sábado, 2 de fevereiro de 2013

TODA MULHER É UMA RAINHA E A COZINHA É SEU CASTELO...

 

É DE PRAXE DE TODOS OS LEITORES DO BLOG CHUMBO GROSSO QUE TODOS OS SÁBADOS A FULEIRAGEM COME NO CENTRO AQUI NESTE ESPAÇO. POIS BEM, COMO TODOS SABEM E, SE NÃO SABEM, DEVERIAM SABER, QUE O ADMINISTRADOR DO BLOG CHUMBO GROSSO É O DIRIGENTE SUPREMO E O BOCA DE CAIEIRA COMO TAMBÉM O CRIADOR E MANDA CHUVA DO SINDICATO DOS PUNHETEIROS DE GARANHUNS. POIS BEM, PARA SE TER UMA IDÉIA DA EFICIÊNCIA DESSE BARBUDÃO, LOGO QUE ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DO SINDICATO, CONVOCOU TODA A SUA EQUIPE, FORMADA PELOS SEUS RESPECTIVOS E ABNEGADOS   PUNHETINHAS E  DESIGNOU A CADA UM DELES QUE INVENTASSEM TÉCNICAS INOVADORAS DE BATER PUNHETA PARA QUE SE FOSSE  FORMULADO UMA POLÍTICA DE PUNHETEIROS ATIVOS, COLOCANDO  TAIS TÉCNICAS NO PAPEL E DISTRIBUÍ-LAS PARA TODOS OS SEUS ASSOCIADOS TOTALMENTE DE GRAÇA. PARA SURPRESA DO PRESIDENTÃO PUNHETEIRO, EM POUCO MAIS DE 24 HORAS OS PUNHETINHAS APRESENTARAM UMA CENTENA DE TÉCNICAS  GOZADORAS E INOVADORAS QUE, ESSE BLOG, GENTILMENTE, VAI DIVULGAR EM PRIMEIRA MÃO AOS SEUS BEM-VINDOS LEITORES E LEITORAS. É BOM QUE SE FRISE, PUNHETEIRAMENTE FALANDO, QUE  ANTES DE QUALQUER INICIATIVA POR PARTES DOS TARADINHOS,   QUE  ALGUMAS DELAS, PRINCIPALMENTE AS MAIS PICANTES, SÃO TÃO ALUCINANTES E GOZANTES QUE VOCÊS VÃO GOSTAR TANTO, MAS TANTO MESMO, QUE  ACREDITAMOS NÓS, ASSÍDUOS PUNHETEIROS,  A PARTIR DE LÊ-LAS E DECORÁ-LAS VÃO PRATICÁ-LAS COM TANTO TESÃO E AFINCO QUE NÃO SE TEM MAIS DÚVIDAS: TODOS  PEGARÃO OJERIZA A TAL DA BUCETA, PEITO, BOCA, COXAS LISINHAS E BUNDAS DE MULHERES VADIAS E VIÇANDO, ESQUECENDO POR COMPLETO ESSES INGREDIENTES TÃO EXCITANTE PARA O ATO SEXUAL DO TARADO GOZADOR,   E VÃO SE DELICIAR E SE DEDICAR EXCLUSIVAMENTE,  A PRÁTICA DE  PUNHETAR. ISSO MESMO, SÓ PUNHETAR!!!  VAMOS A ELAS. DIGO,  ÀS TÉCNICAS:
 
TÉCNICA ACENDENDO A FOGUEIRA
 

Esta técnica é chamada de acender a fogueira porque imita um bastão que pode ser usado para iniciar uma fogueirinha a partir do atrito de fricção de paus juntos. Basta colocar o pênis entre as duas mãos e esfregar as mãos para frente e para trás. É bom começar esta técnica quando a pica ainda  está "MEIA-BOMBA", porque vai permitir que a glande e a cabeça da rola role entre as mãos. Isso proporciona uma estimulação intensa e de atrito, de modo que  a lubrificação fica bem  recomendada e dá uma coceirinha bem gostosinha na cabecinha da bichinha. Daí, você goza que fica com as pernas bambas parecendo um mulambo. Hêhêhê...

 

TÉCNICA PASTA DE DENTES
 

 
Passe o creme dental na rola bem mole com água natural e dane-se a se masturbar. Às vezes arde um pouco, e se chegar a dar alguma irritação, remova imediatamente a pasta para não causar lesões. Todo punheteiro deve ser precavido, tomar cuidado é essencial, mas a sensação é ótima!!! DICA: Enquanto utiliza a técnica, aperte o sabo bem forte ou aperte-o contra a borda da pia como se estivesse comendo uma mina da bundinha bem redondinha. Daí, pense na gozada refrescante!!! Hêhêhê....



DICA: OBJETOS A SEREM EVITADOS

USAR A CRIATIVIDADE COM OS OBJETOS A SUA VOLTA É SEMPRE DIVERTIDO, MAS ALGUMAS SITUAÇÕES DEVEM SEMPRE SER EVITADAS:

  • Não coloque sua rola numa tomada;
  • Não pressione contra a TV, muito menos utilizando à lateral caso seja tubão;
  • Não encoste seu pênis em um ferro de passar roupa;
  • Não utilize a dobra de nenhuma porta para inovar, senão o machucão é de lascar;
  • Não use madeiras com farpas ou objetos similares;
  • Não coloque seu pênis dentro de uma garrafa pet, nem a pau;
  • Não use superbonder nem de brincadeira;
  • Não coloque sua trolha no ventilador;
  • Não coloque sua rola no forno;
  • Não derrame cera de vela em excesso no seu bin lau;
  • Cuidado viu, não comer bunda de mulher virgem sem vaselina;
  • Não coloque nada dentro do seu caralho.




 
 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 

GENTE!!! Eu me chamo Francisca Parruda dos Aneis, conhecida na redondeza e vizinhança como CHIQUINHA BUNDUDA. Sou virgem(DA VAGINA), tenho 15 anos e vou contar uma aventurinha a todos vocês que tive  com um velhinho taradinho e gostosudo que é o  seu ANTENOR PÉ-DE-MESA, viúvo e aposentado de 65 anos que vivia sozinho morando a duas casas depois da minha era bem espirituoso, simpático e bonachão. Todas às vezes que eu ia ao terreno baldio dar uma cagadinha, tinha de passar em frente à casa dele, sempre com o meu vizinho me oferecendo um sorridente e cordial alô da varanda. Até que num marcante dia quando eu me encontrava por trás de uma moita de cócoras dando aquela solitária cagada gostosa, notei que havia esquecido o papel higiênico, pois sempre levava comigo um pedaço generoso do mesmo. Daí, dei uma olhadela ao redor  para dar de garra de um sabugo.  Absorta em meus pensamentos, passou-se uns instantes, foi então que me espantei ao escutar uma voz forte e carinhosa, a qual me arrancou daqueles devaneios e vestiu-me de realidade:  ESTÁ PROCURANDO POR ISSO, FILHA?!?!?! Eu fiquei abismada!!! Era o seu Antenor com um pedaço de papel higiênico  na mão, o calção arriado e um avantajado e hipnotizante CACETE DURO a poucos centímetros da minha boca. A cabeça do dito cujo parecia um cogumelo. LINDO!!! Instantaneamente, senti todo meu corpo queimar, arrepiar e estremecer de tesão. Aquelas alturas, seu ANTENOR PÉ-DE-MESA sabia do efeito que a sua mega-ferramenta me causara. Intuição baseada na experiência de seis décadas e meia de vida... Diante daquele enorme nervo, coalhado de empoladas veias que pareciam querer explodir, estava pulsando no ar, balançando e babando. Eu que sempre fui vadia e com o embriagador perfume de fêmea no cio exalado por aquele exuberante pedaço de perdição difundia-se pelo ambiente, invadia minhas narinas, envolvia-me o cérebro e me entorpecia, enchendo-me a boca d'água. Observando aquele GIGANTESCO, ROMBUDO E VIBRANTE PÉ-DE-MESA. Encontrava-me sob o efeito de uma poção mágica, ou, talvez, de um narcótico natural!!! Encantada e extasiada eu estava, decididamente, era um PICÃO ANIMAL, VISCERAL, MAGNÉTICO, ERA IMPACTANTE!!! Ainda me lembro disso como se tivesse acontecido ontem. De repente, não me fiz de rogada, meio zonza, ante o novo, excitante e promissor horizonte que se descortinava à minha frente, abocanhei febrilmente aquele grande e grosso ferro teso que nem parecia que eu estava fazendo aquilo pela primeira vez, tamanha era a minha desenvoltura que tinha dificuldade até de mantê-lo na boca, devido as suas dimensões superlativas. PARECIA QUE EU ESTAVA MAMANDO NUM BASTÃO DE BEISEBOL. Apesar do tronco dele estar extremamente rijo e quente, preservava uma maciez e suavidade comoventes. Minha mente estava tão assaltada por um sem-número de ofuscantes desejos que cai de boca lambendo e chupando muito aquela desmesurada lapa de pica.  Mesmo ocupada na minha tarefa ouvia muito bem o seu: Oooohhhh... Isso, minha vadia, chupa gostoso o cacetão do papai, chupa!!! Aaahhh, delicioso... delicioso... Mas, calma!!!! Mama devargarzinho, meu anjo. Pra que tanta pressa?!?!?!  Você tem todo o tempo do mundo, tá bom, neguinha? Cuidado com os dentinhos pra não machucar o papai, tá bom, minha criança? Eu sei que você nunca fez isso, tá empolgada, que o meu pau é muito grande e grosso e tal, mas calma, tá? Sem desespero, tá certo, héin? - orientou-me com uma voz paternal, firme e metálica, mas amena e tranquila. // Dei uma pausa na sucção do seu caralhão e olhando para o rosto dele, falei: - TÁ CERTO, PAINHO // E voltei a me deleitar com aquele robusto e grande pirulito, porém, com afoita serenidade. // - Aaahhh... uuuuhhhh... ooohhhhhh... Você tem a boquinha tão pequenininha, tão graciosa, tão suave, tão delicada... que mal cabe meu PIBÃO BEM GRANDÃO!!! Chupa mais o pauzão e o saco do veinho gostosão, chupa, morzinho, chupa! Você mama tão gostoso... tão gostoso... Ihsssshhhhhh... uuuuhhhh... aaaahhhhh... que delícia!!! Após um tempo, ele me pediu para levantar e insinuou que iria limpar meu cuzinho com o papel higiênico. Virando de costas para ele, eu, instintivamente, afastei as pernas, empinei mais ainda a bundinha, abrindo gentilmente as maçãs das nádegas com as duas mãos. Quando dei por mim, o seu Antenor JÁ HAVIA DADO UMAS TRÊS FARTAS CUSPIDAS NA SUA GRAÚDA VARA DURA, E MAIS DUAS NO MEU APERTADO ANELZINHO (era tanta gosma que me escorria pelas pernas), o qual, de suspense, começou a latejar involuntariamente. Apavorada, rompendo aquele pesadelo erótico, exclamei com voz asfixiada: - Eu nunca fiz isso seu ANTENOR!!! // - Eu tô sabendo! - dizia ele - Mas você quer fazer o que nunca fez antes, não quer? - perguntava. // Encontrava-me com um medo absurdo, mas respondi afirmativamente com a cabeça, e exclamei: - Nossa! O seu pinto é muito, muito grande e muito grosso! Será que eu vou aguentar? - Fica sossegado. Eu sei como fazer, tá bom? - tranquilizava-me ele - E prosseguiu: - Eu me curvei ainda mais, afastei totalmente as pernas e arrebitei a bundinha o máximo que pude deixando meu indefeso rabinho totalmente aberto e exposto, e me preparei para o abate!!! Advertiu-me sobre mais uma coisa: - Quando eu for colocar, faça força de dentro para fora com o cuzinho, igual quando você vai cagar gostoso, e relaxe o máximo possível, tá bom? // EU RESPONDI: - TÁ BOM!!! O seu ANTENOR PÉ-DE-MESA  enfiou sua soberba espada no meu apregueado buraquinho, lentamente, aproveitando ainda minha lubrificação natural. Eu tinha a impressão de que aquela pajaraca devastaria o meu apavorado anelzinho E SUA CABEÇA VIESSE SAIR NA MINHA GOELA, sinceramente. Queimava, queimava muito!!! As minhas pregas estavam aos prantos, suplicantes, inconsoláveis! // - PRONTO, A CABEÇA JÁ ENTROU!!! AGORA É SÓ EMPURRAR!!! - DISSE TENTANDO ME ALENTAR // E ELE EMPURROU AQUELE CORPULENTO LINGOTE, ATRAVÉS DAQUELA VEREDA APERTADÍSSIMA, VAGAROSAMENTE, SEM PARAR, ATÉ SEU ENORME SACO ENCOSTAR NA MINHA DELGADA BUNDINHA. A sapiência do meu veinho afirmara: "vai doer o necessário". Isso, teoricamente, é claro! Porém, eu retifico que ele estava, quase, certo: doeu, digamos, um pouquinho mais do que o necessário, entretanto era uma dor perfeitamente suportável. Mesmo assim, eu ululava, emitindo gemidos tristes e chorosos. Eu estava em transe ao sentir aquele caralhão petrificado alargar e invadir meu orifício virgem com uma certa resistência, com muito custo, mas... FINALMENTE, ENTROU!!! UFA!!! Só sei que, quando o seu Antenor tirava quase todo seu caralhão do meu bizuzinho, ele dava novas cuspidas na parte dele que estava para fora e voltava a enterrá-lo, permitindo, com isso, que ele acelerasse o entra-e-sai por causa da lubrificação extra. - Isso, me come  veinho gostoso, vai!!! Phode com esse PIBÃO BEM GRANDÃO delicioso esse cuzinho virgem que o senhor cuspiu gostoso!!! Phode paizinho, mete paizinho, soca paizinho... ai... ai... de-lí-cia... Ai, que tesão mais gostoso... Que tesão mais louco... Ai, arranca o meu cabacinho, paizinho, vai... isso! Ooohhh... Dói... Dói mas eu gosto!!! Ai, painho, faz o que quiser comigo! Oooohhhh... uuuiii... aaaiii... que dor mais de-li-ci-o-sa!!! Ai, tá me arrombando! Ai, ai, ai, ai...! Eu quero sempre tomar no cu com o senhor, viu?!?!?! Viu meu amor de paizinho? Eu queria que esse momento nunca acabasse, viu meu papai lindo? Ai, põe tudo... ai, põe tudo... Ai, põe tudo, por favor! No-Nossa! Ai, ai, ai... que gostoso! Quer que eu... r-rebole? Ai, eu vou re-rebolar, vou mexer meu gos... gos-to-so! Ai, isso... arromba meu cuzinho, arromba, paizinho, vai! Me-te mais!... me-te ma... aaaiii... mais, paixão... me-mete vai!... mete mais m-meu macho gos-to-so, isso... vai! Phode o cuzinho da tua filhinha, vai, papai, isso!... oooohhhh...! Me chama de putinha safada, me chama, vai!? Ai, eu sou tua putinha gostosa, tua putinha safada... Tá bom, hein, paizinho? Aaaaiiii... sei lá! Ai, eu sou o que o senhor quiser que eu seja! O importante é que o senhor não pare de me phoder! Isso, come esse cuzinho que é só seu, é só... aaaiii... seu, paizinho, viu, escutou isso, héin? N-Não vo-vou dar a minha bundinha, o meu cuzinho, pra m-mais ninguém... j-juro pro senhor, tá? O meu rabinho é propriedade sua. Pronto! Isso, coisa louca, atocha no meu rabo esse pauzão delicioso! Enterra, enterra mais, dono do meu cuzinho! Vai... vai... isso...! Ooooohhhh...! A-ai, que pinto duro! Ai, que pinto grosso! A-ai, que pinto grande! Nossa, que loucura! Nossa, que delícia! Ai, tá machucandoooo...! Aaaaaaaiiiieeeee... Ai, machuca o meu cuzinho, paizinho, machuca! Machuca com esse pauzão gos-to-so!!! En-enfia e-esse pauzão todo em mim... no meu cuzinho, vai... ai... e-enfia... tu-tudo... vai... isso... m-machuca, vai... isso... isso... m-mete tudo!... Isso... vai... ma-machuca... isso... mete... mete... ai, ai, ai, que gos-toooooooo-so...! Ai, eu vou gritaaaaaar! Ai, não faz isso comigo, por favor, paizinho! Ai, eu não vou aguentaaaaarrr! Ai, que delíciaaaaaaa... Ai, minha bunda! Ai, meu cuzinho! Mete, m-meu homem, mete minha vida, mete meu marido, mete meu dono, mete tudo vai, me come gostoso, meu papaizinho lindo, vai, ai, isso... aaaaiiiiii... oooohhhh... - com a expressão crispada, murmurava, choramingava e gritava de olhos fechados e rebolando - Me dá umas palmadas na bunda, me dá paizinho, hein?!?!?! - implorei num fio de voz. Bate na minha bundinha, vai... (PLAFT!...) Aaai, aaai, aaai... Isso... vai... mais forte, paizinho, vai... (PLAFT!) aaai, (PLAFT!) aaaiii, parece que eu vou morrer de tanto tesão! Continua! Não para mais!... minha paixão de paizinho! (PLAFT!...) Aaai, aaai, aaai...! // Os prazeres embaçavam-me o olhar, mas aguçavam-me a visão. Mas, infelizmente, meu pedido não fora atendido: LOGO ELE INUNDOU MEU RABINHO COM A PORRA GOSTOSA SAÍDA DAQUELE AVOLUMADO PÊNIS, URRANDO BASTANTE: - Uuuooohhhh...! Uuuooohhh...! Uuuoooohhhh...! Tô go-zan-do!!! Tô gozando no teu cuzinho, minha neném!!! Que cuzinho gostoso, filhinha!!! Que gos-to-so!!! Rebola essa delícia de bundinha, tão pequenininha, rebola, minha criança!!! Uuuooohhh...! Uuuoooohhhh...! Morde com o cuzinho dando curto-circuito, morde, filhinha!!! Morde o cacetão do papai, morde, meu anjo!!! Vai... isso... mais... mais... isso...rebola e morde... isso... isso meu tesãozinho... vai... ai, que de-lí-cia!!! Oooohhhhhhh...! Huh! Ohh! Uuuuoooohhhh... NO ATO DO SEU ORGASMO, O MEU PAIZINHO ABRAÇOU-ME FORTEMENTE PELA CINTURA, PUXOU-ME PARA SI COM ENERGIA CHACOALHANDO-ME SEM PARAR, E SUSPENDEU FIRMEMENTE O MEU CORPO LEVANTANDO OS MEUS PÉS DO CHÃO, DANDO-ME PELO MENOS CINCO PODEROSAS ESTOCADAS, ATÉ VIOLENTAS, NAS QUAIS ME CORTOU A RESPIRAÇÃO POR ALGUNS INSTANTES, VIRANDO-ME E REVIRANDO-ME OS OLHINHOS, E ME FEZ DAR VÁRIOS GEMIDOS SURDOS, PLANGENTES, MELANCÓLICOS, NUMA SINFONIA DE LAMÚRIAS, ENTERRANDO-ME TOTALMENTE A SUA IMENSA VARA, CONCOMITANTEMENTE A FARTOS ESPIRROS DE PORRA, LAVANDO-ME O RABO POR DENTRO E DEIXANDO-ME SÓ O CACO MOMENTÂNEAMENTE. EU SENTI CADA UM DOS ABUNDANTES ESGUICHOS DE SÊMEN DENTRO DA MINHA AFOGADA ROSQUINHA, ESTES PARECENDO QUE CHEGAVAM À MINHA GARGANTA! Fan-tás-ti-co! Esse inefável deleite, jamais esquecerei! Todos esses fatos citados juntos, foram demais pra mim: gozei, gozei muito, como jamais gozara na minha vida,  ensandecidamente, exatamente sincronizado àquele oceano de porra injetado no meu rabinho pelo meu jumentinho taradinho. // - Aaaaaiiiiii... Paizinhooooooo....!!! Não... dá... mais! Eu vou mo-morrer d-de tanto pra... p-pra-zer, ju... j-juro!!! Oooohhhh... Oooooohhhhh... T-Tá gos... gos-to-so de... de-ma-is! Adoro! A-A-do-ro! Aaaaiiiiii.... que te-são!!! - falava em tom alto, quiçá gritasse, rebolando descontroladamente, e com o meu cuzinho açoitando o bastão dele pois o mordia fortemente num ritmo espasmódico. E HAJA  DERRAMAMENTO DE ESPERMA CREMOSO NO MEU BIZUZINHO QUE A PARTIR DAQUELE MEU PRIMEIRO ATO, JAZ VIRGEM...
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 



 

 

“Oi, eu sou a vagina, vulgarmente conhecida como buceta. Não sou uma buceta qualquer, não, eu sou “A BUCETA”. Nasci como nascem todas as bucetas do mundo. Com o tempo fui crescendo e comecei a tomar mais consciência de mim, comecei a ficar adulta, a sentir emoções fortes, a sentir as interferências do mundo ao meu redor. Como já era adulta, me cresceram pêlos, formando um matagal ao meu redor. Comecei a ficar vaidosa e a querer ir à depilação, para ficar mais apresentável e bonita. Lá me depilavam todinha, deixando apenas um pequeno tufo de pêlos na testa, um capricho meu. Chegando em casa me olhava e revirava no espelho achando-me A MAIS BONITA BUCETA DO UNIVERSO. E até que sou bem bonitinha, segundo me fala o meu primo CUZINHO, que mora logo ali, mais abaixo. Tenho uma entrada apertadinha com umas preguinhas lindas, como se fossem pregas da cortina numa janela e bem escondido tenho o meu tesouro, entre umas preguinhas especiais, tenho algo que gosta de ser tocado e acariciado. Desde que cresci que tenho direito a ter umas caricias especiais, normalmente feitas pelo senhor DEDO que me afaga todinha, que percorre todo o meu comprimento, entrando em mim com jeitinho num vai-vem que acho muiiiito gostoso e que principalmente procura sempre o meu tesouro para brincar com ele. Mmmmm é muito gostoso e eu abro-me toda para ele e transpiro por todos os poros, ficando toda molhadinha com a excitação e acabo abrindo a torneira ficando alagada. SOU TÃO EXPRESSIVA NAS EMOÇÕES QUE O MEU PRIMO CUZINHO, QUE É MUITO INVEJOSO, FICA RECLAMANDO QUE TAMBÉM QUER, QUE TAMBÉM TEM DIREITOS. COITADO, EU TENHO PENA DELE, ELE NÃO É BONITINHO COMO EU, É APENAS REDONDINHO E PROFUNDO, SEM TER QUALQUER TESOURO ESCONDIDO COMO EU. ENTÃO COMO TENHO PENA, POR VEZES MANDO O SENHOR DEDO IR LÁ ABAIXO FAZER-LHE UMA VISITINHA E TAMBÉM LHE FAZER ALGUNS CARINHOS. Todo o mundo tem direito a viver, né? Uma vez estava meio adormecida, quando fui acordada pelo dedo que me vinha fazer festas, mas estranhei que era um dedo diferente do habitual, mas como era bom na mesma, deixei que continuasse. Depois tive uma surpresa, o dedo foi embora e veio uma personagem diferente, que nunca tinha visto. Era mais ou menos da minha cor, com uma ponta que ora ficava dura, ora ficava macia, mas sempre molhada. Então começou a percorrer-me todinha, a entrar em mim o mais que pôde, a brincar com o meu tesouro que estava louco de tesão. Eu estava doida de prazer e só me interrogava quem era aquela personagem que me veio visitar e porque nunca tinha vindo antes. O meu primo ria-se de mim e aí me esclareceu: - É A SENHORA LÍNGUA, SUA IGNORANTE!!! Estava quase sentindo o meu vulcão entrar em atividade quando ela se foi embora.  fiquei decepcionada e furiosa, mas logo tive uma surpresa. Fui apresentada a uma irmã minha, outra BUCETINHA. Eu olhei bem para ela, com surpresa, pensava que era única, mas logo conclui que eu era bem mais bonita que ela. ELA ERA LOIRITA E TINHA MUITOS MAIS PÊLOS QUE EU, EMBORA NOTASSE QUE TAMBÉM IA À DEPILAÇÃO. AÍ ELA ME DISSE QUE GOSTAVA QUE LHE DEIXASSEM UM TUFO MAIOR DE PÊLOS. AÍ, DEPOIS DAS APRESENTAÇÕES INICIAIS, COMEÇAMOS A CONVERSAR, O QUE EM LINGUAGEM DE VAGINA SIGNIFICA TOCAR, ROÇAR. A conversa ficou tão boa que logo estávamos numa conversa super animada e aí era uma esfrega aqui, esfrega ali e ambas  cheias de calor, transpirando por todo o lado. Então não aguentei mais e o vulcão que vive em mim se abriu e jorrou toda a lava para dentro da minha irmã e logo ela me agradeceu fazendo o mesmo. Senti sua lava entrar em mim, quente e gostosa. Então ela me falou que estava com pressa e tinha que ir embora, mas prometeu voltar um dia para conversarmos mais. Porém jamais ela voltou. Mas não fiquei sozinha, não. AÍ VEIO UM SUJEITO QUE EU NUNCA TINHA VISTO, GRANDÃO, ABRUTALHADO, COM UMA ENORME CABEÇA CARECA, E CHEIO DE FALINHAS MANSAS. LOGO COMEÇOU A QUERER CONVERSAR COMIGO, COM MUITA CALMA, NA NOSSA LINGUAGEM, NÉ? – ROÇAVA A CABEÇORRA POR MIM TODA, IA DE CIMA ABAIXO, ACARICIAVA AS MINHAS PREGAS, IA ATÉ O MEU TESOURO QUE TAMBÉM ESTAVA MEIO ASSUSTADO E ROÇAVA NELE ... O MEU PRIMO LÁ EMBAIXO NOS OUVIA CONVERSAR E NÃO CANSAVA DE PERGUNTAR: - QUEM É, QUEM É? NÃO CONHEÇO ESSE SENHOR! – ENTÃO O SUJEITO, DESAVERGONHADO COMO É, TENTOU ENTRAR EM MIM! EU PROTESTEI, ME FECHEI. COMO É QUE UM BRUTAMONTES DAQUELES QUERIA ENTRAR EM MIM, QUE SOU TÃO APERTADINHA? - MAS NÃO ADIANTOU, NÃO. ELE ERA FORTE DEMAIS. METENDO A CABEÇA ENTRE AS MINHAS PREGAS, FOI EMPURRANDO, EMPURRANDO... EU SENTI-ME MORRER, ESTAVA A SER LITERALMENTE RASGADA, O MEU CORPO TODO ABERTO...E ELE ENTRANDO, ENTRANDO, PARECIA QUE NUNCA MAIS ACABAVA DE ENTRAR. Eu já estava sem fôlego, dolorida demais e aí vejo que no fim daquele corpo enorme, tinha duas enormes bolas cheias de pêlos e de aspecto ameaçador. Aí me rebelei! Em mim elas não iam entrar não. Eu, hein!!! Logo eu que me depilava quase todinha e ia deixar aqueles mamutes peludos entrarem em mim. Então me apertei todinha e elas bateram na minha entrada, ficando ali, roçando em mim. Aquele monstro estava todo enterrado em mim e ficou ali parado por um tempo, pensei que tivesse adormecido, mas aí ele recuou e começou a subir, subir e pensei que ia embora, mas que nada!!! A cabeça estava quase saindo quando ele avançou de novo em mim, desta vez com toda a força e bateu no meu fundo, ocupando todo o meu espaço, nem me deixando respirar. De novo as balas de canhão bateram na minha entrada, fazendo-me cócegas com toda aquela barba que elas tinham. Bom, o sem-vergonha não parou mais, subia e descia, quase saía fora para logo entrar todo em mim. Abusado, hein? Mas aí, até tenho vergonha de confessar, eu comecei a gostar de o sentir dentro de mim e aí não era só ele quem conversava comigo, não. Eu também conversava com ele, apertava-me todinha nele, acariciava-o... ERA ALGO GOSTOSO DEMAIS, NUNCA TINHA PENSADO SENTIR ALGO ASSIM. ENTÃO ELE NÃO PAROU MAIS. SUBIA E DESCIA NUM VAI-VEM E VUCO-VUCO RITMADO E CADA VEZ FICAVA MAIS VERMELHO, MAIS OFEGANTE. DE REPENTE ENTERROU-SE TODO EM MIM, AS BOLAS BEM COLADAS NA MINHA ENTRADA E COMEÇOU A VOMITAR EM ESPASMOS... E VOMITOU, VOMITOU, PARECIA QUE NUNCA MAIS IA ACABAR. EU JÁ ESPERAVA POR ALGO ASSIM. COM TANTO BALANÇO, COM TANTO MOVIMENTO, ERA NATURAL QUE QUALQUER PESSOA VOMITASSE, NÉ? Mas aí eu me senti bem. Os litros de liquido morno e espesso que ele despejou em mim me fizeram bem e aí o meu vulcão também explodiu. Minha lava quente e espessa encharcaram o intruso que adorou aquele banho já esperado. Aí ele ficou ali, cansado, sem fôlego, ainda dentro de mim, até que foi saindo num estado lastimoso. Mole, sem forças, pingando, as bolas que estavam tão altivas ficaram murchas e caídas... E foi-se. Eu fiquei quieta um tempo, recuperando as forças. Tinha sido bom. Depois da dor inicial, tinha adorado conhecer aquele senhor. O meu primo não se calava. Tinha estado a ouvir nós a conversarmos todos animados, tinha ouvido eu rir e gemer de prazer e estava cheio de curiosidade: - E aí? Você não me apresentou ao senhor. Quem é ele? Gostaria de ter conversado com ele também! - Olha só, ele diz que se chama senhor caralho e que também quer conhecer você, por isso quem sabe na próxima visita dele, vocês não se vão conhecer? - Ai é? E aí, ele tem um papo agradável? - Tem sim, você vai ver. (aqui eu ria sozinha, estava a imaginar como ia ser a conversa deles. Se eu que embora apertadinha sou mais larga que meu primo e custou deixar ele entrar pra caramba, como ia ser com ele? Acho que ele vai gemer pra cacete, mas isso logo nós íamos ver) Então a minha vida mudou. A partir desse dia, embora ainda tivesse muitas conversas com o senhor dedo, as visitas do senhor caralho ficaram mais assíduas e eu passei a ficar ansiosa pelas suas visitas e procurava ter muitos assuntos para a nossa conversa não ficar monótona ou enfadonha. CONFESSO QUE POR VEZES FICAVA COM CIÚMES DO MEU PRIMO CUZINHO, PORQUE  ELES SE CONHECERAM E ÀS VEZES ELE QUERIA MONOPOLIZAR TODA A CONVERSA, DEIXANDO-ME ALI APENAS A CONVERSAR COM O SENHOR DEDO. ISSO ACONTECIA EM CERTOS DIAS DO MÊS EM QUE EU NEM SEMPRE ESTAVA BEM DISPOSTA E AÍ O SENHOR CARALHO BATIA NA PORTA DO MEU PRIMO E FICAVAM ALI UNS TEMPOS EM ANIMADA CONVERSA, QUE EU BEM OUVIA. E pronto, esta é minha história. Espero que todos os senhores caralhos que me conheçam gostem de mim como eu sou, porque eu sou bem bonitinha e sempre pronta a fazer novas amizades...
 


PESCARIA


 

Quatro homens costumam ir pescar há anos.
Este ano, a mulher do Zé bateu o pé e disse que ele não ia.
Profundamente desapontado, ele telefonou e contou aos companheiros, que não poderia ir.
Dois dias depois, os outros chegaram ao local do acampamento e, muito surpresos, lá encontraram o Zé, descansando e já com uma barraca armada.

- Zé, como você conseguiu convencer a 'patroa' a deixá-lo vir?
- Bem, ontem à noite, depois que terminou de ler "Cinquenta Tons de Cinza", minha mulher me arrastou pro quarto. Na cama, havia algemas e cordas! Ela me mandou algemá-la e amarrá-la à cama e depois disse: "Agora faça tudo que você quiser"... E aqui estou eu!!!



DUDU "OI DE GATO" E A ANTA DA DILMA: 

 
 
 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EIS O EXCELENTE DISCURSO DO SENADOR PEDRO TAQUES(PDT-MT) QUE PERDEU A ELEIÇÃO PARA RENAN BANDALHEIROS(PMDB-AL), PELO PLACAR DE 56 X 18



EU DETESTARIA ESTAR NO LUGAR DE QUEM ME VENCEU...

Sr. Presidente, senhoras senadoras, senhores senadores. Cidadãos que nos acompanham pela TV e Rádio Senado. Amigos das redes sociais, É COMO UM PERDEDOR QUE OCUPO HOJE ESTA TRIBUNA. Venho como alguém a quem a derrota corteja: certeira, transparente, inevitável, aritmética. Sou o titular da perda anunciada, do que não acontecerá. Mas o bom povo de Mato Grosso não me deu voz nesta Casa para só disputar os certames que posso ganhar, mas para lutar, com todas as minhas forças, as batalhas que forem justas. Sigo o exemplo do apóstolo Paulo, também um perdedor, degolado em Roma por levar a mensagem do Cristo: quero poder dizer a todas as pessoas que combati o bom combate. As palavras dos vitoriosos são lembradas. Seus feitos, realçados. Sua versão, tende a se perenizar. O sorriso do orgulho lhes estampa a face, tantas vezes, antes mesmo de vencerem. E nem sempre se pergunta que vitória foi esta que obtiveram. Será a vitória do Rei Pirro, que bateu os romanos na Batalha de Heracleia (280 A.C.) e olhando desconsolado para suas tropas destroçadas, disse que “OUTRA VITÓRIA COMO AQUELA O ARRUINARIA”? Será a vitória do Marechal Pétain, que ocupou o poder numa França emasculada pelos nazistas, traindo o melhor de sua gente? Será a vitória sem honra dos alemães diante do levante de Varsóvia? POIS EXISTEM VITORIAS QUE ELEVAM O GÊNERO HUMANO E OUTRAS QUE O REBAIXAM. Vitórias da esperança e vitórias do desalento. E, tantas vezes, é entre os derrotados, os que perderam, os que não conseguiram, que o espírito humano mais se mostra elevado, que a política renasce, que a sociedade progride. MINHA VOZ NÃO É A DA VITORIOSA DERRAMA DE EL-REY DE PORTUGAL, MAS A DOS DERROTADOS INCONFIDENTES QUE FIZERAM GERMINAR O SONHO DA NOSSA INDEPENDÊNCIA. O GRANDE HERÓI BRASILEIRO, SENADOR AÉCIO, – TIRADENTES – É UM PERDEDOR, POIS A CONJURAÇÃO MINEIRA NÃO VENCEU, NAQUELE MOMENTO, MAS NEM AS PARTES DE SEU CORPO PREGADAS NA VIA PÚBLICA, AO LONGO DO CAMINHO DE VILA RICA, O IMPEDIRAM DE SER UM BRASILEIRO IMORTAL. Valho-me da memória de outro grande brasileiro, Ulisses Guimarães, anticandidato, lançado em 1973 pelo então MDB, MDB Jarbas Vasconcelos, MDB Pedro Simon, MDB Requião, tendo como vice-anticandidato Barbosa Lima Sobrinho. “VOU PERCORRER O PAÍS COMO ANTICANDIDATO”, disse Ulysses, para denunciar a “ANTI-ELEIÇÃO”, do regime militar. Ulysses Guimarães, este grande perdedor, este grande brasileiro. Pois aqui estou, emulando o espírito daqueles grandes homens: Eu me anticandidato à Presidência deste Senado da República. Apresento-me para combater o bom combate. QUERO SER PRESIDENTE DA CASA DA FEDERAÇÃO. QUERO QUE A SOCIEDADE BRASILEIRA OBSERVE QUE AS COISAS PODEM SER DIFERENTES, QUE O PASSADO NÃO PRECISA NECESSARIAMENTE VOLTAR, QUE HÁ MODOS NOVOS E MELHORES DE FAZER POLÍTICA, QUE ESTA CASA NÃO É UM APÊNDICE, UM “PUXADINHO” DO PODER EXECUTIVO, MAS QUE ESTAMOS AQUI TAMBÉM PELO VOTO DIRETO QUE NOS DERAM O BOM POVO DE NOSSOS ESTADOS. CHEGA DO SENADO-PERDIGUEIRO! CHEGA DO SENADO-SABUJO! SOMOS SENADORES, NÃO LEVA-E-TRAZES DO PODER EXECUTIVO! NÃO PODEMOS RESPEITAR OS DEMAIS PODERES, O EXECUTIVO OU O JUDICIÁRIO, SE NÃO NOS RESPEITAMOS A NÓS PRÓPRIOS. Não ajudamos a boa governança constitucional, se nos olvidamos de nossos deveres, de nosso papel e nossas prerrogativas. Nossa omissão alimenta o agigantamento dos outros poderes, o que a Constituição repele. É como derrotado que posso dizer francamente que a sociedade brasileira clama por mudança, por dignidade, por esperança, por novos costumes políticos, por uma nova compreensão de nosso papel como senadores. Anticandidato-me à Presidência do Senado, para combater o mau vezo do Poder Executivo de despejar suas medidas provisórias, ainda que fora de situações de urgência e relevância, em continuado desprestígio de nossas prerrogativas legislativas. Lanço-me para que façamos valer a Constituição e seu artigo 48, II, segundo o qual devemos velar pelas prerrogativas de nossa Casa Legislativa. ALMEJO APLICAR SEVERA E SERENAMENTE, O ARTIGO 48, XI, DO REGIMENTO INTERNO DO SENADO, SEGUNDO O QUAL O PRESIDENTE TEM O DEVER DE IMPUGNAR PROPOSIÇÕES QUE LHE PAREÇAM CONTRÁRIAS À CONSTITUIÇÃO, ÀS LEIS E AO PRÓPRIO REGIMENTO”. Eu, anunciado perdedor, comprometo-me perante meus pares e perante todo o país a impugnar estes exageros do Poder Executivo. SERÁ QUE O ANUNCIADO VENCEDOR PODE FAZER IDÊNTICA PROMESSA? Vou aplicar o mesmo rigor aos “contrabandos legislativos”, impedindo que o oportunismo de alguns acrescente às já abusivas Medidas Provisórias as emendas de interesses duvidosos que nada têm a ver com o objeto original da medida que se supõe urgente e relevante. Prometo desconcentrar o meu poder como Presidente, distribuindo a relatoria dos projetos por sorteio. COMO AGIRÁ O VENCEDOR? DISTRIBUIRÁ APENAS ENTRE OS SEUS? Vou criar uma agenda pública e transparente, a ser informada a toda a sociedade brasileira, para a apreciação dos vetos presidenciais, estas centenas de esqueletos que deixamos por aqui. Vou designar as comissões e convocar as sessões do Congresso Nacional que se façam necessárias. COMO FARÃO OS VENCEDORES? Vou além: toda a agenda legislativa tem de ser democratizada. Comprometo-me a construir mecanismo pelo qual os cidadãos possam formular diretamente requerimentos de urgência para votação de matérias, nas mesmas condições que a Constituição exige para a iniciativa popular de projetos de lei. Farei ainda com que o Senado invista no desenvolvimento de mecanismos seguros de petição digital, para facilitar a mobilização dos cidadãos em torno das iniciativas populares já previstas na nossa Carta Magna. Mobilizarei também toda a Casa para promover a atualização dos textos dos Regimentos Internos do Senado e do Congresso Nacional, documentos originários de resoluções dos anos 70, aprovadas durante o período escuro de nosso país e anteriores até mesmo à nossa Constituição democrática. Aos servidores do Senado faço o compromisso de dar o que eles, profissionais dedicados, mais querem: organização, estruturação administrativa eficiente, seriedade, probidade. É também o que espera a sociedade brasileira. Não serão tolerados abusos de qualquer ordem. Funcionários públicos, representantes do povo, estamos aqui para servir a Sociedade e o Estado e não para nos servimos deles! COMO FARÃO OS VENCEDORES? O que farão aqueles que já venceram antes e nada fizeram? Como esteve o Senado, quando ocupado pelos presumidos vencedores de hoje? Posso ser um perdedor, mas para mim, a lisura, a transparência, o comportamento austero são predicados inegociáveis de um Presidente do Senado. SERÁ QUE OS VENCEDORES TAMBÉM PODERÃO DIZÊ-LO? Os que hão de vencer dialogarão com a classe média, com os trabalhadores, as organizações da sociedade civil, com a Câmara dos Deputados, com estudantes e donas-de-casa? Os vencedores darão continuidade a reformas como a do Código Penal, a Administrativa e o Pacto Federativo, ou preferirão deixar as coisas como estão? A ética estará com os vencedores ou com os perdedores, Senhores Senadores? Quais de nós serão mais bem acolhidos, não nesta Casa, mas pela sociedade brasileira. Os vencedores ou os perdedores? Queremos o melhor para nós ou o melhor para a nação? Existem voltas ainda hoje esperadas, como a de Dom Sebastião, que se perdeu nas batalhas africanas. A volta do Messias, esperado por judeus e cristãos. Os desaparecidos na época do regime militar, senador Aluísio, que hão de aparecer, ainda que para a dignidade de serem enterrados pela família. Mas existem voltas que criam receios, de continuísmo, de letargia, de erros ressurgentes. SOU O ANTICANDIDATO, O QUE PERDERÁ. NÃO SOU ESPECIAL. NÃO TENHO QUALIDADES QUE CADA CIDADÃO BRASILEIRO, TRABALHADOR E HONESTO, NÃO TENHA TAMBÉM. A ÉTICA QUE PROCLAMO É AQUELA QUE QUASE TODOS OS BRASILEIROS SE ORGULHAM DE CULTIVAR. EU NÃO TEMO O PRÓPRIO PASSADO E, PORTANTO, NÃO TENHO MEDO DO FUTURO. FALO PELOS DERROTADOS DESTE PAÍS, TODOS OS QUE AINDA NÃO CONSEGUIRAM SEUS DIREITOS BÁSICOS: AS MULHERES, SENADORA LÍDICE DA MATA; OS ÍNDIOS, SENADOR WELLINGTON DIAS; AS CRIANÇAS, SENADORA ANA RITA; OS NEGROS, SENADOR PAULO PAIM; OS ASSALARIADOS, SENADOR JAIME CAMPOS; OS SEM CASA, SENADOR RODRIGO ROLEMBERG; OS SEM ESCOLA, AMIGO CRISTOVAM BUARQUE. FALO PELOS SEM VOTO, AQUELES QUE, EMBORA TITULARES DA SOBERANIA POPULAR – O CIDADÃO – SE VÊEM ALIJADOS DA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DESTA CASA, PORQUE O TERRENO DA DISPUTA SE CIRCUNSCREVEU AOS PARTIDOS DA MAIORIA. Essa não é mais a candidatura do Pedro Taques, e sim do PDT, do PSOL, do PSB, do DEM, do PSDB e de corajosos senadores de outras legendas, que não se submetem. Por que, como diz o poeta cuiabano Manoel de Barros, “QUEM ANDA NO TRILHO É TREM DE FERRO, LIBERDADE CAÇA JEITO”. ESSA CANDIDATURA É DAQUELES QUE NUNCA TIVERAM VOZ NESTA CASA, É DOS MAIS DE 300 MIL BRASILEIROS QUE ASSINARAM A PETIÇÃO ONLINE “FICHA LIMPA NO SENADO: RENAN NÃO”, PROMOVIDA PELO PORTAL INTERNACIONAL AVAAZ. Sei que nossa derrota é certeira, transparente, inevitável, aritmética. Mas faço minha a fala do inesquecível Senador Darcy Ribeiro: “FRACASSEI EM TUDO O QUE TENTEI NA VIDA. TENTEI ALFABETIZAR AS CRIANÇAS BRASILEIRAS, NÃO CONSEGUI. TENTEI SALVAR OS ÍNDIOS, NÃO CONSEGUI. TENTEI FAZER UMA UNIVERSIDADE SÉRIA E FRACASSEI. TENTEI FAZER O BRASIL DESENVOLVER-SE AUTONOMAMENTE E FRACASSEI, MAS OS FRACASSOS SÃO MINHAS VITÓRIAS. EU DETESTARIA ESTAR NO LUGAR DE QUEM ME VENCEU”. Nas andanças do tempo, vencedores podem ser efêmeros; os derrotados de um dia, vencem noutro. Maiorias se tornam minorias. Mas a dignidade, Senhores Senadores, jamais esmorece. Nós, os que vamos perder, saudamos a todos, com a dignidade intacta e o coração efusivo de esperança.
 

MARINA SILVA É UMA POLÍTICA AUTÊNTICA QUE NUNCA FOI DE DIREITA NEM DE ESQUERDA, SEMPRE ESTEVE À FRENTE


MARINA DEFENDE O “ATIVISMO AUTORAL”


MARINA: “O GRANDE IDEAL INTEGRADOR DA SOCIEDADE HOJE É O DESCONFORTO DAS PESSOAS COM O PROCESSO ESTAGNADO NA POLÍTICA E NA ECONOMIA. HÁ ALGO MAIOR, OCEÂNICO” FUNDAR OU NÃO UM PARTIDO? NO INÍCIO DE FEVEREIRO, POSSIVELMENTE EM BRASÍLIA, JOVENS, EMPRESÁRIOS, INTELECTUAIS, POLÍTICOS, LÍDERES RELIGIOSOS E AMBIENTALISTAS SE REUNIRÃO PARA DECIDIR O DESDOBRAMENTO INSTITUCIONAL DO MOVIMENTO POR UMA NOVA POLÍTICA, A FRENTE SUPRAPARTIDÁRIA LANÇADA EM 2011 PELA EX-MINISTRA DE MEIO AMBIENTE DO GOVERNO LULA E EX-SENADORA MARINA SILVA. TRATA-SE DO COROAMENTO DE DOIS ANOS DE DISCUSSÕES DESTE GRUPO. A MAIORIA É A FAVOR DE UMA NOVA SIGLA, MAS HÁ RESISTÊNCIA À IDEIA, PRINCIPALMENTE ENTRE OS JOVENS. SE A DECISÃO FOR POR UM PARTIDO PURO-SANGUE, QUE DISPUTE AS ELEIÇÕES EM 2014, TERÁ QUE SER DIFERENTE. É ESTA IDEIA QUE FEZ MARINA SILVA MUDAR DE OPINIÃO. QUANDO SAIU DO PARTIDO VERDE, ELA SE OPÔS À CRIAÇÃO DE ALGO FEITO ÀS PRESSAS, PARA DISPUTAR AS ELEIÇÕES EM 2012. AGORA DIZ QUE VIU O MOVIMENTO AMADURECER, DECANTAR, ESTAR EM SINTONIA COM UM ATIVISMO MODERNO E ESPONTÂNEO, QUE RECONHECE NO MUNDO TODO E BATIZA DE “ATIVISMO AUTORAL”. É FORMADO POR PESSOAS DESCONTENTES COM A ESTAGNAÇÃO POLÍTICA, ECONÔMICA E DE VALORES E QUE NÃO CONSEGUE FAZER FRENTE À PROFUNDA E COMPLEXA “CRISE CIVILIZATÓRIA” ATUAL. ESTE NOVO PARTIDO, SE CONFIRMADO, PODE TER NOVIDADES EM SEU ESTATUTO E A SUSTENTABILIDADE COMO VÉRTICE. PODERÁ ABRIGAR CANDIDATURAS LIVRES, TER PRESIDÊNCIA DE CURTO PRAZO E ROTATÓRIA E ATÉ UM PACTO DE NÃO AGRESSÃO A RIVAIS  NAS DISPUTAS ELEITORAIS. A SEGUIR, OS PRINCIPAIS TRECHOS DA ENTREVISTA AO JORNAL VALOR:

VALOR: A SENHORA IRÁ FORMAR UM NOVO PARTIDO?

MARINA SILVA: É importante antes resgatar o processo político daquele grupo que viveu a experiência das eleições presidenciais de 2010, nestes últimos dois anos, desde que saímos do PV. Uma parte do grupo achava que se deveria criar imediatamente um partido. Eu era contra esta proposta.

VALOR: POR QUÊ?

MARINA: Argumentava que não se cria partido por causa de eleição. Naquela época a avaliação era de se fazer um partido já para concorrer em 2012. Dizíamos que deveríamos apostar em uma articulação mais ampla, transpartidária, com a proposta da sustentabilidade e de uma nova forma de fazer política. E se, no futuro, uma parte deste movimento – que é muito maior do que a dos que querem fazer um partido -, quisesse decantar um grupo para ver se havia profundidade e identidade política para criar algo que não seja apenas mais um partido, com foco apenas em mais uma eleição, que era legítimo que estas pessoas fizessem isso. Eu só iria fazer esta discussão depois das eleições de 2012.

VALOR: COMO A SENHORA PARTICIPOU DAS ELEIÇÕES DE 2012?

MARINA: Apoiando candidaturas de forma exclusivamente programática. Engraçado como as pessoas se esquecem disso. Se fosse uma perspectiva puramente eleitoreira, eu teria me envolvido com muitas campanhas e com aquelas que poderiam estar comigo no futuro. Eu me envolvi com candidaturas que nunca vão se descolar dos seus partidos de origem.

VALOR: QUAIS, POR EXEMPLO?

MARINA: Apoiei a candidatura de Durval Ângelo [candidato derrotado à Prefeitura de Contagem], que é uma pessoa orgânica do PT de Minas, não vai sair do PT, mas tem compromisso com esta agenda. O próprio Serafim [Corrêa, candidato derrotado à Prefeitura de Manaus], ligado ao PSB. O Edmilson [Rodrigues, candidato derrotado à Prefeitura de Belém], que nunca vi questionar sair do PSOL. O Heitor [Ferrer, candidato à Prefeitura em Fortaleza], que não está cogitando sair do PDT. São mais do que indícios de que se está discutindo uma proposta de visão de mundo e de país. Aquela ideia de que o importante é formar uma comunidade de pensamento que pode ser de pessoas de diferentes partidos ou que não são de partidos, da academia, de movimento sociais, mas todos refletindo sobre a crise do modelo que estamos vivendo. Esta crise civilizatória que se expressa na política, na questão ambiental, na economia, em valores, em graves problemas sociais. É apostar em um movimento oceânico.

VALOR: COMO ASSIM, OCEÂNICO?

MARINA: Hoje uma parte da sociedade se movimenta de uma forma meio oceânica, integrada pelo forte questionamento do que está acontecendo no Brasil e no mundo, em relação à crise civilizatória. Me impressiona muito o reducionismo que se faz da discussão de tudo isso. A eleição faz parte de um processo, dá uma forte contribuição para a mudança da cultura política, mas não é um fim em si mesmo e não é a única forma de dar essa contribuição. Tem que existir um caldo de cultura transformador. Nestes dois anos tenho participado do processo político, mas não nesta agenda do poder pelo poder. Não fiquei na cadeira cativa de candidata à Presidência da República, mas no lugar de militante socioambiental. Queremos discutir a partir de novos patamares.

VALOR: HÁ QUEM FALE NA FALTA DE VISIBILIDADE SUA NESTES DOIS ANOS.

MARINA: Continuei fazendo o que sempre fiz. Tive uma agenda intensa, para mim política é um processo vivo. E agora estou diante de um movimento que, pode ter certeza, não partiu de mim. Existem inúmeras pessoas, parlamentares, lideranças, grupos sociais que têm cobrado de mim uma posição. E eu, que segurei este processo até o fim das eleições de 2012, por uma questão de respeito ao legado que eu e Guilherme Leal [empresário da Natura e vice na chapa em 2010] suscitamos, tenho que me colocar. Não poderia me omitir diante do legado consistente que temos e que está propondo algo que, se não é um novo caminho, pelo menos é uma nova maneira de caminhar na política. No Brasil, como não há candidaturas avulsas, ou você está dentro das estruturas, ou não existe

VALOR: MAS A MANEIRA DE INTERFERIR NA POLÍTICA É ATRAVÉS DE UM PARTIDO. A SENHORA ESTÁ CONSIDERANDO…

MARINA: É também através de um partido. O problema é que os partidos começaram a ter o monopólio da ação política. No Brasil, infelizmente, como não existem candidaturas livres, avulsas, como há nos Estados Unidos e na Itália, ou você está dentro destas estruturas, em seus moldes tradicionais, ou você não existe. Mas não tivemos a reforma política e é preciso cumprir os processos legais se quisermos participar da política tradicional.

VALOR: O QUE ESTÁ SENDO FEITO?

MARINA: Lideranças políticas da sociedade, que querem partido ou não, mas que querem participar da política e não ser espectadoras mas protagonistas, têm me procurado para conversar. Tenho sugerido que, no início de fevereiro, se faça uma reunião para que este movimento tome a decisão. Vai continuar como movimento da sociedade? Vai ter uma participação na política institucional?

VALOR: JÁ TEM DATA E LUGAR?

MARINA: A ideia é que aconteça antes do Carnaval, possivelmente em Brasília. Estes movimentos estão antecipando discussões, fazendo manifestos, propostas de estatuto. Isso está sendo feito independentemente da minha vontade, mas acho legítimo. Durante estes dois anos houve, de fato, um adensamento, uma decantação para evitar que fosse apenas mais um partido com apenas uma perspectiva eleitoral.

VALOR: A MILITÂNCIA POLÍTICA ESTÁ MUDANDO?

MARINA: Acho que está mudando significativamente no mundo e no Brasil também. Hoje não é mais aquele ativismo dirigido pelos partidos, pelos sindicatos, pelas organizações clássicas que tínhamos. É um ativismo diferente, que chamo de ativismo autoral. Boa parte das pessoas que integram as causas do século 21 fazem isso porque estão alinhadas com os mesmos princípios mas também pelo prazer de experimentar uma ação política produtiva, criativa e livre. Muitos sentem desconforto com a política separada da ética, a economia separada da ecologia.

VALOR: QUAIS SÃO ESTES CANAIS?

MARINA: Pode-se identificá-lo, por exemplo, nas manifestações recentes contra a corrupção, que não foram convocadas por nenhum partido político. A menina que fez aquele movimento para melhorar a escola dela é caso típico deste ativismo autoral. Os movimentos “Ocupem Wall Street”. A própria campanha de 2010 foi assim, porque o PV não tinha estrutura, não tinha tempo de televisão, as pesquisas diziam que eu estava estagnada em 8%. E mesmo assim, as pessoas, autoralmente, fizeram um processo político. Isto é uma tendência no mundo. Eu estou dialogando com isso. Talvez esteja mesmo no ostracismo para o velho ativismo, de movimentos a serviço de um partido.

VALOR: PODE EXPLICAR MELHOR?

MARINA: É como se tivéssemos uma grelha com brasas: as brasas juntas produzem calor para aquecer uma pessoa, mas se estiverem separadas, irão se apagar. O que agrega as pessoas são os ideais e um dos fortes ideais hoje é a sustentabilidade. Mas entendendo a sustentabilidade não só como uma maneira de fazer, mas como uma maneira de ser, uma visão de mundo, um ideal de vida que deve perpassar a economia, a ciência, a tecnologia, a relação do homem com a natureza e consigo mesmo.

VALOR: E COMO PODERIA SE TRADUZIR ISSO NA REALIDADE DE UM PARTIDO?

Marina: Se a decisão for por um partido, no meu entendimento tem que ser com esta visão antecipatória. Não dá para ser a favor da reforma política e não agregar neste novo instrumento institucional os elementos da reforma política que queremos que aconteça.

VALOR: COMO O QUÊ, POR EXEMPLO?

MARINA: O PT foi capaz de antecipar várias coisas no seu tempo. Naquela época os partidos se constituíam e as decisões eram tomadas pelas convenções com os delegados oficiais. O PT colocou em seu estatuto que as decisões seriam pelo pleno do partido e a convenção oficial referendaria a decisão tomada pelo pleno do partido. Foi assim até que se transformou em um partido convencional como qualquer outro, mas isso é recente. É possível, mesmo na atual legislação, ter uma política mais aberta, democratizar a democracia. E os partidos políticos têm que dar a sua contribuição.

VALOR: SE O MOVIMENTO DECIDIR PELA CRIAÇÃO DE UM PARTIDO, COMO ELE SERIA DIFERENTE DOS OUTROS?

MARINA: Sou a favor, e boa parte do grupo também, das candidaturas livres. No Brasil, sem reforma política, não se consegue isso, mas dá para antecipar. O partido tem um programa e princípios, e quem está vinculado a eles poderia, mesmo não sendo orgânico do partido, ter uma legenda. Do mesmo jeito que se tem 30% para mulheres, se poderia ter, também, 30% para candidaturas respaldadas pela sociedade desde que coerentes com princípios e valores. É possível antecipar a ideia das candidaturas livres resguardando 30% de vagas para personalidades, ou pessoas de movimentos sociais, que queiram articular programaticamente uma lista de apoio e ser homologado pelo partido. Porque, para concorrer, é preciso ter uma homologação institucional. O ativismo autoral está em manifestações apartidárias contra a corrupção ou como a “ocupe Wall Street”

VALOR: E NO FINANCIAMENTO?

MARINA: O financiamento público de campanha hoje não é possível. Mas é possível um financiamento popular de campanha? Em vez de poucos contribuindo com muito ter muitos contribuindo com pouco? Há duas propostas sendo debatidas. Uma, que seria só pessoa física, sem limite de contribuição. Advogo a ideia de que poderia ser empresas e pessoas físicas, com teto de contribuição. Teríamos que discutir este teto.

VALOR: DEFENDERIA A REELEIÇÃO?

MARINA: Sou contra a reeleição para cargos executivos, que no meu entendimento é um atraso na realidade do Brasil. Poderia até ter mandato de cinco anos, mas sem direito à reeleição, porque as pessoas não fazem o que é necessário e estratégico para o interesse do país, mas fazem o que é estratégico para o interesse da sua própria reeleição. Esta é uma visão minha, não do grupo.

VALOR: A LEGISLAÇÃO PERMITE TODAS ESTAS MUDANÇAS?

MARINA: Com certeza. Se você estabelecer que o financiamento da campanha vai ser só de pessoa física, isso está no estatuto do partido. Se disser pessoa física e empresa, com um teto, se está no estatuto do partido, não há problema. Se alguém consegue uma lista de assinaturas o endossando, proporcional à realidade de seu município ou sua região eleitoral, por exemplo, e se essa sua plataforma é coerente com os valores do partido, pode-se homologar a filiação sabendo que esta pessoa não quer ser um militante orgânico do partido, mas é alguém que representa a sua causa. E que a sua filiação é puramente uma exigência da atual legislação, que não permite candidaturas livres.

VALOR: A SUSTENTABILIDADE SERIA O EIXO DO PARTIDO?

MARINA: A questão da ficha limpa seria algo a priori e o compromisso com a sustentabilidade seria algo no vértice de tudo. A ética na política teria que ser condição “sine qua non”, não pode ser uma bandeira. Mas, por exemplo, poderia ser um partido que tenha uma presidência por um tempo, que não seja por um tempo eterno. A cada ano, teríamos outro presidente para evitar cristalizações. O PV na Alemanha, por exemplo, tem um homem e uma mulher como presidentes. Tem coisas que já dá para fazer. Pessoas como o economista José Eli da Veiga, o cineasta Fernando Meirelles, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca não sei se vão se filiar, mas são pessoas que têm o direito de participar, de votar, de apresentar propostas. São protagonistas do processo político. Tem que ter mecanismos novos porque senão vai ser mais do mesmo. O que está se discutindo é outra coisa, é uma visão de país, de mundo, do que o século 21 exige de nós. É um esforço, ninguém tem a resposta. As coisas estão sendo produzidas nos espaços da polarização, que é estagnante.

VALOR: OUTRA NOVIDADE?

MARINA: Um partido político hoje tem que ter um pacto de não agressão. Eu posso fazer uma critica à presidente Dilma [Rousseff] ou ao [ex-]governador [José] Serra e não precisa ser no diapasão destrutivo que virou a política. Viramos a cultura da acusação e da queixa.

VALOR: HÁ QUANTO TEMPO ESTA DISCUSSÃO VEM ACONTECENDO?

MARINA: Estou repensando a ideia do partido. Não poderíamos fazer de forma só para participar da eleição de 2012. Isso aconteceu, o amadurecimento desta ideia, ao longo de dois anos. Há muitos que querem mais do que um partido, algo que seja um projeto de país. Isso não é uma decisão que será tomada agora, isso está em discussão desde que nos separamos do PV.

VALOR: MAS DÁ TEMPO DE PARTICIPAR DA ELEIÇÃO DE 2014?

MARINA: Não sei se dá tempo. Me perguntaram se poderia ser mais fácil ir para um partido já existente ou fazer uma fusão. Poderia ser mais fácil, mas não o mais coerente. É preferível correr o risco de tentar manter a coerência. Se não for possível, paciência. Tentou se fazer algo que faça diferença e não um processo puramente eleitoral.

VALOR: COMO A SENHORA VÊ O BRASIL HOJE? A CRISE ENERGÉTICA, POR EXEMPLO?

MARINA: Infelizmente o Brasil não foi capaz de criar uma agenda do século 21. O Brasil tem condições de dar energia diversificada e distribuída, mas não tem levado isso a cabo, e aposta em modelos que estão falidos, centralizados, dos grandes empreendimentos. Ser o país detentor da maior área de insolação do planeta e não apostar em energia solar, dá uma tristeza. Temos um modelo que não se abre aos diversos segmentos da economia.

VALOR: COMO A SENHORA VÊ A DISCUSSÃO DO PIB, DO QUANTO O BRASIL CRESCEU. PODERIA TER SIDO MAIS?

MARINA: A gente não pode tratar o Brasil como se fosse uma ilha separada do mundo. O Brasil faz parte desta velha economia e está em crise junto com ela. Uma crítica que eu faço é que não se aproveita a crise para ir rumo à nova economia, mas não posso imaginar que o Brasil é uma bolha de prosperidade separada do mundo. Tanto estão errados os que estão dentro do governo e venderam a ideia de que o Brasil está imune à crise, como se a presidente Dilma pudesse fazer uma mágica e nos colocar em uma ilha de prosperidade separada do mundo. Poderíamos fazer investimentos em outra direção. Mas a presidente Dilma não tem uma varinha de condão para fazer essa mágica.

VALOR: E QUAIS SÃO OS PRÓXIMOS PASSOS DO MOVIMENTO?

MARINA: As pessoas estão conversando entre si. Parlamentares, ex-PV, ex-PT, pessoal da academia, da juventude, gente que quer partido, gente que não quer. Todos estão conversando. No início de fevereiro a ideia é ter este encontro, como uma preliminar. Feito isso, os grupos podem criar um instrumento para a política institucional. E aí há grupos se antecipando para levar propostas para a segunda parte da reunião, por causa do calendário eleitoral.

VALOR: QUAL É A SUA POSIÇÃO?

MARINA: Acho que amadurecemos sim. A própria forma como as coisas estão acontecendo fez uma boa decantação daquelas ideias de que se tratava de só mais um partido e que precisávamos ter alguma coisa para estar nas eleições de 2012 de qualquer forma. Agora está claro que se trata de algo maior do que um partido. É um movimento.

VALOR: SE O PARTIDO SAIR, SERÁ DE ESQUERDA?

MARINA: Na campanha, quando me perguntavam e ao Alfredo Sirkis [deputado federal do PV do Rio] se estávamos à esquerda ou à direita, dizíamos que estávamos à frente. Uma frente da sustentabilidade na política, na economia, nas instituições. É importante criar um caldo de cultura política para terminar com esta estagnação da política.

VALOR: E OS LÍDERES EVANGÉLICOS, COMO ESTÃO NESTA DISCUSSÃO?

MARINA: Ninguém está participando como líder religioso, mas como cidadão. Ninguém vem em nome de sua ONG, mas como cidadão. Estamos vendo a política como um processo novo e vivo, 2010 não tem como ser repetido. É um novo processo.

Fonte: Valor Econômico