domingo, 16 de dezembro de 2018

LULA MENTE AO DIZER QUE FUNDOU O PT. NA VERDADE, LULA ROUBOU O PT PARA PODER ROUBAR O BRASIL.



A ascensão de Lula e do PT ao poder no Brasil não é um fenômeno recente e também não é algo que custou barato. Ao contrário do que muitos imaginam, o PT não surgiu nas raízes dos movimentos sindicais do ABC, mas sim nas cabeças de intelectuais burgueses que frequentavam os cafés de Paris na década 70.

O nome Partido dos Trabalhadores é explorado em diversos países, como Estados Unidos, (1938), Espanha (1984)  Colômbia (1977), México (1975), Panamá (1983), Peru, Reino Unido. Todos tiveram origens em inspirações comunistas.

No Brasil, o Movimento Convergência Socialista, derivado da Liga Operária, manifestou pela primeira vez a intenção criar um partido em 1978, por sugestão de Mário Pedrosa, um burguês comunista crítico de arte. A Liga Operária era uma agremiação composta por militantes da Ação Popular, do Partido Comunista Revolucionário e pelo Movimento Nacionalista Revolucionário. Em 1978, outros agrupamentos de esquerda, como o Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP) já sugeriam a criação do PT durante o Congresso dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, em Lins.

Além das poucas intervenções de Mário Pedrosa, este projeto de criação do partido não tinha relação com outros movimentos de esquerda no Brasil e no exterior, que também almejavam a criação de um partido com a mesma nomenclatura. Neste período, Lula era apenas o "QUERIDINHO" dos donos de fábricas da região do ABC paulista e recebia cachês para apaziguar greves em outras regiões do país.

Mas o PT propriamente dito foi idealizado por um grupo de jovens comunistas ricos, não necessariamente fiéis à ideologia que estava na moda, amantes da boa vida e de cargos no exterior. Estavam todos encantados com a ascensão do líder polonês Lech Walesa, um operário  que se tornou um controverso ativista sindical. Durante anos, foi perseguido pelas autoridades, mantido sob vigilância do Estado, demitido em 1976 e preso várias vezes. No final dos anos 70, o líder sindical fundou o partido Solidariedade.

Assim como Lula, Walesa também concorreu à presidência de seu país no mesmo ano de 1989. A diferença é que o líder sindical polonês venceu a eleição de seu país  e cumpriu seu mandato entre 1990 e 1995. Lula fez o jogo da Globo para tirar Leonel Brizola do páreo e perdeu a eleição para Fernando Collor de Melo. Walesa ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1983. Lula passou a ganhar mesada de empresários ricos como Léo Pinheiro e Emílio Odebrecht, que o requisitava para sabotar movimentos grevistas em suas fábricas na Bahia, convencendo sindicatos e trabalhadores a fechar acordos que combinava com os patrões.

Voltando um pouco no tempo, os mesmos intelectuais burgueses que perambulavam pela Europa nos anos 70 acabaram "inspirados" pela ascensão de governos comunistas ao redor do mundo e com a trajetória do líder sindical da Polônia. Foi quando tiveram a brilhante ideia de trazer a "franquia" do modelo polonês para o Brasil.

O final dos anos 70 foi marcado pela revogação do AI5, um ato que cassou a liberdade política e suspendeu uma série de direitos democráticos durante os anos de chumbo da ditadura. A assinatura de sua revogação ocorreu precisamente no dia Em 13 de outubro de 1978, pelo então presidente da república, o General Ernesto Geisel após exatos dez anos em vigor. A revogação, que passaria a vigorar a partir de janeiro de 1979, deu início à abertura política no país. Foi um passo decisivo no processo de redemocratização do Brasil, conduzida pelos militares que julgavam ter livrado o país da ameaça dos comunistas.




A Lei da Anistia (Lei Federal n° 6.683, de 28/08/1979) foi promulgada logo após a revogação do AI5 pelo sucessor de Ernesto Geisel, o General João Baptista de Oliveira Figueiredo, que tomou posse em 15/03/1979. A Lei da Anistia contemplava qualquer cidadão envolvido em crimes políticos e permitiu o retorno ao Brasil de centenas de exilados políticos, como Leonel Brizola, Miguel Arraes, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Carlos Prestes, José Serra e do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.


Este período marcou o retorno do pluripartidarismo ao Brasil, quando surgiram, a partir dos anos 80, partidos como o PTB, PDT, PP e PT. Antes, havia apenas dois partidos, que eram o MDB e ARENA. Destes partidos surgiram o PMDB e o PDS.


Sérgio Buarque de Holanda assinando a
terceira ficha de filiação do PT

Foi nesta época que os verdadeiros fundadores do PT viram a oportunidade de implantar no país a franquia polonesa, que não tinha nada a ver com os conceitos bolivarianos atuais. O grupo idealizador do PT era formado por gente como Sérgio Buarque de Holanda, Bruno Maranhão, que havia voltado do exílio na França em 1979, Antonio Candido de Mello e Souza, Paulo Delgado,  Florestan Fernandes, Mário Pedrosa (o da Liga Operária), Apolônio de Carvalho, Vladimir Palmeira, Lélia Abramo, Francisco Weffort, Plínio de Arruda Sampaio, Hélio Bicudo, entre outros. Lula ainda não estava na jogada.

Lula (direita) e outros sindicalistas barrados numa das reuniões de fundação do PT no tradicional colégio Sion, SP.

À exceção de Bruno Maranhão, o Partido dos Trabalhadores foi organizado por figuras predominantemente ilustres, intelectuais, burgueses e dissidentes católicos que àquela altura sabiam exatamente o que queriam: um líder popular para servir de fachada para o partido. De preferência um sindicalista. Esta pessoa seria o porta voz do partido, seria o rapaz do marketing, o interlocutor dos fundadores e porta voz de um plano de poder ambicioso.


Acompanhe no vídeo abaixo quando o ex-presidente Lula demonstra seu desprezo pelo líder sindical que inspirou o projeto de poder do PT. Sem demonstrar o menor escrúpulo, Lula confessa com todas as letras o que há por trás de sua chegada ao poder e como consegui passar muita gente para trás:




Foram várias reuniões em que eram avaliados perfis de líderes sindicais do país. Era quase um concurso de "MISS PROLETARIADO". A opção inicial de um grupo foi o nome de Jair Antonio Meneguelli, homem de origem humilde, sem nível superior, líder sindical do ABC, grevista,  presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, enfim. Tinha o perfil idealizado pelos intelectuais fundadores do PT.


Jair Antonio Meneguelli e Lula

Outro grupo defendia o nome de Lula. homem de origem humilde, sem nível superior, líder sindical do ABC, grevista, presidente do sindicato dos metalúrgicos São Bernardo do Campo e Diadema, tudo como mandava o figurino. O único problema é que Lula tinha a língua presa e isso não agradava alguns burgueses do partido, que preferiam Meneguelli.


Um dos fatores que pesaram contra o rival de Lula foi justamente seu sobrenome. Era meio italiano. Da Silva soava melhor aos ouvidos do povão. Foi exatamente por este critério que a escolha do garoto propaganda do PT recaiu sobre Lula. O sindicalista foi o escolhido para projetar o partido junto à classe trabalhadora. Os intelectuais preparavam seus discursos a partir dos postulados das velhas cartilhas comunistas, adaptadas ao marketing político moderno e com um tempero nordestino.

A trajetória do PT seguiu todos os procedimentos estratégicos clássicos das cartilhas comunistas, como a propagação de uma mensagem de libertação dos "oprimidos" do jugo da elite burguesa. O segredo do negócio era explorar "os coletivos". O passo a passo destas cartilhas implantadas em outros cantos do mundo é sempre o mesmo e visa basicamente angariar a simpatia de líderes e núcleos sociais. A tática consiste em métodos óbvios de aproximação com os movimentos sociais, comunidades campesinas, líderes comunitários, núcleos estudantis universitários, "pseudo intelectuais" maconheiros, revolucionários, artistas alternativos e sem talentos, as minorias em geral. As técnicas de manipulação de massas "oprimidas" são velhas conhecidas. A cartilha aborda ainda o aparelhamento da máquina pública a partir da conquista de pequenas prefeituras e governos de estado, a cooptação dos funcionários públicos a partir do controle dos sindicatos, a tolerância com faltas, atrasos e a negligência de servidores. enfim.

O canto da sereia era sempre o mesmo: de forma generalizada, culpar pessoas bem sucedidas; a classe capitalista; explorar o sentimento de inferioridade de uma classe, voltando-a contra as elites; culpar os Estados Unidos pelas mazelas do Brasil; culpar a Globo pelo golpe militar e toda aquela cantilena marxista leninista (linha de pensamento político que combina os conceitos de imperialismo e centralismo democrático e a mudança de foco revolucionárioque todos os brasileiros conhecem muito bem. Afinal, são 37 anos ouvindo Lula e o pessoal do PT contando a mesma historinha que não deu certo em lugar nenhum do mundo.

Mas o fato é que nada disso saiu da cabeça de Lula. Estas lições são fruto de um aprendizado secular de estratégias que saíram das mentes de comunistas brilhantes. Os métodos constantes das cartilhas comunistas foram usadas em outros cantos como Cuba, Venezuela, México e em vários países da África e ásia. O mérito de Lula foi o de assimilar com maestria todas estas lições. Lula aprendeu a arte da retorica metafórica futebolística, a arte de destruir reputações. Lula se tornou mestre do ilusionismo e aperfeiçoou sua habilidade de vender o que jamais poderia entregar. Lula foi instruído a prometer a redenção da classe trabalhadora, que um dia ainda iria prevalecer sobre as "zelites" e pisar na cabeça dos burgueses.

O plano dos ilustres fundadores do PT era o de poupar Lula de qualquer cargo executivo, como prefeito ou governador, por uma simples razão: todos sabiam que ele não tinha competência para governar e que um fracasso à frente de alguma prefeitura, assim como foi sua passagem pelo legislativo, o queimaria para o plano maior.



Lula falando no plenário
da Câmara dos Deputados

Eleito deputado federal por São Paulo em 1986, lula obteve uma média medíocre, segundo o Ipea. Foi favorável à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto, à jornada semanal de 40 horas, à soberania popular, à estatização do sistema financeiro, a ampliação da reforma agrária, taxação de grandes fortunas, era contra a privatização de estradas, cobranças de pedágios, contra o lucro extorsivo dos bancos e tudo aquilo que continua do mesmo jeito no Brasil, após 14 anos com o PT no poder.

Durante sua trajetória política de quase 40 anos, o convívio de Lula com  os pobres e representantes da classe trabalhadora ficaram restritos aos comícios  e no corpo a corpo das campanhas eleitorais. Por outro lado, Lula conviveu intensamente com o membros do alto escalão do partido, formado por gente da elite, burgueses, intelectuais, empresários e financiadores de suas campanhas. Com essa gente, Lula adquiriu hábitos e gostos sofisticados. Aprendeu a amar os jatinhos, seguranças, ternos italianos, hotéis de luxo, bons vinhos, boa gastronomia e tudo que o dinheiro pode comprar.


LULA SEGUIU À RISCA AS  INSTRUÇÕES DE SEUS AMESTRADORES

Após décadas de investimento no projeto "Lula", o sindicalista evolui com o passar dos anos de aprendizado e conseguiu se adaptar as mudanças do cenário político nacional. Lula se mostrou capaz de atender a interesses corporativos dentro da estrutura partidária. Se revelou habilidoso nas negociações com grandes empresários e banqueiros. Desenvolveu maior traquejo com adversários políticos e conseguiu angariar a simpatia de vários setores da sociedade.

O projeto de chegada do PT ao poder  sempre teve como foco central a eleição de Lula. Sua "imagem" foi o centro de todos os investimentos e esforços do partido. Aos integrantes, membros e militantes, era imposto o compromisso de enaltecer sua figura em qualquer oportunidade. A imagem de Lula deveria ser associada a todas as candidaturas do partido, desde os candidatos a vereador de pequenos municípios até espaços generosos nas  grandes campanhas de deputados, senadores, prefeitos e governadores.

Durante anos, todos no partido foram obrigados a pronunciar o nome de Lula em entrevistas, comícios, palestras e eventos públicos. Ao longo dos últimos 36 anos, o PT roubou e torrou bilhões de dólares para projetar a figura de seu líder máximo. Aquele que garantiria a ocupação duradoura do poder central do país durante décadas. Aquele que deveria se tornar um mito tão poderoso, que seria um dia capaz de eleger qualquer candidato a qualquer cargo em qualquer lugar do país.

Após décadas de investimentos e três tentativas consecutivas fracassadas, o PT finalmente chegou ao poder com Lula justamente no momento mais favorável economicamente do Brasil em toda a história. Lula chegou ao Palácio do Planalto em janeiro de 2003 com a inflação debelada e moeda estável, fatores preponderantes que favoreciam a ampliação da distribuição de renda.

Milhares de empresas em todo o mundo foram atraídas pela estabilidade econômica e a inserção do país nas regras de livre mercado providenciadas por seu antecessor, como preços e câmbio livres, regras fiscais e tributárias claras, lei de responsabilidade fiscal e garantia de remessas ao exterior. Ao assumir seu primeiro mandato, Lula encontrou cerca de 350 mil empresas em processo de instalação no Brasil, como Honda, Toyota, Peugeot, Renault, Hyundai, WalMart, LG, Samsung, John Deer e outros players gigantes do mundo globalizado. Estas empresas gerariam cerca de 18 milhões de empregos durante os dois mandatos de Lula.

Como se não bastasse a sorte de assumir seu primeiro mandato em pleno aquecimento do mercado interno, quando a população já comprava carros, imóveis e outros bens duráveis financiados a longo prazo, Lula ainda deu sorte com o alto valor das commodities no mercado internacional. Itens como aço, soja e petróleo nunca alcançaram valores tão altos em toda a história mundial. Isso justamente durante o período de maior crescimento da economia chinesa, que alavancou a economia mundial durante mais de uma década.

Governar o Brasil sob tais condições era mais fácil do que bater um prego na manteiga. Como não enfrentou grandes desafios na economia e na geração de empregos, Lula se dedicou a organizar os esquemas criminosos que financiariam as campanhas do partido dali em diante e começou a se livrar dos intelectuais "chatinhos" que enfrentavam resistência no partido. Esperto, se aproveitou da vulnerabilidade de algumas posições na legenda, colocou o PT no bolso e seguiu em frente.

O partido sempre enfrentou uma divisão interna formada pelos idealistas e os revolucionários. Os idealistas eram justamente os intelectuais burgueses fundadores do partido. Já os revolucionários eram os guerrilheiros pobres que assaltavam bancos, roubavam caminhões de carne para fazer churrasco e faziam treinamento de guerrilha em Cuba durante a ditadura. Lula deu um jeito de se livrar dos idealistas e ficou só com a banda podre do partido. Foi desta forma que Lula roubou o PT das mãos de seus idealizadores.

Logo que chegou ao poder, já totalmente descaracterizado, o partido se revelou uma grande organização criminosa e levou para Brasília a pior geração de corruptos que os brasileiros já tiveram notícia. Ao longo de 14 anos, o PT colocou em prática toda sua experiência acumulada em aparelhar e dilapidar a máquina estatal. Roubou, desviou e deixou desviar mais dinheiro que todos os políticos de toda a história do pais roubaram juntos em 518 anos de história. Lula e o PT corromperam políticos, empresários, diretores de estatais e juízes com uma facilidade que chocou o mundo a partir do levantamento dos sigilos dos executivos da Odebrecht.

Enquanto permaneceu no poder, o PT promoveu um gigantesco esquema de aparelhamento do Estado em nível nacional e internacional. Estava finalmente tudo dominado. O ideal de um grupo de intelectuais burgueses concebido nas mesas dos cafés de Paris 40 anos atrás se distorceu, se descaracterizou, mas finalmente prevaleceu. O mais ambicioso plano do poder político de que se tem notícia na história do país foi finalmente implantado pelo PT no Brasil e teve continuidade, através de Dilma Rousseff, a sucessora cúmplice da bandidagem do partido.

Lula pode ser considerado o maior ladrão do Brasil, já que ao lado da Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Friboi, EBX de Eike Batista entre outros comparsas, "aliviou" os cofres públicos em mais de R$ 500 bilhões em 13 anos.

Estava tudo indo muito bem. Até que surgiu um rapaz do Paraná que destruiu em poucos meses tudo aquilo que Lula e sua gangue do PT gastaram quatro décadas para construir. O juiz federal Sérgio Moro simplesmente aniquilou a organização criminosa que se instalou no coração da República para assaltar o país. Moro desbaratou a quadrilha e enquadrou todos seus representantes com apenas algumas etapas da Operação Lava Jato. De nada adiantou o PT roubar tantos bilhões do povo para investir em tanta farsa chamada Lula. Foi tudo parar no lixo da história no final da história. - Imprensa Viva -

sábado, 15 de dezembro de 2018

LULA, PROTETOR DE TERRORISTA, JUNTO COM O PETRALHA TARSO GENRO GARANTIRAM A PERMANÊNCIA DE CESARE BATTISTI NO BRASIL


O ex-ministro da Justiça Tarso Genro, responsável por conceder refúgio político a Cesare Battisti em 2009, foi um dos primeiros a chiar com a decisão do  presidente Michel Temer em assinar a extradição do do terrorista italiano.

Em entrevista ao Estadão, o petista afirmou que que a extradição é um acordo político entre dois governos de extrema direita, referindo-se ao futuro governo brasileiro e ao governo italiano, e não é uma decisão jurídica.

Tarso Genro mente. Na verdade, o presidente Michel Temer vem tentando extraditar o terrorista há anos, mas foi impedido por uma decisão do ministro do STF, Luiz Fuz, que alegou ter dúvidas sobre a autoridade de um presidente da República rever uma decisão do ex-presidente Lula, de 2010. Esta semana, Fux reconheceu que 'atrapalhou' Temer de extraditar o terrorista e determinou que Battisti fosse preso para ser extraditado. Temer não demorou 24 horas para assinar o decreto de extradição do terrorista. Curiosamente, a decisão de Fux foi noticiada no Jornal Nacional desta quinta-feira, 13, antes da Polícia Federal colocar as mãos no italiano, que se encontra foragido.

Na Itália, tanto a esquerda quanto a direita daquele país anseiam pela extradição do terrorista acusado de matar quatro cidadãos italianos quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.


RELEMBRE O CASO:

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O PAU QUE BATE EM CHICO...


Percival Puggina

O compositor Chico Buarque, sua namorada, um advogado argentino e uma ativista italiana estiveram, na última terça-feira, 12 de dezembro, com o Papa Francisco. Interessei-me. O que teria levado Chico a procurar Francisco? Para qual esquina da vida tão distintas biografias convergiriam?

Chico sobraçava um volume de 100 páginas que os portadores exibiram para provar o que denominam judicialização seletiva da política na Argentina, no Equador e no Brasil e o consequente comprometimento de suas democracias. Por “judicialização seletiva da política”, em linguagem menos pedante, se entenderia, no caso brasileiro, que o mártir Lula, aquele santo em vida, está preso injustamente por conta de um suposto cambalacho que derrubou a hegemonia esquerdista no país.


Eu retornara de Cuba havia quatro meses quando, em 18 de março de 2003, ocorreram as violentas ações policiais e judiciais que ficaram conhecidas, no país, como a Primavera Negra. Foram presos 75 dissidentes, defensores de direitos humanos e jornalistas independentes. Entre eles estavam listadas pessoas com quem me havia encontrado em novembro de 2002, colhendo informações para a primeira edição de meu livro Cuba, a Tragédia da Utopia, que viria a ser publicado em 2004. Foi com lágrimas nos olhos que vi condenada a incríveis 20 anos de prisão, minha brava amiga de cabelos brancos, a economista Marta Beatriz Roque Cabello, com quem ainda hoje me correspondo regularmente. As penas variavam entre 15 e 28 anos de prisão em regime fechado. O rigor das ações e sanções chamou a atenção mundial e um angustiante terror se abateu sobre a população.

Duas semanas mais tarde, a 2 de abril, armados de uma faca e um revólver, um grupo de 11 jovens, sem que ninguém causasse ou sofresse um arranhão, abordou uma lancha de navegação costeira e determinou que rumassem para os Estados Unidos. Trinta milhas adiante, ficaram sem combustível e foram rebocados para o porto de Mariel. Nove dias mais tarde, haviam sido julgados, recorrido das sentenças e, três deles, executados por pelotão de fuzilamento. A estes, posteriormente, Fidel, se iria referir de modo depreciativo como “los três negritos”... Aos demais, prisão perpétua. Não houve tempo, sequer, para os familiares serem comunicados da execução das sentenças, cumpridas na madrugada. A brutalidade das ações e a desproporção das penas chocou a opinião mundial. Antigos apoiadores de Fidel, como o português José Saramago e a chilena Mercedes Sosa proclamaram seu rompimento com o regime. “Até aqui eu fui” escreveu Saramago, que suportara muito bem as 20 mil sentenças de morte até então cumpridas pelo regime. As três últimas, porém, foram as gotas que lhe encheram o tolerante copo.

É claro que a reação internacional exigia resposta rápida. Foi assim que, mundo afora, seguindo a velha rotina, centenas de “intelectuais” partiram em defesa do regime e de suas ações. No clamor dos fatos, no dia 1º de maio, durante as habituais celebrações realizadas na Praça da Revolução, foi lido um manifesto com o título “Chamado à consciência do mundo” redigido em defesa de toda aquela brutalidade, descrita como ato de soberania a exigir respeito. Entre os mais de 300 signatários, contam-se Adolfo Perez Esquivel, Rigoberta Menchú, Gabriel Garcia Marquez, Eduardo Galeano, o padre sandinista Ernesto Cardenal, o cantor Harry Belafonte, e, claro, o inexorável humanista e indefectível democrata e defensor dos direitos humanos, Chico Buarque de Hollanda.

Pois foi esse cidadão brasileiro que recebeu de Sua Santidade o privilégio de uma audiência, havida na condição de paladino do Direito, da Justiça, e porta-voz de nobilíssimos anseios democráticos. A ambos, olhando os restos do regime dos Castro, se pode indagar com versos do próprio visitante: “O que cantam os poetas mais delirantes, o que juram os profetas embriagados, o que está na romaria dos mutilados, o que está na fantasia dos infelizes, o que está na dia a dia das meretrizes, dos bandidos, dos desvalidos” cubanos?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

BOA AMIZADE NÃO SE ESGOTA NUNCA!!!


Por Altamir Pinheiro
Há quem diga  que os BONS amigos conhecem todas as nossas histórias. Os MELHORES amigos fazem parte delas... Não é à toa que,  prudência é a melhor defesa contra a falsidade. Por isso, diz o dito popular que, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Amizades verdadeiras, portanto,  duram para sempre porque aqueles que fazem parte dela sabem o valor de ter um bom amigo. Em nossa região existe ou existiu  um quarteto de amigos que, com o passar do tempo,  só a morte se encarregará de separá-los: tratam-se do empresário de Correntes Ronaldo Amaral(já falecido), do economista Natanael(Zezinho) de Parnamirim-PE, do funcionário público Marcos Moraes de Garanhuns e do Deputado Romário Dias.

O arquiteto ou o pivô de toda essa amizade construída e duradoura entre eles  é ou foi de responsabilidade de MARQUINHOS, como costuma tratá-lo, carinhosamente, o Deputado Estadual Romário Dias ao se dirigir a Marcos Moraes. Marquinhos é   uma figura  que todo mundo gostaria de tê-lo como amigo, pois é o tipo de gente  que ocasiona prazer, satisfação quando se está ao seu lado ou de seus familiares compartilhando dessa amizade: ele une o útil ao agradável por ser cortês e afável, além de ser um cara de bem com a vida por manter uma originalidade de uma pessoa alto astral e continuar permanentemente um  positivista até a alma!!!

No caso específico de hoje entre o trio Marcos Moraes,  Zezinho(chefe de Gabinete de Romário Dias) e o deputado estadual é o que podemos chamar de amigos inoxidáveis, pois não enferrujam nem a pau!!! Esses três possuem amizade,  das antigas. Quantas coisas, histórias, campanhas eleitorais viveram juntos.  Como diz o poeta, o pensador, que amizades antigas são pedras preciosas, garimpadas nas minas distantes do começo, da origem. Pode-se dizer que Marcos Moraes é amigo de cozinha  do deputado, haja vista ter convivido com a família de Romário e acompanhado seus filhos desde a fase ou época que eles eram meninos.

Os amigos são muito importantes para uma vida pessoal saudável. Os amigos estão sempre presentes – não importa se é um bom momento ou um mau. Amizades, pelo menos as verdadeiras, são conquistadas através de nossas atitudes, de nossas maneira de se comportar, agir ou reagir.  Li um pensamento de um jovem de quem certamente muito ouviremos falar. Seu nome é CONFÚCIO. Gravem esse nome... "Se você quiser um ano de prosperidade, cultive grãos. Se você quiser dez anos de prosperidade, cultive árvores. Se você quiser cem anos de prosperidade, cultive pessoas."

Vale lembrar que o  tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas acima de tudo, o tempo traz verdades e muitas das vezes acompanhado de  sadias  amizades.  Amigos são assim, não ficam com frescuras ou com mil cerimônias, são como irmãos que temos a graça de escolher através da vida. Em muitos casos são até mais que irmãos, pois há momentos em nossas vidas que nossos irmãos nem sonham que vivemos e nosso amigo viveu aquilo, tudo aquilo com a gente. Que Marquinhos, Zezinho e Romário perpetuem essa bonita amizade, que continue constante e dure para sempre. Afinal, nos dias de hoje onde tudo é DESCARTÁVEL ter uma amizade antiga é um  LUXO!!!




quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O LIXO, A IMUNDÍCIE NA FOTO DO SEBOSO DE CAETÉS & CANGACEIRO DAS ALAGOAS...


Percival Puggina

NA ESCOLINHA DO PROFESSOR RENAN CALHEIROS... Profissionais da mente humana – psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, neurologistas – deveriam dedicar maior atenção a um fenômeno recorrente, que afeta as atividades cerebrais de milhares de pessoas, periodicamente, em todo país. Tais especialistas sabem que para obter mudanças de conduta e orientação são necessários anos de terapia, muito aconselhamento e acompanhamento, quando não caixas de remédio tarja preta. Não raro para obter resultados incertos.

Pois mesmo assim, feitas as imprescindíveis exceções das quais falaremos adiante, basta uma vitória eleitoral para que candidatos idealistas se transformem em pragmáticos e frios contabilistas de votos. Estadistas de campanha se convertem em políticos cujo único critério de decisão se extrai de uma planilha de perdas e ganhos eleitorais em cujas duas colunas o efetivo interesse público magicamente desaparece. Afinal, há uma nova eleição logo ali adiante, sabe como é.

Segundo Ayn Rand, o altruísmo é uma perversão e o egoísmo uma virtude que faz o mundo girar positivamente. Ora, não deixa de ser paradoxal, perante essa exótica crença, esperar que políticos renunciem ao instinto de preservação de seus mandatos para aprovar projetos tão necessários quanto impopulares.

Por isso, nos parlamentos, em nome desse flagelo representado pela contabilidade eleitoral tomada como critério supremo das decisões políticas, necessárias reformas são rejeitadas enquanto absurdos patrimonialistas, pautas-bombas e insustentáveis demandas corporativas são aprovadas. É com essa política que estamos habituados. Em ampla maioria, os que se dedicam à disputa eleitoral têm seus mandatos gabaritados pelo egoísmo.

Eleitores tendem a rejeitar qualquer sacrifício, aparente ou real, que lhes seja imposto por uma reforma trabalhista, por uma reforma previdenciária, por uma privatização ou corte no tamanho do Estado, principalmente enquanto subsistem gritantes assimetrias de tratamento. Como imaginar, então, que parlamentares atentos apenas ao próprio interesse eleitoral, aprovem tais medidas? A soma algébrica de votos ganhos e perdidos é altamente desfavorável ao bem nacional.

Eis aí o problema do Brasil, nesta hora de mudança. A conduta do Congresso Nacional cujo mandato se extingue em poucos dias levou tudo isso ao clímax. E note-se: a maioria dos que assumiram mandatos em 2015, ali entraram com discurso de estadista. Em grande maioria, porém, passaram pela automática, quase instantânea, transformação de mentalidade a que me referi no início deste texto. Aderiram à escolinha do professor Renan Calheiros.

Nossa esperança recairá, então, sobre a qualidade moral de uns poucos. Quais? Alguns leitores destas linhas haverão de estranhar, mas dias melhores para o Brasil, se vierem, virão dos que generosamente forem capazes de renunciar ao interesse próprio; pôr em jogo seus mandatos; aprovar sacrifícios, extinguir privilégios, promover cortes de ganhos para si e para os outros com vistas ao bem de todos; atuar com sentimento de solidariedade em relação às urgências reais da população. E desagradar os poderosos. Nossa esperança recai, enfim, no bom exemplo e no trabalho de convencimento exercido por aqueles que, eleitos, preservam o misto de indignação e esperança que os levou à política.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

LAVA JATO PEDE MAIS UMA CONDENAÇÃO DE LULA E DEVOLUÇÃO DE R$ 155 MILHÕES ROUBADOS POR ELE E SUA CORJA

O ex-presidente Lula é acusado de ter praticado 10 atos de corrupção e outros 44 atos de lavagem de dinheiro apenas no processo relativo ao sítio de Atibaia (SP), uma das duas ações penais na Lava Jato em Curitiba que entraram na fase final de jurisdição.


Todos os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro teriam ocorrido no esquema de corrupção descoberto na Petrobrás pela Operação Lava Jato. O petista ainda pode ter que pagar R$ 155 milhões, com os demais acusados, pelos supostos crimes.

O Ministério Público Federal afirma que as empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin reformaram a propriedade, Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), como forma de pagar propinas a Lula. A propriedade do imóvel, registrado em nome de dois sócios dos filhos.

Todos os cúmplices do petista confirmaram as acusações contra Lula em depoimentos na Lava Jato ao longo do processo. Entre as testemunhas que prestaram depoimentos no último mês, estão os empresários Emilio Odebrecht, Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro, da OAS. A sentença de Lula neste caso pode ser proferida já nos primeiros meses de 2019, pela juíza substituta da 13.ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt.

Nesta terça-feira, 11, o Ministério Público Federal (MPF) reforçou o pedido de condenação para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mais 12 réus na ação penal da Operação Lava Jato que apura reformas feitas no sítio de Atibaia. No documento, o MPF também pede que os réus percam os bens ou valores obtidos através dos crimes; e a reparação dos danos em favor da Petrobras no valor de R$ 155 milhões. - Imprensa Viva. - 

CADEIA FAZ UM BEM DANADO: EM 8 MESES LULA FOI DE INCENDIÁRIO A PACIFICADOR...


Josias de Souza

Autoproclamado "metamorfose ambulante", Lula exagera no truque da manipulação da própria imagem. Em abril, transformou num culto aos pneus queimados e às propriedades invadidas o seu último comício antes de se entregar à Polícia Federal, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Nesta segunda-feira, Lula enviou carta para ser lida num evento realizado no mesmo sindicato. Nela, trocou o discurso incendiário pela louvação à paz e fraternidade.

Aquele Lula do dia da prisão dissera que a cadeia não iria silenciá-lo, porque seus devotos fariam barulho por ele. "Vocês poderão queimar os pneus que vocês tanto queimam. Poderão fazer as passeatas que tanto vocês queiram, fazer ocupações no campo e na cidade…" O Lula desta segunda-feira condenou o "discurso do ódio".  E vaticinou: "Ainda iremos construir um mundo de paz e fraternidade, onde todos e todas, sem exceção tenham direito a uma vida digna…"

Entre o Lula incendiário de abril e este Lula pacifista de dezembro há oito meses de cadeia, uma surra eleitoral, duas delações companheiras de Antonio Palocci e um sem-número de derrotas judiciais. O presidiário PLANEJARA ganhar a liberdade ACUANDO juízes com a militância INCENDIÁRIA  do PT e o "exército" de João Pedro Stédile, do MST. Entretanto, secaram as fontes de dinheiro público para sindicatos e movimentos sociais. Sem a condução e o sanduíche, faltou ânimo à multidão para sair de casa...

Por uma dessas ironias fatais, o PT e seus aliados reuniram-se em São Bernardo para pedir a liberdade de Lula no mesmo dia em que Jair Bolsonaro foi diplomado pela Justiça Eleitoral, em Brasília. Simultaneamente, celebrou-se neste 10 de dezembro o aniversário de 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Momentaneamente trancado dentro da sua pose de coitadinho, Lula citou na carta três heróis de lutas pacíficas: Martin Luther King, Nelson Mandela e Mahatma Gandhi.

Como que decidido a se comparar aos mártires, Lula realçou que Mandela passou 27 anos numa cadeia do regime do apartheid. A tentativa de estabelecer uma analogia é vã e ofensiva. O esforço é vão porque já foi tentado antes. E serviu apenas para potencializar o antipetismo que elegeu Bolsonaro. Ele ofende porque qualquer criança sabe que King, Gandhi e Mandela não alisaram a cabeça de corruptos nem desfrutaram de confortos bancados com verbas sujas.

Antes de Lula ser passado na tranca, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ameaçava: "Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente. Mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar." Hoje, com a Lava Jato no seu próprio calcanhar, a senadora declara-se amedrontada.

"Tememos muito pela segurança do presidente Lula", disse Gleisi. "Primeiro, pelas declarações do presidente eleito, dizendo que Lula tem que apodrecer na cadeia, ou que os petistas têm que ser exterminados."

Ironicamente, Lula soou na carta atribuída a ele bem menos dramático: "Tenho certeza de que tenho o sono mais leve e a consciência mais tranquila do que aqueles que me condenaram." Mantido o timbre atual, Lula vai acabar convencendo o Judiciário de que a cadeia fez tão bem à sua alma que merece ser esticada ao máximo....


O OSTRACISMO DO QUADRILHEIRO LULA



Atendendo a um pedido da força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava Jato, a juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, negou nesta segunda-feira, 10, a um novo um pedido de visita de senadores petistas ao ex-presidente Lula na cadeia. 

Os senadores, a maioria em fim de mandato, da comissão de Direitos Humanos do Senado, já havia visitado o petista no mês de abril. Na semana passada, a senadora Regina Sousa (PT-PI), encaminhou um ofício à juíza Carolina Lebbos pedindo que 13 parlamentares possam visitar Lula e “verificar as condições físicas e psicológicas” do ex-presidente. Lebbos é a responsável pelas regras que regem a execução da pena de Lula.

A força tarefa da Lava Jato não identificou nada que justifique uma nova vistoria dos petistas nas condições da prisão de Lula, uma vez que nada mudou desde a última visita dos petistas, em 17 de abril. “Aliás, nem a própria defesa está reclamando das condições da carceragem, o que faz pressupor que a pretendida visita é meramente protocolar ou social, em aparente desvio de finalidade”, informou o procurador regional Januário Paludo em manifestação do MPF à juíza sobre o pedido dos petistas.

O procurador lembrou a juíza ainda que os senadores que pretendem visitar Lula, “a maioria em final de mandato”, que eles já estiveram em diligência na PF. “Sem que naquela oportunidade (e agora) se tenha apontado nenhum fato significante a ensejar a atuação deste órgão ou do Judiciário”, escreveu.

Dos 13 senadores que pediam para visitar Lula, 10 não conseguiram a reeleição ou disputaram outros cargos. O MPF diz que essa visita de abril não identificou “irregularidades no local em que o custodiado Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se cumprimento pena”. Em seu despacho, a juíza reiterou que o lugar em que Lula está preso já foi inspecionado por diversas comissões parlamentares, incluindo os mesmos senadores que solicitaram a nova visita. - Imprensa Viva. -

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

AS ATROCIDADES DO MAIS MÉDICOS



Em 29 de novembro, a doutora Dayaimy González Valon, 38 anos, integrante do programa “Mais Médicos”, anunciou em transmissão ao vivo pelo youtube uma decisão, segundo ela, de caráter irrevogável: preferia permanecer no Brasil a regressar ao flagelo da ditadura cubana. “É uma decisão da qual não me arrependo”, desabafou ela, que havia desembarcado no Brasil no dia 12 de outubro de 2016, com destino ao município de Paranatinga, interior de Mato Grosso, em substituição a um colega. Nesses dois anos, além de atender aos moradores da cabeceira municipal, a médica viajou exaustivamente pela região para atender à população de cinco assentamentos rurais e duas comunidades indígenas.
Apenas vinte minutos após a declaração de ruptura, a médica recebeu a ligação do Coordenador Estadual da Brigada no estado de Mato Grosso, Dr. Leoncio Fuentes Correa. A conversa que começou amena rapidamente degenerou para o tom ameaçador. “Pense bem doutora, eu apenas sugiro (…) no final, se você ficar aqui, você sabe que não vai entrar em Cuba por oito anos. E você tem família em Cuba (…) e se algo acontecer com um de seus familiares, que tomara não aconteça, você não poderá entrar no país (…)”, afirmou. “Se você não entrar nesse voo (marcado para 7 de dezembro), eu te reportarei por abandono do posto. Quando eu preencher essa ficha, ela automaticamente vai para a imigração e em oito anos você não poderá ir a Cuba. Isso não tem retorno”, advertiu o coordenador numa ligação de sete minutos gravada pela médica, à qual ISTOÉ teve acesso.
Apesar de não ser uma norma escrita, os cubanos que saem do país enviados pelo governo para as chamadas “missões internacionalistas”, sejam médicos, esportistas ou maestros, e decidem abandonar os contratos laborais, são banidos e proibidos de voltar durante o período de oito anos. “O castigo é arbitrário e busca punir de maneira exemplar àqueles que ousam desobedecer. Nega o direito de entrar na nossa própria terra e o direito de conviver com nossos familiares”, lamenta a Dra. Nora Salvia, que saiu da Missão Bairro Adentro na Venezuela em 2014 e é uma das fundadoras do Grupo NoSomosDesertores, que pressiona pela suspensão da norma.
Leôncio Fuentes é um dos 36 consultores internacionais contratados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), para o biênio 2018-2019. Todos, sem exceção, funcionários cubanos com cargos nas instituições de saúde em Cuba. Assim como também é cubano o representante da entidade regional no Brasil, Joaquin Molina, que, antes de ingressar na OPAS, em 1991, ocupara altos cargos no Ministério de Saúde da ilha caribenha. Travestidos de “consultores internacionais”, os funcionários cubanos compuseram e ainda compõem no Brasil – ao menos enquanto aqui estiverem – uma rede de vigilância montada pelo regime para exercer controle total sobre os profissionais enviados pela ilha – tratados por esses agentes cubanos quase como escravos desde que desembarcaram em solo brasileiro. Emails, mensagens e depoimentos obtidos por ISTOÉ lançam luz sobre a atuação desta rede de verdadeiros capatazes em Santa Catarina, Rio Grande Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Groso, Goiás e Pará. Era para esses “consultores” da OPAS que os médicos deviam informar sobre cada passo. Desde visitas familiares que receberiam de Cuba até meras saídas para outros municípios fora do horário do expediente. Os agentes cubanos controlavam para que a permanência dos parentes no Brasil não excedesse três meses, sob pena de o profissional ser desligado do programa Mais Médicos. Segundo o relato de uma médica cubana, para comprovar o retorno para Cuba do marido, foi exigido o envio do cartão do embarque. No caso de viagens para fora dos municípios de atuação, mesmo nas folgas, médicos relataram que deviam ter autorização do coordenador para se deslocar, informando o endereço onde ficariam. Caso contrário, eram punidos.
Controle autoritário
Médicos cubanos ouvidos por ISTOÉ que decidiram romper com o regime e ficar no Brasil denunciaram outras situações de autoritarismo, descaso, abuso de poder e até assédio sexual por parte dos coordenadores cubanos. “Ele me fez sofrer muito, me ofendia, me humilhava, me chamava de indisciplinada e ameaçava analisar meu caso e me desligar”, relata uma médica que foi vítima de assédio sexual do seu superior estadual durante um longo período. “Passei a gravar as conversas”, relata. O coordenador, segundo ela, “oferecia pagar a passagem” para a capital do estado, a mais de 380 km da região onde a médica exercia, para “relaxar um pouco no hotel com ele”. Aflita com a situação, a médica decidiu contar para uma colega em outro município, que confessou ter recebido os mesmos apelos e afagos do coordenador.
O cubano Alioski Ramirez Reyes rompeu com o regime em 2017. Ao finalizar o contrato de três anos no Mais Médicos, também optou por não voltar ao seu país. E vivenciou a pressão dos emissários de Havana. “Tive a amarga experiência de receber a senhora Amaylid Arteaga García (assessora estadual) na minha casa. Fez uma serie de denúncias e ameaças porque, supostamente, meu nome estaria na lista de 180 médicos que haviam entrado na Justiça do Brasil pelo direito de assinar um contrato individual no Programa Mais Médicos. Disseram que iam me colocar no primeiro avião para Cuba e que estavam avaliando invalidar meu diploma de medicina”, conta. “Eles ameaçam sempre de forma verbal, não deixam registros”, explica. Por não retornar para Cuba, Alioski foi expulso do Partido Comunista pela estrutura partidária montada pelos cubanos no Brasil.
ATUAÇÃO – Médicos cubanos no Brasil acompanham hemodiálise: trabalho sob vigilância linha dura 

Arrecadação
Quiçá o fato mais revelador de que os assessores da OPAS não passavam de comissários políticos comandados pelo regime foi o mecanismo estruturado nas 27 unidades federais do País para a arrecadação mensal de uma contribuição partidária. Não bastassem os 75% tungados dos respectivos salários, os médicos filiados ao Partido Comunista eram obrigados a entregar mensalmente no Brasil uma contribuição de R$ 24. O dinheiro era arrecadado em cada município e transferido para a conta do coordenador estadual, que por sua vez repassava os valores para a Coordenação Nacional em Brasília. Estima-se que, por essa via, os cubanos podem ter arrecadado no Brasil mais de R$ 1,7 milhão extra, em nome do Partido Comunista. Operado sob sigilo total, o esquema era de conhecimento geral dos médicos cubanos, mesmo entre aqueles não filiados ao partido.
Para falar do assunto, mantido a sete chaves, os coordenadores usavam códigos. O dinheiro era “Bola”, “Maçã” ou “Pinhata” e os militantes eram “peloteros”, termo usado em Cuba para designar “jogador de beisebol”, o esporte nacional. “Uma amiga do Partido me explicou o significado do código, que vi pela primeira vez em um e-mail enviado para todos os médicos. Também tivemos algumas reuniões de colaboradores em Porto Alegre e, no final, a coordenadora se reunia com seus “peloteros”, conta a Dra. Eva Maria Arzuaga Duanys, 44 anos, que mora em Barros Casal, Rio Grande do Sul.
Num grupo fechado de médicos no Facebook, a revolta com a decisão cubana de deixar o Mais Médicos extravasou e o sigilo partidário foi quebrado. Os cubanos protestavam pelo pouco tempo fornecido a eles para organizar o envio dos pertences para Cuba, pela falta de dinheiro para transportar eventualmente uma carga e a ausência de informações sobre o traslado. “Onde estão os nossos coordenadores? Para cobrar o dinheiro da contribuição do partido ligam pelo WhatsApp, mas para dar uma resposta que merecemos ninguém aparece”, escreveu uma médica.
TEATRO DO ABSURDO – Depois de submetidos a humilhações por consultores cubanos no Brasil, médicos são recebidos com “pompa” por autoridades de Cuba 

Na conta de quem?
De 2013 a 2018, a OPAS contratou 120 desses consultores internacionais, conforme os Planos de Trabalho divulgados pela entidade desde 2014 e de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisou os primeiros desembolsos do governo federal em 2013. Além de apontar “obscuridade na relação” OPAS-Cuba, o TCU questionou a contratação de 20 assessores internacionais para os primeiros sete meses do programa, pelo salário de R$25.000 por mês. O TCU pediu esclarecimentos sobre o papel deles no projeto, sendo que o Mais Médicos já previa tutoria de profissionais brasileiros para os cubanos. O salário dos consultores estava incluído nos custos do Programa e era repassado pelo Ministério da Saúde à OPAS no montante para pagamento dos bolsistas, passagens, diárias, seguros e ajudas de custo para a instalação dos médicos nos municípios.
O BUNKER – Sede da OPAS no Brasil abrigava conselheiros que atuavam aqui a serviço do regime cubano
Sustentar a vigilância opressiva cubana teria custado aos cofres públicos R$ 52,1 milhões, transferidos à OPAS como pagamento de assessores. De acordo com médicos cubanos entrevistados, os coordenadores recebiam líquido R$ 11.800, o que indica que Cuba também aplicava confisco salarial aos seus homens de confiança. Até março deste ano, o Ministério da Saúde havia desembolsado mais de R$ 6,6 bilhões pela permanência dos cubanos no programa. Considerando que a entidade regional ficava com 5% do líquido dos recursos, a OPAS faturou pelo menos R$ 330 milhões em cinco anos de Mais Médicos.
Diferentemente do que acontece com os médicos brasileiros e de outras nacionalidades, os cubanos recebiam apenas R$ 2.976,26 dos R$ 11.800 referentes à bolsa paga pelo Mais Médicos. A retenção salarial pactuada entre o governo petista de Dilma Rousseff e o regime de Cuba foi possível graças ao mecanismo usado para a contratação dos cubanos.
De acordo com o 80º Termo de Cooperação Técnica assinado pelo PT, a entidade ficou responsável pelo fornecimento de profissionais de saúde para atendimento da população brasileira. Os cubanos chegaram então ao programa não através de contratos individuais com o Ministério da Saúde, mas como parte de um acordo de cooperação entre a OPAS e Cuba. Segundo o contrato, o governo brasileiro entregava à OPAS o valor total dos salários e das ajudas de custo, que são repassados integralmente para Cuba. O governo cubano se encarregava de fazer a remuneração dos médicos através de depósitos que saíam da Embaixada de Cuba em Brasília. Cuba ficava com a maior parte da ajuda de custo oferecida pelo programa para a instalação dos médicos participantes, além de embolsar 75% dos vencimentos dos médicos. O que sobrava do confisco constituía o “prêmio” por suportar aqui, em solo brasileiro, as atrocidades típicas do regime cubano perpetradas por agentes travestidos de consultores internacionais. Tudo pago com o nosso dinheiro.