quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

TRAPÉZIO: O AMOROSO SALTO TRIPLO NA MAGIA DO CIRCO

 


Por Altamir Pinheiro


A película cinematográfica do ano  de 1956 intitulada Trapézio  traz à tona a monumental  Gina Lollobrigida no auge da sua beleza. Pena que o tempo é implacável. Hoje está com 93 anos de idade, mas ainda bonita!!! e para completar mais ainda  essa beleza circense que é Trapézio, toda  projeção nos mostra um dos melhores filmes  de Burt Lancaster e de Tony Curtis. O filme conta uma bela história do filho de um trapezista que  tenta aprender com um famoso trapezista que sofreu um acidente no passado ao executar o triplo mortal. Gradativamente ganha a confiança do mestre, mas a amizade entre eles é ameaçada quando uma bela trapezista desperta a atenção dos dois. Emoção  não falta nesse longa-metragem que já faz 65 anos de lançado. Bom roteiro, boa direção, boas atuações e cenas fortes tornam Trapézio uma boa opção em qualquer tempo.


O interessante do filme, como relata  a crítica de cinema e doutora  em comunicação, Armanda Aouad, é que  a história é centrada nos bastidores, tirando muito do glamour do picadeiro e mostrando o quanto é difícil o jogo para se manter em cena. O filme já começa impactante. Burt Lancaster é o trapezista Mike Ribble, único capaz de fazer o salto triplo no trapézio. Ele se prepara, salta e cai. Não apenas na rede, mas no chão. Há uma passagem de tempo e o jovem Tino Orsini, vivido por Tony Curtis, aparece no circo a sua procura. Ribble(Burt Lancaster) agora é apenas um montador, ficou com um defeito na perna, mas o rapaz(Tony Curtis) quer que ele o treine, pois pretende aprender o salto triplo. O embate dos dois se passa nos bastidores de um teste onde o empresário do circo irá comprar alguns números que serão apresentados no espetáculo. É nesse jogo de articulação para se dar bem que surge Lola, a interesseira vivida por Gina Lollobrigida.


Este filme tem uma história maravilhosa, com uma ótima atuação das estrelas e do elenco de apoio e a fotografia das acrobacias aéreas que tem uma qualidade notável. Faz o espectador ver o filme como se tivesse ido ao circo pessoalmente. Lancaster, que antes de chegar ao estrelato no cinema se apresentou em circos como acrobata, faz uma performance imponente. Curtis e Lollobrigida têm o melhor papel dramático neste filme e na época ela era uma artista muito subestimada em seu tempo. Na verdade, Gina dá um show de interpretação. Em “Trapézio”, Burt Lancaster finalmente volta às suas raízes como um acrobata de circo. Quando ele, Tony Curtis e Gina Lollobrigida voam pelo ar é uma coisa linda de se ver. Sua trama, baseada num romance de Max Catto, é muito bem construída, fazendo com que o filme se encontre entre os melhores que tratam do mundo circense.


Retratando mais uma vez é bom que se  diga que,  “Trapézio” é adaptado do romance “The Killing Frost“, publicado em 1950. Este gira em torno de um triângulo amoroso entre os artistas circenses Mike Ribble (Burt Lancaster), Tino Orsini (Tony Curtis) e Lola (Gina Lolobrigida). Ribble é um ex-trapezista que ficou manco depois de um acidente e único capaz de executar um salto triplo. Ganhando a vida nos bastidores do espetáculo circense, a vida de Ribble toma novo rumo quando chega ao circo o jovem Tino Orsini, filho de artistas de circo e que sonha em aprender o salto triplo de forma a se tornar o melhor trapezista do mundo e, para isso, convence Ribble a formarem uma dupla. Após exaustivos treinos, o experiente e amargurado Ribble e o impetuoso Tino começam a ajustar a personalidade divergente de ambos e a estabelecer não apenas os papéis respectivos de mentor e aprendiz, mas de amizade. Esta será severamente testada com a chegada de Lola, ambiciosa artista que não medirá esforços para alcançar as alturas do sucesso. Esta se envolverá com ambos, o que trará consequências para o destino dos trio.


Como dizem os especialistas e tem todo  meu aval, O cinema sempre bebeu muito da fonte circense, assim como do teatro e da literatura, do circo veio a mágica de tantos diretores ou até mesmo o  grotesco de Fellini e o espetáculo de tantas outras produções que se valeram de malabarismos, palhaçadas e brincadeiras para provocar as mais diversas reações no público... No mundo encantado dos espetáculos circenses vai aqui uma pergunta audaciosa agregada a curiosidade: Quem está mais sensual em espetáculos diferentes, se Gina Lollobrígida, em TRAPÉZIO OU Claudia Cardinale, em O MUNDO DO CIRCO?!?!?!

https://www.youtube.com/watch?v=n_tnyAeQBTc


 

 

 


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