terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
PREFEITURÁVEL HELDER CARVALHO DECLARA SEU AMOR A GARANHUNS AO PARABENIZÁ-LA PELOS 140 ANOS DE EMANCIPAÇÃO
Muita gente comemorou hoje, dia 4, os 140 anos de Garanhuns como cidade. Cada um festejou a data a sua maneira. O empresário Hélder Carvalho, do Studio C, produziu e dirigiu um vídeo com belas imagens da Suíça Pernambucana e uma música celebrando os principais atrativos da Terra das Sete Colinas. A composição é de Del Feliz.
Assista:
Parabéns Garanhuns!!!
@@@ - este texto foi gentilmente roubado lá do Blog de Roberto Almeida.
PICA MECÂNICA
Após ser
derrotado na disputa pela presidência do Senado, o senador Renan Calheiros
irritou-se com o texto da jornalista Dora Kramer e foi à carga no Twitter.
Utilizando sua conta verificada, Renan Calheiros condensou uma impressionante
quantidade de ofensas. Em 264 caracteres, Calheiros distribuiu baixarias sobre
a jornalista, seu marido, o ex-deputado Geddel Vieira Lima e o ex-presidente do
Senado Ramez Tebet, que é pai da senadora Simone Tebet, que também se
candidatou à presidência do Senado.
Pedimos desculpas aos ouvintes para ler o texto
publicado pelo ex-presidente do Senado, Renan Calheiros:
“A Dora Kramer
(Veja) acha que sou arrogante. Não sou. Sou casado e por isso sempre fugi do
seu assédio. Ora, seu marido era meu assessor, e preferi encorajar Geddel e
Ramez, que chegou a usar um membro mecânico para namorá-la. Não foi presunção.
Foi fidelidade”.
A REPERCUSSÃO DA MANIFESTAÇÃO DO SENADOR FOI
IMEDIATA.
O jornalista
Ricardo Noblat comentou: “Seu post, senador, dá a real dimensão do seu caráter.
OU
DA FALTA DELE”.
A deputada Carla
Zambelli disse: “CANALHEIROS está descontrolado. Acho que Dora está equivocada,
vc não é arrogante. É um gangster. Em 2013 foram 1.680.000 assinaturas para
você renunciar, levou 6 anos para eu rir da sua cara. VALEU
ESPERAR”.
A jornalista
Malu Gaspar lamentou: “QUE
VERGONHA, SENADOR”.
O jornalista
Rodrigo da Silva ironizou: “Se o Renan Calheiros descer mais o nível encontra
petróleo. Vai ver esse é o interesse dele. Renan não pode ver uma empresa de
petróleo que já quer passar a mão”.
Milhares de
internautas também comentam o tweet e uma segunda postagem com texto
praticamente idêntico, dividindo-se entre os que apenas reprovam a conduta do
senador e os que comemoram as revelações. Fonte: Folha Política. -
PITACO
DO BLOG CHUMBO GROSSO: - Gente, gente, de metal fere, dói e sai
sangue… Para não machucar, sou muito mais tomar umas duas ou três talagadas da
cachaça de casca de umburana, de pitó ou de raspa de cajueiro vermelho
fabricada por Altamir Pinheiro de Garanhuns-PE. Até porque, depois de dois ou
três vuco vuco o patrão não machuca a parceira e só se preocupa em virar os
zoinho… E deixe não prestar!!!
NA LAMA COM LULA
Guilherme Fiuza
Não adianta. O Brasil jamais sairá dessa lama enquanto continuar descuidando de suas tragédias reais para discutir, a toda hora, por que criminoso condenado e preso não pode andar por aí como todo mundo. O país está enguiçado no fantasma de Lula.
O pedido da defesa do ex-presidente para que ele fosse autorizado a comparecer ao velório do irmão foi inicialmente negado, após parecer da Polícia Federal. Depois o presidente do STF, cria do PT, deu a autorização – desde que Lula não fizesse pronunciamentos públicos e se encontrasse com os familiares reservadamente. A essa altura o enterro já havia ocorrido e o ex-presidente resolveu não ir a São Bernardo.
É uma desumanidade, reagiu um bom pedaço do Brasil – incluindo muitos críticos de Lula, aproveitando a oportunidade para mostrar que têm coração.
Não há dúvida: no peito dos distraídos também bate um coração, o mesmo ocorrendo com os hipócritas. Mas se é para falar em desumanidade, vamos nos transportar por um breve instante para os idos de abril de 2018 – passado remoto do qual ninguém se lembra mais.
Naquele momento da pré-história, quando Lula livre ainda não era só um slogan mofado na parede dos picaretas, deu-se a selvageria. Com sua prisão decretada pelo juiz Sergio Moro – após condenação confirmada em tribunal federal por corrupção – o ex-presidente perseguido, injustiçado e milionário disse à Justiça e ao país o seguinte, através de sua militância: estou preso? Então venham me prender.
Ele já tinha feito isso – de viva voz – alguns meses antes, em recado direto a Sergio Moro. Avisara que, se quisessem prendê-lo, era bom andarem logo, porque senão era ele quem iria prendê-los. Aquele jeitinho peculiar de excitar as bases para recolocá-lo no poder e devolver-lhe o condão de barbarizar acima das leis. Se as bravatas tinham funcionado por décadas, não seria agora que iriam falhar.
Nesse embalo democrático, republicano e cheio de espírito humanitário, Lula se aquartelou num sindicato em São Bernardo cercado por uma tropa de boçais distribuindo sopapos em jornalistas e mandando um recado gentil aos guardiões do estado de direito: o chefe só sai daqui sobre os nossos cadáveres.
Foi assim que essa pobre vítima da desumanidade nacional cuspiu na Justiça, zombou de uma ordem de prisão e avisou que iria combater a lei na base da porrada.
Mais uma vez, Lula estava fazendo o que fez a vida inteira: investir no conflito, se colocar na mira de carrascos imaginários a serviço da elite branca, instigar os incautos a odiar alguém “do outro lado”, enfim, encenar a ópera bufa do coitado profissional. E, claro, provocar em todos os que percebem sua encenação uma ira de mesma intensidade e sentido contrário. Daí o clamor para que Sergio Moro mandasse a polícia invadir o sindicato e prender o meliante desafiador.
Moro não fez isso e chegou a ser chamado de covarde por muita gente.
O juiz não só não se perturbou com os insultos, como ainda esperou Lula discursar num “SHOWMISSA” – assim chamado pelos próprios organizadores, com transmissão internacional ao vivo – alegadamente em homenagem à esposa falecida, a quem o próprio Lula já havia culpado por delitos que estava sendo acusado de cometer. Uma senhora homenagem póstuma desse grande ser humano.
O ex-presidente e líder do maior assalto da história só desistiu do teatro quando entendeu que Sergio Moro não ia lhe dar o banho de sangue tão bem preparado. E que essa afronta explícita à Justiça ia lhe sair caro.
Pois saiu barato. Menos de um ano depois, um exército de almas boas considera desumano não dar a Lula nova chance de montar seu circo de horrores e chantagear as instituições.
Enquanto solidariedade e leviandade estiverem misturadas na mesma massaroca de valores, o Brasil não sai dessa lama.
GARANHUNS COMPLETA 140 ANOS COMO CIDADE E RECEBE UM VALIOSO PRESENTE
Altamir Pinheiro
Quando criou Garanhuns, Deus teve a bondade ou gentileza de
presentear as fontes de água mineral(que
estavam guardadas para seu uso particular)
a este paraíso terrestre... Ao completar 140 anos de emancipação política à terra dos Guarás e dos Anuns foi contemplada
com outro presente que há 33 anos estava empacotado para ser entregue e só
aconteceu agora com à posse de um deputado na Câmara Federal. Aliás, diga-se de
passagem, o aniversário é de Garanhuns, mas o presente é do povo que elegeu
Fernando Rodolfo o mais jovem deputado ao pisar em Brasília nesses seus 140
anos de independência político administrativa.
Por falar em juventude, bons ventos, os eternos sonhos e a
saudável rebeldia estão levando os jovens ao caminho da política. Do mesmo modo
que ouvimos expressões do tipo: juventude perdida, viciada, violenta; escutamos
frases como os jovens são o futuro do país.
É nesse contexto que cada vez mais os movimentos organizados de
juventude, ao lado de entidades representativas e instituições acadêmicas,
ganham notoriedade por sua força na reivindicação de políticas públicas para os
jovens, pautando a agenda governamental nas esferas nacional, estadual e
municipal.
Basta ver o que aconteceu neste último final de semana com
dois jovens de 48 e 41 anos de idade foram eleitos presidentes da Câmara e do
Senado. Se analisarmos bem a história do
Brasil, veremos que todas as importantes mudanças e conquistas contaram com a
participação decisiva da juventude. Na década de 50, entidades estudantis e
juvenis estiveram à frente da campanha “O Petróleo é Nosso”; já entre 1964 e
1985 a participação da juventude foi decisiva contra a ditadura militar e
Diretas já!!! Em 1992, fomos às ruas e pintamos os rostos pelo “impeachment” do
ex-presidente Collor, com o movimento dos “Caras-Pintadas” e, recentemente, a
famosa Avenida Paulista levou dois milhões e 400 mil pessoas(em sua grande
maioria jovens) para apear do cargo uma presidente envolvida com práticas
nefastas e abomináveis ao Tesouro Nacional.
Mas voltando a nossa aldeia, Garanhuns, politicamente
falando, está passando por uma fase delicada, pois não é à toa que possuímos
umas das piores câmaras de vereadores que já se viu por estas bandas... Ali, excetuando-se
uma ou duas pessoas, não se aproveita quase nada ou mesmo ninguém!!! No campo
administrativo, gestores se arvoram em tomar posições monocráticas desastrosas
e a câmara de vereadores engolir todo esses desmandos em seco, com esse papo
furado que o gestor tem maioria perante os legisladores e, na democracia é
assim mesmo, quem ganha é o voto. De um certo modo isso é tudo balela!!! Pra
não dizer outras coisas...
O jovem deputado federal Fernando Rodolfo nos arranjos
políticos de 2020 ele tem compromisso com a juventude de Garanhuns(e porque não
dizer de todo o Agreste Meridional) para remodelar e iniciar uma nova fase
curricular administrativa e não se aliar
através de conchavos à velharia, em que todo respeito que mereça e o muito com
que contribuiu para com o nosso engrandecimento, mas, chega!!! A renovação nos
espera!!! A bola da vez é o próprio deputado que deve se envolver e entrar de
cabeça nessa ação ou efeito de requalificação dos quadros políticos ora
existentes como Alfredo Góis, Hélder
Carvalho, Mano Imóveis, Coronel Campos,
o deputado estadual Sivaldo Albino e outros que venham a fazer fileiras
nessa árdua caminhada que se avizinha. Renovação sim, volta da velharia não!!!
Através de letras frias da “LEI” e tomada de posição sem
consultar o povo, há quem afirme que Garanhuns já é bicentenária... NEGATIVO!!!
Estamos há cerca de 50 anos de distância de cidades agrestinas quase
bicentenárias como São Bento do Una,
Pesqueira e Caruaru. Seria de bom alvitre frisar que, todos temos direito a
nossas próprias opiniões, mas não temos direito a retrucar ou bombardear
os fatos e como se sabe: contra fatos
não há argumentos... Daí, o buraco ser
mais embaixo!!! E passemos a régua nesse
assunto e c’est fini.
Quanto à renovação política, cabe aqui, também, o papel preponderante de toda imprensa local
e da região, enquanto na vanguarda da notícia informativa trabalhar para
inserir os jovens no que têm de bom e satisfatório na política, de modo a que se transformem em
protagonistas da contemporaneidade. Sem sua participação, nossa cidade não pegará o bonde da história,
pois lá se vão 19 anos deste Século. É obrigação
desses órgãos incentivar os jovens a participarem ativamente do processo
eleitoral de 2020, até porque quando se grita ou se dá um berro aos quatro
cantos da aniversariante Garanhuns um
ECO responde: Juventude Sim!!! Velharia não, CHEGA!!!
domingo, 3 de fevereiro de 2019
RENAN, PT E QUEM POSSUI BANDIDO DE ESTIMAÇÃO. FUDERAM-SE!!!
Bernardo Mello Franco
Xingamentos, ameaças de agressão, roubo de pasta. O Senado se esforçou para manchar a própria imagem na noite de sexta. Os eleitos discutiram por mais de cinco horas e não escolheram o novo presidente da Casa. Na madrugada, o Supremo anulou a sessão por causa de manobras proibidas pelo regimento. Parecia o fim, mas era só o começo do vexame parlamentar.
No sábado, os senadores superaram o circo da véspera. Depois de mais bate-boca, a eleição foi realizada em cédulas de papel. Quando abriram a urna, havia 82 votos - um a mais que o número de votantes. O Senado produziu uma fraude eleitoral com transmissão ao vivo na TV.
A origem de todo o tumulto foi a teimosia de Renan Calheiros. O emedebista ignorou os apelos por mudança e insistiu em comandar a Casa pela quinta vez. Apesar da experiência, não notou a mudança do vento. Dos 54 eleitos em 2018, 46 são novatos. Escolhidos pelo discurso da renovação, identificaram nele o símbolo da "velha política" a ser expurgada.
O alagoano também enfrentou uma operação de guerra do Planalto. O ministro Onyx Lorenzoni articulou o lançamento de Davi Alcolumbre, alçado do baixo clero para ser o candidato da situação. Pouco conhecido, o amapaense contou com o Diário Oficial como cabo eleitoral. Pelo que se viu, suas promessas foram tentadoras.
Ao se firmar como o anti-Renan, Davi montou uma coalizão que uniu de bolsonaristas a marineiros. Na reta final, o governo escancarou o lobby a seu favor. Até Flávio Bolsonaro, que já havia se justificado por não revelar o voto, declarou apoio ao candidato do DEM. A fala do filho do presidente selou o favoritismo do amapaense e levou Renan a capitular.
Davi despontou do anonimato com uma performance que não envergonharia o rival. Na sexta, ele grudou na cadeira de presidente e atropelou o regimento em benefício próprio. Suas manobras significaram uma "verdadeira metamorfose casuística", na descrição suave do ministro Dias Toffoli.
O governo ganhou, mas o dia seguinte no Senado ainda é de incerteza. Apesar dos elogios que recebeu ontem, Davi inspira desconfiança até entre seus eleitores. O novo presidente do Senado já foi grampeado pela Polícia Federal com um doleiro envolvido em múltiplos escândalos. Em conversas reservadas, colegas admitem o temor de que ele se revele um novo Severino Cavalcanti - o deputado que perdeu a presidência da Câmara porque extorquia o dono do bandejão.
Mesmo derrotado, Renan também pode complicar a vida do governo. Ao retirar a candidatura, ele deixou claro que vai pretende liderar uma oposição feroz ao Planalto. Sozinho, poderá causar mais estrago que os seis senadores do PT. - As imagens e manchete não fazem parte do texto original. -
sábado, 2 de fevereiro de 2019
O “EX-GIGANTE” RENAN SE FUDEU NAS MÃOS DE DAVI
O senador Davi Alcolumbre foi eleito presidente do Senado na tarde deste sábado, 02, após a renúncia do senador Renan Calheiros (MDB-AL) à sua candidatura. A eleição foi marcada por tumultos e judicialização da decisão do dia anterior, que previa a possibilidade de voto aberto. Aliados de Renan entraram com recurso no STF pedindo voto secreto, numa ação prontamente atendida pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Mas a confusão na escolha do novo comandante do Senado se repetiu neste sábado. Após seis horas de sessão e concluída a votação, a Mesa Diretora identificou que havia um voto a mais na urna. Os fiscais contaram 82 votos num plenário com 81 senadores votantes. Após muita confusão, a Mesa Diretora optou pela realização de uma nova votação. Irritado com o fato de vários senadores terem aberto seus votos, Renan subiu à tribuna para atacar o PSDB e o senador Flávio Bolsonaro, para, logo em seguida, renunciar à sua candidatura. Aparentemente, Renan contabilizava os votos de um grupo de senadores para compor sua vitória.
Segundo a Jovem Pan, Renan contava com o voto de Flávio Bolsonaro, além dos quatro votos do PSDB. Diante do quadro, o alagoano, visivelmente irritado, acusou a traição de um grupo de supostos aliados, foi vaiado pelos colegas e logo em seguida, aplaudido, quando anunciou a retirada de sua candidatura.
Com a vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP), candidato de Onyx Lorenzoni (Dem/RS) na Presidência do Senado e a vitória no dia anterior de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a Presidência da Câmara, o DEM passa ater um poder de influência enorme sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Davi Alcolumbre, 41 anos de idade, venceu com 42 votos, apenas um voto a mais que o necessário para vencer a eleição em primeiro turno. Apesar da renúncia, Renan ainda obteve cinco votos. Fernando Collor obteve 3 votos e o senador Esperidião Amim, 13 votos. - Imprensa Viva -
FAXINA IDEOLÓGICA
Em novembro passado, o professor Ricardo Vélez Rodríguez, de 75 anos, sentou-se diante de Jair Bolsonaro, na Granja do Torto, em Brasília, para uma sabatina. O presidente eleito estava em busca de um nome para comandar o Ministério da Educação, ainda hoje conhecido pela sigla MEC. “Vélez, você tem faca nos dentes para enfrentar o problema do marxismo no MEC?”, perguntou Bolsonaro logo de início. A conversa durou mais de duas horas. Dias depois, o professor, que nasceu na Colômbia e se naturalizou brasileiro em 1997, foi anunciado como o chefe de uma das pastas mais importantes do governo. Todos os dias, quando deixa o ministério, Vélez é involuntariamente lembrado de sua missão original. Na saída do prédio, há um vistoso totem com um mosaico de Paulo Freire, educador celebrado pela esquerda. O ministro não pretende remover o monumento ali instalado durante o governo Lula. “Não sou iconoclasta a esse ponto”, diz. Se tiver oportunidade, no entanto, ele cogita estender a homenagem a outros nomes — um deles, Olavo de Carvalho, o filósofo que o indicou ao cargo, conhecido pelas posições extremadas e pelo palavreado chulo. Na terça-feira 29, Vélez, que fala português com forte sotaque, recebeu VEJA em seu gabinete em Brasília para a seguinte entrevista.
O SENHOR FICOU MESMO SURPRESO AO RECEBER O CONVITE PARA ASSUMIR O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO? Certo dia, um assessor do presidente me ligou e disse: “Olhe, o deputado Bolsonaro está interessado no seu nome. Caso fosse indicado, o senhor aceitaria ser ministro?”. Eu disse: “Aceitaria, mas queria conversar com o candidato antes de ser convidado”. Isso foi antes da eleição. Mais ou menos na mesma época participei de um almoço com alguns discípulos do Olavo de Carvalho. Eles diziam: “Ô ministro!”. Eu perguntei: “Mas que ministro?”. Eles respondiam: “Nós estamos pensando em sugerir o senhor”. O Olavo indicou o meu nome. Depois da eleição, o assessor me telefonou novamente e disse: “O presidente vai querer entrevistá-lo”. Então vim a Brasília para falar com ele. Eu nunca havia pensado em ser ministro.
COMO FOI A CONVERSA? A primeira pergunta que me fez o presidente: “Vélez, você tem faca nos dentes para enfrentar o problema do marxismo no MEC?”. Eu disse: “Presidente, é o que faço há trinta anos”. Eu, como professor de universidade pública, fui marginalizado na concessão de bolsas de doutorado e pós--doutorado. Nunca consegui uma bolsa por causa do aparelhamento do MEC pelos petistas.
PETISTAS? Eles já tomavam conta do ministério desde os anos 1990.
O SENHOR AFIRMOU EM UMA ENTREVISTA QUE A UNIVERSIDADE NÃO É PARA TODOS. O QUE ISSO QUER DIZER? Em nenhum país a universidade chega a todos. Ela representa uma elite intelectual, para a qual nem todo mundo está preparado ou para a qual nem todo mundo tem disposição ou capacidade. Universidade não é elite econômica nem elite sociológica. Nos governos militares, deu-se muita ênfase às universidades. Criaram-se as grandes universidades, que receberam muita verba do governo, desenvolveram-se. E a preparação de professores para o ensino básico e fundamental ficou em segundo plano. Foi um erro.
POR QUÊ? Os primeiros anos do ensino fundamental preparam para o ensino médio. O ensino médio prepara para o vestibular. O vestibular prepara para a universidade. E a universidade prepara para o desemprego. É o funil da insensatez. O que precisamos resgatar no Brasil é a valorização do ensino fundamental e dos cursos profissionalizantes. Além disso, se continuarmos nesse modelo, as universidades vão cair no buraco da inadimplência. Precisamos equacionar uma solução que salve a universidade e que não dependa de pôr mais dinheiro público.
COBRAR MENSALIDADE DOS ALUNOS NAS UNIVERSIDADES É UMA ALTERNATIVA? É uma possibilidade. Gosto do regime vigente na Colômbia. Lá, paga-se de acordo com a renda. Se você é rico paga mais, se é pobre recebe bolsa. Há outras questões importantes. A relação entre professor e aluno nas faculdades públicas, por exemplo, é de um para sete, um para oito. Tem de ser um para vinte, daí para cima. E segundo: tem de haver Lei de Responsabilidade Fiscal para os reitores. Eles são habitantes deste belo país, também estão submetidos à lei. O CPF deles pode ser rastreado pelo juiz Sergio Moro, por que não? Querem mais dinheirinho? Paguem as contas.
O SENHOR É CONTRA A ELEIÇÃO DIRETA PARA REITOR DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS? Recebi representantes da Andifes (entidade que representa os reitores) no meu gabinete. Disse a eles: “Vamos ser honestos. O tempo é curto, estamos velhos, barrigudos, vamos tratar dos problemas reais da universidade”. Qual é o principal problema de um reitor de universidade federal? O sindicato, que é da CUT, o elege e ele fica refém. O tal Andes (sindicato dos professores de ensino superior) é um monstrengo que persegue o reitor durante todo o seu mandato. Por que não fazer um banco de currículos e ter um comitê que escolhesse os três melhores candidatos? Os nomes seriam apresentados ao ministro ou ao presidente. É um sistema mais correto que esse que envolve o sindicato ou a CUT.
O GOVERNO PRETENDE ACABAR COM O SISTEMA DE COTAS NAS UNIVERSIDADES? As cotas são uma solução emergencial, e, como tudo no Brasil, o provisório vira definitivo. Essa é a lógica macunaímica brasileira. Isso não conduz a lugar nenhum. Temos de chegar ao momento de eliminar as cotas para dizer que elas não são mais necessárias porque elevamos o nível do ensino fundamental. De imediato, não vamos abolir as cotas, até porque me matariam quando eu saísse à rua. Mas as cotas têm de ser eliminadas com o tempo.
O SENHOR ACHA QUE ESSE DIA ESTÁ ALI NA ESQUINA OU LEVARÁ DÉCADAS? Quatro anos é pouco tempo. Mas tenho certeza de que, se fizermos o dever de casa, meu sucessor conseguirá iniciar esse processo.
O SENHOR PRETENDE MUDAR A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR, APROVADA RECENTEMENTE? Não. Ela já foi fruto de muitos debates, e sou favorável à ideia de ter um roteiro geral para orientar os professores. No entanto, pretendo mexer na interpretação. Se a base serve para que as escolas atinjam determinados objetivos genéricos, tudo bem. Mas isso pode ser adaptado para a realidade de cada escola e região.
O SENHOR PLANEJA ALTERAR ALGO DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO, QUE REDUZIU A CARGA DE CONTEÚDO OBRIGATÓRIO E ABRIU BRECHA PARA O ENSINO TÉCNICO? Há muita coisa que precisa ser complementada. Mas, se formos mexer, mexeremos democraticamente. Vai para o Parlamento, será transitado em julgado, sem canetada.
O SENHOR APOIA O PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO? Posso dizer uma maldade? Se o José Dirceu (ex-ministro do governo de Lula) achou o fim da picada, é porque o Escola sem Partido deve ser algo bom. Sou contra a ideologização precoce de crianças na escola. A escola não serve para fazer política. A ideologização nas escolas é um abuso, um atentado ao pátrio poder e uma invasão da militância em um aspecto que não lhe compete. Quem praticar isso ostensivamente vai responder à legislação que existe neste país.
A LIBERDADE DE CÁTEDRA INCLUI ENSINAR MARXISMO, FASCISMO E LIBERALISMO, OU O SENHOR DISCORDA? Liberdade não é fazer o que você deseja. Liberdade é agir, fazer escolhas dentro dos limites da lei e da moralidade. Fazer o que dá vontade não é ser livre. Isso é libertinagem. No Brasil, por força de ciclos autoritários, temos uma visão enviesada da liberdade. Liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda. Não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró. Nossas crianças e adolescentes devem ser formados na educação para a cidadania, que ensina como agir de acordo com a lei e com a moral.
ISSO NÃO É PERSEGUIÇÃO IDEOLÓGICA? Já existe clima persecutório. E é das esquerdas contra os que pensam de modo diferente delas. Se pensa diferentemente do coletivo, você está lascado pelo resto da vida, assassinam a sua reputação. A minha já foi assassinada várias vezes. E isso é um abuso terrível contra o qual temos de nos reerguer com raiva. O PT FOI MESTRE EM ASSASSINAR REPUTAÇÕES. Essa prática fascista, leninista, não pode mais ocorrer.
MAS COMO EVITAR QUE A PERSEGUIÇÃO DE ESQUERDA SEJA SUBSTITUÍDA PELA PERSEGUIÇÃO DE DIREITA? Doutrinas ideológicas devem ser estudadas apenas no ensino superior. O dever do professor universitário é ensinar aos alunos todas as posições ideológicas e colocar entre parênteses o seu ponto de vista, para não induzir o aluno a adotar o ponto de vista do mestre. Se o mestre for muito bom, o estudante terminará fazendo as escolhas certas.
POR QUE O SENHOR ACHA QUE A DISCIPLINA EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA DEVE VOLTAR AO CURRÍCULO? Os alunos devem sair do ensino básico e do fundamental sabendo que há uma lei interior em todos nós. Se nós a transgredimos, mesmo enganando até a própria mãe, sentimos uma coisa chamada remorso. A primeira parte dessa disciplina pode ser dada nas quatro primeiras séries do ensino fundamental. Os estudantes podem aprender, por exemplo, o que é ser brasileiro. Quais são os nossos heróis? O PT tentou matar todos eles. Carla Camurati (cineasta) colocou dom Joãozinho (refere-se a dom João VI) como um reles comedor de frango, sem nenhuma serventia. Ele era um grande estadista, um grande herói. Outro ponto: hoje, adolescente viaja. É necessário lembrar que existem contextos sociais diferentes e que as leis dos outros devem ser respeitadas. O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola.
SE O SENHOR FOSSE TROCAR O BUSTO DE PAULO FREIRE NO MEC, QUEM COLOCARIA NO LUGAR? Do século XIX, Tobias Barreto. Do século XX, Antonio Paim. Do século XXI, Olavo de Carvalho. Ele soltaria um palavrão e me xingaria se soubesse. Aliás, reconheço que Olavo fez um grande trabalho de formação humanística. Muitos jovens saíram do marxismo e se tornaram pessoas de bem lendo Olavo de Carvalho. Então, a obra educadora dele é importante.
OLAVO DE CARVALHO DEFENDEU RECENTEMENTE O FECHAMENTO DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS. Deve-se dar um descontaço aos xingamentos do mestre Olavo. O efeito prático do que ele diz é para que você mude de atitude. Esse chute é para estimular a pessoa a pensar e a mudar de atitude. Um recurso pedagógico que só um mestre da talha de Olavo de Carvalho pode se dar ao luxo de utilizar.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019
GARANHUNS: EU MORO NELA E ELA MORA NEU
Por Altamir Pinheiro
De um modo
geral o garanhuense é predestinado a
nascer com uma certa obrigação de amar Garanhuns sobre todas as coisas. Afinal ter a bênção
de nascer ou residir em uma povoação abençoada e com o apelido de Suíça
pernambucana e ainda por cima na cidade
mais bonita do Estado é algo a ser admirado. Certa vez lendo um livro do poeta
paraibano Noaldo Dantas enchi-me de inspiração(apesar de não ser poeta) e fiz
esta singela homenagem à terra da garoa, sem antes agradecer e ter plena
certeza ou nenhuma dúvida que além de bom brasileiro, DEUS é garanhuense. Por
isso sou capaz de imaginar o dia da
criação de Garanhuns: “Ô Santo benfeitor pegue o estoque de neblina mais pura e
jogue dentro das manhãs encharcadas de frio e cubra seus campos com o verde dos
gramados, parques e jardins; faça das flores um espelho do Céu; quero os
entardeceres multicoloridos nas Sete Colinas e aquelas fontes de água mineral
que estávamos guardando para uso particular, coloque-as nesse paraíso
terrestre.”
Pois bem!!!
Muito me admira ver o amor exacerbado de
Izaías Régis por Garanhuns sendo manifestado
nos quatro cantos da cidade, e
Givaldo Calado, hein? Esse é um enamorado inspirado pela paixão é o que podemos
chamar de paixonite aguda pela terra de Simôa.
Só que, nessa galeria entra mais outro: Hélder Carvalho... É
impressionante o amor que esse rapaz nutre por Garanhuns... Parafraseando o compositor
Del Feliz, o importante não é a cidade onde ele mora, mas onde, nele, a cidade
mora”. Segundo palavras do prefeiturável ao chegar à prefeitura de Garanhuns em
2021, Cultura e ambientalismo terão
papéis centrais no governo dele.
Recentemente
fui conhecer um projeto ambientalista que será implantado por Hélder Carvalho,
ainda este ano, intitulado SEU DOMINGOS. Uma justa homenagem ao
garanhuense Dominguinhos que terá um parque natural com um elevado valor paisagístico situado entre a malha urbana de Garanhuns,
logo abaixo do Parque Pau Pombo com destino ao balneário/piscina de Antônio
Justino. Lá, a paisagem natural apresenta uma grande
diversidade ecológica, e diversos cursos d’água que se tornam habitat de
variadas espécies arbóreas. O parque terá diversos roteiros e trilhas com
extensões que variam em cerca de dois a três hectares, bem como, diversos
níveis de dificuldade, que atendem a todos os públicos, além do museu que preservará o
rico acervo de SEU DOMINGOS.
Para além do
fator econômico, a cultura é um aspecto central da identidade REGIONAL,
estadual e nacional de um país. Dos cerca de dez pré candidatos a prefeito de
Garanhuns, não encontrei um, sequer, que tenha colocado a cultura ou
ambientalismo em um papel tão central
como pretende Hélder Carvalho em seu
programa de governo. Para ele, a Cultura terá um papel estratégico, e será um
dos eixos centrais do seu Projeto Regional de Desenvolvimento. Não é à toa que,
com seus parcos recursos está implantando um empreendimento particular para
preservar a identidade e a agigantada história cantada em verso e prosa pelo sanfoneiro garanhuense Dominguinhos.
Por ser
conhecida como Cidade Jardim, a oferta de bens e serviços culturais para Garanhuns deve ser vista como uma forma
de lazer e inclusão social, fortalecimento da cidadania e inclusão econômica,
assegurando à juventude alternativas e perspectivas saudáveis e dignas para o
seu futuro. A ideia do programa é que haja estímulo à cultura, dando ênfase
necessária para que Garanhuns, em definitivo,
se reconheça na sua diversidade regional, nas suas diversas expressões
tradicionais e históricas, como também nas novas estéticas, no ambientalismo de
vanguarda, de novas linguagens, passando pela culinária, hábitos alimentares,
artesanato, artes cênicas, artes plásticas, cinema, audiovisual e a música,
naturalmente compreendendo o lugar merecido que pode ser desempenhado pela
Banda Municipal Manoel Rabelo.
Esta é uma
compacta biografia do pensamento de um cidadão que há três décadas mora em
Garanhuns e Garanhuns está incrustado nele. Como costuma dizer através de
palavras ditas, caminhos escolhidos e sonho a se realizar, o importante não é a cidade onde eu resido ,
mas onde, a cidade mora em mim”. Além de
orgulhoso, o sentimento do prefeiturável Hélder Carvalho também é de gratidão
ao lugar que o acolheu. “Garanhuns me adotou e hoje me considero filho da
cidade. Aqui formei minha família, constituí todo meu patrimônio, que não é
grande, mas é meu”, diz o cidadão que mora em Garanhuns e Garanhuns mora nele.
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