domingo, 8 de maio de 2016

O POVO NA RUA E A INTERNET FOI QUEM LEVARAM O PRESIDENTE FRANKSTEMER AO PODER...




Reinaldo  Azevedo

Acho que Michel Temer, o futuro presidente, precisa mudar o rumo de algumas de suas prosas. Ou vai cometer um erro político grave. Ele precisa saber quem lhe deu a excepcional condição — OU MISSÃO — de evitar o abismo a que o governo Dilma havia nos condenado. E eu digo quem é: não foi o PMDB, não foram as oposições, não foi o seu esforço pessoal para ser presidente — ele não conspirou.

QUEM LHE BOTOU O PODER NO COLO FORAM OS MILHÕES DE BRASILEIROS QUE SAÍRAM ÀS RUAS COBRANDO O IMPEACHMENT. VAMOS SER CLAROS? SE A MANIFESTAÇÃO DE 13 DE MARÇO TIVESSE SIDO UM FIASCO, ESTARÍAMOS CONDENADOS A ATURAR DILMA ROUSSEFF ATÉ 2018, TENDO LULA COMO O CONDESTÁVEL DA REPÚBLICA.

Claro! O molde institucional é dado pela Constituição. Ela assegura as regras de eleição, deposição e sucessão. E Temer será o presidente legal e legítimo do país. Mas quais são as circunstâncias que vão conduzir o vice à Presidência? A cada ministro que escolher, ele tem de se lembrar a quem prestar contas se não quiser perder, ele também, a legitimidade.

A POLÍTICA

O impeachment precisa de um fato jurídico. E ele existe. As tais pedaladas são inequívocas. Trata-se de crime de responsabilidade: Inciso VI do Artigo 85 da Constituição, com a punição definida pela Lei 1.079. MAS O IMPEACHMENT É PRINCIPALMENTE UM PROCESSO POLÍTICO, ou o juízo a determinar a sorte do presidente não seria o Senado.

Sem o fato jurídico, não se chega ao julgamento político; mas o crime de responsabilidade, se é condição necessária para o impedimento, não é condição suficiente. Alguém acha mesmo que Dilma seria deposta se a economia estivesse crescendo a, digamos, 3,5% ao ano, se o desemprego ainda estivesse na casa dos 5,5% e se mais de 70% aprovassem o governo? A resposta, obviamente, é “NÃO”.

Mesmo cometendo crime de responsabilidade, um presidente só cai se perde a condição de governar o país. Esse é o caso de Dilma. Quando o PT tenta nos fazer crer que a presidente está sendo impichada por apenas um voto — o de Eduardo Cunha —, tenta esconder o fato de que a decisão foi referendada por 367 deputados e precisará contar com pelo menos 54 senadores. Mais: não fosse a intervenção do Supremo no rito que havia sido elaborado por Cunha, o plenário da Câmara iria se manifestar sobre a sua decisão. Foi o STF quem bateu o martelo e determinou: o presidente da Câmara é o soberano no ato inicial. Mas não me perco nisso agora. Volto ao leito.

DOS PRIMÓRDIOS À QUEDA

TODOS SABEM QUE A OPOSIÇÃO NÃO SE ENTUSIASMAVA NEM UM POUCO COM A TESE DO IMPEACHMENT. ESTAVA BASTANTE RETICENTE A RESPEITO E ACOMPANHOU À DISTÂNCIA A MOBILIZAÇÃO DE GRUPOS COMO O MOVIMENTO BRASIL LIVRE E O VEM PRA RUA. OS PRIMEIROS PROTESTOS, COM EFEITO, ERAM HOSTIS A POLÍTICOS DE TODAS AS COLORAÇÕES.

Os partidos que se opõem a Dilma no Congresso só aderiram para valer à tese do impeachment neste ano. Por mais que as esquerdas tentem negar, a verdade é que as manifestações em favor do impedimento de Dilma se inscrevem entre as poucas verdadeiramente populares da história do Brasil, superando, nesse particular, as das Diretas-Já, que já contavam com um forte engajamento das esquerdas, dos sindicatos e de governadores de oposição que haviam sido eleitos em 1982. E também foram os esquerdistas a hegemonizar o “Fora Collor”. Não por acaso, ali se criou um político: Lindbergh Farias, o símbolo dos caras-pintadas, HOJE CONVERTIDO NO CARA DE PAU QUE CHAMA IMPEACHMENT DE “GOLPE”.

FOI O POVO NA RUA QUE MOVEU O CONGRESSO. E é bom que o vice-presidente Michel Temer se lembre disso. Tal realidade lhe impõe uma missão ao formar o seu ministério. É preciso corresponder à demanda por justiça e por moralidade. Ninguém se mobilizou, é verdade, para gritar “TEMER PRESIDENTE”. Pediu-se o impeachment de Dilma e, por consequência, cumpra-se a Constituição: o vice, que também foi eleito, assume.

O ideal seria que não houvesse no ministério um só político investigado na Lava Jato, ainda que a investigação, por si, não seja sinônimo de culpa. Ocorre que a indignação que vai nas ruas, e por justos motivos, pede que se eliminem as zonas cinzentas.

O BEM QUE TEMER PODE FAZER AO PAÍS É NOMEAR UM MINISTÉRIO DE NOTÁVEIS, SIM — DE GENTE SABIDAMENTE COMPETENTE NA ÁREA SOB SUA RESPONSABILIDADE. O FUTURO PRESIDENTE TEM DE ATRAIR OS PARTIDOS PARA UM GOVERNO FORTALECIDO PELA EXISTÊNCIA DE UMA ESPINHA DORSAL. CEDER AGORA AO VAREJÃO, INCLUSIVE AO DO PMDB, IMPLICA COMETER OS MESMOS ERROS QUE DILMA COMETEU, TORNANDO-SE REFÉM DE CHANTAGISTAS.

EXEMPLO DE ITAMAR

Quando vejo um LEONARDO PICCIANI cotado para o Ministério dos Esportes, é evidente que temo pela seriedade do conjunto. A simples conjectura de tal nome, entendo, é uma afronta a milhões que saíram às ruas. À medida que o rapaz vislumbrou a chance de alçar voo próprio, mandou às favas escrúpulos e parceiros de trajetória e passou a ser um militante contra o impeachment. A POLÍTICA NÃO PODE NEM DEVE FAZER HUMILHADOS. MAS É PRECISO QUE EXISTAM DERROTADOS. Ou todos ganham, e quem perde é só o povo.

Sei que o Michel Temer que presidia o gigante PMDB até outro dia não é Itamar Franco, que nem partido tinha em 1992. Talvez por isso mesmo, por ser um político bem mais modesto, assumiu a Presidência e praticamente não negociou nada com ninguém. Quem ainda se lembra de que o primeiro ministro da Fazenda de Itamar, com o país vivendo a desordem deixada por Collor, foi Gustavo Krause? E se tratou de uma escolha pessoal: o gigante PFL preferiu ficar fora do governo como legenda.


Não sou ingênuo e sei que os partidos terão de ser contemplados na distribuição de cargos. Mas será um erro grave se o futuro presidente não reduzir significativamente o número de ministérios, se não enxugar a máquina federal, se não demonstrar de forma inequívoca que os partidos é que têm de aderir a um novo eixo de valores, não o presidente aos velhos valores do mercadão. PENSE NA RUA VERDE-AMARELA, MICHEL TEMER. ELA ESTÁ VIVA E COBRA UM NOVO PADRÃO. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original -

sábado, 7 de maio de 2016

LULA PODE SER JOGADO NOS PORÕES DA CADEIA A QUALQUER MOMENTO!!!




O QUE FALTA PARA LULA SER PRESO?!?!?! DENUNCIADO PELA PROCURADORIA DA REPÚBLICA E COM PEDIDO DE PRISÃO NAS MÃOS DE SÉRGIO MORO, O EX-PRESIDENTE NUNCA ESTEVE TÃO PERTO DA CADEIA


Débora Bergamasco
Nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desabou. Não seria a primeira recaída desde o início das investigações do Petrolão, responsáveis por tisnar sua imagem de homem probo semeada desde os tempos do sindicalismo no ABC Paulista. Mas ao contrário dos outros momentos de fragilidade, Lula desta vez expôs um sentimento insólito a companheiros de longa data: o de culpa. Pela primeira vez, pôs em xeque o próprio faro político – considerado indefectível no seio do petismo. Em uma longa conversa, em Brasília, com um amigo, o ex-presidente lamentou em tom de desabafo, depois de fazer uma breve retrospectiva de sua vida pública: “Não me perdôo por ter feito a escolha errada”. O petista se referia ao fato de ter apostado todas suas fichas e ter feito de Dilma Rousseff sua sucessora. O arrependimento, porém, tem pouco a ver com o desastre político-econômico provocado pela gestão da pupila. Lula é um pote até aqui de mágoas porque, em sua avaliação, ela nada fez para blindá-lo e o seu partido das garras afiadas da Lava Jato. Para Lula, Dilma queria entrar para a história como a presidente do combate à corrupção – mesmo que, para isso, tivesse de sacrificar o próprio criador. Não logrou êxito, e é isso que emputece Lula. Hoje, ambos rumam para um abraço de afogados. Dilma está à beira de deixar o comando do País, alvo de um processo de impeachment, e na iminência de ser investigada pelo crime de obstrução de justiça – a solicitação, feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na semana passada, depende apenas do aval do STF. Ele, Lula, enfrenta o mais tenebroso inverno de sua trajetória pública. Atingido em cheio pela Lava Jato, o ex-presidente nunca esteve tão próximo de voltar à cadeia. Em 1980, o então líder sindical foi detido em sua residência pelo DOPS, a polícia política do regime militar. Permaneceu preso por 31 dias, chegando a dividir cela com 18 pessoas. Agora, o risco de outra prisão – desta vez em tempos democráticos e por um temporada provavelmente mais longa – é iminente.
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''Não me perdôo por ter feito a escolha errada'' 
disse o ex-presidente Lula sobre Dilma
São pelo menos sete frentes de investigação contra Lula, na primeira instância e na Suprema Corte. Lula é acusado de liderar o comando da quadrilha, que desviou milhões da Petrobrás, participar da tentativa de comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró, ex-diretor da estatal, obstruir a Justiça ao ser nomeado na Casa Civil para ganhar foro privilegiado, receber favores de empreiteiras ligadas ao Petrolão em reforma de um sítio em Atibaia, frequentado pela família; ocultar patrimônio e lavar dinheiro por meio de um apartamento tríplex no Guarujá, – que Lula jura não ser dele – , e de receber dinheiro de propina, por meio de empreiteiras, por palestras realizadas no Brasil e no exterior.
Além disso, ele ainda pode ser encrencado na Operação Zelotes, que apura suspeita de venda de medidas provisórias com suposto beneficiamento de seu filho Luís Cláudio Lula da Silva. No pedido para incluir Lula no chamado inquérito-mãe da Lava Jato, Janot foi contundente ao dizer que o petista foi peça-chave no esquema: “Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”. O procurador-geral da República também denunciou o ex-presidente, com base na delação do senador Delcídio do Amaral, – revelada com exclusividade por ISTOÉ – por participar da trama para tentar comprar o silêncio do Néstor Cerveró, ex-diretor da Petrobras envolvido nas traficâncias da estatal. Um total de R$ 250 mil teria sido repassado pelo filho do pecuarista e amigo do ex-presidente, José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, para o advogado de Cerveró. A procuradoria identificou, entre outros elementos contra o petista, um e-mail que comprova um agendamento de reunião entre Lula e Delcídio no dia 8 de maio do ano passado no Instituto Lula, além de uma passagem aérea provando que ele viajou naquela data. Disse Delcídio a respeito do encontro: “Fui chamado por Lula, em meados de maio de 2015, em São Paulo para tratar da necessidade de se evitar que Néstor Cerveró fizesse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, disse o parlamentar. Mas o que mais atormenta Lula é o pedido formal de prisão preventiva, formulado pelo Ministério Público de São Paulo no caso da compra do tríplex do Guarujá, hoje nas mãos do juiz Sérgio Moro. Segundo apurou ISTOÉ junto a fontes da Lava Jato, Moro aguarda apenas o afastamento de Dilma na quarta-feira 11 para se debruçar sobre o pedido de prisão.
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O juiz não queria analisar o caso antes do encerramento do imbróglio jurídico envolvendo a nomeação de Lula no STF. Com a saída de Dilma esta semana, o mandado de segurança em discussão no Supremo perde objeto e o caminho para uma possível prisão de Lula estará aberto. Caso seja novamente preso ou mesmo vire réu no Supremo, algo inédito para uma figura política de sua estatura, os estragos políticos serão irreparáveis. A mácula indelével abreviaria sua carreira pública de maneira inequívoca e sepultaria eventuais chances de retorno à Presidência em 2018. A morte política do seu maior líder decretaria o fim do PT.
Os primeiros indícios do envolvimento do ex-presidente Lula no Petrolão surgiram com os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Após firmar acordo de colaboração com o Ministério Público Federal no segundo semestre de 2014, Costa e Youssef detalharam aos investigadores no Paraná como funcionava a quadrilha que agia na estatal. Ambos fizeram menção a Lula, declarando acreditar que o Palácio do Planalto, o que incluiria o ex-presidente, tinha conhecimento das irregularidades. A dupla não dispunha de provas contra o petista, mas forneceu informações cruciais para que a força-tarefa da Lava-Jato avançasse sobre as empreiteiras envolvidas no escândalo. Batizada de Juízo Final, essa fase da operação confirmou que as acusações de Costa e Youssef procediam. Ao quebrar o sigilo da Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas, as autoridades descobriram valores significativos transferidos à LILS, a empresa da qual Lula é sócio e pela qual promove suas palestras. Outras construtoras envolvidas no Petrolão também transferiram milhões de reais ao ex-presidente, um soma superior a R$ 10 milhões entre 2011 e 2015. Embora o ex-presidente tenha negado irregularidades nos valores recebidos das companhias, a Polícia Federal e o Ministério Público passaram a esquadrinhar tais repasses. Trabalham com a tese de que os valores recebidos por Lula seja dinheiro de corrupção. Essa apuração está em curso tanto em Brasília quanto em Curitiba. No Paraná, os investigadores estão fazendo uma comparação entre os valores repassados pelas empreiteiras à LILS e pedindo para que elas apresentem documentos que comprovem a realização das tais palestras. A Andrade Gutierrez foi a única que conseguiu provar todas. As outras empresas não foram bem sucedidas nesse intento. Entre as pontas soltas está uma suposta apresentação do ex-presidente na Venezuela, ainda sem comprovação, o que complica a defesa do petista.
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DEFINITIVO 
Roteiro de delação de executivos da Odebrecht, como Alexandrino Alencar e Marcelo Odebrecht, indica que eles complicarão Lula
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À medida que as investigações avançam, o papel de Lula na organização criminosa do Petrolão fica cada vez mais evidente para a Procuradoria-Geral da República. No mensalão, o petista recorreu ao mantra do “eu não sabia” para se dizer alheio ao que acontecia ao seu redor. Agora, está claro que aquele era um apêndice do esquema de maior capilaridade, desvendado pela Lava Jato. Ao dizer que o Petrolão não poderia ter funcionado sem a participação decisiva de Lula, Janot uniu o petista a dezenas de deputados e senadores que figuram na investigação conhecida como “quadrilhão”, destinada a apurar o funcionamento da engrenagem que desviou recursos da Petrobras. Em seu despacho, o procurador-geral escreveu: “Embora afastado formalmente do governo, Lula mantém o controle das decisões mais relevantes, inclusive no que concerne às articulações espúrias para influenciar o andamento da Lava Jato, à sua nomeação ao primeiro escalão, à articulação do PT com o PMDB.” E continuou em outro trecho: “Já no âmbito dos membros do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da organização criminosa de forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do que se imagina no início e com uma enorme concentração de poder nos chefes da organização”.
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FIM DE LINHA 
Dilma também virou alvo de pedido de investigação da PGR, por obstrução de Justiça
Outra frente de problemas para o morubixaba petista é a investigação sobre o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo. Há fortes indícios de que as construtoras Odebrecht e OAS pagaram pela reforma com dinheiro desviado da Petrobras, configurando, nesse caso, crime de corrupção. O terreno está em nome de dois sócios de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do Lula. Há uma série de indicativos de que o verdadeiro dono seja o ex-presidente. Conforme apurou ISTOÉ, a confirmação poderá vir da delação premiada do executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar. No roteiro da delação, Alexandrino prometeu entregar detalhes e provas que incriminariam Lula. A expectativa é que os executivos da OAS também colaborem sobre o mesmo tema.
Assim como o sítio de Atibaia, a força-tarefa da Lava-Jato no Paraná analisa denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo contra Lula no que concerne ao tríplex no Guarujá. Os promotores acusam o petista de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Para a MP, a família Lula era a proprietária, de fato, do imóvel. No papel, o apartamento pertence à empreiteira OAS, envolvida no Petrolão. O MP desmontou os argumentos do ex-presidente de que teria apenas uma cota de outra unidade no prédio. Entre as provas apresentadas pelos promotores estão relatos de funcionários e ex-moradores que confirmam que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, Lula e um dos filhos do casal vistoriaram as reformas do imóvel. Obras que custaram mais de R$ 700 mil. Pagas pela OAS e feitas ao gosto da família Lula. Chamou a atenção das autoridades que uma das visitas ao apartamento foi acompanhada pelo presidente da OAS, Leo Pinheiro. O executivo chegou a ser preso no Petrolão e negocia acordo de delação premiada. O caso estava sob a responsabilidade da juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, mas na semana passada, o inquérito foi remetido ao juiz Moro, incluindo o pedido de prisão preventiva contra Lula formulado pelo MP paulista.
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O CARA 
Segundo Delcídio do Amaral, Lula foi o mentor da compra do silêncio de Cerveró
Um pedido como este nas mãos do ágil juiz Sérgio Moro era tudo o que o Dilma e Lula tentaram evitar a todo custo. A ponto de ensejar sobre eles uma possível investigação pelo crime de tentativa de obstrução do trabalho da Justiça. A linha de investigação leva em consideração o ato de nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, iniciativa cujo único propósito foi o de livrar o petista da competência do juiz de Curitiba. Foi um duplo tiro no pé. Agora, além de Lula ser alvo de um pedido de investigação por tentar atrapalhar o trabalho da Justiça, crime tipificado na Constituição no inciso 5 do artigo 6º da Lei 1.079/1950, o destino político do ex-presidente está definitivamente nas mãos do seu principal algoz.
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Pedidos de inquéritos contra Lula e Dilma tiveram como base delação de Delcídio, antecipada por Istoé

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O QUADRO POLÍTICO ESTÁ MAIS ENROLADO DO QUE PENTELHO DE “PRIQUITO” DE AFRICANA...





Reinaldo Azevedo

Na democracia, melhor uma solução ruim amparada na Constituição do que uma boa amparada no arbítrio. A boa decisão contra a Carta acabará fatalmente virando um erro; a má decisão a favor da Carta acabará fatalmente sendo um acerto.

Quase todos os ministros que tinham ciência do peso do que estavam votando — o próprio Teori, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello — chamaram a atenção para o caráter excepcional da medida da suspensação do mandato de Eduardo Cunha. Tanto é assim,  que estamos diante de um fato inédito.

Que fique claro: NÃO EXISTE AMPARO NA CONSTITUIÇÃO PARA A DECISÃO QUE FOI TOMADA. O fato de eu estar contente com o afastamento de Cunha não me deixa contente com o horizonte que se abre com essa decisão. Como esquecer? Delcídio do Amaral foi flagrado tentando obstruir a Justiça e a investigação da Lava Jato. Nem importa saber se seu plano era ou não mirabolante e inexequível. De tal sorte foi considerado grave o que fez que teve a prisão decretada pelo Supremo. E, no entanto, conservou o seu mandato. Como suspender o mandato de quem não foi preso?

NOTEM: UM POLÍTICO PODE, SIM, IR PARA A CADEIA, MAS PERMANECE COM O SEU MANDATO. VIMOS ISSO ACONTECER NAS CONDENAÇÕES DO MENSALÃO.

Não estou sozinho no meu estranhamento. Em entrevista à Folha, Eloísa Machado, professora do curso de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e Coordenadora do projeto “SUPREMO EM PAUTA”, que estuda o tribunal, também expressa certa perplexidade e vai ao ponto: “É EVIDENTE QUE UMA DECISÃO DESSAS TEM UM IMPACTO ENORME NO SISTEMA POLÍTICO. IMAGINE O SEGUINTE: TODOS OS DEPUTADOS QUE SÃO RÉUS SERÃO AFASTADOS? OU ISSO SÓ VALE PARA O CUNHA?”

É uma boa pergunta. Os ministros, em seus respectivos votos, tentaram, de algum modo, tranquilizar a todos: “Olhem, isso não vai virar um hábito…” Pois é. Por que não? Faço minhas as palavras da professora Eloísa Machado: “Essa decisão me dói porque o Cunha não deveria estar na presidência da Câmara, mas, ao mesmo tempo, fica uma sensação de insegurança porque A DECISÃO ESTÁ FORA DOS PARÂMETROS CONSTITUCIONAIS.”

BASTIDORES

É claro que, a isso tudo, faltam bastidores, não é? Parece que Teori Zavascki, com efeito, vinha evitando tratar da Ação Cautelar movida pela Procuradoria Geral da República porque sabia do risco que ela trazia. Mas aí surgiu a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) da Rede, que caiu nas mãos de Marco Aurélio. Serelepe, ele conseguiu pautar a matéria com Ricardo Lewandowski. Tratava-se de um ADPF preventiva, argumentando que a permanência de Cunha na Câmara feria preceitos fundamentais e que ele não poderia estar na linha sucessória, uma vez que é réu. 
NOTA: NADA DISSO ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO.

Armava-se um palco para Marco Aurélio questionar as decisões do presidente da Câmara, incluindo o primeiro ato de aceitação da denúncia que resultou no impeachment. Teori houve por bem conceder, então, a sua liminar. Cuidou menos da questão da linha sucessória do que dos atos que, entendeu ele, Cunha tomou para obstruir a investigação.


O palanque no qual Marco Aurélio, Lewandowski e, quem sabe?, Roberto Barroso poderiam discursar foi desfeito. Isso pode explicar uma quinta-feira estranha. Mas não deve tranquilizar ninguém. Cunha está afastado da Câmara e não preside mais a Casa. Isso, em si, é bom. Mas, do ponto de vista institucional, estamos um pouco mais enrolados. – Imagem e manchete não fazem parte do texto original  suprimido 





quinta-feira, 5 de maio de 2016

SOMOS TODOS CUNHA... NA CADEIA, CLARO!!!



Carlos Newton
O Supremo Tribunal Federal confirmou por unanimidade a decisão do ministro Teori Zavascki de afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de seu mandato de deputado federal, ao aprovar medida liminar proposta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.  Na mesma hora que se anunciou a decisão, a vizinhança da residência oficial da presidência da Câmara soltou fogos de artifício. Cunha ficou lá o dia todo e deve dar uma entrevista agora à noite.
Com esta decisão, fica prejudicada a  ação semelhante proposta pela Rede Sustentabilidade, na qual o partido de Marina Silva pedia o afastamento imediato de Cunha do posto ou, ao menos, que ele fosse impedido de ocupar a Presidência da República em caso da ausência do presidente e do vice-presidente da República.
A decisão de hoje é altamente polêmica, porque a Constituição Federal estabelece expressamente que cabe à Câmara Federal determinar a cassação de mandato de deputado, e o próprio relator Teori Zavascki reconheceu essa realidade em seu parecer.
Mesmo assim, o plenário do Supremo decidiu seguir o voto do relator, confirmando o afastamento de Cunha. Isso significa que ele tem o mandato suspenso, mas não está cassado. É uma situação altamente esdrúxula em termos jurídicos, mas os ministros a consideraram conveniente na atual situação política que o país atravessa.
Ainda não se sabe se a decisão sobre a liminar será convalidada também em julgamento do mérito, como aconteceu na ação movida pelo PCdoB no ano passado para modificar o rito do impeachment na Câmara dos Deputados. Mas logo se saberá.

TRADUÇÃO SIMULTÂNEA

Trata-se de uma decisão do Supremo que necessita de tradução simultânea. O deputado Eduardo Cunha fica afastado de seu mandato parlamentar e, consequentemente, também não pode mais exercer a presidência da Câmara. No entanto, não sofreu cassação.
Terá de se mudar da residência oficial, mas ficará recebendo o salário de deputado, com todas as vantagens e mordomias, até que a Câmara declare a cassação dele. Sua vaga será assumida pelo primeiro suplente da última eleição para a Câmara no estado do Rio de Janeiro, que pode tomar posse nesta sexta-feira.
A situação é absolutamente inédita, nunca ocorreu nada igual na História deste país, que demonstra ser muito original e criativo no que se refere ao cumprimento das leis e à adoção dos procedimentos judiciais. Podemos ter certeza de que jamais se verá um país como este, como dizia Olavo Bilac, o poeta que admirava as Forças Armadas e ajudou a implantar no país o serviço militar obrigatório. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original - 

ÚLTIMO ATO DA VACA: Tchau, querida!!!



PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - TIME TO GO!!! TCHAU QUERIDA!!! Traduzindo: Hora de ir!!! Se for por falta de adeus, tchau querida!!!


LULA ENROSCOU-SE NO MENSALÃO, PETROLÃO E QUADRILHÃO...


Josias de Souza

O cronista Nelson Rodrigues ensinou que a morte é anterior a si mesma. Começa antes, muito antes. É todo um lento, suave, maravilhoso processo. O sujeito já começou a morrer e não sabe. Tome-se o caso de Lula. Fenece politicamente desde 2005, quando explodiu o MENSALÃO. Mas demorou dez anos para que a Procuradoria-Geral da Repúlica providenciasse a LÁPIDE.
Veio na forma de uma denúncia e de uma petição ao STF. Na denúncia, o procurador-geral pede a conversão de Lula em réu por ter tentado comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró. Na petição, REQUISITA A INCLUSÃO DE LULA e outras 29 pessoas no “QUADRILHÃO”, como é conhecido o principal inquérito da Lava Jato. Nesse texto, Janot esculpiu um epitáfio com cara de óbvio: “ESSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA JAMAIS PODERIA TER FUNCIONADO POR TANTOS ANOS E DE UMA FORMA TÃO AMPLA E AGRESSIVA NO ÂMBITO DO GOVERNO FEDERAL SEM QUE O EX-PRESIDENTE LULA DELA PARTICIPASSE.''

A conclusão do procurador-geral elimina uma excentricidade dos governos do PT. Está chegando ao fim a era da corrupção acéfala. Janot fez, finalmente, justiça a Lula, protegendo-o de si mesmo. A pose de Lula diante da roubalheira não fazia jus à sua fama.
O mal dos partidos políticos, como se sabe, é que eles têm excesso de cabeças e carência de miolos. O PT sofre da mesma carência, mas com uma cabeça só. Desde que empinou a tese do “NÃO SABIA”, Lula vinha renegando sua condição de cérebro solitário do PT. Reivindicava o papel de cego atoleimado.
Se aceitar a denúncia da Procuradoria, o STF não irá apenas transformar Lula em réu. Restabelecerá a lógica, acomodando o personagem no topo da hierarquia da quadrilha. Mirando para baixo, Janot disparou várias balas que muitos davam como perdidas. Requereu a inclusão no inquérito do“QUADRILHÃO” de vários nomões do PT, do PMDB e da vizinhança de Dilma.
Gente como os ministros palacianos JAQUES WAGNER, RICARDO BERZOINI E EDINHO SILVA; OS EX-MINISTROS ERENICE GUERRA, ANTONIO PALOCCI E HENRIQUE ALVES; os senadores Jader Barbalho e Delcídio Amaral; o deputado Eduardo Cunha… De quebra, foi alvejado o principal assessor de Dilma, GILES AZEVEDO.
Como se fosse pouco, JANOT REQUEREU A ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA A PRÓPRIA DILMA, o advogado-geral do impeachment, José Eduardo Cardozo e, de novo, LULA. Acusa-os de tentar obstruir as investigações.
No início de março, quando foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal por ordem do juiz Sérgio Moro, Lula reagiu com uma entrevista de timbre viperino. “SE QUISERAM MATAR A JARARACA, NÃO BATERAM NA CABEÇA, BATERAM NO RABO, PORQUE A JARARACA ESTÁ VIVA.'' Pois bem. JANOT ACERTOU A CABEÇA DA VÍBORA.
Lula estava zonzo desde o dia em que o doutor Moro atrapalhou sua nomeação para a Casa Civil jogando no ventilador os diálogos vadios captados em grampos legais. Numa conversa com Dilma, a jararaca destilara todo o seu veneno:
“NÓS TEMOS UMA SUPREMA CORTE TOTALMENTE ACOVARDADA, NÓS TEMOS UM SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA TOTALMENTE ACOVARDADO, UM PARLAMENTO TOTALMENTE ACOVARDADO. […] NÓS TEMOS UM PRESIDENTE DA CÂMARA FODIDO, UM PRESIDENTE DO SENADO FODIDO. NÃO SEI QUANTOS PARLAMENTARES AMEAÇADOS. E FICA TODO MUNDO NO COMPASSO DE QUE VAI ACONTECER UM MILAGRE E VAI TODO MUNDO SE SALVAR…”
Depois disso, a Suprema Corte avalizou o rito do impeachment, o presidente da Câmara coordenou a goleada de 376 X 137, o presidente do Senado passou a flertar com o vice-presidente “conspirador”, OS PARLAMENTARES TRAEM MADAME GOSTOSAMENTE E LULA REVELA-SE UMA COBRA SEM VENENO. Tornando-se réu, TALVEZ CHEGUE A 2018 MAIS PERTO DA CADEIA DO QUE DAS URNAS.
Quanto a Dilma, ninguém estranharia se o noticiário sobre sua Presidência migrasse da editoria de política para o espaço que os jornais reservamAOS AVISOS FÚNEBRES. Os curiosos lêem compulsivamente, à espera de uma surpresa agradável. Jurada de morte, madame tenta se convencer de que ainda está cheia de vida. Mas todos sabem, inclusive seus aliados, que, mais dia menos dia, acaba o seu dia a dia. Tudo passa, EXCETO O PMDB, QUE É IMORTAL
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - LULA ESTA SENDO SEPULTADO EM COVA RASA. COMO INDIGENTE. E NÃO MERECE MELHOR SORTE, EXATAMENTE ELE QUE PROMETEU O PARAÍSO A TODOS OS BRASILEIROS, MAS ENTREGOU O INFERNO. O CHEFE DO MENSALÃO, PETROLÃO E QUADRILHÃO SÓ ROUBOU PARA OS FAMILIARES E EMPREITEIROS, POIS ATÉ OS AMIGOS E COMPANHEIROS, DEIXOU ARDEREM NAS CHAMAS DA PROFUNDA DO INFERNO, NOS PORÕES DOS CÁRCERES IMUNDOS...

quarta-feira, 4 de maio de 2016

ÂNIMO!!! SÓ FALTAM MAIS SETE DIAS...






Por José Nêumanne
PARA LULA, DILMA E O PT AS VÍTIMAS DE SEUS CRIMES SÃO CÚMPLICES E TÊM QUE PERDOÁ-LOS.
Ao contrário do que se imagina e muito se cita em discursos e textos clássicos ou comuns, a matriz do pensamento da esquerda ocidental contemporânea não é mais o comunismo de Marx e Engels nem a teoria da revolução proletária de Lenin. Mas se inspira numa frase do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre: “O inferno são os outros”. Ante a angústia de ter de decidir como viver a própria vida, o ser humano, como fica explícito em sua peça Huis Clos (Entre Quatro Paredes, habitua-se a delegar ao “outro” a responsabilidade pela própria existência. A militância esquerdista, desde a adesão do pai do existencialismo à tirania pós-stalinista do chinês Mao Tsé-tung, assumiu a fraqueza humana como justificativa para as próprias vilezas.
Mesmo não sendo o autor de O Ser e o Nada o melhor exemplo de caráter ilibado, seria injusto conceber que ele possa ser o maior responsável pelo comportamento do LULODILMOPETISMO na exacerbação amoral e imoral desse raciocínio. Como Lula se orgulha de detestar LER e Dilma tem dificuldade de entender o QUE OUVE, LÊ E REPETE, é mais sensato constatar que esse paradigma da apropriação do bem que o outro faz e da responsabilidade deste sobre os próprios delitos é um acréscimo prático às lições de Nicolau Maquiavel aos cruéis príncipes da Florença renascentista. Durante a bonança da primeira gestão Lula, os benéficos resultados da revolução social planejada, gerada, produzida e gerida nas administrações de Itamar Franco e Fernando Henrique foram tratados como “HERANÇA MALDITA”. E os bens causados pelo equilíbrio fiscal e monetário, incluídos no legado “BENDITO” do padim dos oprimidos.
Apresentada a conta dos FRUTOS PODRES DESSE POMAR, onde foram queimados em fogo-fátuo o suor e as lágrimas dos desvalidos, especialmente dos 10,9% de desempregados, hoje eles passam a usar mentiras maledicentes contra quem ouse denunciar seus crimes. E a tratar suas vítimas como cúmplices no que as prejudicaram, forçando-as a perdoá-los.
Acolitada por Lula e repetindo o discurso à Goebbels do marqueteiro João Patinhas Santana, DILMA VENDEU O PARAÍSO NA TERRA NA CAMPANHA PELA REELEIÇÃO, EM 2014. Mas desde o primeiro dia do segundo governo iniciou a transferência para os derrotados da própria culpa pelo inferno da maior crise econômica da História. O PT E SEUS ALIADOS FORMARAM, EM 13 ANOS E QUATRO MESES DE DESGOVERNO, UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE ESVAZIOU OS COFRES DA REPÚBLICA, FEITO UM ROBIN HOOD ÀS AVESSAS. ASSIM, A CRISE MORAL QUE ASSOLOU AS MÁQUINAS BUROCRÁTICAS FEDERAL E ESTADUAIS, ROENDO AS CONQUISTAS DO PLANO REAL, A MAIOR REVOLUÇÃO SOCIAL DA HISTÓRIA, PRODUZIU A MAIOR CRISE ECONÔMICA DE TODOS OS TEMPOS.
Flagrado tapando, de forma ilícita, rombos do Tesouro com saques em aberto em bancos públicos, o bando no poder, sob o comando de madama, cometeu crimes de responsabilidade e tornou o impeachment dela uma urgência para a salvação nacional. Ao longo dos quatro anos do primeiro mandato, ela moeu a maioria no Congresso, herdada do antecessor e padroeiro, com sua inusitada incapacidade de conviver com membros de outros Poderes, gerada no ventre da serpente de seu trato truculento e intolerável com outrem.
DEMONSTRANDO ENORME DESAPREÇO PELA CONSTITUIÇÃO, revelado quando só a assinaram a contragosto, seus correligionários petistas tentaram, em vão, espalhar pelo mundo a hipótese estapafúrdia de que “impeachment sem crime é golpe”. Esse slogan parte de duas mentiras grosseiras: a de que ela é inocente e a da possibilidade de êxito de uma conspiração tramada nos porões (como os da tortura na ditadura militar) por 61% da população, representada por milhões nas ruas, 69% dos deputados federais, 61% dos senadores (conforme revela o placar do Estadão publicado nesta edição) e pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF).
O absurdo, que chacoalha o esqueleto de Aristóteles, não resiste a fatos. OS BRASILEIROS QUE QUEREM APEÁ-LA DO PODER SÃO EM MAIOR NÚMERO DO QUE O TOTAL DOS QUE NELA VOTARAM. A oposição, que ela acusa de culpa pela crise por ter aprovado pautas-bombas que tornaram inviável seu insustentável ajuste(?) fiscal, é minoria insignificante no Congresso. E DOS 11 JUÍZES DO SUPREMO, OITO FORAM NOMEADOS POR LULA E POR ELA.
A insistência com que sua defesa mente tira a harmonia do samba de uma nota só do “golpe”. José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, de fato seu causídico pessoal, já arengou tanto no Congresso, no STF e na “mídia” que merece uma citação no Guinness como o mais loquaz camicase na história dos “golpes”.
Não só de acusações à oposição sobrevive sem governar o atual desgoverno. Quem não apoia tal desvario TEM SIDO AÇOITADO NO PELOURINHO PETRALHA. A professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Janaína Paschoal teve de explicar à “BANCADA DO CHORORÔ” na comissão de impeachment no Senado por que defendeu um procurador que bateu na mulher. Seus detratores, que ainda a acusaram de ser “tucana”, não refutaram um só argumento válido à acusação por ela lida. Nem se lembraram da sentença romana de que acusados devem gozar da presunção de inocência, tão citada pelo PT para defender cúmplices na roubalheira.
Na dita sessão, a ministra da Agricultura, KÁTIA ABREU, CHAMOU OS BRASILEIROS DE CALOTEIROS, ao perguntar quem nunca deixou de pagar uma conta, ousando comparar a irresponsabilidade da chefona com o estado de extrema necessidade do desempregado que não consegue manter o crédito na praça porque perdeu o salário. OCUPADA EM CONTAR RESES, não sabe que ninguém entende mais de crédito do que o pobre, incapaz de sobreviver sem ele.
Contra tantas ignomínias, com as quais Sartre nada tem que ver, há uma salvação: O EMPREGO DE DILMA E O PROTAGONISMO DE SEU PARTIDO ESTÃO A SETE DIAS DO FIM ANUNCIADO. AMÉM!