quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A SAGA DO CACAU NO SUL DA BAHIA






Recentemente, estive na região de ilhéus e Itabuna e fiquei deslumbrado em penetrar de fazenda adentro naquele restante de mata atlântica que ainda resiste naquela região cacaueira marcada no imaginário popular por lendas que retratam o passado de extravagâncias dos ricos e famigerados coronéis, imortalizados pela literatura de Jorge Amado, o sul da Bahia luta para recuperar o prestígio de tempos atrás da cultura que moldou a identidade da região: o cacau. Jorge Amado chama a atenção para o cenário do cacau com obras como Cacau (1933), seu segundo romance, seguido por Terras do sem fim (1943), narrativa sobre a saga da conquista da terra e a origem social dos coronéis, e São Jorge dos Ilhéus (1944), continuação do enredo anterior e que, como Gabriela Cravo e Canela (1958) aborda as mudanças no contexto social e econômico da região cacaueira.




As primeiras pesquisas sobre o cacau foram iniciadas em 1923, quando foi criada a Estação Experimental em Uruçuca-BA,  pelo Ministério da Agricultura. Esta se limitou a fazer alguns estudos sobre práticas e beneficiamento do cacau, mas o trabalho não andava por falta de verbas. Atualmente ainda é incerto o futuro da cultura do cacau por causa da vassoura de bruxa, uma praga que afetou a produção e empobreceu o agricultor. Estão sendo realizadas experiências de clonagem do cacau e estudo do genoma, na tentativa de solucionar o problema.





O cacau é uma planta muito sensível ao clima. Ela precisa de chuva, mas também de sol. É uma árvore nativa da floresta amazônica e encontrou na região da Mata Atlântica da Bahia um local favorável para seu desenvolvimento. Atualmente a lavoura tem sofrido bastante com as mudanças climáticas, o que interferiu em sua produção. Mas, foram desenvolvidas novas espécies mais resistentes, principalmente à praga denominada VASSOURA DE BRUXA.


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