segunda-feira, 13 de junho de 2016

DILMA NOMEOU UM MINISTRO "GARANTISTA" AO STJ PARA FAVORECER A ODEBRECHT



Navarro foi o único voto a favor da libertação do empreiteiro
Wálter Nunes e Bela Megale
Os investigados da Odebrecht que negociam acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato relatarão que advogados e executivos do grupo ouviram de integrantes do governo que a presidente afastada, Dilma Rousseff, nomearia um ministro “GARANTISTA” para o Superior Tribunal de Justiça. São considerados “GARANTISTAS” os juízes que tendem a analisar os processos do ponto de vista dos direitos individuais do acusado.
A medida favoreceria a soltura do ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015.
INCRIMINANDO DILMA – A história que será contada pelos delatores é a de que executivos da Odebrecht, inclusive Marcelo, vinham pressionando integrantes do governo a frear as investigações com o argumento de que a derrocada da empreiteira atingiria a gestão Dilma.
Entre os alvos da pressão estavam a própria presidente e o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Os apelos da Odebrecht, segundo os delatores, não foram atendidos. Como avanço das investigações e a prisão de Marcelo, as pressões da empreiteira aumentaram.
TRAMA NO STJ – A defesa do ex-presidente e herdeiro do grupo havia entrado com um pedido de habeas corpus que seria julgado pela quinta turma do STJ, responsável pelos recursos da Lava Jato.
O novo ministro a ser indicado por Dilma ocuparia a vaga do desembargador Newton Trisotto, provisoriamente na cadeira e que vinha votando contra a soltura dos presos da Lava Jato.
Os delatores contarão que advogados da empreiteira receberam de Cardozo a notícia de que Dilma escolheria um garantista para a vaga. A notícia foi encarada com otimismo pela defesa da Odebrecht.
NAVARRO FOI ESCOLHIDO – O indicado pela presidente, em agosto de 2015, foi Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, segundo colocado na lista tríplice de candidatos. No julgamento do habeas corpus que pedia a liberdade de Marcelo Odebrecht, ele foi o relator e o único dos cinco ministros da turma a votar pelo “sim”.
Navarro agora é investigado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por ter sido citado na delação do ex-senador Delcídio Amaral, que disse que a nomeação dele fez parte de estratégia do governo para soltar Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo.
LISTA DE PROPINAS – A Odebrecht concordou em contar tudo o que sabe sobre a lista de propina e caixa dois apreendida pela Polícia Federal e que era parte de seu departamento de “operações estruturadas”, dedicado à movimentação de dinheiro ilícito. Ainda dará acesso ao software usado para gerenciar o dinheiro.
Os funcionários da empreiteira Hilberto Mascarenhas Alves da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares, presos na 26ª fase da Operação Lava Jato, irão ensinar os policiais a operar o sistema.
CARDOZO SE DEFENDE – O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse, por meio da assessoria de imprensa, que a preferência por colocar ministros “garantistas” nas cortes superiores é uma posição pública dele manifestada em diversas ocasiões, inclusive na imprensa.
A presidente afastada Dilma Rousseff e a Odebrecht não se manifestaram. A reportagem não conseguiu contato com Marcelo Navarro.

O CERCO TÁ SE FECHANDO: QUEREM COLOCAR A CORDA NO PESCOÇO DA DILMA...





Carlos Newton
A força-tarefa da Lava Jato ainda não pode investigar a presidente Dilma Rousseff, mas já começa a apertar a corda em volta do pescoço dela, que daqui a alguns meses perderá o foro privilegiado e cairá na malha fina da República de Curitiba, que está passando o país a limpo. No ano  passado, Dilma já havia sido arrolada como testemunha por Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, mas na época ele foi muito pressionando e acabou tirando o nome dela. Agora, não teve jeito e a 13ª Vara Federal Criminal já enviou a intimação ao Palácio da Alvorada, para que Dilma deponha a favor de Marcelo Odebrecht.
DILMA TEM OPÇÕES – Para responder as perguntas do juiz Moro, Dilma pode preferir testemunhar por escrito, na forma da lei, ou até mesmo não dar resposta alguma. Nada lhe acontecerá, mas pegará muito mal se ela não prestar depoimento. Seja como for, a presidente Dilma agora passa a ter certeza de que seu encontro frente a frente com Moro é apenas uma questão de tempo.
Dentro de poucos meses, Dilma Rousseff acabará deixando a condição de testemunha, para se tornar indiciada e depois incriminada. Por enquanto, tudo depende do Supremo, que costuma sentar em cima desses autos, mas em Curitiba as investigações, os inquéritos e os processos andam em alta velocidade, num contraponto à majoritária parcela da Justiça brasileira, que prefere seguir devagar, quase parando, quando não engata marchá a ré.
OPERAÇÃO XEPA –  Dilma será ouvida no desdobramento da Operação Xepa, a 26ª fase da Lava Jato, detonada em março, quando a força-tarefa saiu em campo para buscar provas referentes ao chamado Departamento de Propinas da Odebrecht, descoberto na delação premiada da secretária Maria Lúcia Guimarães Tavares, presa em 22 de fevereiro. Ela trabalhava desde 2009 organizando pagamentos para esquemas de corrupção e suas revelações já trouxeram indícios contra dezenas de políticos.
Maria Lúcia desconhecia os beneficiários finais. Mas sabia quem era “Feira”, apelido do marqueteiro João Santana, por ter nascido próximo à cidade de Feira de Santana. E nas anotações de Maria Lúcia, havia o contato da mulher de Santana, Mônica Moura, que mandava um intermediário retirar propinas em dinheiro diretamente na sede da Odebrecht em Salvador.
DILMA ARROLADA – A presidente Dilma está sendo arrolada para depor como testemunha por Marcelo Odebrecht, que já entregou à força-tarefa como funcionava o esquema e revelou também as contribuições que o PT exigiu para a última campanha de Dilma, em 2014: primeiro via Edinho Silva (R$ 14 milhões) e depois via João Vaccari (12 milhões).
O empreiteira relatou à força-tarefa que estranhou o segundo pedido, foi a Brasília conferir com a própria presidente Dilma Rousseff, e ela lhe ordenou que fizesse a contribuição. “É para pagar!” – ela determinou a Marcelo Odebrecht, segundo o depoimento em empreiteiro, que revelou também o funcionamento do caixa 2 da campanha eleitoral no exterior.
Já se sabe que a presidente vai exigir as perguntas do juiz Sergio Moro por escrito, para serem respondidas pelo ex-ministro José Eduardo Cardozo. Dilma pode até mesmo não responder, repita-se. Mas não adianta nada, porque a força-tarefa está apertando o cerco a ela, as provas estão se acumulando e agora é apenas uma questão de tempo.
ATÉ NO EXTERIOR – Os problemas de Dilma se avolumam. Já está citada em várias delações premiadas. Seu ex-amigo Nestor Cerveró, que denunciou a participação dela na compra de Pasadena, está fazendo acordo na Justiça dos Estados Unidos e vai depor sobre o caso da refinaria. Outro importante personagem, o ex-diretor Paulo Roberto Costa também pode fazer acordo nos EUA e entregar Dilma, com quem se relacionava diretamente nos governos de Lula, quando ela ocupou  o Ministério de Minas e Energia e depois a Casa Civil.
A grande dúvida é saber se a presidente Dilma tem conhecimento desses fatos. Por recomendação médica, para não se estressar, ela não lê jornais nem revistas, também não assiste aos telejornais. É informada por meio de uma sinopse feita pela assessoria, que destaca as poucas notícias positivas e ameniza as muitas notícias negativas. Ela vive num mundo virtual, mas um dia terá de cair na realidade. E ainda há quem defenda que ele volte ao poder.

domingo, 12 de junho de 2016

O CÍNICO, FALASTRÃO E ENGANADOR LULA CISMOU DE AMEAÇAR A DEMOCRACIA E DEFENDER O BOLIVARIANISMO...





Mary Zaidan

Hábil na escolha das frases e na mixagem dos tons -- do sério ao indignado, do didático ao malandro --, o ex-presidente Lula ainda tem domínio de palco. Mas, definitivamente, já não é o mesmo. Se consegue empolgar a torcida, o faz com uma fórmula gasta e repetitiva, incapaz de ultrapassar os limites da FÉ CEGA DE SEUS FÃS.  E, como sempre, excede na torção dos fatos a seu bel prazer e conveniência, nos impropérios ou na simples mentira.

Foi o que se viu, mais uma vez, na sexta-feira, no ato “Fora Temer” na Avenida Paulista. Ao rol de mesmices sobre o “golpe” contra a presidente afastada Dilma Rousseff e a ilegitimidade do presidente interino Michel Temer, Lula se valeu de sandices, desacato, agressões pessoais, desapreço à democracia e desrespeito à Constituição. A ele, pouco importa o “Fora Temer” ou o “Volta Dilma”. O que vale é o palanque para manter viva a candidatura em 2018.

Depois de expor uma visão muito particular do golpe de 1964 e da campanha das Diretas-Já, e de embrenhar-se em uma danada confusão ao comparar a revolução de Fidel Castro e o governo Michel Temer, Lula voltou-se ao seu papel predileto de benfeitor único dos pobres. Essa FONTE INESGOTÁVEL DE VOTOS,  que, pragmaticamente, é melhor que permaneça na pobreza.

Em flagrante afronta à Carta, que estabelece o Parlamento como único fórum legal para processar o impedimento de um presidente, surrupiou a legitimidade dos deputados federais, afirmando que “só o povo que elegeu Dilma pode tirar Dilma”. E incluiu os parlamentares pró-impeachment na lista ampliada dos 300 picaretas a que se referira nos anos 1990.

Falando muito mais de si e de seu governo do que da pupila sucessora que só deu dor de cabeça a ele e ao país, Lula berrou contra privatizações que nem de longe estão na mira do governo Temer. “Vão querer vender a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa, a Eletrobras, a Transpetro. Vão vender tudo.” E, para delírio da plateia, arrematou: “Vão querer vender a mulher e até a família”.

Nada de novo. A ladainha contra a privatização está no discurso do PT desde sempre. Mas Lula agudizou: “para privatizar não precisa de governo, só de agiotas”.

Em outro momento, inspirado em Hugo Chávez, mas na versão piorada, mais semelhante ao desconcertado Nicolás Maduro, Lula dedicou-se a achincalhar o ministro das Relações Exteriores, José Serra, que teria reacendido o “complexo de vira-lata” do Brasil. E, de novo, se agarrou ao lugar comum para lembrar que é filho de analfabetos, e que tinha aprendido a não ser melhor nem pior do que ninguém, mas ser igual.

A lição jamais assimilada faz Lula supor que está acima do bem e do mal. E, embora saiba da impossibilidade de ocultar fatos e reconstruir a história com a lábia, não vislumbra outra saída – até porque não há. Portanto, vai ocupar palanques em cada ato anti-Temer e fazer exatamente igual. Defender Dilma NÃO mais do que protocolarmente, atacar rivais a ferro e fogo, tentar juntar o que resta de seguidores. 

Na ponta da língua traz o discurso de condenar os que denunciam a roubalheira que fez de seu governo e de sua sucessora um sem-fim de escândalos, acusando a existência de conluio entre gente do Ministério Público e da Polícia Federal com jornalistas. Vazamentos condenáveis quando mexem com ele, Dilma e o PT, aplaudidos e comemorados quando apertam os calos de Aécio Neves e do PMDB de Temer.

Na mesma sexta-feira em que o ex ouvia “olê-ôlê-olá, Lula, Lula!”, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, solicitava ao Supremo que a investigação de Delcídio do Amaral, que envolve Lula na tentativa de evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, fosse despachada para o juiz Sérgio Moro. Outros três procedimentos – sítio de Atibaia, tríplex do Guarujá e a inclusão no processo principal da Lava-Jato – já estão nas mãos do ministro Teori Zavascki e também devem seguir para Curitiba.

Quase todas as vezes que fala em público, Lula “ameaça” ser candidato se “eles” continuarem a provocá-lo. Mas foi-se o tempo em que o “eles” era o nome genérico da oposição. Hoje, o único “eles” capaz de provocar Lula é a Justiça. E, ao que parece, ela não se inibe diante de ameaças. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original - 


LULA CONTINUANDO SOLTO O BRASIL PODE PIORAR, DEVE PIORAR, VAI PIORAR...



























Josias de Souza

Lula está “CHATEADO”. Revelou o motivo à multidão que o ouvia discursar num ato anti-Temer, na noite desta sexta-feira. “Eu tô chateado porque todo dia eu leio uma matéria que diz assim: ‘Eles querem prender o Lula, eles querem encontrar alguma coisa do Lula, eles querem que alguém delate o Lula’.”
Horas antes do discurso de Lula, o procurador-geral Rodrigo Janot acrescentara uma novidade ao rol de chateações do orador. Ele solicitara ao STF que enviasse para Curitiba a denúncia em que Lula é acusado de participar de uma trama para comprar por R$ 250 mil o silêncio do delator Nestor Cerveró.
Nas mãos de Sérgio Moro, Lula terá mais razões para temer a prisão. Os indícios colecionados contra ele são abundantes. No caso do suborno oferecido a Cerveró em troca de silêncio, o delator de Lula é ninguém menos que Delcídio Amaral, um ex-senador petista com quem cansou de tricotar.
O cotidiano de Lula é uma sucessão de poses. Ele faz pose ao acordar, ao escovar os dentes, ao tomar café. Difícil saber quando as emoções de um personagem assim são ou não representadas. No comício desta sexta, Lula escolheu exibir à plateia sua pose de vítima.
“A paciência que eu tenho, eu herdei da minha mãe”, ele disse, voz embargada. “Muitas vezes, ela não tinha comida para colocar na mesa. E ela não reclamava, dizia que no dia seguinte ia ter. E todo dia eu leio uma coisa. É o meu filho que é dono da Friboi, é o meu filho que tem avião, é o Lula que não sei das quantas… É o PT que é uma organização criminosa.”
Lula desrespeita a memória de dona Lindu, sua mãe, ao mencioná-la num contexto em que MISTURA BOATOS RIDÍCULOS QUE CIRCULAM NA INTERNET SOBRE A FORTUNA DO FÁBIO LUÍS E VASTA FOLHA CORRIDA DO PARTIDO. No momento, o filho de Lula que frequenta as manchetes em apuros é Luís Cláudio, o caçula. Nada a ver com boatos.
Luís Cláudio enroscou-se no Operação Zelotes. De início, era investigado por ter recebido R$ 2,5 milhões da firma Marcondes & Mautoni, acusada de comprar medidas provisórias. Ao apalpar os dados bancários do caçula de Lula, porém, a PF verificou que transitaram por sua conta bancária e de sua empresa cerca de R$ 10 milhões. Apura-se a origem da verba. Decerto haverá uma explicação.
Na sua superioridade moral auto-presumida, Lula diz que tem uma coisa que ele não perdoa. Repetiu um par de vezes: “Não perdôo, não perdôo.” O quê? “A atitude de vazamento ilícito de conversas minhas no telefone, como foi feito algum tempo atrás”, disse ele. “Sinceramente, não admito.”
Lula construiu uma tese: “Aquilo teve o objetivo tentar execrar a minha imagem, pra eu não ser presidente.” E completou, alteando a voz rouca: “Quanto mais eles provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato a presidente em 2018.''
A tese de Lula não fica em pé. O vazamento do grampo NÃO FOI ILEGAL.  Liberou-o o doutor Sérgio Moro. A correção da providência é algo que o STF ainda não julgou. Quanto ao objetivo, não há dúvida: Moro foi movido pelo desejo inconfessável de mostrar ao país que Lula topara virar ministro de Dilma para obter o escudo do foro privilegiado.
Os diálogos deixaram Lula e Dilma nus em praça pública. Num dos grampos, Lula diz para Dilma: “Nós temos uma Suprema Corte totalmente ACOVARDADA, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente ACOVARDADO, um Parlamento totalmente ACOVARDADO. Somente nos últimos tempos é que o PT e o PCdoB começaram acordar e começaram a brigar. Nós temos um presidente da Câmara FODIDO, um presidente do Senado FODIDO. Não sei quantos parlamentares ameaçados. E fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e vai todo mundo se salvar. Sinceramente, eu tô assustado com a República de Curitiba.”
Noutro trecho, percebe-se que o idealismo de Lula, sua vontade de servir o país como ministro, sua entrega altruísta ao bem público, tudo isso estava impulsionado pelo pavor de ser preso e pela ânsia de se esconder sob as togas dos ministros do STF.
Num dos áudios mais eloquentes, Dilma flerta com a falsidade ideológica ao mandar elaborar com antecedência o termo de posse que impediria os agentes federais de executarem uma eventual ordem de prisão expedida pelo juiz da Lava Jato contra Lula. Vale a pena relembrar o teor da fita:
Dilma: “Lula…”
Lula: Oi querida
Dilma: Chô te falar uma coisa.
Lula: Hãã…
Dilma: Eu tô mandando o ‘Messias’, junto com um papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse.
Lula: Hã, hã…
Dilma: Tá?
Lula: Ah, tá bom, tá bom.
Dilma: Só isso, ele tá indo aí.
Lula: Tá bom, tô aqui, fico aguardando.
Dilma: Tchau.
Lula: Tchau, querida.
Poucas horas depois, sem saber que sua voz soara na escuta da Polícia Federal, Dilma concedeu entrevista no Planalto. A certa altura, perguntaram-lhe se a nomeação de Lula para a Casa Civil da Presidência destinava-se a retirá-lo do alcance da caneta do doutor Moro. E Dilma:
“Vamos falar a verdade: a vinda do Lula para o meu governo fortalece o governo. Tem gente que não quer que ele seja fortalecido. O que eu posso fazer? A troco de quê eu vou achar que a investigação do juiz Sérgio Moro é melhor do que a investigação do Supremo? Isso é uma inversão de hierarquia, me desculpa!”
O resto é história. Mesmo nomeado por Dilma, Lula NÃO conseguiu sentar-se na cadeira de ministro. Sua pupila caiu antes. Agora, a caminho da “República de Curitiba”, faz pose em comício. Mas sabe que um político não pode ser apenas uma sucessão de poses. É preciso que por trás da pose exista uma noção qualquer de honestidade. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original - 

sábado, 11 de junho de 2016

JANOT TÁ CAGANDO FORA DO CACO: PEDE A PRISÃO DE ALGUNS, MAS DE OUTROS NÃO?!?!?!








AO PEDIR A PRISÃO POR OBSTRUÇÃO DE JUSTIÇA DE RENAN, JUCÁ, SARNEY E EDUARDO CUNHA E POUPAR DILMA, MERCADANTE, LULA E CARDOZO, QUE COMETERAM O MESMO CRIME, O PROCURADOR- GERAL DA REPÚBLICA RODRIGO JANOT DEMONSTRA PARCIALIDADE, PROVOCA REAÇÕES NO CONGRESSO, NO STF E COLOCA EM RISCO A PRÓPRIA LAVA JATO.


PROTEGIDOS Dilma, Cardozo, Lula e Mercadante (da esq. à dir.)
não foram sequer denunciados por Janot




Uma escultura em granito adorna a entrada por onde atravessam todos os dias os ministros do Supremo Tribunal Federal. A estátua caracteriza Têmis, uma das deusas da Justiça na mitologia grega. Como símbolo da imparcialidade, exibe os olhos vendados para significar decisões tomadas às cegas, ou seja, sem fazer qualquer distinção entre as partes nem privilegiar um lado em detrimento do 
outro a partir de ideologias, paixões ou interesses pessoais. Na última semana, não fosse matéria inanimada, a venda teria escorregado como manteiga do rosto de Têmis. O responsável por submeter a retina da Justiça a situações constrangedoras, das quais ela deveria estar sempre e a qualquer tempo blindada, é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ao pedir a prisão por obstrução de Justiça de Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, todos do PMDB, e poupar pelo mesmo crime Dilma Rousseff, Lula, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, do PT, Janot, chefe do Ministério Público, um órgão auxiliar da Justiça, mandou às favas o princípio da isonomia o qual deveria perseguir cegamente. Na régua elástica do procurador-geral, os rigores da lei válidos para os peemedebistas contrastam com a condescendência dispensada no tratamento a políticos do PT.





Senão vejamos. Resta evidente, após dois anos de Lava Jato, que um partido, o PT, – único detentor de caneta, verba e tinta para sacrificar a maior estatal do País em troca de propinas e dinheiro ilegal para campanhas – , comandou o Petrolão. Os tesoureiros e principais dirigentes petistas são os engenheiros e os motores da complexa engrenagem da corrupção na Petrobras. Também estrelados integrantes do petismo, entre os quais a própria mandatária afastada do País, Lula e dois ex-ministros de Estado, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, foram flagrados em áudios incontestáveis em inequívocas maquinações contra a Justiça e as investigações da Lava Jato. A despeito da ululante constatação, não são do PT e sim do PMDB os políticos mais encrencados até agora por Janot.

O despacho do procurador-geral pela prisão do trio do PMDB e de Cunha, pronto havia 15 dias, veio à baila na última semana trazendo em seu bojo o mesmo objeto capaz de implicar os petistas: a tentativa de criar embaraços à Lava Jato. Renan, Jucá e o senador aposentado, José Sarney, em gravações feitas por Sérgio Machado, discutem maneiras de enfileirar pedras no meio do caminho das investigações. Constituem-se ali meras intenções. Graves, decerto. Os três são habituês em escândalos e, comprovado o cometimento de crimes, são merecedores da punição adequada. Até de prisão, se assim prever a lei. Mas em nenhum momento das gravações há a menção a qualquer iniciativa que tenha obstruído de fato as investigações. O que se conhece, até o momento, ao menos no quesito obstrução de Justiça, não justifica mandá-los para trás das grades. É inquestionável: os tratamentos, até agora, foram desiguais. Enquanto que de um lado há elucubrações sobre como criar empecilhos ao trabalho da força-tarefa de procuradores e policiais federais, do outro há ações concretas para liquidar a Lava Jato. “A grande maioria da população não entende porque o caso das gravações de Sérgio Machado teve andamento tão rápido, enquanto áudios de Lula e Dilma, que comprovadamente mostram ação de obstrução de Justiça, permanecem na gaveta. Janot tem de explicar”, cobrou o ex-deputado Roberto Jefferson.

Obstruir a atuação da Justiça é crime tipificado no inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade passíveis de perda de mandato. Dilma foi apanhada em interceptação telefônica, autorizada pelo juiz Sérgio Moro, numa conversa com o ex-presidente Lula para combinar os detalhes de sua nomeação para a Casa Civil. No diálogo, Dilma disse a Lula que enviaria a ele por intermédio de um emissário um “termo de posse” para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente começava a atuar ali para impedir que o destino de Lula ficasse nas mãos do juiz Sérgio Moro. A intenção de impedir a livre atuação do Judiciário já estava caracterizada. Na sequência, o que se encontrava no plano das ideias foi consumado. O documento não apenas foi entregue por ela a Jorge Messias, como numa iniciativa nunca antes adotada na história republicana, a Presidência fez circular uma edição extra do Diário Oficial para dar publicidade legal ao ato de nomeação no mesmo dia em que foi assinado pela presidente. Para Miguel Reale Jr., um dos juristas signatários do pedido de impeachment de Dilma, o episódio representou uma afronta aos princípios republicanos: “É um ato de imoralidade administrativa e política”, afirmou. Antes, a presidente afastada já havia tramado, com a contribuição do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nomear Marcelo Navarro como ministro do STJ em troca da soltura do empreiteiro Marcelo Odebrecht.

DOIS PESOS DUAS MEDIDAS Rigor
de Janot só vale para um lado
 
(Crédito:Pedro Ladeira/Folhapress)


A nomeação também se concretizou e, conforme o combinado, Navarro, ao relatar o habeas corpus do empresário, votou por sua liberdade. Como se sabe, Odebrecht só não foi solto naquela ocasião porque Navarro foi voto vencido no tribunal. Lula, por sua vez, no mesmo lote de gravações, foi apanhado numa série de investidas para barrar as investigações da Lava Jato. Antes, Lula já havia acertado com Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma, o pagamento a Nestor Cerveró, por intermédio do filho do pecuarista José Carlos Bumlai, num esforço descomunal para evitar a qualquer custo a delação do ex-diretor da Petrobras. Hoje se sabe o porquê. Já Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, foi gravado numa ação semelhante: a tentativa de compra do silêncio de Delcídio, cuja delação, se saberia a posteriori, enredaria Lula e Dilma. Até agora, contra Dilma há um pedido de investigação, subscrito por Janot e ainda não julgado pelo STF. Lula, por sua vez, experimenta uma espécie de limbo jurídico. Na sexta-feira 10, será completado um mês que os procuradores da Lava Jato pediram ao STF a devolução dos inquéritos envolvendo o ex-presidente petista e nada foi feito. Na lista, aparecem os episódios do sítio em Atibaia, do tríplex no Guarujá e dos valores recebidos de empreiteiras por palestras.


EM MARCHA O presidente Michel Temer tenta 
se manter equidistante da crise política, 
enquanto caciques do PMDB estão na linha 
de tiro (Crédito:Pedro Ladeira/Folhapress)

O desequilíbrio da balança do procurador-geral provocou a reação imediata das classes política e jurídica. Causou espécie a maneira como o véu que há pelo menos três semanas encobria os pedidos de prisões do quarteto do PMDB foi retirado. Embora o relator da Lava Jato, Teori Zavascki, já estivesse de posse da solicitação havia mais de 15 dias, os demais ministros da Supremo Corte só tomaram conhecimento do caso pela imprensa. O vazamento, atribuído a Janot, despertou a ira dos ministros. Na sexta-feira 10, o procurador negou estar por trás da difusão dos áudios. “Não tenho transgressores preferidos”, acrescentou. O leite já estava derramado. Para os ministros tratou-se de uma estratégia destinada a pressioná-los. “É grave. Não se pode cometer esse tipo de coisa. É uma brincadeira com o Supremo”, sapecou o ministro Gilmar Mendes. Outro magistrado acusou Janot de fazer “política em favor do PT”. Fundamenta essa tese o timing escolhido pelo procurador para o pedido de prisões. Argumentou o mesmo ministro que Renan e Jucá sobreviviam incólumes, enquanto eram úteis ao PT. Só viraram alvos depois de bandearem-se para a órbita do presidente Michel Temer. O raciocínio faz todo sentido. Renan responde a 11 inquéritos no Supremo, dos quais nove associados à Lava Jato. Nenhum destes recebeu denúncia de Janot, embora os casos em questão sejam ainda mais graves.




O contra-ataque do Senado foi tecido com os fios da vingança. Primeiro, a Casa inflada de corporativismo pôs em marcha um acordão. Se a corte determinar a prisão dos senadores, o Senado promete inviabilizar a decisão em plenário. “Até aqui o que se tem contra os senadores é uma mera especulação de conversas reservadas”, antecipou-se o líder do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP). O passo seguinte dos senadores será barrar qualquer tentativa de Janot de emplacar o seu sucessor. Sabe-se no MPF do seu esforço em fazer de Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino, o próximo procurador-geral da República. “NÃO IREMOS ESQUECER”, afirmou um aliado de Jucá.


Que ninguém se engane: os intencionados em inviabilizar a Lava Jato tentarão fazer valer o seu propósito ao menor sinal de equívoco processual. Foi sintomática a solidariedade do ex-presidente Lula a Renan prestada na semana passada. A quem interessa o afã de querer mandar apenas um grupo de políticos para a cadeia com base em controversa sustentação legal? A resposta é insofismável: só serve a quem está apostando suas fichas no ambiente do “QUANTO PIOR MELHOR” para ensejar novas eleições ou para aqueles que acalentam o irrefreável desejo de melar a Lava Jato. A pretexto de mandar para a cadeia um lote específico de políticos implicados no crime de obstrução da Justiça, o diversionismo de Janot arrisca produzir exatamente o inverso: a proteção de todos. E não é o que se cumpriu semana passada? Apesar da atuação de xerife, a dura realidade se impôs: todos permanecem soltos. Peemedebistas e petistas.

A busca pela imparcialidade dos magistrados remonta ao início dos tempos. Ao retirar do cidadão o direito à autotutela, o Estado deu-lhe como compensação a figura do juiz: a pessoa a quem caberia a resolução de impasses sem beneficiar nenhuma das partes. O jurista alemão Werner Goldschimidt diz que a imparcialidade consiste na tentativa de colocar entre parênteses todas as considerações subjetivas do julgador, de modo que este deve ser objetivo e esquecer-se da própria personalidade. Não é o que parece orientar o procurador-geral da República. Para o espanhol Faustino Córdon Moreno, professor catedrático da Universidade de Navarra, o julgador imparcial deve ser terceiro às partes, assentado na neutralidade e no desinteresse. Janot também não parece agir como um ator desinteressado. Pelo contrário. Para o Palácio do Planalto, em seu radar estão os votos necessários para enterrar o impeachment de Dilma.

Uma adaptação a uma expressão sheakespeariana se encaixa com perfeição à realidade atual. Há mais coisas entre Curitiba e Brasília do que supõe nossa vã filosofia. Existe algo de podre no reino, para tomar emprestado outro termo da tragédia de Hamlet. Que os rigores da lei valham para todos e a venda permaneça sobre os olhos da deusa grega. Só assim, a Lava Jato estará resguardada e marcará o capítulo mais importante da história do combate à impunidade no País.

PIMENTEL MANOBROU E AINDA ESTÁ SEM PUNIÇÃO


Fernando Pimentel se mantém no governo de Minas enquanto STJ não decide se aceita acusação contra ele
TRIO AFINADO Aliado de primeira hora
de Lula e Dilma, para quem fez campanha, Pimentel tentou obstruir a Justiça


A cada dia se complica a situação do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Ele é suspeito de receber suborno e de se beneficiar de recursos ilícitos na última eleição. A Operação Zelotes moveu uma denúncia contra o petista por ajudar ilegalmente montadoras quando era ministro do Desenvolvimento, na gestão Dilma. O STJ até agora não decidiu se aceita a acusação, o que apearia automaticamente Pimentel do cargo. Enquanto isto, o braço-direito do petista resolveu contar tudo o que sabe em troca de redução de pena. O empresário Benedito Rodrigues, o Bené, disse que, entre outras operações, Pimentel recebeu milhões de empreiteiras para fazer lobby junto a governos do exterior. Afirmou também que o governador direcionou parte do dinheiro ilegal para negócios de um sobrinho. Não é primeira acusação contra familiares do petista. A primeira-dama Carolina Oliveira é também alvo dos agentes da Zelotes. Em uma estratégia suspensa pela Justiça, Pimentel tentou nomeá-la secretária estadual para lhe dar foro privilegiado e atrapalhar as investigações. - A manchete não faz parte do texto original -


sexta-feira, 10 de junho de 2016

A AFASTADA, DESOCUPADA E, EM BREVE, DESEMPREGADA DÁ AULA DE BIOLOGIA A UMA TURMA DA MORTADELA...




Reinaldo Azevedo
Quando era presidente, Dilma se fez notável por não ter aprendido a diferença entre um mosquito e um vírus. Também criou a teoria de que era o ovo — que, segundo ela, era posto “principalmente pela mosquita” (!!!) — que transmitia dengue, zika e chikungunya. Mais refinados do que suas aulas de biologia, só os seus tratados de antropologia, que não pouparam a bola, a mandioca, a criança e o cachorro…
Dilma com um prato de salada na casa de Cerqueira Leite (de pulôver vermelho): quase vegetariana, com paixões sanguinolentas
Dilma com um prato de salada na casa de Cerqueira Leite (de pulôver vermelho): quase vegetariana, com paixões sanguinolentas. Ao fundo, à direita, Paulo Sérgio Pinheiro
Nesta quinta, Dilma almoçou na casa do físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, num condomínio chique em Campinas. E resolveu voltar às suas aulas de biologia, agora aplicadas à política. A mulher que levou o Brasil à bancarrota; que teve a campanha eleitoral financiada por recursos ilegais; que quebrou a Petrobras; que fabricou ao menos três anos de recessão; que fez a inflação fugir do controle; que mandou os juros para os cornos da lua; que fabricou o maior déficit fiscal da história; que conduziu a infraestrutura brasileira ao colapso; que quebrou o setor elétrico… Bem, esta senhora se esmerou na teoria.
Disse a Lírica da Mandioca:
“Há, de fato, um golpe no Brasil. Mas há algo pior que um golpe. Quando você destrói ou cria mecanismos que levam à destruição do regime democrático, você pode fazer de dois jeitos, o jeito do golpe militar, que é como se cortasse a árvore com o machado, ou do jeito do golpe parlamentar, em que você pega a árvore da democracia e infesta de parasitas”.
Como se sabe, democracia limpa, sem pragas, é aquela que era comandada por Lula, José Dirceu, João Vaccari Neto, Delúbio Soares, Dilma Rousseff… E que tinha como protagonistas patriotas como Paulo Roberto Costa, Renato Duque, José Sérgio Gabrielli, Guido Mantega, os companheiros empreiteiros…
Ouviram atentamente os ensinamentos da professora Dilma, além do anfitrião, o dramaturgo José Celso Martinez Correa, os jornalistas José Trajano e Juca Kfouri, o escritor bolivariano Fernando Morais e Aloizio Mercadante, aquele senhor que, quando ministro da Educação (!!!), manteve um encontro com o assessor de Delcídio do Amaral, que estava preso, para tentar convencer o então parlamentar a não fazer acordo de delação premiada. Em troca, a família receberia o auxílio necessário. Também estava presente Marcos Pochmann, que chefiou o Ipea e se tornou notável por perseguir adversários ideológicos.
Dilma fornece suas iluminações a José Trajano (de costas) e Juca Kfouri: aula sobre parasitas
Dilma fornece suas iluminações a José Trajano (de costas) e Juca Kfouri: aula sobre parasitas
Dilma, cuja campanha recebeu dinheiro no caixa dois de empreiteiras e lobistas, grana confessadamente oriunda de propina, continuou a sua especulação intelectual: afirmou que o tal golpe foi dado pela “DIREITA” — logo, entende-se que o dinheiro sujo que a financiou era de ESQUERDA, certo? A direita, no caso, segundo ela, é o PMDB. Quando o partido estava na sua base de apoio, era de CENTRO. E todos anuíam, fazendo com a cabeça o sinal quase universal da sabujice. Como eu sei?
Este blog tem leitores no mundo inteiro. Naquele condomínio também, ora. Na verdade, estava lá. Vejam as fotos exclusivíssimas.
Dilma engana a dieta com um docinho. Tudo bem: Pochmann, presente, lembrava que a vida pode ser sem doçura
Dilma engana a dieta com um docinho. Tudo bem: Pochmann, presente, lembrava que a vida pode ser sem doçura
E Dilma resolveu encerrar com uma aula de lógica para quem faz questão de ter os dois pés no chão e as duas mãos também: disse que o tal “golpe” foi patrocinado pelo PMDB para impedir que a Lava-Jato chegasse à sua cúpula. E a prova seriam os diálogos gravados por Sérgio Machado.
Huuummm… A plateia era toda de esquerda, o que implica, de antemão, que a LÓGICA NÃO SE FAZIA PRESENTE.  De resto, essa disciplina certamente não é da predileção de um dramaturgo idiossincrático, de um escritor bolivariano e de um economista dito “desenvolvimentista”. Poderia ser do interesse de dois jornalistas esportivos, mas eles certamente estavam lá, como se diz, “a nível de pessoas”, né?
Houvesse seres lógicos ali, ao menos um teria se lembrado de perguntar:
— Presidenta, se o PT diz que a Lava-Jato é uma articulação de setores de direita que tomaram conta do MP e da PF, como diz o Rui Falcão, por que a direita iria derrubá-la para atacar justamente a Lava-Jato?
— Presidenta, se as gravações de Sérgio Machado provam o golpe do PMDB para atingir a Lava-Jato, como é que vieram a público com o PMDB já no poder, alvejando justamente o partido?
— Presidenta, quanto é 13 menos 4?
E ela teria respondido com a convicção de sempre:
— Lindinho, isso eu já ensinei! SETE!

EX-MINISTROS DA EX-PRESIDENTA DILMA CUSTARÃO AOS COFRES DA NAÇÃO MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS...







Leandro Mazzini

Sete ministros da presidente afastada Dilma Rousseff recorreram ao benefícios da lei nº 12.813 e conseguiram no Comitê de Ética do Planalto autorização para receberem SALÁRIOS INTEGRAIS POR SEIS MESES A PARTIR DE JUNHO.  O Comitê autorizou a quarentena a 16 ex-funcionários do alto escalão. Jaques Wagner (Casa Civil), Aldo Rebelo (Defesa), Miguel Rossetto (Trabalho) e Valdir Simão (CGU) custarão aos cofres públicos R$ 720 mil até novembro – média de R$ 30 mil para cada, por mês. Outros três ex-ministros-tampões, com salários menores, sangrarão o Tesouro em até R$ 360 mil. Os 'tampões' Eva Chiavon (Casa Civil), Inês Magalhães (Cidades) e Carlos Gabas (Aviação Civil) terão salário de DAS 5, classe especial, de até R$ 20 mil. Aldemir Bendine (ex-Banco do Brasil), Marco Aurélio Garcia (assessor especial) e José Lopez Feijó, da CUT, que estava no Ministério do Trabalho, também entraram no TREM DA ALEGRIA. Os pedidos dos ex-ministros Edinho Silva (Secom) e Iriny Lopes (Mulher), ainda estão sob análise. Outros 22, todos eles comissionados de alto escalão, foram rejeitados. Desde 1º de maio, foram 127 PEDIDOS de quarentena e 47 analisadas. O instituto da Quarentena proíbe que o ex-servidor assuma cargo no mercado que seja compatível com área em que atuou na gestão pública. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original -