quarta-feira, 30 de junho de 2021

ELEITOR DE CAPOEIRAS CORRE O RISCO DE SE VENDER POR 30 MOEDAS



Por Altamir Pinheiro


Há um ensinamento  bíblico  que diz o seguinte: “JUDAS SE VENDEU POR 30 MOEDAS”.  Nos dias atuais as pessoas se vendem por bem menos, principalmente cabos eleitorais e eleitores descompromissados com o bem do seu município.  Essa frase pode se  encaixar muito bem  em boa parte do eleitorado de Capoeiras que deve ser engabelado para  vender seu voto à candidata que não tem a menor chance de vencer as eleições. Só ganhar será  pela força do dinheiro financiado por empresários de fora!!! Pois bem. Reza à bíblia que,  Judas Iscariotes negociou com as autoridades do Templo. Fechou um preço com os inimigos de Jesus, aquele grupo seleto de anciãos, sumo-sacerdotes e mestres da Lei que estavam no controle do Templo e lideravam o povo de Deus. O serviço era entregar Jesus e, sacanamente Judas ajustou o preço   para o serviço da famosa traição bíblica: 30 moedas de prata...


Há pessoas que se vendem fácil, que negociam sua dignidade de cidadão por migalhas, isso acontece com o  eleitor totalmente descompromissado com a sua cidadania, pois  vende o seu voto esquecendo por completo o valor que sua dignidade representa perante tal sociedade à qual pertence. Há rumores que o arrumadinho que a candidata LARANJA  juntamente com sua tropa de choque fizeram com um baita empresário de São Bento do Una, foi meramente por dinheiro. O RICAÇO VAI ABASTECER OS FICHAS-SUJAS COM  DINDIN... Prepare-se eleitor de Capoeiras!!! Pois a grande  certeza entre os moradores é que, depois da eleição, esse tal empresário e seus cabos eleitorais  somem, tomam doril!!! Ninguém mais vê-los na comunidade, junto com os cabos eleitorais não dão mais as caras. São como Papai Noel, que só aparece no Natal. A gente tem uma cidadania no Brasil focada no voto. Os candidatos compram o voto do cidadão e acham que já pagaram. Não se sentem obrigados a voltar.  Se elegem e tchau!!! 


No passado, o voto de cabresto em nossa região  estava relacionado ao domínio direto, uma força de superioridade direta dos antigos proprietários de fazendas com os seus subordinados. Com o voto aberto, eleitores eram obrigados a votar em quem o grande coroné quisesse, sujeitos à violência ou fiscalização de jagunços. Pelo que está se vendo nos dias de hoje, os fichas-sujas fizeram um pacto com quem tem dinheiro e, quem sabe, ou tudo indica e está caminhando pra isso, que,   a compra de voto  será uma moeda de troca, haja vista que deve rolar muito grana nessa campanha, pois, de duas, uma: DINHEIRO NÃO SERÁ PROBLEMA PARA OS FICHAS-SUJAS!!!  É bom que se diga, que não são apenas os pobres que veem o voto com descaso e enxergam o período eleitoral como oportunidade de ganhar um trocado. Os cabos eleitorais  também estão interessados no assunto  e  preocupado com seus próprios interesses. Só que,  nesses casos as negociações acontecem de outra forma. Ou seja, por baixo dos panos... Messo assim,  aqui,  fica dado o recado: COMPRAR VOTO AINDA É CRIME!!!


terça-feira, 29 de junho de 2021

MULHER QUE FOI CHAMADA DE CHUPA ROLA REGISTRA BOLETIM DE OCORRÊNCIA CONTRA O PRESIDENTE DO PL DE CAPOEIRAS



TEXTO ESCRITO PELO JORNALISTA DE RECIFE, EDMAR LYRA


Luiz Henrique Souza, conhecido como Rico, é filho de Celina Miranda, pré-candidata a prefeitura de Capoeiras pelas eleições suplementares, que ocorrerá em outubro próximo, devido o indeferimento da candidatura do ex-prefeito Dudu, pai de Rico. O mesmo, que é também presidente do PL no município, protagonizou um episódio que causou grande revolta aos capoeirenses na última semana.


O fato envolveu uma ex-funcionária da família Souza, a Sra. Gilmara Rocha, que trabalhou como doméstica para a família por alguns anos. A mesma foi surpreendida por uma ligação de Rico, que proferia palavras de baixo calão e ofensas machistas, em tom de ameaça, motivado pelo fato de a ex-funcionária expor sua opinião política contrária à pré-candidata, através de áudios de whatsapp.


Contudo, Gilmara afirma que nunca faltou com respeito a sua ex-patroa, apenas emitia sua opinião política, expondo os motivos pelos quais deixou de acompanhar o partido de Rico e hoje apoia o pré-candidato Nêgo do Mercado.


A agressão foi gravada por Gilmara, que foi até a delegacia e prestou queixa do ocorrido. Dentre as palavras proferidas por Rico, o mesmo deseja que a ex-funcionária seja levada pelo câncer.


Gilmara foi acometida de um câncer de mama recentemente. O episódio causou grande repercussão no pequeno município de Capoeiras, onde todos se conhecem, mobilizando uma rede de apoio à Gilmara nas redes sociais e em repúdio às atitudes do filho de Celina.


Mesmo após toda a repercussão, Rico fez um vídeo no qual reafirmou os insultos ditos à ex-funcionária, pedindo desculpas apenas àqueles que ouviram o áudio. Aliados do partido saíram em defesa de Rico, incluindo o ex-prefeito Dudu, que afirmou que teria as mesmas atitudes de Rico.

@@@ - A manchete e imagem não fazem parte do texto original. 


OUÇA O ÁUDIO NA ÍNTEGRA: 

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domingo, 27 de junho de 2021

ATENÇÃO!!! VAI HAVER DERRAME DE DINHEIRO NA ELEIÇÃO DE CAPOEIRAS

 


Por Altamir Pinheiro

Com a incorporação do megaempresário de São Bento do Una na campanha eleitoral  dos fichas-sujas de Capoeiras, a sociedade local deve ficar vigilante, pois vai haver derrame de dinheiro a três por quatro para compra de  votos dos eleitores vendáveis com um único objetivo de tentar, a todo custo,  eleger  uma candidata LARANJA na base da marra e da grana a fole. Diga-se de passagem ou  administrativamente falando,  candidata laranja que não sabe onde tem as ventas, pois,  se eleita,  quem vai governar serão os “GOELA LARGA” todos eles muito conhecidos e bastante manjados na cidade. E MAIS:  Quem vai pagar à fatura da grana derramada na campanha pelo empresário ricão de São Bento do Una?!?!?! Pra variar, claro quer será a nossa conhecida viúva!!!


O eleitor consciente, zeloso e precavido que defende uma eleição limpa e transparente tem de ser vigilante e denunciar ao Ministério Público Eleitoral as falcatruas que virão nesta campanha que nem bem começou, mas já vislumbra-se  que dinheiro não vai ser  empecilho  para os fichas-sujas voltarem ao governo municipal, quando foram varridos do mapa por graves malfeitos quando desgovernaram o município. No quesito compra de votos, todos devem se ligar que,  na distribuição de dinheiro (que é o que se presume que vai acontecer)  com o objetivo de obter o voto do eleitor, dar cadeia!!!  Uma vez que, basta a mera promessa, ainda que o bem ou vantagem não seja efetivamente entregue ou recebido pelo eleitor que se constitui em crime eleitoral. 


Caso alguém perceba que os fichas-sujas entraram em campo com a dinheirama   para comprar o povo pobre da periferia, corra para o Ministério Público, mesmo que faça à declaração anonimamente, e denuncie tamanha sem-vergonhice!!! Para quem não sabe, quem compra voto pode ter uma pena: reclusão de até quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. O crime pode resultar também no cancelamento do registro da candidatura, na cassação do diploma ou até na perda do mandato (artigo 41-a da Lei 9.504/97). Vamos ficar todos de sentinela, de vigia, de butuca feito  guarda de quarteirão. Se pegos, eles respondem pelo crime tanto o aliciador quanto o eleitor, ainda que o aliciador não seja o próprio candidato, mas seu cabo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que todos os envolvidos respondem, inclusive o candidato beneficiado. Vamos juntos montar um flagrante para desbaratar os FICHAS-SUJAS e levá-los, algemados,  à barra do tribunal!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2021

ALGUMAS ELEITORAS DE CAPOEIRAS SÃO XINGADAS DE PUTAS CHUPONAS






Por Altamir Pinheiro


A turma do PL anda  destilando o conhecido  veneno do desespero (assombrada com uma  derrota eleitoral que está batendo à porta), pois esse pessoal  está atirando pra tudo quanto é lado, as balas perdidas que vêm carregadas de  pornografias sexuais impublicáveis são piores que BALA  DUNDUM, pois no campo moral, esses projéteis  têm uma ponta oca da depravação e se deformam ou estilhaçam ao  atingirem o ego e o corpo das senhoras capoeirenses,   aumentando o diâmetro da lesão  quando elas são  atingidas  e provocando um grande estrago  ao deixar uma ferida na alma da mulher.  Sinceramente, a coisa foi longe demais, pois já passou da hora desses enraivecidos fazerem uso dos cachetes de Rivotril,  Lexotan e Gardenal... 


É inaceitável ou inadmissível  numa sociedade como a de Capoeiras que é amante da paz e da concórdia,  conviver no dia a dia  com pessoas que usam  um linguajar depravado,  devasso e libidinoso como esse. E porque não dizer,  um falatório  chulo, tacanho  e rasteiro com palavras de baixo calão. EIS OS QUE ELES ESTÃO FALANDO AO VIVO E EM CORES: (...) olha, rapariga!!!  no C... só o que entra é rola!!! E MAIS:  Meu anjo é meu pau... e Danam-se  à  tagarelar  imoralidades e libertinagem   por aí afora!!! Quem não vota ou quem se rebela democraticamente contra a patota dos fichas-sujas, recebe essa amostra grátis com recalques de machismo e valentia insuportáveis para uma convivência  de maneira pacífica e harmoniosa. Ou seja, um modo de vida onde todos se aceitem da melhor maneira possível no sentido de  relacionar-se bem ou dentro dos moldes civilizatórios que apregoam os bons costumes.


Em campanhas políticas,  há uma máxima  eleitoral que garante que CABOS ELEITORAIS  que “batem” nos adversários ou nos eleitores  acabam perdendo votos.  Quem tenta à força ou na marra, como também através do machismo e valentia decidir a campanha no emocional ou intimidação, quebra à cara!!!  Pois, geralmente, quem sai vitorioso é quem envereda  pelo caminho correto  da racionalidade. A campanha que se resvala nos ataques pessoais, principalmente na sexualidade das pessoas,  quase sempre afunda. Até porque, quem erra a dose perde feio!!! Com essa pancadaria eleitoral e totalmente imoral dos adversários de NEGO DO MERCADO, em que   eles, sequer,  NÃO conseguem segurar na boca a baba do ódio, só tem um caminho: FRACASSO!!!  Grande parte do eleitorado de Capoeiras já percebeu que, a campanha do PL é sem critério e sem qualquer ética. Eles estão precisando enxergar erros e consertar rumos, urgentemente. Senão,  senão, a   vaca vai pro brejo!!! Se é que já não foi... 

terça-feira, 22 de junho de 2021

BOB DYLAN, O “CAIPIRA” QUE PIROU O MUNDO

 


Altamir Pinheiro


Bob Dylan, neto de imigrantes judeus,  nasceu com o nome  de Robert Allen Zimmerman.  Este ano  o simples e sincero  cantor Country ou caipira, como queiram, chegou aos 80 anos de idade. De um modo geral, Dylan sempre viveu em clima de guerra com seu público. Certa vez, questionado pelo seus radicais e  exigentes fãs por usar melodias de outras canções, Dylan debochou: E daí?  Todos os músicos populares copiam algo de alguém.  Aliás, em que pese Roberto Carlos sempre ter sido muito religioso (costume herdado de sua mãe, Lady Laura), há quem diga que o Rei  da Jovem Guarda copiou Bob Dylan em suas sucessivas músicas de caráter religioso. Até porque Dylan sendo judeu, converteu-se ao cristianismo  (escandalizando  seus adeptos e admiradores) e, em apenas  3 anos gravou seis LP’s  de músicas gospel ou cânticos religiosos que tiveram  uma admirável aceitação para quem  professa esse gênero de adoração a Cristo.

 

Incluindo aqui,  o cantor brasileiro o já oitentão Roberto Carlos Braga,  sua eminência norte-americana Bob Dylan, como já foi dito,  também se chama ROBERTO ou mais precisamente Robert Allen Zimmerman, que se tornou  um oitentão em 24 de maio passado. Assim como a vasta obra do nosso rei Roberto Carlos,  o acervo musical  incrustado no dylanismo é tão abrangente quanto o rastro da  influência  sobre gerações de músicos e poetas.  Como diz o crítico de música Fernando Naira, o trovador dos trovadores autor de BLOWIN’ IN THE WIND(Soprando ao Vento) – a música preferida do político Eduardo Suplicy, a obra imortal de 1963, música essa, tão famosa quanto à Like a Rollins Stone. Como constata o crítico musical, Bob Dylan é um dos artistas mais completo e versátil do mundo, pois é pintor dos bons,  escritor que ganhou o Nobel de Literatura,  em 2016 e, é considerado um excelente músico em razão de ser um exímio tocador de piano, um dos melhores guitarristas e o maior tocador de gaita do mundo. 


Muito antes de Bob Dylan vencer o prêmio Nobel de Literatura, por suas letras e livros, o mega artista foi responsável por influenciar inúmeros outros compositores com seu estilo simples e sincero. Diga-se de passagem, os próprios BEATLES devem muito das suas inspirações a Dylan;  por causa dele, as músicas puderam ser mais livres, mais poéticas e metafóricas.  Falando da nossa aldeia, quando  se ouve ou se  lê Bob Dylan,  no meio ou anexo à  razoabilidade ou à  devida prudência e comparação nos deparamos com ou dentre os vários bons letristas do cancioneiro brasileiro como as letras de Noel Rosa, Cartola, algumas de Vinícius de Moraes, Chico Buarque e  Caetano Veloso. Aliás,  dois cantores  e compositores brasileiros que também  seguiram e copiaram o estilo e  muitas coisas úteis  de  Bob Dylan foram Belchior e Raul Seixas. Verdade seja dita, as interpretações musicais de Raul têm muito a ver com Elvis Presley e Bob Dylan!!!


Um dos maiores marcos na carreira de Dylan e na história  da  balada ou criação musical com uma letra precisa e harmoniosa foi a música LIKE A ROLLING STONE (Como uma  Pedra Rolando), lançada em 1965 que tem uma duração de quase 7 minutos de gravação. A canção tocou milhões de pessoas e foi chamada de a melhor música do século XX pelas revistas especializadas  norte-americanas. Dylan, não discorda completamente, para ele, é a melhor  canção da sua carreira.  É bom que fique bem claro que, a composição Like a Rolling Stone  não faz nenhuma alusão ou referência à banda de Rock inglesa The  Rolling Stones composta pelo quarteto que tem como  vocalista Mick Jagger (77 anos), o baterista Charlie  Watts (80 anos) e os guitarristas  Keth Richards (77 anos) e Ronnie Wood (74 anos).


Mas, afinal de contas,  o que é que fez essa canção ser tão  sarcástica e como ela foi composta? Bem, a história da composição de Like a Rolling Stone é que no começo da carreira, Bob Dylan tinha feito suas canções num estilo mais FOLK e repleta de protesto(música PEOPLE, povão). Acontece que no meio de uma turnê ele começou a “vomitar” palavras e anotá-las em um caderninho, daí virou um texto longo e honesto com dez páginas de versos, sem nome ou ordem para se tornarem uma música. Mas os versos HOW DOES IT FEEL (Qual é a sensação?) se destacavam pra ele,  especialmente acompanhados com o piano. Assim o artista foi transformando essas palavras em canção,  aí é que surgiu Like a Rolling Stone. Ao  longo da música Bob Dylan conta a história da  pedante e glamourosa miss Lonely,  uma senhorita que era bastante solitária, mas andava por uma linha perigosa e logo depois chega ao fim da vida pobre, sem rumo e perdida e sem ninguém,  lutando por uma próxima e simples refeição...


No ano passado, aos 79 anos de idade, o velho caipira Dylan bateu mais um recorde, pois figurou nos rankings de álbuns mais vendidos globalmente!!! O  cantor e compositor Bob Dylan lançou  o disco ROUGH AND ROWDY WAYS (Caminhos Ásperos e Barulhentos), que é considerado o marco da imortalidade do artista. De acordo com o jornalista e  crítico de músicas Lucca Magro,  “Essa   produção já  estreou em uma posição alta nos rankings mundiais, o que além de colocar o artista em alta novamente, prova que sua influência sob a indústria ainda está intacta, mesmo com o astro lançando discos desde 1960”. Entre álbuns de estúdio e álbuns ao vivo Bob Dylan gravou cerca de 60. juntos  desses, há nove deles que  são discos    pertencentes à lista dos 500 melhores álbuns de sempre da exigente  Revista Rolling Stone, no concorrido mercado americano.  


Este é um marco inédito na indústria musical, tendo em visto a carreira extensa do artista, que está atuando desde os anos 60, e mesmo assim figura na parada musical. Além de ser um sucesso nos Estados Unidos, Dylan também foi um fenômeno na Europa. O cantor conseguiu estrear em primeiro lugar nas paradas britânicas pela nona vez com a nova produção, e ficou lado a lado com artistas poderosos como os suecos do ABBA e o Queen. Além disso, por Bob ter 79 anos e conseguir o feito, ele superou Paul Simon, que até então tinha sido o cantor mais velho a figurar o topo da lista na Inglaterra.


Toda essa enorme quantidade de álbuns lançados por ele  ganharam dezenas e dezenas de discos de ouro e platina e 12 Grammy. Recebeu centenas de outras homenagens e prêmios, inclusive um Oscar por sua canção “Things Have Changed” (2000). Bill Clinton e Barack Obama entregaram reconhecimentos importantes como a Medalha Presidencial da Liberdade. E foi o primeiro artista da história a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura (2016). A propósito, ele tem uma grande relação de amor com o Brasil, pois já  esteve aqui, por   cinco vezes  (1990, 1991, 1998, 2008 e 2012) e se apresentou em 19 shows inesquecíveis em cinco cidades: Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Essa relação de grande afeto com o país foi retratada na The Brazil Series, quando foi pintado 40  tela em acrílico e uma delas é a pintura de Dylan que se impressionou muito com as favelas do Rio de Janeiro, quando esteve lá por várias vezes.


No ano de 2019, a  Netflix lançou um  filme/documentário    dirigido pelo famoso cineasta  Martin Scorsese que detalha a histórica turnê de Bob Dylan na década de 70. Trata-se do  filme  ROLLING THUNDER REVUE (Em tradução grosseira: O Trovão Rolante), o documentário  só reforça a aura mítica e os mistérios em torno de Bob Dylan. Martin Scorsese mostra a turnê (real) que o compositor de Blowin’ in the Wind realizou entre 1975 e 1976 com sua banda  por pequenas cidades dos Estados Unidos e do Canadá em viagem de ônibus. Apesar de conhecido por sua maciça produção cinematográfica, que inclui clássicos como Taxi Driver, Touro Indomável, Os Infiltrados, Gangues de Nova York e O Aviador, Scorsese produz documentários sobre música e rock com alguma frequência, desde The Last Waltz sobre o show de despedida da The Band, em 1975, passando por Rolling Stones  e do ex-Beatles  George Harrison. 


Finalmente, Dylan e os BEATLES se conheceram em 28 de agosto de 1964 na suíte da banda de Liverpool no hotel Delmonico, na Park Avenue. Bob presenteou seus ilustres anfitriões enrolando alguns cigarros de maconha. Foi a primeira vez que os britânicos experimentaram a erva... E, por fim, Bob Dylan na sua  adolescência  começou à  carreira como COVER  de Elvis Presley (que era 6 anos mais velho que Dylan). A influência de Elvis Presley no trabalho de Dylan é inegável, e em entrevista ao Goldmine, o cantor falou como se sente sobre o Rei do Rock: “Ouvi-lo pela primeira vez foi como sair da prisão”.: Elvis Presley inspirou (e continua a inspirar) diversos artistas ao redor do mundo - e Bob Dylan está na lista de admiradores do Rei do Rock. Inclusive, ele provou o quanto é fã de Elvis quando beijou o chão no qual o músico pisou. 


A seguir, curtam dois vídeos da música LIKE A ROLLING STONE (Como uma  Pedra Rolando), em um, a interpretação é do próprio autor, o outro é cantado em público pela banda de rock inglesa The Rolling Stones:


https://www.youtube.com/watch?v=a6Kv0vF41Bc


https://www.youtube.com/watch?v=Z_JF0N-m0-k



domingo, 20 de junho de 2021

SÉRGIO MORO É CANDIDATO A PRESIDENTE DA REPÚBLICA

 




Nos últimos tempos, Sergio Moro desapareceu das redes sociais, diminuiu o número de palestras e praticamente não deu aulas em faculdades. Bombardeado ferozmente pelos dois lados que hoje polarizam a disputa pelo poder no país, bolsonaristas e petistas, Moro vive uma experiência nova, bem distante do Brasil. Ele trocou Curitiba por uma cidade do estado de Maryland, a 40 quilômetros de Washington, capital dos Estados Unidos. A mudança foi justificada por questões profissionais — ele trabalha para uma empresa americana de consultoria, a Alvarez & Marsal, que gosta e valoriza o seu novo contratado. Mas o ex-juiz, ao contrário do que ele pode e se permite admitir publicamente, ainda alimenta um projeto político: MORO NÃO DESCARTOU 100% SUA CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 2022. A quinze meses das eleições, isso não quer dizer que ele vá disputar o pleito. Significa que ele considera essa possibilidade, o que é um fato novo, capaz de movimentar um cenário aparentemente preestabelecido.


Não é de agora que um grupo de empresários, parlamentares e admiradores da Lava-Jato tenta convencer Moro a ingressar na política. O ex-ministro nunca admitiu sequer a hipótese, sempre justificando que não tem perfil nem disposição para mergulhar numa aventura eleitoral. Nos últimos meses, porém, a negativa contundente foi aos poucos sendo deixada de lado. Reservadamente, Moro tem discutido com um grupo restrito de apoiadores a possibilidade de disputar as eleições do ano que vem. Em uma reunião recente com dirigentes do Podemos, partido de centro-direita que tem nove senadores e dez deputados federais no Congresso, o ex-juiz foi indagado diretamente sobre o assunto. Diferentemente de outras ocasiões, ele não repeliu a ideia. Ao contrário: pediu um tempo para avaliá-la e se comprometeu a dar uma resposta em outubro. “ENTRE AQUELES QUE NÃO QUEREM NEM LULA NEM BOLSONARO A PRIMEIRA OPÇÃO É SERGIO MORO. Ele é o antipetismo, ele é a Lava-Jato, ele é a bandeira de muitos que se desapontaram com o atual governo”, diz a deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos.


A sinalização do ex-juiz foi dada depois de pelo menos seis reuniões — virtuais e presenciais — com parlamentares e dirigentes do chamado “conselho político” do Podemos. Foi recebida com tanto entusiasmo que, logo depois, o cientista político Luiz Felipe d’Avila, ex-coordenador do plano de governo de Geraldo Alckmin nas eleições de 2018, foi convidado a apresentar um conjunto de propostas que pode servir como base da plataforma eleitoral do ex-ministro, que inclui reformas estruturais, instituição de programas educacionais e de renda básica e a adoção de UM AMBIENTE DE SEGURANÇA JURÍDICA PARA EMPRESÁRIOS. Além disso, pesquisas qualitativas foram encomendadas para colher subsídios a fim de moldar o perfil do candidato e torná-lo capaz de atrair eleitores de diversos matizes que buscam uma terceira via. Os primeiros resultados dessas sondagens foram alvissareiros, segundo um dirigente do Podemos. Boa parte dos entrevistados defende que o escolhido deve ser alguém mais próximo ao centro no espectro ideológico, é obrigatório ter a ficha limpa e firmar o compromisso de não fazer as alianças políticas tradicionais — bandeiras idênticas às que levaram Bolsonaro ao poder em 2018. “O grande desafio do candidato do centro é conseguir um discurso que seja capaz de sensibilizar o eleitor. A rejeição gigantesca a Lula e Bolsonaro mostra que há uma avenida promissora”, ressalta d’Avila, que já apresentou as mesmas propostas a outros presidenciáveis.


O congestionado caminho em busca de uma terceira via tem dado mostras da dificuldade de encontrar um candidato que agregue essas qualidades e que, num curto espaço de tempo, seja capaz de conquistar o eleitor que rejeita tanto o lulismo quanto o bolsonarismo. Nos últimos dias, o presidente do Novo, João Amoêdo, e o apresentador de TV Luciano Huck, que já tentaram ocupar esse espaço, desistiram de concorrer. O PSDB anunciou que haverá uma disputa interna entre quatro tucanos — os governadores João Doria e Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito Arthur Virgílio. Percebendo esse vácuo, O EX-JUIZ ORIENTOU AUXILIARES A DESMENTIREM NOTÍCIAS QUE O COLOCAM FORA DA CORRIDA PRESIDENCIAL, AUTORIZOU APOIADORES A TESTAREM A ACEITAÇÃO DE SEU NOME COMO PRÉ-CANDIDATO E DEU AVAL À PRODUÇÃO DE PEÇAS PUBLICITÁRIAS QUE O APONTAM COMO UMA ALTERNATIVA À POLARIZAÇÃO. A primeira das peças de pré-campanha, a que VEJA teve acesso, apresenta o ex-juiz posicionado diante de duas portas, devidamente identificadas com os nomes de seus prováveis adversários. É uma proposta simples e objetiva, mas viabilizá-la depende de muitas variáveis.


“A possibilidade de existir uma terceira via está diretamente relacionada à popularidade do presidente Bolsonaro. Se o governo for mal é mais fácil uma terceira via se acomodar”, diz o fundador do Instituto Ideia Big Data, Mauricio Moura. Com Lula e Bolsonaro despontando como francos favoritos a um segundo turno, um terceiro competidor como Moro só teria chances, avalia Moura, se ele alcançasse pelo menos 25% dos votos já no primeiro turno. Nas condições atuais, uma eventual candidatura do ex-magistrado não seria capaz de cabalar nem metade desses votos. O ex-juiz aparece com 7% da preferência do eleitorado, de acordo com a mais recente pesquisa XP/Ipespe, atrás de Lula, com 32%, e de Bolsonaro, com 28%. Em um cenário de segundo turno, porém, empata com o presidente, com 32% cada um, e fica 8 pontos atrás do petista. “Estamos vivendo um cenário de campanha permanente. O Bolsonaro e o PT fazem campanha todo dia. Os candidatos de terceira via estão em compasso de espera. O problema do Moro é que ele não tem grupo político e boa parte da base eleitoral dele está capturada pelo presidente Bolsonaro”, avalia o analista-chefe da XP Política, Richard Back.


Mas também há defecções. Um grupo de militares que ajudou a eleger o ex-capitão em 2018 já se movimenta na direção de apoiar um candidato com viés mais centrista e que possa fazer frente a Lula e Bolsonaro, aglutinando o perfil do eleitor que não quer o petista na Presidência e está arrependido de ter votado no ex-capitão. O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, é o principal expoente desse movimento. Ele integra com Moro, Amoêdo e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta um grupo de troca de mensagens que quase diariamente discute a viabilidade de uma terceira via. “Nessa polarização, o Brasil fica no dilema entre o precipício e o abismo. Temos um ex-presidente que já teve sua oportunidade e não tem sentido ele voltar. E temos um presidente atual que já demonstrou que está mais preocupado com o soldo do que com a administração ou pacificação do país”, disse Santos Cruz a VEJA.


Para o general, o ex-juiz pode ser o candidato da terceira via, mas antes disso questões importantes precisam ser superadas. “MORO É A PESSOA QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA DO BRASIL E DO MUNDO NO COMBATE À CORRUPÇÃO NUM PAÍS EM QUE A CORRUPÇÃO É UM CÂNCER. Não é o momento de personificar agora quem deve ser o candidato. O importante é que a pessoa que for represente um novo projeto, um ponto de equilíbrio”, afirmou Santos Cruz. Os sinais nessa direção, por enquanto, não são muito harmoniosos. Na quarta-­feira 16, dirigentes e integrantes de sete partidos se reuniram em Brasília para discutir a viabilidade de uma candidatura presidencial da chamada terceira via. O encontro era para ser uma demonstração de união entre as diversas legendas na busca de uma alternativa à polarização. “Todos os partidos estão falando a mesma língua: os extremos agravam a crise brasileira. O compromisso de uma candidatura única começa. O compromisso é de caminhada, não de fim”, disse o ex-ministro Mandetta, idealizador do encontro e ele próprio um dos políticos que buscam se viabilizar como candidato de centro.


A proposta de unificar múltiplas legendas na mesma direção, porém, não está funcionando. Há interesses menores que inviabilizam o consenso. Entre integrantes do PSDB, por exemplo, existe uma pressão de parlamentares que buscarão a reeleição em 2022 para que o caixa do partido não seja direcionado a presidenciáveis que, como o governador de São Paulo, João Doria, ocupem a rabeira das pesquisas eleitorais. Outros partidos que não consideram ter nomes que possam assumir a liderança na terceira via também resistem a injetar recursos em uma aventura presidencial de centro e defendem drenar o caixa de campanha para as disputas regionais.


O racha entre as siglas também ficou evidenciado nas ausências da reunião. Os presidentes do MDB, PSL e PSD, três dos maiores partidos do Congresso, nem sequer compareceram ao encontro. “A eleição ainda não está no radar das pessoas. Se houver o consenso em torno de um único nome, esse nome vai começar a crescer naturalmente no início do próximo ano”, avalia Luiz Felipe d’Avila. É essa a expectativa de quem defende o nome de Sergio Moro e a grande aposta do Podemos. Procurado, o ex-ministro informou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar. Pelo visto, novidade mesmo só em outubro.

Matéria  publicada na Revista  VEJA deste final de semana, edição nº 2743 – O título e a imagem não fazem parte do texto original.

sábado, 19 de junho de 2021

ALEGRIA, ALEGRIA DE WILSON SIMONAL

 



Por Altamir Pinheiro


No começo  dos anos 1960 e meados da década de 1970, Wilson Simonal foi um gigante, como foi Elis Regina entre as mulheres. Seus maiores sucessos foram “País Tropical“, “Sá Marina“, “Nem Vem que Não Tem“, “Mamãe Passou Açúcar em Mim” e “Tributo a Martin Luther King“. Morreu relativamente jovem com apenas 62 anos em junho do ano 2000 no Hospital Albert Einstein. o "rei do suingue", foi vítima de falência múltipla dos órgãos em decorrência de doença hepática(cirrose).  O velório, restrito a familiares e convidados, foi um reflexo do isolamento que Wilson Simonal viveu nas últimas décadas de 80 e 90. O intérprete de "Meu Limão, Meu Limoeiro"  dizia ter sofrido boicote da mídia e dos artistas esquerdinhas. Como se sabe, a esquerda não anistia nem perdoa. Se preciso, mata outra vez... 


Em sua carreira, Simonal gravou 36 discos. O último, "Brasil", foi lançado em 94. Ele Chegou aonde nenhum outro negro de sua época havia chegado. Estava ali, pau a pau com Pelé, de quem ficou amigo e com quem conviveu durante os meses que antecederam a Copa do Mundo de 1970.  Ele foi o maior cantor de seu tempo. Rivalizava com Roberto Carlos em número de discos vendidos e de fãs. influenciado uma geração de cantores e compositores, entre os quais Jorge Ben, que Simonal elevara a um novo patamar com o sucesso de “País Tropical”, e Caetano Veloso, que transformara um bordão frequentemente repetido por Simonal em título de uma de suas canções mais famosas: “Alegria, Alegria“.


Em um episódio bastante obscuro, Simonal foi acusado de dedurar o próprio contador e contribuir para sua prisão ilegal — e, portanto, para os maus tratos a que foi submetido no cárcere —, Simonal já era tachado de alienado, ou adesista, ou conivente com o regime, pelo simples fato de continuar fazendo sua pilantragem num momento de polarização política que obrigava os artistas a também protestar. Os boatos de que outros artistas tidos como subversivos teriam sido denunciados à polícia por Simonal contribuíram para tornar sua carreira errática e lançá-lo ao ostracismo.


Na verdade, Simonal teve om  final muito triste para quem conheceu a fama em sua plenitude. Vítima dos comunistas que fizeram calúnia contra ele. Aliás, o que  era bem comum na época. A  esquerda é cruel e maligna, acabou com a vida do cara, e na época não tinha internet para ele mostrar a verdade. Resultado: infelizmente foi abafado e esquecido. Foi execrado e ostracizado pela própria classe artística dita "progressista" da época, perseguido pela polícia do pensamento do eixo máfia do DENDÊ/LEBLON. 


Essa turma está aí, juntos são os mesmos que hoje continuam  ostracizando e perseguindo com a ditadura do politicamente correto e do pensamento único, os hipócritas não mudaram nada. Acabaram com a carreira de um dos mais carismáticos e talentosos artistas do Brasil, um monstro dos palcos, entrava e dominava a plateia com maestria ímpar. Simonal, apesar de financeiramente equilibrado, morreu precocemente angustiado, amargurado, desgostoso. Por excesso de bebida alcoólica encantou-se precocemente e a causa mortis foi cirrose.


Além dos artistas, os  que militam no campo  progressista, como também muitos jornalistas ainda hoje escrevem    acusando  Wilson Simonal de “informante” do Dops. Porém, como protesta  o melhor jornalista do país,  na atualidade, Reinaldo Azevedo, quando teima em  indagar:   como é que um repórter e uma edição podem tascar em alguém a pecha de “informante”, de dedo-duro, sem dizer, afinal de contas, quem foi que ele dedurou?  E DIZ MAIS: As fontes ligadas à ditadura nunca serviram de referência para desabonar esquerdistas, mas servem quando se trata de demonizar um artista tido como “direitista”? Quem Simonal dedurou? Eu quero saber. Ele era informante do meio musical? O QUE FOI QUE SIMONAL DENUNCIOU? – alguma metáfora revolucionária de Chico Buarque?; – alguma ousadia comportamental de Caetano Veloso?; – alguma marchinha secreta e cafona de Geraldo Vandré?


A propósito, segundo o jornal Folha de São Paulo escreveu no dia de sua morte (25 de junho de 2000), Geraldo Vandré, hoje com 85 anos de idade,  que na década de 60 estava ideologicamente no lado oposto ao de Simonal, visitou o cantor e ficou com ele por um bom tempo, conversando   no leito da cama em que ele estava enfermo. Outra coisa: Assistam ao filme Wilson Simonal – NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI. Agora, ele faz ainda mais sentido do que antes. Tivesse Simonal pertencido à VAR-Palmares ou ao MR-8, assaltado bancos, feito sequestro e matado alguns, sua família estaria agora recebendo pensão e indenização. Se tivesse sobrevivido, seria ministro de Estado. E tocar no seu passado seria de extremo mau gosto. Repetindo: A ESQUERDA NÃO ANISTIA NEM PERDOA. SE PRECISO, MATA OUTRA VEZ... 


sexta-feira, 18 de junho de 2021

ELE É ELA e ELA É ELE...




Por Altamir Pinheiro

Em Capoeiras, disparadamente, o candidato favorito  a prefeito nessas eleições suplementares é Nego do Mercado, assim rezam às pesquisas tanto na zona rural quanto à urbana. Tem tudo pra ser um passeio que Nego vai dar na candidata laranja de Dudu. Aliás, corre nas redes sociais um vídeo bastante interessante onde se lê:  ELE É ELA e ELA É ELE. Essa  frase deixou os previsíveis  perdedores em polvorosa ou falta de controle emocional,   pois PEGARAM AR e tão esculhambando até com  a mulher do padre e a mãe de calor de figo, inclusive,  agredindo as senhoras da sociedade local  com palavras de baixo calão. Diga-se de passagem, um palavreado chulo,  impublicável... O desespero é tamanho da turma da boquinha (goela larga) que estão furiosos a ponto de agredir quem quer que seja ao afirmar que a “candidata”  deles foi batizada com o rótulo ou chavão  de, ELE É ELA e ELA É ELE. Os prováveis perdedores que teimam em manter à candidatura de uma forasteira laranja PEGARAM AR e estão virados na gota serena!!!


Pois bem, ainda com respeito ao vídeo, a senhora agredida, deixa nas entrelinhas uma grave acusação  ou um suposto trambique  ocorrido  no governo desorientado de Dudu (2009-2012), ela era funcionária contratada pela prefeitura, só que, no papel  constava  que ela ganhava tanto, mas na prática recebia muito menos. Ela só faltou dizer ou afirmar com todas as letras   que o secretário de finanças do governo Dudu embolsava o resto da grana. Já pensou, se a laranja de Dudu for eleita, será que essa sena vai se repetir, hein, pessoal?!?!?!  Agora, de uma coisa os moradores de Capoeiras não têm o menor farelo de dúvida: se a forasteira for eleita ela será apenas uma PREFEITA FIGURATIVA, pois quem de fato vai administrar à cidade com certeza que será o seu marido que, aliás, é um ficha-suja e está impedido, ou melhor, proibido  de administrar qualquer repartição pública em todo o território nacional. Pois pegou um gancho de 8 anos por se envolver em malfeitos. 


Por ser uma candidata laranja, se eleita será um caos total, pois  ela  jamais saberá   em que direção deve apontar, uma vez que   vai perder o rumo e o senso de ridículo e quem vai dirigir à prefeitura é o seu marido ficha-suja que é impedido por lei de usar desse expediente. Caso aconteça essa tragédia com  o município de Capoeiras, por ela não ter voz ativa e ser uma Maria vai pelas outras, seu marido é quem conduzirá ou comandará  uma verdadeira  inversão de valores nas condutas por eles exercidas no âmbito da administração pública, uma vez que vai forçar à barra para  controlar a “legalidade” administrativa da prefeitura do município ao  pôs à mão na chave do cofre.


Assim sendo, Capoeiras marchará pelo caminho de mais um ato de improbidade administrativa pelos réus, sendo que prefeita retira-se do gabinete e  transferirá a função pública a ela concedida por meio do pleito eleitoral a seu marido (caso ganhe à eleição), o qual já teve seus direitos políticos suspensos por meio de decisão judicial que reconheceu que ele praticou atos ímprobos no mandato eletivo que exercia no mesmo município. É o fim da picada e Capoeiras não merece tamanho castigo.  Afinal de contas, no jogo de interesse ou do dindin, ELE É ELA e ELA É ELE...

quinta-feira, 17 de junho de 2021

TODA GARANHUNS DESPERTA COM O BOM DIA DE EDUARDO PEIXOTO



Por Altamir Pinheiro

Diante de um alegre desadormecer com um agradável ou otimista  bom dia aos seus ouvintes de um radiante locutor de rádio, uma pergunta vem à tona: O QUE É MESMO SER UM BOM RADIALISTA?!?!?! Acreditamos que o bom locutor precisa ter algo mais do que a voz: precisa estar afinado com os anseios de seus ouvintes e precisa valorizá-los com palavras verdadeiras, com desenvolvimento da cidadania e com a postura ética na realização dos programas. Um bom locutor tem de ser honesto com o que vai transmitir para com o seu público em geral,  tem de ser solidários em momentos difíceis enfrentados em períodos sofríveis como é o caso atual desse flagelo da pandemia da Covid-19  e, sobretudo, tem de respeitar o sucesso das outras emissoras que porventura seus  colegas  de profissão estejam fazendo e tentar imitá-lo para que o bom rádio, principalmente o interiorano,  seja uma meta de todos. 

 

Pois bem!!!  Em razão do seu dinamismo, há cerca de 20 anos, o já  garanhuense de Recife, Eduardo Peixoto,  caiu no gosto ou na graça do nosso  povo  e hoje é a  maior projeção radiofônica do agreste meridional e um dos melhores locutores do interior de Pernambuco, quiçá do Nordeste!!!  Por praticar um bom e proveitoso FEEDBACK (retorno) com seus cativos ouvintes, em 70 anos de existência da Rádio Difusora/Jornal do Comércio, é o radialista que mais  se identifica  com seus ouvintes em razão de portar um certo carisma como também uma palavra abalizada, tornando-se digno de confiança para com o seu público que é possuidor de uma fidelidade(audiência) canina para com o radialista que tem ou é possuidor de seus bordões,   cacoetes radiofônicos ou grito de guerra de  alto astral  conhecidos como “eita lelê!!!”, “é complicado...” e “segura, Peixoto!!!)... 

 

Eduardo  Peixoto de Moura que é formado em Administração de empresas, jornalismo e um radialista de mão cheia, chegou por essas paradas no ano de 2002,  trazido pelos bons ventos da corrente marítima do Recife com ajuda das marés dos  Rios Beberibe e Capibaribe  e, de imediato apresentou o programa de boa audiência conhecido como   Super Manhã. Com a morte do comunicador Aluízio Alves em 2007 assumiu a Ronda Policial, programa de maior audiência do Agreste de Pernambuco. Aliás, a  transição do programa RONDA POLICIAL  com Aluízio Alves foi um sucesso absoluto. Locutor versátil, feito o pai, é comentarista, narrador esportivo, repórter e um bom  apresentador. No ano de 2010, Eduardo Peixoto recebeu o título de Cidadão de Garanhuns através do então vereador Sivaldo Albino que hoje exerce o cargo de prefeito em nosso município.  

 

O  que se sabe mesmo desse cidadão garanhuense   é da sua vocação aliada ao seu talento que  deve ter sido  sempre a Comunicação no Rádio. Pois,  passa-nos uma impressão que,  desde moleque, demonstrava aptidão para ser radialista/jornalista. Eduardo Peixoto  é assim, pois demonstra a toda hora  ser um completo apaixonado pelo que faz.  É fácil perceber o entusiasmo dele pelo engrandecimento de Garanhuns e tentar resolver com a maior boa vontade  problemas do cotidiano dos seus ouvintes.  Dedicado ao ramo que abraçou,   tudo que faz com o microfone na mão, procura fazer com zelo e determinação.  sem sombra de dúvida essa é a maior qualidade dele. Eduardo Peixoto está deixando sua marca na história do radiofonia  garanhuense. Com uma razoável bagagem, não há quem diga que não se trata de um radialista completo. 

 

Há quem diga que o  bom locutor respeita seus ouvintes, evitando comentários maldosos em relação às suas participações, e procura fazer do seu espaço de trabalho um ambiente democrático e de pluralidade de ideias, mesmo contrárias às suas. O bom locutor faz o rádio com amor e não deixa que nada derrube os verdadeiros propósitos do rádio, que foi criado para aproximar e unir as pessoas. A propósito,  por falar em união,  Garanhuns possui  duas pessoas, relativamente jovens,  em que pese não ter nascido na cidade das flores, pessoalmente, acho-os  mais garanhuenses dos garanhuenses dos  que aqui nasceram. Trata-se do arcoverdense Hélder Carvalho, como também   do recifense Eduardo Peixoto, que, mais cedo ou mais tarde, essas duas figuras que são taradas por essa cidade, ainda subirão as escadarias do Palácio Celso Galvão como prefeitos eleitos  da terra de Simôa.   E SÓ UMA QUESTÃO DE TEMPO!!! 


RADIALISTA WELLINGTON LACERDA FAZ PROGRAMA DETALHISTA E ELETRIZANTE

 




Por Altamir Pinheiro


Viajando no túnel do tempo, hoje, através das ondas sonoras da antiga Difusora de Garanhuns que o modernismo transformou em Rádio Jornal do Comércio, o agradável radialista Wellington Lacerda propicia nossas tardes em doces recordações quando nos faz lembrar daqueles dias de namoros nos bancos de praças das cidadezinhas do interior pelo Brasil afora ao som de K-7 no toca fita do arrumado fusquinha nos lugares em que aquela outrora juventude dava seus amassos ao som de belas melodias ao viver ou deslumbrar sonhos e emoções. Quer dizer, parodiando a dupla Roberto e Erasmo Carlos: o que foi felicidade nos mata agora de engraçadas e boas lembranças. Tudo isso são velhas TARDES DE SAUDADE, tantas recordações e alegrias, belas tardes, belos dias...


Trata-se de um programa meticuloso. pormenorizado e fenomenal, pois usa uma dialética empreendida pelo experiente profissional que já foi DISC JOCKEY  DA Rádio Jovem Pan São Paulo, ao aplicar uma injeção de otimismo na veia dos seus ouvintes exaltando um forte saudosismo ao  praticar  doses de bem estar e de gratas recordações de um tempo que se foi e não volta mais. O radialista focado é um ativista nato e propagandeador da boa música ou da apurada melodia, inclusive fazendo questão de anunciar (dar nome aos bois, como se diz na gíria), o nome do compositor daquela letra que estamos ouvindo. Diga-se de passagem,  coisa rara nos dias de hoje dos  apresentadores de programas musicais que  deixam  de lado ou  menosprezam por inteiro o compositor da pertinente canção  Essa é a pisada diária do seu ótimo programa  que começa, precisamente, às 17 horas.

 

É um espetáculo radiofônico  vibrante e satisfatório, além de altamente instrutivo. O cara é simplesmente “bótimo”. É do ramo!!! na radiofonia brasileira  só conheço dois excelentes profissionais que praticam esse tipo de programa que carregam em seu bojo ou na sua totalidade uma bela  linguagem e uma expressão cultural conscienciosas. Um é esse baita radialista da Rádio Jornal Caruaru/Garanhuns, o outro é o melhor jornalista do país,  Reinaldo Azevedo, que  apresenta o programa político/musical denominado O É DA COISA,  nos potentes  microfones da Rádio Band News FM de São Paulo. Só que, o jornalista paulista faz uma análise técnico-poética  pormenorizada das letras dos respectivos  compositores,  enquanto Wellington Lacerda se prende mais  no que diz respeito à biografia aprimorada tanto dos autores das letras quanto dos intérpretes.


O programa desse baita radialista é de um entusiasmo efervescente  e porque não dizer,  contagiante, pois nos oferece ou  proporciona lindas canções e grandes intérpretes, donde, nos leva a um profundo e nostálgico mergulho no passado que vem ao encontro ou bate de cheio com os anseios de uma geração acima dos 50 anos. Pois bem, sem o menor farelo de dúvida, o programa TARDES DE SAUDADE brilhantemente comandado por Wellington Lacerda, quando nos presenteia todo   final de tarde com   um show à parte. Na verdade, Tardes de Saudade é um programa contagiante, prazeroso, educativo e bem-humorado, por isso é   digno de aplausos!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2021

JOHNNY GUITAR, UM FILME WESTERN FEMININO




d.matt


O que faz este filme western ser diferente? É que em lugar de dois homens, cowboys, ou bandido e mocinho, temos duas mulheres em plena disputa por território, como desculpa, pois na verdade fica subtendido que a disputa é também em grande parte por homens, alguns mocinhos rápidos no gatilho, outros fora da Lei, assaltantes de diligência e bancos. A disputa é mais aberta dentro da propriedade da "mocinha" a estrelíssima Joan Crawford , que se emboneca no ultimo estilo country, muito colorido e batom vermelho exagerado naquela bocarra muito conhecida do público. 


Na sua vestimenta de heroína western, não falta um revólver, laço vermelho usado como gravata e um esnobe desprezo para com os agitadores que desejam desalojá-la do seu falso Saloon, sempre vazio, com as roletas paradas por falta de jogadores e um mini bar sem qualquer originalidade e sem fregueses, na verdade tudo é falso e inverossímil naquele ambiente.


Porém.  subitamente, entra no recinto uma grande turma (sempre de preto ) de homens malvados, liderados por uma mulher vociferando acusações e tentando expulsar a nossa heroína,  proprietária do Saloon, bar, cassino, ou seja lá o que os redatores do script imaginaram. Tudo muito "Clean" e tão falso como uma nota de 3 dólares. 


Dá para entender que a vociferante "bandida" está P da vida porque um bandido da sua predileção assaltou uma carruagem e segundo ela, com a participação da mocinha Crawford. É tudo tão sem sentido que ficamos imaginando o porquê  deste filme. Cenários falsos desenhados e coloridos um tanto modernos, atores sem saber o que fazer ficam à parte assistindo o duelo verbal das duas mulheres, sem um sentido mais preciso. 


Os atores são bem escolhidos e de qualidade, além de Joan Crawford, temos a sua oponente Mercedes McCambridge, Sterling Hyden, o ator fordiano Ward Bond que não tem nada de importante a fazer no filme, temos John Carradine, e o verdadeiro alvo da disputa, o bandido Dancin'Kid interpretado pelo ator Scott Brady muito conhecido nos anos 50/60 pelos filmes western em que apareceu. Temos também o ótimo Ernest Borgnine com certo destaque. 


O enredo na verdade é precário, foi costurado sem grande profundidade e não tem muita credibilidade se for analisado com cuidado. A fotografia, esta sim, é de qualidade, principalmente pelo novo colorido em trucolor que pela primeira vez aparece com toda magnificência, belas cores internas  e principalmente externas. É para ressaltar, nessa fotografia as cenas do incêndio do Saloon ou cassino, que foi fotografado admiravelmente em vários ângulos, com uma beleza pictórica de grande qualidade. 


Ouso afirmar que este incêndio pode ser considerado o melhor já fotografado em qualquer filme, é feito de vários ângulos e impressiona pela grandiosidade e beleza das cenas. É digno de um prêmio importante.


O que dá maior destaque ao filme é a balada cantada pela grande cantora Peggy Lee. A música Johnny Guitar é de sua autoria, junto com o autor da trilha sonora Victor   Young é sensacional e creio que essa música foi responsável por esta película cinematográfica se tornar UM FILM CULT, pois um clássico ele não é. 


A propósito, cito aqui o comentário do grande cineasta Martin Scorcese sobre este filme: "JOHNNY GUITAR é exemplo de um filme pequeno, cultivado para atingir o estado de clássico. Não há nenhum outro filme como este  A direção de Nicolas Ray é neutra, sem sal, sente-se durante todo o filme a sua não veracidade, parece que as cenas foram filmadas ao acaso e depois montaram um filme com o que tinham em mãos”.  


Esse foi o segundo filme de Nicolas Ray, o primeiro foi um western "Paixão de Bravo" . As cenas externas são de uma pobreza incalculável, sem qualquer regionalismos western. Incluíram no filme, uma dezena de explosões de uma montanha,  sem o menor sentido, o que torna o filme cem por cento fora de foco westerniano, inclusive as cenas de perseguição noturnas que são mal feitas e sem nenhuma credibilidade, e ficamos pensando, qual foi a ideia central desse filme? 


O diretor  fica esbarrando em cenas sem saída e que parecem que foram criadas ao acaso. Uma pena o cast de ótimos artistas em um filme sem a menor criatividade original e o que parece, foi muito mal aproveitado. O filme foi um fracasso de crítica e de público quando do seu lançamento. 


Mais tarde, aos poucos foi se tornando um filme CULT, mas nunca um clássico. Foi reconhecido com "diferente" devido as duas mulheres disputar o domínio da região e duelarem no final, na clássica cena de confronto entre bandido e mocinho, só que desta vez são duas mulheres armadas e disputando, não quem é a mais rápida no gatilho, mas quem ganhará a parada e uma delas é derrotada no final. Na última cena, a vencedora fica aos beijos, em frente a uma queda d'águas. Uma cena inverossímil e desnecessária, que faz o diretor perder muitos pontos por essa bobagem na reta  final do western feminino, filmado no ano de 1954.  


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - Em razão das mulheres não serem adeptas aos filmes de bang bang, cowboy ou faroeste, porém, esse é o tipo de filme que toda a ala feminina deveria assistir. Até porque,       ver um western protagonizado por duas mulheres é algo raro, haja vista que elas manipulam, mandam e desmandam, além de pintar e bordar com  todos os personagens do filme. A macharia baixa a crista quando as duas abrem o verbo e joga o vozeirão autoritário pra cima  dos barbados acabrunhados...

terça-feira, 8 de junho de 2021

SHANE - O MAIS PERFEITO FILME WESTERN AMERICANO DE TODOS OS TEMPOS

 


d.matt


(Vamos esquecer o estúpido título brasileiro: OS BRUTOS TAMBÉM  AMAM. Até porque, mesmo em Portugal,  o título original foi usado corretamente, ou seja, SHANE). 


É gratificante   escrever algo sobre esse filme, mesmo porque o difícil é achar algum defeito, seja na atuação dos  atores, seja na direção (soberba) de  George Stevens. 


Antes de iniciar a pré-produção do filme, a Paramount  Pictures tentou criar um elenco de grandes nomes da época e para assim fazer, convidou o ator Montgomery Clift para o papel principal, e o ator William Holden para  fazer o fazendeiro Starrett  dono do rancho e embora pareça absurdo, convidou a famosa  e grande atriz Katharine Hepburn para o principal  papel feminino.


Se esse elenco  tivesse sido mantido e atuado  no filme, nós teríamos certamente um "outro" filme e não esse  filme que nós conhecemos e louvamos com muita  ênfase.


Porém,   questionaria o leitor -  com toda razão - mas são todos grandes artistas, com talentos comprovados e aclamados pela crítica cinematográfica em todos os sentidos!  Concordo, mas lembramos aos leitores que Montgomery Clift   tem  um maneirismo todo peculiar e  não saberia, talvez,  encarnar o personagem Shane, sem esse maneirismo. Seria o mesmo que entregar esse importante papel do personagem principal, a alguém como  James Dean, a quem o diretor George Stevens dirigiu no seu filme western GIANT   no qual  a sua atuação resultou numa calamidade total, conforme já escrevi no meu artigo(logo abaixo). 


A bem da verdade, reconheço que o ator Montgomery Clift, na sua estreia no cinema,  quando recém saído dos palcos da Broadway, fez um mocinho Cowboy no filme  " Rio Vermelho  com John Wayne" dirigido por Howard Hanks, mas isso foi em 1948 e ele não tinha ainda  esse maneirismo de dramatizar qualquer cena, como passou a fazer posteriormente.


Quanto ao  ator William Holden, acho que seria uma  ótima escolha e que certamente nos daria um desempenho tão bom como aquele realizado pelo ator Van Heflin, talvez até melhor. Um ótimo ator com expressão


corporal e  o tipo ideal para o personagem em questão.  Não pôde aceitar pois já tinha compromisso agendado. 


Quanto à excelente atriz Katharine Hepburn, acho que seria um grande desastre, pois essa atriz tem uma fisionomia  muito dura, está sempre com uma  expressão    interrogativa, sem nenhuma doçura de gestos e  semblante, como pede a personagem feminina principal. Alguém pode imaginar a  dura e nada sensual Katharine Hepburn  sentindo atração física e sensual pelo  pequeno Cowboy,  Shane?


Graças  a recusa dos atores acima, o diretor George Stevens procurou dentro da Paramount, quais os artistas disponíveis e por muita sorte nossa, conseguiu  um Cast de primeira qualidade. com nomes , que na época não eram muito famosos e pôde moldá-los à  sua vontade, conseguindo um resultado acima do esperado pelos produtores, que mesmo assim não acreditavam no sucesso do filme e ao final.  tentaram vendê-lo ao produtor Howard Hughes pelo preço de custo, mas a proposta foi recusada.


Muitas das informações que estou transmitindo  neste texto,  eu consegui num longo depoimento feito pelo filho do diretor George Stevens , no qual ele detalha a feitura do filme, quase cena por cena e faz comentários sobre


a realização dessa exuberante película, as dificuldades encontradas e as exigências do seu pai na feitura do filme, chegando ao cúmulo de,  em uma das cenas  de no máximo 2 minutos,  ele levou praticamente uns dez dias e mais de cem tomadas para ficar satisfeito com o resultado. 


A dita cena é aquela em que o Shane tenta ensinar ao garoto Joey  como atirar e portar um  revólver quando  é interrompido por sua mãe  que repreende Shane. Nota-se nessa cena o uso proposital do som das explosões dos tiros em tom altíssimo,  como queria o diretor acentuar o perigo do mau uso da arma. 


Foi muito bem escolhida a participação da veterana atriz Jean Arthur, que está sempre muito correta em todas as cenas importantes, inclusive quando ela começa a sentir algum sentimento mais íntimo sobre Shane e numa bela cena pede ao marido que a conforte com um  forte abraço. Sua atuação  é de muita sensibilidade e chega a nos emocionar. Van Heflin, como sempre  muito correto em todos os filmes em que atua, pois  nos oferece um trabalho bem feito, mas sem muita ênfase, isto porque o seu personagem em todo o filme é eclipsado pela presença de Shane, a quem o diretor não poupou esforços para  que  a estrela do ator principal brilhasse de modo especial.


O principal protagonista do filme, Alan Ladd, na época um ator  com pouca  fama, cujos filmes  até aquela época não tinham tido grandes sucessos, era contratado da Paramount  Pictures  e aceitou o papel de boa vontade e mostrou que, quando bem dirigido, poderia apresentar  um bom desempenho, o que ele fez e ficou muito satisfeito com o resultado final, e mandou para o diretor George Stevens, uma mensagem de agradecimento pelo seu belíssimo trabalho de direção, o qual, segundo ele,          propiciou o seu melhor trabalho no cinema.                 


Jack Palance, ator que atuava na Broadway, sem qualquer notoriedade na época,  com pouquíssima experiência no cinema, sequer  sabia  andar a cavalo e suas cenas de montar e descer do animal tiveram de ser trabalhadas  durante a montagem do filme,   pois  quando ele subia para assentar-se na cela do   cavalo,  as cenas  eram rodadas ao contrário  para um melhor resultado.  A montagem do filme levou mais de um ano para ser finalizada. 


A sua participação é  crível  e de muita força, mostrando na sua expressão corporal, sempre deslizando sutilmente e olhar de soslaio,  diz  de imediato a que veio,  e   que está  pronto  a cumprir a sua missão. Note-se a sutileza do diretor, em que em algumas cenas internas, quando o pistoleiro se aproxima do cachorro  que perambula pelo Bar,  este sempre se  afasta  do personagem de cabeça baixa, como se tivesse medo do pistoleiro.    Aqui temos a segurança e talento de um  criativo  diretor,  que transforma um  ator  quase novato, numa lenda do  Oeste, depois de lançado o filme. 


O elenco de suporte é de ótima qualidade,   haja vista que                                                          estão ótimos e dão muita credibilidade ao filme.  Todas as cenas em que participam em cenário natural, mostrando as belíssimas montanhas do Wyoming, estão  perfeitas, isso porque o cinegrafista  usou muitas vezes, lentes especiais de aproximação das montanhas geladas distantes e essas montanhas chegavam até o set de filmagem como podemos verificar, dando ao filme  uma beleza pictórica de grande qualidade. 


O cinegrafista foi tão competente, que em algumas vezes  durante os embates entre os rancheiros e o  vilão mor,  para mostrar algumas cenas de desalento e  desistência de continuar a lutar, a cenografia mostra algumas cenas noturnas de grande qualidade, semelhantes as pinturas renascentistas como  a famosa tela , em tons Claro escuro " O angelus "  do pintor Jean François Millet (1857)  a qual  demonstra claramente a tristeza dos camponeses em situação de  desalento  e derrota na hora do Angelus.    Com esse magnífico trabalho, o cinegrafista  conquistou o  único prêmio Oscar do filme, muito merecidamente. 

                                      

O filme foi baseado no livro do escritor Jack Schaefer  sendo  adaptado pelo roteirista A. B. Gutrie, com  um ótimo resultado final e aceito pelo diretor George Stevens, depois de ter recusado 17 adaptações anteriores.                    O que demonstra o porquê  desse filme ter levado vários anos, desde  a sua ideia inicial, tempo de produção, que segundo o filho do diretor, ultrapassou o dobro de tempo estipulado, assim como a sua  conclusão foi ultrapassada em alguns milhões de dólares não previstos, mais o tempo de montagem que levou 16 meses para ficar pronta.


Por isso entendemos a maior razão  da  Paramount  tentar vender o filme pelo preço de custo, temendo um fracasso de bilheteria que seria arrasador para as finanças do estúdio. Porem não foi que aconteceu, o filme foi um grande sucesso de crítica e de público, tornando-se  um clássico desde o seu lançamento e louvado por todo o mundo cinematográfico.


O  aclamado diretor de filmes   gênero Western    Sam Peckinpah, quando consultado, disse: Shane é o melhor filme western de todos os tempos. Isto dito por um dos mais aclamados diretores de filmes do gênero,  e aclamado pela crítica como um dos melhores. Quanto à  trilha sonora é uma das melhores, ou certamente a mais bela trilha composta pelo maestro Victor Young, autor de trilhas magníficas. Sua peça principal nesse filme é intitulada,   "The call of faraway hills " .  Não é uma trilha barulhenta, apenas descritiva da belíssima paisagem, ela pontua desde as primeiras cenas  iniciais  e torna-se discreta na cenário com   muita ação, mas sempre presente e dando uma sonoridade especial a cada cena.


As lances de lutas entre os homens, são muito bem coreografadas e segundo informa o filho do diretor, todas foram filmadas durante longas horas e na maioria delas de lutas, os atores principais foram substituídos por dublês.


Nota-se que durante as violentas brigas o rosto dos atores não aparece claramente, apenas usam roupas iguais as dos atores que iniciaram a cena. Mas são tão bem feitas, coreografadas e  bem dirigidas que é difícil perceber a mudança dos atores por dublês.


Na cena em que o pistoleiro Wilson mata o rancheiro Stonewall, o diretor exigiu que o ator  alvejado, em lugar de cair morto  de frente, caísse de costas. Para isso ele mandou jogar centenas de litros de água na frente do armazém em que estava o pistoleiro, até que criasse um  grande lamaçal. O ator foi amarrado com um cabo por traz das costas e quando  atingido pelo tiro, foi puxado violentamente,  fazendo com que o personagem caísse de costas no lamaçal como ele queria, pois as vítimas  sempre caem de frente, minimizando o impacto.


As cenas  do enterro, assim como as cenas da comemoração do dia da independência,  levaram semanas para serem completadas, pois o diretor não aceitava o resultado. As cenas da festa em que  os pares dançam, inclusive Shane dança com a mulher do Starett ,  levaram semanas e foram encenadas dentro de estúdio e  teve o cenário externo recriado  internamente  para  conseguir melhor resultado.


Todos pensávamos que  a relação e comportamento do menino Joey com o Shane tivesse sido muito agradável, mas na verdade não foi.  O menino era um tanto rebelde e algumas vezes chegou a irritar o ator Ladd, com as suas brincadeiras. 


Na cena  final, quando Shane está aconselhando o menino Joey a voltar para casa e ajudar os pais, Joey está de costas para a  câmera e enquanto  o ator Ladd dizia as suas falas de modo calmo, bem pausado conforme aparece no filme, o Joey   fazia caretas e mostrava a língua para o  ator, que parou de falar e disse para o pai do menino, que estava sempre presente nas cenas em que ele participava. Dá um jeito neste menino ou eu vou jogar um tijolo na cabeça dele. O Pai  o repreendeu  e o menino se comportou. O ator Jack Palance foi indicado ao premio Oscar como melhor ator coadjuvante, assim como o garoto Brandon de Wild, mas não  foram premiados. 


O diretor George Stevens não foi indicado como melhor diretor, mas mais tarde ganhou o premio Oscar com  a direção do filme   Giant.  O ator Alan Ladd não recebeu indicação para o  premio Oscar de melhor ator, nem  foi comentada a sua possível participação, isto porque o  ator já tinha terminado o seu contrato com a Paramount e foi contratado pela Warner. Sendo assim o estúdio não teve nenhum interesse em valorizar o ator Alan Ladd e não  fez nenhuma publicidade para a sua possível indicação ao prêmio de melhor ator. 


Como sempre,  os prêmios  são  na maioria das vezes o resultado de muita propaganda, gastos imensos  com presentes, festas e esforço dos produtores.  Os eleitores são sempre convencidos votar naqueles mais  expostos à  mídia.  Já vimos este filme antes. 


Após mais de sessenta anos,  esse filme continua sendo aclamado como um dos mais perfeitos filmes já  realizado, sendo justamente considerado um grande clássico. Assisto esse filme no mínimo uma vez por ano e nunca encontrei nada que não fosse  considerado perfeição. SHANE É UM GRANDE CLÁSSICO, PERFEITO NOS MÍNIMOS DETALHES. Talvez, quem sabe, o diretor Sam Peckinpah  tenha razão quando afirma que o filme SHANE é o maior Clássico filme western de todos os tempos. Eu assino embaixo.

d.Matt


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - Análise perfeita do nosso ótimo crítico de cinema, d.Matt,  exclusivo  para as páginas do Blog Chumbo Grosso.  Nota dez, sem comentários.  Parabéns,  GIGANTE!!!