moral do Moro, nós seríamos imbatíveis no mundo, dando exemplo de probidade, de humildade e de sabedoria. Esse a cada dia que passa fica maior, ganha mais respeito, notoriedade e relevância. Portanto,  Sérgio Moro não é bandido. Ele apenas prendeu bandidos da laia de um Lula...


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - EU VIVI PRA VER: O excelente jornalista Reinaldo Azevedo, o ótimo jornalista pernambucano Ricardo Noblat e a melhor jornalista de economia no país Míriam Leitão, hoje, desfilando, no Brasil inteiro nos blogs sujos do Oiapoque ao Chuí, da ponta do seixas na Paraíba até a serra da contamana no Acre, só dão eles!!! Esses três grandes jornalistas que honram a imprensa brasileira tornaram-se nas cerejas do bolo dos blogs sujos ou nos chamados esgotos a céu aberto da esquerdalha mentirosa, escrota e dantesca... EU VIVI PRA VER!!! QUEM DIRIA?!?!?! Antes, o ídolo da blogosfera do bando de bandidos barbudos, principalmente da região sudeste, era um picareta que tinha a alcunha de PAULO VENDIDO AMORIM. é isso aí... o mundo dá muitas voltas... o tempo é senhor da razão... quem diria?!?!?! eu vivi pra ver!!!



DEMOCRACIA SEM POVO



Guilherme Fiuza

A resistência democrática perdeu a paciência e resolveu falar grosso. Ela exige que o presidente da República feche o Congresso Nacional.

Para de embromar, Bolsonaro. Nós da resistência democrática não aguentamos mais. Já tivemos que engolir Reforma da Previdência, Lei da Liberdade Econômica... Liberdade, companheiro? Tá de sacanagem com a nossa cara? Que porcaria de fascismo é esse?

Quer reformar? Tudo bem. Mas mete um decreto! Manda os militares dizerem no grito que mudou a lei e fim de papo. Aí vocês vêm e discutem tudo democraticamente com o parlamento... Vocês acham que ninguém tá vendo? Vocês acham que um insulto desses vai passar batido pra nós, vigilantes incansáveis da patrulha democrática? Como fica a imagem do Brasil lá fora? Quem vai respeitar um autoritarismo que respeita as instituições – e ainda por cima permite que todo mundo fale o que bem entende?

A ONU, o Macron e as ONGs já estão de saco cheio de falar de girafa. Você quer que a gente viva de quê, Bolsonaro? Você acha que o nosso estoque de fake news é infinito? Pensa que notícia falsa cai do céu? Não é assim não, companheiro. Isso dá trabalho. Se coloca no lugar de uma Cassandra cansada de guerra que precisa dar dez piruetas intelectuais e mandar ver no rebolado jornalístico pra dizer que você está montando um ataque ao Congresso Nacional? Como a gente pode fazer o nosso trabalho em paz com um autoritarismo frouxo desses que nos obriga a falar tudo por ele?

Basta. Chega. Não dá mais. O escândalo eleitoral por si só já seria suficiente pra encerrar a nossa tolerância com esse governo. Qual era o certo pra uma candidatura fascista? Botar as milícias pra obrigar o povo a votar no candidato fascista, correto? Então olha o absurdo: deixaram a população votar por ela mesma! Pela própria consciência! Diante dessa falta de manipulação escandalosa a gente foi obrigado a inventar uma milícia de WhatsApp e anunciar que a eleição de 2018 foi o Golpe das Tias. Olha o papelão que esse fascismo inoperante nos obrigou a fazer logo de saída. Brincadeira.

Tudo bem, deixamos o governo tomar posse. Demos um voto de confiança ao fascismo – com fé de que ele não ficaria no marasmo e logo sairia arrebentando as minorias e todo mundo que não fosse branco hétero. Outro vexame: a violência caiu em todas as faixas da sociedade no primeiro ano de governo. Vocês têm ideia do tamanho desse trauma? Por acaso calculam quantos humanistas de butique tiveram que se sacrificar fazendo cara de paisagem, cerceados no seu trabalho de contar história triste e fermentar o inimigo imaginário? Chega de dourar a pílula: o nome disso é censura!

Mas o Bolsonaro não quis saber e continuou afrontando as leis – mantendo no cargo todos os ministros que a imprensa demitiu, o que configura flagrante crime de responsabilidade contra o direito à conspiração. Como disseram os maias, molons, moluscos e parasitas associados: quem vai parar esse fascista? Ou melhor: quem vai trocá-lo por um fascista de verdade fantasiado de democrata, materializando enfim o fetiche da resistência de boa aparência?

É grave a crise. Os progressistas de auditório estão reunidos neste momento numa junta supraparasitária para decidir quem vai de madrugada pichar umas suásticas no Congresso – de forma que os vassalos do Lula no STF possam dar uma liminar aos liberalóides proibindo manifestações populares. Eles garantem que assim a democracia no Brasil estará salva.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

QUEM FINANCIOU A CAMPANHA DIFAMATÓRIA A BOLSONARO, NO CARNAVAL 2020, QUEM?!?!?!



Por Altamir Pinheiro

Há quem diga que a cúpula da  putada petralha pelos bilhões que roubou de 2003 a 2016 com ajuda dos banqueiros do jogo do bicho, os conhecidos bicheiros do eixo Rio-São Paulo, estariam cedendo boa parte dessa grana suja  e ilícita ou co-patrocinando os violentos ataques contra o polêmico governo do Bunda Suja Bolsonaro em algumas importantes quadras carnavalescas onde desfilaram escolas de samba, nesse carnaval de 2020. Será que tem fundamento tal desconfiança? Pois SEM PIXULECO é que não foi a tal  exibição de um palhaço gigante com faixa presidencial, apontando uma arma e fazendo continência, como fez a Escola de Samba Acadêmicos de Vigário Geral, numa clara referência, e debochando sacanamente de um Presidente da República.

Em plena segunda-feira de carnaval o Portal BR7 divulgou que,  no sábado, dia do Galo da Madrugada, conhecido mundialmente como “o maior bloco de Carnaval do mundo”, o boneco de Bolsonaro foi recebido ao gritos e aplausos pelo público presente. No desfile pelas ladeiras do Sítio Histórico de Olinda (PE), cidade vizinha de Recife, o boneco gigante do presidente também foi ovacionado pela população. O bonecão, que desfilou ao lado de outros personagens, a exemplo de Moro,  e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi acompanhado por cerca de 30 policiais militares para resguardar a integridade física do carregador de boneco para que os vândalos(leia-se petralhas maconhados), não perturbassem o trabalho daqueles bonequeiros. Durante todo o período carnavalesco no estado de Pernambuco, o  bonecão do presidente da República  circulou por vários blocos entre Olinda e Recife quando fora vaiado por poucos e aplaudido por muitos. 

Pois bem!!! Neste carnaval de 2020 do Rio de janeiro, todas as escolas  que optaram por temas políticos com viés de críticas rabugentas  ao Bunda Suja Bolsonaro, lascaram-se!!! A começar pela São Clemente, que revelou como o trambique virou patrimônio nacional. A escola reviveu a origem da expressão O Conto do Vigário, título do samba-enredo que insinuava, levianamente, de fininho, fugindo um pouco da história original, que 57 milhões de eleitores erraram em votar no Bunda Suja, pois era melhor ter votado no poste Haddad. Resultado: nas apurações ficou no rabo da gata quando  amargou o décimo lugar. Por outro lado, a  tradicional Mangueira também arrombou-se!!! Trouxe para avenida o tema tendo como protagonista Jesus Cristo, mas na verdade, por baixo dos panos, estava agulhando ou dando  na goela de Bolsonaro, além do enredo  ter sido  de uma religiosidade escrota e dantesca, a escola fez uso da política partidária, aproveitando que o país vive um momento de extremismo “incarnado” em razão dos comunistas não aceitarem o resulta das urnas  na derrota eleitoral para um presidente conservador. Resultado: a Mangueira tomou no furico e só obteve um humilhante sexto lugar. 

O sociólogo Sérgio Alves de Oliveira levantou uma lebre do tamanho de um elefante ao se perguntar:  Valeria a pena investir no carnaval para conquistar a mente do povo brasileiro? Fazer e pagar toda a propaganda necessária para afastar qualquer resquício de rejeição cultural do povo brasileiro à ideologia de esquerda/socialismo/comunismo? Bem... bem... Vamos por parte como diria Jack, o esquartejador.   Se antes os “BICHEIROS” eram os únicos verdadeiros “patrões” das grandes escolas de samba, a partir de agora eles passariam a sofrer a “concorrência” de gente com muito mais dinheiro, e cujo vocabulário mais salientava “bilhões” e “trilhões”, em lugar dos simples “milhõezinhos” dos bicheiros “mixurucas”.

Claro que todo aquele brasileiro do bem não é tão otário assim para não perceber que, somente um investimento oriundo da ladroagem  de grande porte poderia explicar a enorme campanha, cara, difamatória e injuriosa, contra um governo manifestamente contrário à esquerda, ou seja, ao Governo Bolsonaro, neste  carnaval  tanto do   Rio quanto de São Paulo. Em toda essa grana suja  que rolou por baixo da ponte Rio-Niterói  para as escolas de samba esculhambarem com Bolsonaro, os esquerdalhas  se fizeram desapercebidos, deram uma de João-Sem-Braço, de Zé Mané, pois, nos sambódromos, arquibancadas ou camarotes   optaram ou preferiram, apreciar na passarela os acessórios mostrados pelas famosas, que se traduziam  nos  enfeites conhecidos como "Tapa-mamilo", "tapa-peito" ou  "tapa-teta". O adorno, com várias possibilidades de estilos, cobre apenas o mamilo e garante um visual à vontade. Entenderam ou quer que desenhe? Então lá vai!!!





CANDIDATO A PRESIDENTE DOS STEITIS, O DEMOCRATA BERNIE SANDERS, É O QUE PODEMOS CHAMAR DE VANGUARDA DO ATRASO...

ANTES

DEPOIS


Vilma Gryzinski:

Bernard Sanders tinha 18 anos quando Fidel Castro entrou em Havana, instalou-se no Hilton Hotel como representante das Forças Armadas Rebeldes da Presidência. E nunca mais deixou o poder.

Foi em 1959 e poucos habitantes do planeta Terra ainda podem ter alguma lembrança direta dos acontecimentos.

Sanders estava acabando o segundo grau, tinha dentões bem separados – não o teclado de piano de hoje – e ainda ia demorar alguns anos para adotar a cabeleira revolta e os óculos obrigatórios para o figurino de jovem agitador de esquerda naquela época.

Metaforicamente, ele não desvestiu o figurino revolucionário.

Aos 78 anos, com uma chance real de ser escolhido candidato pelo Partido Democrata para disputar a presidência com Donald Trump, ele continua o mesmo.

Isso adiciona um elemento de alta imprevisibilidade numa eleição que, na cabeça de tantos democratas, estava decidida: qualquer um, principalmente se se chamasse Joe Biden, venceria um presidente que odeiam, execram, abominam.

E, melhor ainda, aparece atrás em todas as pesquisas contra um democrata genérico.

Como a dinâmica eleitoral tem vida própria, sem falar na cabeça inescrutável dos eleitores, nada está saindo de acordo com os planos.

E o inesperado parece imaginado por um escritor surrealista.

Bernie Sanders bate o pé e insiste numa declaração que parece saída das entranhas do atraso da esquerda brasileira dos anos noventa.

“É simplesmente injusto dizer que foi tudo ruim”, disse ele sobre o regime cubano, responsável por ter propelido para a Flórida, desde aquele tempo em que Bernie era um colegial promissor, mais de 10% de sua população, muitos enfrentando riscos de balas ou tubarões.”

Fidel Castro “lançou um grande programa de alfabetização”, e “ensinar as pessoas a ler e a escrever não é uma coisa ruim”, disse ele numa entrevista a Anderson Cooper – que empata no antitrumpismo com Sanders, mas ainda consegue identificar uma bobagem quando vê uma.

Desde então, Sanders bateu o pé e repetiu várias versões da mesma falácia, inclusive nos debates.

Também poderia dizer que Stálin industrializou a União Soviética e Mao Tsé Tung conseguiu alimentar 600 milhões de chineses (mesmo que tivesse que matar uns 50 milhões até chegar lá).

O primitivismo do argumento é de doer. Dá até preguiça relembrar como regimes tirânicos de economia estatizada e partido único criam o inferno na terra para redistribuir pobrezas em nome da igualdade e outros objetivos nobres que o pessoal na fila do pão nem costuma se recordar mais quais são.

A paixão juvenil por Fidel Castro, um fenômeno latino-americano, mal subsistiu em bolsões acadêmicos nos Estados Unidos, ao contrário da disseminação universal entre os primos continentais pobres e eternamente atormentados pelo sentimento de inferioridade.

As bobagens de Bernie, um anódino senador independente com o aspecto folclórico de se dizer socialista democrático, são de dar risada – se ele não estivesse na corrida para a Casa Branca.

Claro que tem um batalhão de escavadores profissionais indo atrás delas. Um exemplo: em 2011, portanto já com vasto período para ser exposto às realidades da vida, adicionou um editorial do progressista Valley News, o jornal local, exaltando justamente os representantes do populismo esquerdista que já davam sobejas provas de campeões mundiais da corrupção.

“Nos dias atuais, o sonho americano está mais apto a ser realizado em países da América do Sul, em lugares como Equador, Venezuela e Argentina, onde a renda é mais igualitária do que na terra de Horatio Alber. Quem é a república de bananas agora?”.

Almas menos generosas poderiam devolver a pergunta diante do neoboliviariano que quer ser presidente dos Estados Unidos.

Quais suas chances?

Melhor falar em vantagens competitivas diante de um eleitorado que procura opções.

A maior delas: não é Donald Trump.

Outra: como Trump, fala exatamente o que pensa, sem os filtros de políticos experientes, embora atualmente parecendo gagá, como Joe Biden, ou o nível quase robótico de respostas prontas de Pete Buttigieg.

Poder falar besteira, mas é besteira dele, não empacotada por infinitos assessores.

Aliás, quando chama os assessores, a coisa piora. Por exemplo, desafiado a dizer como vai pagar tantas reformas prometidas, pediu ajuda aos universitários. Valham-nos São Adam Smith.

É só imposto em cima de imposto para bancar os 30 trilhões de dólares do sistema universal de saúde, mais outros 5,4 trilhões de anistia aos empréstimos universitários, mais o Green New Deal (Terror Verde, ironizam os críticos) e por aí vai.

Qualquer diretório universitário brasileiro conseguiria, se se esforçasse, fazer melhor.

São apenas cinco dias até a Super Terça, quando a balança pode pender definitivamente em favor de Sanders nas primárias.

Na segunda pior das hipóteses, uma candidatura Sanders afundaria junto o Partido Democrata, tirando-lhe a maioria de que desfruta na Câmara, sua maior arma, embora empunhada sem sabedoria, como na tentativa já antecipadamente fracassada de conseguir a condenação de Trump no processo de impeachment.

Na menos pior, do ponto de vista dos democratas, Sanders venceria e faria um governo caótico. Se Donald Trump não consegue nem construir um muro, imaginem um presidente que queira implantar, no gogó, uma mudança de regime nos Estados Unidos.

Presidentes americanos podem muito menos do que parece. Excetuado-se a política externa, a função deles é propor leis ao Congresso. Existe, claro, o uso da caneta, principalmente em determinadas questões administrativas.

A outra alternativa é a reeleição de Trump. E por 40 milhões de votos a mais (uma projeção louca, mas divertida de ser debatida, baseada na diferença de 18 milhões de votos que Richard Nixon teve em 1972, quando esmigalhou a versão da época de Sanders, o senador Eugene McGovern).

Os americanos escolheriam, assim, entre mais quatro anos de Trump e um presidente que tem um fraco por Fidel Castro. Quem é a República de Bananas agora? - As imagens e manchete não fazem parte do texto original. -

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O QUE FIZERAM DOS PRÉDIOS DE CINEMAS COM SUAS ARQUITETURAS MONUMENTAIS E FACHADAS EXUBERANTES?!?!?

CINE TEATRO GUARANY DA CIDADE DE TRIUNFO ESTADO DE PERNAMBUCO



Por Altamir Pinheiro


Quando as luzes se apagaram em milhares de cinemas por  esse “interiozão”  afora  no Brasil,   não era só um cineminha qualquer indo embora,  ali se consignava ou estava junto e misturado em uma crise maior, a do cinema de rua. Agoniado   pela concorrência dos shopping centers ou prédios sendo vendidos para  construção de  condomínios  nas metrópoles  ou sendo alugados pelos templos evangélicos no interior,  entre tantos motivos havia um que era de fundamental importância: SEGURANÇA. Haja vista que nas capitais com sua promessa de garantia e comodidade, e da  grandiosidade impressa no número de salas e luxuosas  poltronas, os enormes prédios  de exibição com porta para a calçada das ruas e avenidas  dos grandes centros viviam um momento difícil. “O cinema de rua tornou-se  um negócio em extinção”, afirmou Ricardo Difini, presidente da Federação Nacional Das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec).

Segundo dados do começo do ano de 2020 da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), 92% dos municípios não possuem cinemas, outro dado afirma  que em 400 cidades do Brasil  entre  50 a 100 mil habitantes também não possuem salas de projeções cinematográficas comercialmente falando. Tudo isso concentra cerca de 30 milhões de pessoas. A título de comparação seria o equivalente à população do Chile e Portugal juntas (18 e 10 milhões de habitantes respectivamente), superando a população da Austrália (25 milhões de habitantes). O mercado brasileiro conta presentemente (ano de 2020),  com 3.500 salas (centralizadas nas metrópoles), o que representa um número de 60 mil  habitantes por sala de exibição. O  índice brasileiro é inferior ao dos Estados Unidos, França, Austrália, Espanha, Alemanha, Portugal, México, Rússia, China, Japão, Argentina, Colômbia e Chile. Por exemplo, para alcançar o índice francês seriam necessárias 20 mil novas salas. Para igualar ao índice mexicano seria necessário a construção de 10 mil salas, ao passo que para equiparar o índice argentino seriam necessárias 2 mil inaugurações de novas salas.

Prendendo-se exclusivamente à capital de Pernambuco, Recife, relatamos aqui o que nos informam os historiadores do cinema pernambucano, André Santa Rosa, Mikhaela Araújo e Samantha Oliveira, quando nos dizem que a cidade do Recife sempre foi polo cultural e abriga diversas formas de expressão de arte. Não obstante, a arte do cinema ganhou espaço em meados de 1920, quando produções regionais caíram no gosto do público. Com o passar do tempo, o número de cinemas foi aumentando e chegou a aproximadamente 55 unidades. Quem não se lembra da “loucura” do público que assistiu aos filmes Spaghetti western, Faroeste espaguete ou  Faroeste Macarrônico estrelados pelos ídolos Franco Nero (Django) e Giuliano Gemma (Ringo) no final da  década de 1970. Tubarão (1975),   Apocalypse Now (1979) e as famosas pornochanchadas, entre elas, o fenômeno de público    A Dama do Lotação em cinemas como o Moderno ou Veneza da capital. Todas essas películas ora citadas e mais outras também foram sucesso de público nos cinemas Glória, Veneza, Eldorado e no Cine Theatro Jardim da cidade de Garanhuns(PE).

Passa-se o tempo e com a mudança de hábitos da classe média e da sociedade em geral, que se distanciaram do centro, além do advento da televisão, os cinemas do centro do Recife começaram a entrar em decadência. A qualidade da programação foi caindo, e a pornochanchada invadiu as telas. Esses cinemas começaram a ser esvaziados no mesmo período em que a vida pública na cidade começou a mudar. Além disso, os cinemas eram controlados por empresas, que em certo momento, decidiram vendê-los, fenômeno que aconteceu com muita velocidade. Depois desse boom de vendas e fechamentos de cinemas, sobraram apenas três: o São Luiz, o Veneza e o Moderno, todos localizados no centro. Um dos únicos que ainda sobrevivem é o famoso e tradicional Cinema São Luiz. Quanto à cidade de Garanhuns, só resta mesmo o Cine Eldorado.

Debruçando-me somente sobre uma área territorial onde este escriba se esconde há bastante tempo, não tem como não sentir saudades de doces lembranças que hoje transformo em matéria-prima para um novo acalanto ou conforto ao me lembrar de monumentais prédios feitos de tijolo, pedra e cal como aquele de nome pomposo que era  o Cine Real da cidade de Cacimbinhas(AL), como também o do cinema Rio Branco da cidade de Arcoverde(PE), Cine Theatro Jardim de Garanhuns, Cine Brasília de Bom Conselho,  Cine Teatro Guarany da cidade de Triunfo(PE) - Que é uma elegância e perfume francês no ar -, Cine Teatro Apollo de Palmares(PE) – o mais antigo do interior de Pernambuco - , Cine Palácio da cidade de Palmeira dos Índios(AL), Cines Moderno, Trianon, Veneza e São Luiz de Recife. Portanto, casas tradicionais como essas que se alimentavam  da arte cinematográfica embalaram meus sonhos e de minha geração inteira por esse Pernambuco, Nordeste e Brasil afora.

Dos antigos cinemas   interioranos  sobraram apenas detalhes soltos e traços vagos, resquícios  de um aglomerado de pessoas em que assistir às fitas de faroeste ou de Sansão, Hércules e Maciste era ao mesmo tempo um entretenimento e por que não dizer, um cerimonioso ritual...  A história desses lugares hoje se esconde embaixo de novas fachadas ou por trás de portas que não se abrem mais. É uma pena que essas portas não mais se escancarem para as disputadas matinês de outrora que nos faz viajar no tempo  e se alimentar  dessa saudosa relembrança,  costumeiramente aos domingos. Mas, tudo isso vem um certo conformismo com essa tal teoria da evolução que sofrem suas devidas alterações pela ação do tempo que é implacável.  Fazer o quê?!?!?! E por falar em matinês aos domingos,  vem a nossa memória a canção bem aprimorada  do  poeta:  Eu me lembro com saudade  das Jovens tardes de domingo, Tantas alegrias, Velhos tempos, Belos dias...

CINE RIO BRANCO - ARCOVERDE (PE)

CINE TRIANON - RECIFE (PE) 


CINE TEATRO APOLLO - PALMARES (PE)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

DE ONDE SURGIU O HOMEM DA ARMINHA?!?!?!



Por Gustavo Bertoche - Dr. em Filosofia 

Desculpem os amigos, mas não é de um "machismo", de uma "homofobia" ou de um "racismo" do brasileiro. Os eleitores do Bolsonaro, candidato do PSL, não são fascistas, machistas, racistas, homofóbicos nem defendem a tortura. Aliás, o próprio Bolsonaro não é nada disso, e nós sabemos disso. A maioria dos seu eleitores nem mesmo é bolsonarista.

O Bolsonaro surgiu daqui mesmo, do campo das esquerdas. Surgiu da nossa incapacidade de fazer a necessária autocrítica. Surgiu da recusa em conversar com o outro lado. Surgiu da insistência na ação estratégica em detrimento da ação comunicativa, o que nos levou a demonizar, sem tentar compreender, os que pensam e sentem de modo diferente. 

É, inclusive, o que estamos fazendo agora. O meu Facebook e o meu WhatsApp estão cheios de ataques aos "fascistas", àqueles que têm "mãos cheias de sangue", que são "machistas", "homofóbicos", "racistas". Só que o eleitor do Bolsonaro não é nada disso nem se identifica com essas pechas. As mulheres votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Os negros votaram mais no Bolsonaro do que no Haddad. Uma quantidade enorme de gays votou no Bolsonaro. 

Amigos, estamos errando o alvo. O problema não é o eleitor do Bolsonaro. Somos nós, do grande campo das esquerdas.

O eleitor não votou no Bolsonaro PORQUE ele disse coisas detestáveis. Ele votou no Bolsonaro APESAR disso.

O voto no Bolsonaro, não nos iludamos, não foi o voto na direita: foi o voto anti-esquerda, foi o voto anti-sistema, foi o voto anti-corrupção. Na cabeça de muita gente (aqui e nos EUA, nas últimas eleições), o sistema, a corrupção e a esquerda estão ligados. O voto deles aqui foi o mesmo voto que elegeu o Trump lá. E os pecados da esquerda de lá são os pecados da esquerda daqui.

O Bolsonaro teve os votos que teve porque nós evitamos, a todo custo, olhar para os nossos erros e mudar a forma de fazer política. Ficamos presos a nomes intocáveis, mesmo quando demonstraram sua falibilidade. Adotamos o método mais podre de conquistar maioria no congresso e nas assembleias legislativas, por termos preferido o poder à virtude. Corrompemos a mídia com anúncios de empresas estatais até o ponto em que elas passaram a depender do Estado. E expulsamos, ou levamos ao ostracismo, todas as vozes críticas dentro da esquerda.

O que fizemos com o Cristóvão Buarque?

O que fizemos com o Gabeira?

O que fizemos com a Marina?

O que fizemos com o Hélio Bicudo?

O que fizemos com tantos outros maiores ou menores do que eles?

Os que não concordavam com a nossa vaca sagrada, os que criticavam os métodos das cúpulas partidárias, foram calados ou tiveram que abandonar a esquerda para continuar tendo voz.

Enquanto isso, enganávamo-nos com os sucessos eleitorais, e nos tornamos um movimento da elite política. Perdemos a capacidade de nos comunicar com o povo, com as classes médias, com o cidadão que trabalha 10h por dia, e passamos a nos iludir com a crença na ideia de que toda mobilização popular deve ser estruturada de cima para baixo.

A própria decisão de lançar o Lula e o Haddad como candidatos mostra que não aprendemos nada com nossos erros - ou, o que é pior, que nem percebemos que estamos errando, e colocamos a culpa nos outros. Onde estão as convenções partidárias dos anos 80? Onde estão as correntes e tendências lançando contra-pré-candidatos? Onde estão os debates internos? Quando foi que o partido passou a ter um dono? 

Em suma: as esquerdas envelheceram, enriqueceram e se esqueceram de suas origens. 

O que nos restou foi a criação de slogans que repetimos e repetimos até que passamos a acreditar neles. Só que esses slogans não pegam no povo, porque não correspondem ao que o povo vivencia. Não adianta chamar o eleitor do Bolsonaro de racista, quando esse eleitor é negro e decidiu que não vota nunca mais no PT. Não adianta falar que mulher não vota no Bolsonaro para a mulher que decidiu não votar no PT de jeito nenhum.

Não, amigos, o Brasil não tem 55% de machistas, homofóbicos e racistas. Nós chamarmos os eleitores do Bolsonaro disso tudo não vai resolver nada, porque o xingamento não vai pegar. O eleitor do cara não é nada disso. Ele só não quer mais que o país seja governado por um partido que tem um dono.

E não, não está havendo uma disputa entre barbárie e civilização. O bárbaro não disputa eleições. (Ah, o Hitler disputou etc. Você já leu o Mein Kampf? Eu já. Está tudo lá, já em 1925. Desculpe, amigo, mas piadas e frases imbecis NÃO SÃO o Mein Kampf. Onde está a sua capacidade hermenêutica?). 

Está havendo uma onda Bolsonaro, mas poderia ser uma onda de qualquer outro candidato anti-PT. Eu suspeito que o Bolsonaro só surfa nessa onda sozinho porque é o mais antipetista de todos.

E a culpa dessa onda ter surgido é nossa, exclusivamente nossa. Não somente é nossa, como continuará sendo até que consigamos fazer uma verdadeira autocrítica e trazer de volta para nosso campo (e para os nossos partidos) uma prática verdadeiramente democrática, que é algo que perdemos há mais de vinte anos. Falamos tanto na defesa da democracia, mas não praticamos a democracia em nossa própria casa. Será que nós esquecemos o seu significado e transformamos também a democracia em um mero slogan político, em que o que é nosso é automaticamente democrático e o que é do outro é automaticamente fascista?

É hora de utilizar menos as vísceras e mais o cérebro, amigos. E slogans falam à bile, não à razão.

QUEM SÃO AS FORÇAS POLÍTICAS QUE TORCEM PARA O BRASIL DAR ERRADO



J.R.GUZZO

Há, na política brasileira de hoje, duas forças com interesses diferentes e um objetivo comum trabalhando contra o governo. A primeira é a oposição direta – o PT, seus partidos-satélites da esquerda e os “movimentos sociais”. A segunda é a extensa coleção de pessoas, grupos e organizações que sob várias denominações, e com apoios que vão da universidade à CNBB, das “classes cultas” à maior parte da mídia, se opõe ao presidente Jair Bolsonaro com o mesmo empenho e quase o mesmo palavreado da esquerda.

Seus interesses se chocam porque ambos querem ir para o poder, e não há lugar para todos. Seu objetivo comum é fazer o Brasil dar muito errado nos próximos três anos – pois se der razoavelmente certo, não mais do que isso, nenhum dos dois tem qualquer futuro.

As duas forças dizem que não é assim, claro. No seu discurso, garantem que são apenas contra o governo, não contra o país, e que torcem para tudo melhorar. Mas é só conversa. Sabem perfeitamente que só poderão ir para o governo nas eleições presidenciais de 2022 se houver um desastre na economia e em tudo o mais que importa de verdade para a população.

É esse o grande problema de quem, por qualquer razão que seja, se coloca como inimigo do governo de Bolsonaro. Os oposicionistas não têm um programa de ação, ou propostas concretas do que pretendem fazer se chegarem lá em cima, ou ideias coerentes para apresentar ao eleitorado. Tudo o que têm é o intenso desejo de derrubar os atuais ocupantes do Palácio do Planalto – nas próximas eleições, ou de preferência antes disso, através de um impeachment do presidente.

Mas para acontecer qualquer das duas coisas é indispensável que nada dê certo – no crescimento, no emprego, nos investimentos, no combate ao crime, na infraestrutura, nas contas públicas, nas reformas indispensáveis à salvação do país e por aí afora. O problema, no caso, é que o bloco todo que se opõe ao governo não tem, realmente, o controle sobre essas variáveis; não depende dele se o Brasil vai melhorar ou piorar nos próximos anos. Podem tentar atrapalhar ao máximo, e vão fazer isso. Mas sua ação, em si, não é capaz de garantir o fracasso do qual tanto precisam.

Entre as duas forças que lutam para derrubar o governo Bolsonaro existem, é óbvio, os que não são nada – querem apenas levar vantagens para si e passam o tempo todo armando esquemas para tirar proveito das necessidades que o governo tem, junto ao Congresso e ao mundo político, para executar os seus programas. Sempre que não são atendidos, jogam o jogo da oposição. Sempre que são atendidos, voltam no dia seguinte querendo mais.

No geral, trabalham contra o país – mas assim como acontece com o conjunto dos adversários do governo, não têm força para conseguir, por si mesmos, que a taxa de juros volte a subir, a inflação vá aos 20% ou que o desemprego dispare outra vez. Atrasam tudo, claro – mas não podem construir sozinhos uma recessão à la Dilma. Não podem, também, impedir que estradas sejam asfaltadas, que a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa tenham os maiores lucros em décadas ou que o agronegócio continue quebrando os seus próprios recordes.

Ninguém precisa dizer que o governo tem problemas sérios pela gente. Mas os da oposição talvez sejam piores.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

UM FURO QUE NINGUÉM QUER DAR: HADDAD USOU MIL VEZES MAIS MENSAGENS EM MASSA DO QUE BOLSONARO



As últimas semanas foram marcadas por reviravoltas na CPMI das Fake News. Os políticos e jornalistas que antes acusavam Bolsonaro de ter fraudado as eleições agora se escondem e contam com a ajuda da maior parte da imprensa para abafar as declarações das testemunhas. 

Foram duas sequências de revelações. A primeira com Hans River, ex-funcionário da Yacows, empresa de marketing digital que fez disparos de mensagem em massa. A segunda com Lindolfo Alves, sócio proprietário da empresa. Ele não só confirmou algumas declarações de River, como deu detalhes.


Segundo Lindolfo, a campanha de Bolsonaro chegou a contratar um pacote de 20 mil disparos pelo valor de R$ 1.680, mas utilizou apenas 900 disparos. Já Haddad investiu R$ 80 mil, o que daria para quase 1 milhão de disparos, ou seja, aproximadamente mil vezes mais mensagens do que Bolsonaro usou.

Infelizmente, como a maior parte da imprensa joga contra Bolsonaro, a notícia do G1 tentou equiparar as ações, dizendo no título que “Bolsonaro, Haddad e Meirelles usaram serviço de mensagens em massa”, como se as ações estivem no mesmo patamar.

Quando não podem deixar de dar a notícia, sempre dão um jeito de sonegar ou mascarar as informações mais importantes.


ATENTAI BEM PARA O MAL TREMENDO QUE O PT FEZ À NAÇÃO NOS SEUS 13 ANOS DE DESGOVERNO COM O TAL DO “NÓS CONTRA ELES”...



domingo, 23 de fevereiro de 2020

HOMENS VIRIS E MULHERES SUBMISSAS FAZEM O UNIVERSO MACHISTA DOS FILMES FAROESTE




Por Altamir Pinheiro

Enxergando  por um  certo ângulo, de certo ponto de vista ou  até mesmo por um olhar retrospectivo, todos hão de convir que, o western sempre foi uma categoria cinematográfica pródiga em construir uma ficção na qual homens viris e mulheres submissas são lugares-comuns em películas desta modalidade que é conhecida como filmes de bangue bangue, caubói  ou faroeste. Agora, não se há de negar ou ressaltar  a importância positiva no que diz respeito a representação feminina nesse papel de coadjuvante. O ator Randolph Scott sempre achou ou costumava afirmar que em um enredo típico de western, ““É a mulher que faz o herói agir do jeito que ele age. Ela é o centro de tudo. Em si mesma, claro, ela não tem a mínima importância”, observava ele. Sempre pragmático e honesto, o ótimo diretor Anthony Mann foi autor de um depoimento franco. “Uma mulher precisa sempre ser incluída no roteiro, senão o western não funciona como gênero.” Poucos diretores se comportam desta maneira, basta ver os faroestes do italiano  Sergio Leone, quando a atriz Claudia Cardinale interpreta único papel feminino em sua   esplendorosa obra. 

O jornalista e professor do curso de cinema da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE) que é doutor em Comunicação Social, Rodrigo Carreiro,  nos faz enveredar por um caminho  auspicioso e bastante oportuno  quando nos retrata e relata ao retornar no passado e traça uma cronologia sucinta da presença feminina no western. Essa retrospectiva pode começar, aliás, no lendário filme de John Ford,  No Tempo das Diligências(1939), quando o diretor mapeou e definiu a maioria dos personagens clássicos que o gênero explorou nas décadas seguintes: o herói altruísta e valente, o médico beberrão, o  cínico vendedor de uísque, o militar engomadinho, a dama altiva (e incapaz de dizer um “não” a qualquer ordem proferida por alguém do sexo oposto), a prostituta envergonhada de não ser igual à dama, e assim por diante. 

Nos anos seguintes, o western construiu seus próprios mitos  e a figura feminina foi mantida, de modo geral, como uma participante passiva dos enredos. Em outras passagens, ainda temos como algumas exceções  A trama de Johnny Guitar (1954); antes,   o filme  Pimenta (Calamity Jane), dirigido em 1953 por David Palmer. Mas esse filme, como diz o professor Carreiro,  foi  concebido como veículo de merchandising para faturar em cima da fama da cantora Doris Day (que interpretou o papel-título); tivemos também o sangrento spaghetti western, Os Violentos Vão Para o Inferno de Sergio Corbucci (1968); e Quando os homens são Homens (1971), que traz Julie Christie como uma prostituta que ensina um apaixonado Warren Beatty a gerenciar um prostíbulo; nos anos 90 a representação feminina no gênero ganhou contornos com  Os Imperdoáveis(1992) do excepcional  Clint Eastwood (foi diretor e protagonista), no qual um grupo de prostitutas enfurecidas com o ataque que desfigura uma delas oferece uma recompensa ao pistoleiro que matar o agressor. Recentemente apareceu na galeria do gênero, a projeção Dívida de Honra que é de 2015.    Todos esses filmes   acima citados foram alguns poucos western que,  efetivamente,   remaram contra a maré. 

Ícone de beleza, com belos olhos verdes e cabelo ruivo, a irlandesa Maureen O’ Hara é considerada a mais atuante ou destacada  mulher em filmes faroestes.   Foi elogiada por cineastas como John Ford, com quem fez cinco filmes. Apelidada no meio cinematográfico de “A rainha do Technicolor”, Maureen foi a protagonista de um dos beijos mais antológicos da história do cinema, no filme “Depois do Vendaval”, de 1952, numa cena em que tenta escapar de um casebre e é puxada de volta para dentro e, em seguida, para os braços e os lábios de John Wayne. Ficou conhecida por interpretar heroínas fortes e apaixonantes com notável sensibilidade. Trabalhou  5 vezes com o diretor John Ford em filmes faroestes e 7 com John Wayne, seu amigo de longa data. O’Hara trouxe um temperamento forte, uma língua afiada e sua obstinação para seus papéis. Apesar de suas atuações memoráveis, ela nunca foi indicada para um Oscar. Em 2014, no entanto, ela recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra e mostrou que ainda mantinha o seu temperamento forte aos 94 anos, ao protestar quando seu discurso de aceitação foi cortado e ser conduzida para fora do palco em sua cadeira de rodas. Maureen O’ Hara morreu um ano depois de receber o prêmio aos 95 anos de idade. 

A psicanalista britânica Laura Mulvey é uma das teóricas sobre cinema mais importantes em relação a como as mulheres são representadas na tela. Mulvey juntou cinema e psicanálise para explicar porque os personagens femininos servem ao bel-prazer do olhar masculino, em primeiro e, às vezes, único lugar. A psicanálise é usada para desmascarar como a sociedade dominada por homens estrutura o cinema. Não é para menos. O cinema é uma indústria feita por homens, para homens e sobre homens. E vai mais além a psicanalista quando afirma com todas as letras que, o cinema da modalidade faroeste não é apenas feito por homens, mas sim por homens heterossexuais. A psicanalista britânica inspira-se em filmes de faroeste para rever alguns aspectos, pois nas histórias de faroeste, geralmente, utilizam alguns pontos dos contos clássicos, como o herói invulnerável e o casamento como final feliz. O casamento é tido como um assunto tipicamente feminino. Elas é que querem encontrar o príncipe encantado, machão, viril  e casar. 

Poucos filmes conseguem ilustrar o imaginário tradicional de virilidade como os famosos faroestes. Os personagens principais são homens. Neste território sem leis, os desejos dos homens não têm limites e as desavenças são acertadas na base da munheca, da bala e do puro machismo. Porém, em se tratando da mulher na cinematografia mundial, o texto será encerrado dando-se uma guinada de 180 graus   ao comentar sobre alguns  vestidos que simbolizaram uma época do cinema hollywoodiano,  a começar pelos figurinos  de Marilyn Monroe em O Pecado Mora ao Lado(1955), o vestido cor de marfim ficou famoso naquela cena do metrô; já o arrebatador vestido preto usado por Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo(1963) era  sem mangas muito elegante e incrivelmente básico. Feito em cetim, era complementado com o uso de acessórios como o colar de pérolas, e longas luvas também em cetim; logo em seguida vem o conhecido  vestido usado por Vivien Leigh em E o Vento Levou (1939).  Ele, segundo os estilistas,  é um modelo que  foi feito em tecido leve cristal e seda de cor verde que trazia estampas florais e chiffon. Essas são apenas algumas amostras  dos mais famosos e lindos vestidos da história do cinema americano que essas atrizes modelos desfilaram nos palcos e telonas nos salões  de cinemas desse mundão de meu Deus.