terça-feira, 5 de abril de 2016

DILMA É ORDINÁRIA, DESEQUILIBRADA E TÁ FICANDO DOIDA...













Carlos Newton
Em todo assunto muito polêmico, sempre surgem teorias conspiratórias. No caso do estado de saúde da presidente Dilma Rousseff, revelado pela revista IstoÉ, a internet logo divulgou as mais disparatadas versões. Uma delas é de que a notícia teria sido plantada pelo PT para evitar o impeachment. Outra teoria é de que o objetivo final é tumultuar ainda mais o quadro político, para que sejam convocadas novas eleições este ano, para que Lula se candidatasse novamente.
Mas essas hipóteses são descabidas e não têm o menor fundamento. O PT ou o governo jamais vazariam de propósito uma notícia deste tipo, altamente depreciativa e cujo efeito maior, se for confirmada a veracidade da reportagem, será a completa destruição do que resta da imagem política e pessoal de Dilma Rousseff.
É preciso notar que essa informação sobre a saúde mental da presidente da República não tem a menor utilidade para evitar o impeachment. Pelo contrário, significa o mais forte motivo para justificar o afastamento definitivo da presidente, já nem mais importa se houve não crimes de responsabilidade ou crimes eleitorais.
Quanto à possibilidade de novas eleições para beneficiar Lula, trata-se de outro delírio, pois tal hipótese se poderia ocorrer se o TSE cassasse a chapa Dilma/Temer, sem dar oportunidade de ser empossada outra chapa que disputou o segundo turno, como já ocorreu nos dois casos anteriores (cassação de governadores Jackson Lago e Cássio Cunha Lima, no Maranhão e na Paraíba).

UMA DOENÇA GRAVE

Como se sabe, a revista IstoÉ afirma que a presidente está sendo tratada com um medicamento muito forte, cuja bula não deixa margem a dúvidas:
 A Olanzapina é indicada para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses, nas quais sintomas positivos (ex.: delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança) e/ou sintomas negativos (ex.: afeto diminuído, isolamento emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes. A Olanzapina alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente associados com esquizofrenia e transtornos relacionados. A Olanzapina é eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento contínuo nos pacientes que responderam ao tratamento inicial. A Olanzapina é indicada, em monoterapia ou em combinação com lítio ou valproato, para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos do transtorno bipolar, com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclo rápido. A Olanzapina é indicada para prolongar o tempo e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no transtorno bipolar.”

NÃO É ESQUIZOFRENIA?

Na opinião do psiquiatra e psicanalista Ednei Freitas, que conquistou renome internacional com seus estudos sobre a chamada “segunda memória”, muito provavelmente a presidente Dilma não estaria sofrendo de esquizofrenia.
“Pelo relato da revista IstoÉ, o que parece estar acontecendo é um surto agudo de mania ou transtorno bipolar I, que antigamente chamávamos “mania furiosa” – uma das formas graves de se manifestar. Mas esta doença é tão grave quanto a esquizofrenia. No caso, a paciente precisaria de alguns dias de internação hospitalar até o quadro clínico regredir um pouco, e tomar Olanzapina, o que ela vem fazendo”, diz o especialista, acrescentando:
“Mas a Olanzapina por si só não resolve o problema. É preciso de acompanhamento constante de um psiquiatra dentro e fora do hospital, por tempo prolongado. A doença em fase aguda provoca oscilações, às vezes delírios, às vezes agressividade extrema em que o paciente precisa ser contido, e no transcurso pode ocorrer depressão, por isso o transtorno chama-se bipolar, isto é, alterna mania com depressão. Até ideias suicidas podem ocorrer”.
Bem, este é o quadro clínico, que está a demonstrar que a presidente não tem equilíbrio para governar o país. A resposta da Presidência foi emitir nota oficial no sábado, para anunciar que vai processar a revista e os repórteres, inclusive com pedido de indenização por danos morais. E a direção da IstoÉ ainda não respondeu ao Planalto. Vamos aguardar.

DILMA VAI SER DELETADA...





O homem é um bicho estranho.  Só porque tem a incompreensível capacidade de pensar, o homem se acha. Faz coisas que bicho que é bem bom não faz. Até hoje, porque tem caraminholas na cabeça, ele não sabe se nasce bom e fica ruim, ou nasce ruim e pode ficar bom. E quando se mete em política, então ele vira um barafunda. É defeito de nascença. Isso vem de longe. Vem de longe, mas vem piorando até chegar à mixórdia que é hoje. Vejam só essa comissão do impeachment na Câmara. O impeachment é constitucional. E pedalada fiscal é crime. A Constituição é clara e cristalina. Para os governistas e para os oposicionistas. SÓ FALTA RESOLVER PORQUE A LEI É MAIS LEI PARA UNS DO QUE PARA OS OUTROS. Essa natureza humana não natural. Vem lá dos primórdios da civilização. É do tempo em que Moisés subiu a montanha, falou com Deus e desceu com as tábuas dos 10 Mandamentos. Aquilo era, vejam só, as leis de Deus. Pois, foi só Moisés começar a ler os 10 Mandamentos e logo um grupelho de rebeldes sem causa já começou a achar que aquilo era repressão e que Deus estava despejando ordens de cima para baixo. Dizem que teve até um descrente que fingiu pegar no sono enquanto Moisés lia o regulamento. Daí, o perspicaz Millôr Fernandes tirou pelo menos duas conclusões: 1ª) AO REVELAR AOS HOMENS OS 10 MANDAMENTOS, MOISÉS ACABOU INVENTANDO A ILEGALIDADE; 2ª) O GRANDE DESCUIDO DE MOISÉS FOI NÃO TER ACRESCENTADO NO RODAPÉ A LEI DO JOGO DO BICHO: VALE O QUE ESTÁ ESCRITO. Se naquele tempo em que o mar se abriu para Moisés salvar a pele dos judeus foi assim cheios de prós e contras, imagina como e o que pode ser com esses mais de 300 picaretas lá do nosso Parlamento analisando, a seu bel prazer, a Constituição-Cidadã de 88, feita nas coxas e até hoje inacabada da cabeça aos pés. E assim é que, desde o Velho Testamento, o mundo vive numa enorme confusão há milhares de milhares de anos. Agora, não vai ser só por que eu e você queremos o impeachment da Dilma que ela vai sofrer o benfazejo golpeachment. Se desde os tempos de Moisés os homens não seguem as regras, por que os políticos são obrigados a segui-las logo aqui e agora nesse Brasil petralha?!?!?! – Fonte: Blog do Sérgio Siqueira -


segunda-feira, 4 de abril de 2016

A ESQUIZOFRÊNICA presidANTA TARJA PRETA TENTA CONTROLAR OS NERVOS À BASE DE CALMANTES.











Ricardo Noblat

Em meados de agosto de 1992, o empresário alagoano Paulo Cesar Farias, conhecido como PC Farias, ex-tesoureiro da campanha do então presidente da República Fernando Collor e eminência parda do governo, procurou em Brasília o também empresário Luiz Estevão de Oliveira, seu amigo e parceiro em negócios, e pediu-lhe um favor especial: que guardasse no cofre de sua casa uma alta soma em dinheiro vivo.

O dinheiro serviria para aliciar votos de deputados e senadores dispostos a derrotar um eventual impeachment de Collor.

O governo fracassara no combate à inflação. E fora atingido por denúncias de corrupção que estavam sendo investigadas por uma CPI do Congresso. As ruas exigiam a queda de Collor. Só lhe restava comprar apoios com dinheiro, cargos e promessas.

A cada telefonema de PC Farias, Luiz Estevão sacava dinheiro do cofre e providenciava sua entrega ao parlamentar indicado. A 10 dias da votação do processo na Câmara, PC parou de telefonar.

Havia dinheiro de sobra no cofre, mas já não havia deputados à venda. Em 29 de setembro, o impeachment foi aprovado por 441 de um total de 509 deputados. O Senado cassou o mandato de Collor em 29 de dezembro.

O desfecho, agora, do segundo pedido de impeachment da história recente do país passará pela decisão a ser tomada por um grupo de 40 deputados que se diz indeciso.

Se ao fim e ao cabo, 342 deputados de um total de 513 disserem “sim” ao impeachment, caberá ao Senado julgar Dilma por crime de responsabilidade. Se apenas 172 deputados disseram “não” ou se abstiverem de votar, o processo estancará na Câmara.

Para salvar Dilma, não se descarte a compra de votos mediante dinheiro em espécie.

Outras moedas começaram a ser usadas – oferta de Ministérios e cargos em diversos escalões do governo, liberação de emendas ao Orçamento para a realização de obras em redutos eleitorais de deputados, e promessas de ajuda em tribunais superiores para os encrencados com a Lava-Jato (Alô, alô, Renan Calheiros!).

Acostume-se com a insignificância das siglas destinadas a conduzir áreas estratégicas da administração pública: PTN, PHS, PSL, PEN e PT do B. Elas têm 32 deputados. PP, PR, PSD PRB são considerados partidos da segunda divisão, mas reúnem 146 deputados.

O PRB do mensaleiro Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos de prisão, será agraciado com o Ministério de Minas e Energia.

Na bolsa informal de valores do Clube da Falsa Felicidade, o outro nome pelo qual o Congresso é chamado em Brasília, pagou-se R$ 400 mil na semana passada para o deputado que se abstivesse de votar o impeachment. Ao que votasse contra, R$ 1 milhão.

O mercado está com viés de alta. A oposição parece mais perto de atrair 342 votos a favor do impeachment do que o governo 171 contra.

Uma possível vitória do governo não será comemorada nem mesmo por ele. Há pedidos de impeachment na fila da Câmara. A Justiça examina a impugnação da chapa Dilma-Temer por uso de dinheiro sujo. E se agrava a maior recessão econômica que o país já conheceu desde o início do século passado.

Como Dilma enfrentará tudo isso com um governo muito pior do que o atual?

Isolada no Palácio do Planalto, transformado em aparelho político, Dilma recusa saídas que poderiam deixá-la menos mal com a História – a renúncia ou a convocação de novas eleições gerais. Tenta controlar os nervos à base de calmantes. - A imagem e a manchete não fazem parte do texto original - 

ROUBALHEIRA NO BRASIL GANHA A CAPA DO THE NEW YORK TIMES...

Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Não deixa de ser insólito. O esquerdista The New York Times ignorou os já "famosos" Panama's Papers" em sua capa desta segunda-feira, como se constata no facsímile acima, e mandou ver sobre a escandalosa roubalheira protaganizada pelo PT, o impeachment da Dilma, as delações dos petrolões, o pânico que tomou de assalto a petralhada com direito a fotos e tudo mais, incluindo o indefectível Lula, que há algum tempo Obama qualificou como sendo "o cara".

Reproduzo texto do site de Veja, até para deixar cravado aqui no blog que um dia o Brasil ocupou meia página de capa do maior diário norte-americano e reputado, ainda, como um dos mais importantes do mundo. Para chegar a tanto o The New York Times que em passado recente abriu espaço para a publicação de artigos de Lula, em parte faz um mea culpa. Mas quando a coisa aparece num jornal esquerdista (que os americanos tipificam de "liberal") é porque a encrenca é coisa grande, como de fato é e está sobejamente provado. Leiam:

O jornal The New York Times (NYT) traz em sua manchete nesta segunda-feira uma reportagem especial sobre a crise política brasileira. Os textos, assinados pelo correspondente Simon Romero, descrevem a Operação Lava Jato e relacionam os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras centrais do governo com a crise política que afeta a governabilidade. Abaixo da chamada principal (Como a teia de corrupção enredou o Brasil, em tradução literal), ilustrada com uma grande foto da presidente Dilma Rousseff, há ainda imagens do senador Delcídio do Amaral (sem partido - MS) e do ex-presidente Lula.
O jornal americano entrevistou o senador e explicou seu papel como um dos protagonistas da crise política. Delcídio, ex-líder do governo no Senado, foi preso acusado de obstrução da Justiça e fez um acordo de delação premiada para diminuir sua pena. Em seu depoimento, ele implicou a presidente Dilma e outros políticos do PT nos desmandos na Petrobras. O texto do NYT cita que as delações de Delcídio atingiram não apenas figuras do PT como também de outros partidos, como o vice-presidente Michel Meter (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Uma das reportagens relata a sensação de "pânico no Partido dos Trabalhadores", mencionando gravações de políticos da legenda, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner. Os casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas pagas por empreiteiras em um sítio em Atibaia e a compra de um tríplex no Guarujá também são citados.
Seriado - O jornal americano levou a crise política brasileira a um passo além nas comparações com seriados. O atual quadro político brasileiro é frequentemente comparado às tramas do seriado House of Cards, que narra os bastidores sórdidos de Washington. Para o NYT, porém, o enredo político nacional se parece mais com Game of Thrones - série que narra a violenta disputa pelo poder em um mundo fictício. Do site da revista Veja

DILMA CRIA CARGOS E SOMA QUASE 100 MIL BOQUINHAS NO GOVERNO FEDERAL


Cláudio Humberto

Anunciado como grande “CORTE NA CARNE” do governo para se enquadrar à grave crise econômica, não passou de lorota a redução de cargos e funções comissionadas alardeada pela presidente Dilma e seus ministros. Pelo contrário, o número de cargos, funções de confiança e gratificações do governo federal aumentou entre 2014 e 2015, chegando a 99.995, segundo o próprio Boletim Estatístico do governo. Com orçamento de quase R$10 bilhões, não faltou dinheiro ao DNIT para criar, do nada, 475 FUNÇÕES DE CONFIANÇA EM 2015. Apesar do corte de 1,1 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), Dilma criou 2 mil funções comissionadas no ano passado. OS 100 MIL CARGOS ESTÃO DIVIDIDOS EM 47 SIGLAS E ABREVIAÇÕES DAS MAIS VARIADAS ESPALHADAS por Abin, AGU, ANAC, Presidência entre outros.

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - DITO PELO STF: “UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA SE APOSSOU DO ESTADO”...





domingo, 3 de abril de 2016

DILMA DOIDA PERDEU O EQUILÍBRIO EMOCIONAL É UMA PRESIDENTA AMALUCADA E TÁ FORA DE SI...




Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco
Os últimos dias no Planalto têm sido marcados por momentos de extrema tensão e absoluta desordem com uma presidente da República dominada por sucessivas explosões nervosas, quando, além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País. Não bastassem as crises moral, política e econômica, Dilma Rousseff perdeu também as condições emocionais para conduzir o governo. Assessores palacianos, mesmo os já acostumados com a descompostura presidencial, andam aturdidos com o seu comportamento às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso. Segundo relatos, a mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. Lembra o Lula dos grampos em seus impropérios. Na última semana, a presidente mandou eliminar jornais e revistas do seu gabinete. Agora, contenta-se com o clipping resumido por um de seus subordinados. Mesmo assim, dispara palavrões aos borbotões a cada nova e frequente má notícia recebida. Por isso, os mais próximos da presidente têm evitado tecer comentários sobre a evolução do processo de impeachment. Nem com Lula as conversas têm sido amenas. Num de seus acessos recentes, Dilma reclamou dos que classificou de “traidores” e prometeu “vingança”. Numa conversa com um assessor, na semana passada, a presidente investiu pesado contra o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. “Quem esse menino pensa que é? Um dia ele ainda vai pagar pelo quem vem fazendo”, disse. Há duas semanas, ao receber a informação da chamada “delação definitiva” em negociação por executivos da Odebrecht, Dilma teria, segundo o testemunho de um integrante do primeiro escalão do governo, avariado um móvel de seu gabinete, depois de emitir uma série de xingamentos. Para tentar aplacar as crises, cada vez mais recorrentes, a presidente tem sido medicada com dois remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento: rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito calmante. A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar.
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DESCONTROLE
A presidente se entope de calmantes desde a eclosão da crise. Os medicamentos 
nem sempre surtem efeito, atestam seus auxiliares
Em recente viagem a bordo do avião presidencial, um Airbus A319, tripulantes e passageiros ficaram estupefatos com outro surto de Dilma. Depois de uma forte turbulência, a presidente invadiu a cabine do piloto aos berros: “Você está maluco? Vai se f...! É a presidente que está aqui. O que está acontecendo?”, vociferou. Não seria a primeira vez que Dilma perdia o equilíbrio durante um vôo oficial. No final de janeiro, o avião da presidente despencou 100 metros, enquanto passava pela região entre a floresta Amazônica e o Acre. O piloto preparava-se para pousar em Quito, no Equador. Devido ao tranco mais brusco, Marco Aurélio Garcia, assessor especial, acabou banhado de vinho e uma ajudante de ordens bateu levemente com a cabeça no teto da aeronave. Copos e pratos foram ao chão, mas ninguém se machucou. A presidente saiu de si. Na sequência do incidente, tratou de cobrar satisfações do piloto. Aos gritos. “Não te falei para não pegar esse trajeto? Quer que eu morra de susto, cace...?”. Os desvarios de Dilma durante os vôos já lhe renderam uma reclamação formal. Em carta, a Aeronáutica pediu para que a presidente não formulasse tantas perguntas sobre trajetos e condições climáticas nem adentrasse repentinamente às cabines para não tirar a concentração dos pilotos. A presidente não demonstra paciência nem mesmo para esperar o avião presidencial seguir o procedimento usual de taxiamento. Um de seus assessores lembra que, certa feita, Dilma chegou a determinar à Aeronáutica que reservasse uma pista exclusiva para a decolagem de sua aeronave. Com isso, outros aviões na dianteira tiveram de esperar na fila por horas.
O modelo consagrado pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross descreve cinco estágios pelo qual as pessoas atravessam ao lidar com a perda ou a proximidade dela. São eles a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Por ora, Dilma oscila entre os dois primeiros estágios. Além dos surtos de raiva, a presidente, segundo relatos de seus auxiliares, apresenta uma espécie de negação da realidade. Na semana passada, um presidente de uma instituição estatal foi chamado por Dilma para despachar assuntos de sua pasta. Chegou ao Palácio do Planalto, subiu ao terceiro andar e falaram longamente acerca da saúde da empresa e especialmente sobre a economia do Brasil e o contexto internacional. Ao final da conversa, observando o visível abatimento do executivo, Dilma quis saber: “Por que você está cabisbaixo?”. Franco, ele revelou sua preocupação com o cenário de impeachment que se desenhava, especialmente com o então iminente rompimento do PMDB. Ao ouvir a angústia do seu subordinado, que não está há muito tempo à frente da empresa, Dilma teve uma reação que tem se repetido sistematicamente: descartou totalmente a hipótese do seu impedimento. Ela exclamou: “Imagine, nada disso vai acontecer. Já temos garantidos 250 votos na Câmara”. O executivo tentou argumentar, mas foi novamente interrompido. A petista avaliou ser “até melhor” o rompimento com o PMDB, assim teriam a chance de “refundar” o governo. O presidente da instituição deixou a conversa completamente atônito. Considerou inacreditável a avaliação da chefe do Executivo.
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Outro interlocutor freqüente diz que a desaprovação recorde junto aos eleitores é vista como mero detalhe pela presidente. “Que falta faz um João Santana”, disse referindo-se ao marqueteiro preso e, principalmente, conselheiro para todas as horas. Aos integrantes do núcleo político, Dilma deixa transparecer que não lhe importa mais a opinião pública. Seu objetivo é seguir no posto a todo e qualquer custo e, se lograr êxito, punir aqueles que considera hoje seus mais ferozes inimigos. Especialmente os do Congresso. Na tática do desespero oferece cargos e verbas para angariar apoios à sua causa, não se importando com o estouro do orçamento e muito menos com o processo sobre suas contas abertos nos órgãos de fiscalização e controle, como o TCU. Na quarta-feira 30, chegou ao cúmulo de sugerir uma audiência com Valdemar Costa Neto, do PR, para oferecer-lhe a indicação do ministério de Minas e Energia. Ocorre que, hoje, Costa Neto apresenta dificuldades e limites de locomoção devido ao uso de uma tornozeleira. Depois da gafe, o jeito foi recorrer a emissários.
É bem verdade que Dilma nunca se caracterizou por ser uma pessoa lhana no trato com os subordinados. Mas não precisa ser psicanalista para perceber que, nas últimas semanas, a presidente desmantelou-se emocionalmente. Um governante, ou mesmo um líder, é colocado à prova exatamente nas crises. E, hoje, ela não é nem uma coisa nem outra. A autoridade se esvai quando seu exercício exige exacerbar no tom, com gritos, berros e ofensas. Helmuth von Moltke, chefe do Estado-Maior do Exército prussiano, depois de aposentado, concedeu uma entrevista que deveria servir de exemplo para governantes que se pretendam grandes líderes. Perguntado como se sentia como um general invicto e o mais bem-sucedido militar da segunda metade do século XIX, Moltke respondeu de pronto: “Não se pode dizer que sou o mais bem-sucedido. Só se pode dizer isso de um grande general, quando ele foi testado na derrota e na retirada. Aí se mostram os grandes generais, os grandes líderes e os grandes estadistas”. Na retirada, Dilma sucumbiu ao teste a que Moltke se refere. Os surtos, os seguidos destemperos e a negação da realidade revelam uma presidente completamente fora do eixo e incapaz de gerir o País.
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O PLACAR DO AFASTAMENTO 
Em frente ao Congresso, integrantes de movimentos pró-impeachment estampam
os rostos dos parlamentares contra e a favor da saída de Dilma

A maneira temperamental de lidar com as situações não é nova, embora tenha se agravado nas últimas semanas. Desde o primeiro mandato de Dilma, um importante assessor palaciano dedicou-se a registrar num livro de capa preta as reprimendas aplicadas por Dilma em seus subordinados. Ele deixou o governo recentemente por não aturar mais os insultos da presidente. A maioria injustificável, em sua visão. No caderno, anotou mais de 80 casos ocorridos entre 2010 e 2016. Entre eles, há o de um motorista que largou o automóvel presidencial no meio da Esplanada dos Ministérios depois de ser ofendido compulsivamente pela presidente e ameaçado de demissão por causa de um atraso. “Você não percebeu que não posso atrasar, seu m...Ande logo com isso senão está no olho da rua”, atacou Dilma. Consta também das anotações os três pedidos de demissão de Anderson Dornelles, que deixou o Planalto no último mês sob fortes suspeitas de ser sócio oculto de um bar localizado no estádio Beira-Rio de propriedade da Andrade Gutierrez. Nas vezes em que ameaçou deixar o governo, alegou cansaço dos destratos da presidente. “Menino, você não faz nada direito!”, afirmou ela numa das brigas. O ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, também já experimentou a fúria da presidente. A irritação, neste caso, derivou das revelações feitas pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sobre as doações a sua campanha à reeleição em 2014. Participaram dessa reunião convocada pela presidente, além de Cardozo, os ministros Aloizio Mercadante, Edinho Silva e o assessor especial Giles Azevedo. Na frente de todos, Dilma cobrou Cardozo por não ter evitado que as revelações de Ricardo Pessoa se tornassem públicas dias antes de sua visita oficial aos Estados Unidos, quando buscava notícias positivas para reagir à crise. “Você não poderia ter pedido ao Teori (Zavascki) para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”, perguntou Dilma referindo-se ao ministro que conduz os processos da Lava Jato no STF. “Cardozo, você fodeu a minha viagem”, bradou a presidente.
 
O episódio envolvendo Cardozo, no entanto, pode ser considerado até brando se comparado às situações enfrentadas por duas ex-ministras do governo, Maria do Rosário e Ideli Salvatti. Em 2011, ao debater com Rosário o andamento dos trabalhos da Comissão da Verdade, àquela altura prestes a ser criada pelo Congresso para esclarecer casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar, Dilma perdeu as estribeiras: “Cale sua boca. Você não entende disso. Só fala besteira”. Já Ideli conheceu o despautério da presidente logo no dia seguinte à sua nomeação para as Relações Institucionais. Quando ainda devorava jornais, Dilma leu uma reportagem em que a titular da pasta fazia considerações sobre os desafios do novo trabalho. Não gostou e deixou clara sua insatisfação: “Ideli, se na primeira coletiva você já disse bobagens, imagine nas próximas”.
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Publicamente, a presidente tenta disfarçar seu estado de ânimo atual. Mas nem sempre é possível deixar transparecer serenidade quando, por dentro, os nervos estão à flor da pele. Seus últimos discursos refletem a tensão reinante nos corredores do Palácio do Planalto. Na quarta-feira 30, Dilma converteu o evento de entrega de moradias da terceira fase do Minha Casa Minha Vida em um palanque contra o impeachment. Na cerimônia, estiveram presentes integrantes de movimentos sociais, como o MST. Os representantes, —muitos deles chamados de última hora já que nenhum governador se dignou a ir e, dos 300 prefeitos convocados, só oito compareceram —, foram acomodados em lugares destinados a convidados, onde entoaram gritos de guerra pró-governo mesmo antes de o evento começar. Os presentes chamaram o juiz Sérgio Moro, o vice Michel Temer e a OAB de “golpistas” e bradaram o já tradicional “não vai ter golpe”. Detalhe: o coro foi puxado pela militante travestida de presidente da República.
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Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff pagou para seus marqueteiros desenvolverem e disseminarem o nocivo “discurso do medo”. Espalhou o pavor entre os brasileiros mais carentes dizendo que, se seus concorrentes Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (na época no PSB) ganhassem a eleição, os programas sociais estariam em risco. Funcionou. Hoje, cara a cara com o impeachment, ela coloca sua tropa de choque novamente para atemorizar a população. Disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na última segunda-feira: “Programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Fies e tantos outros que beneficiam os mais pobres correm sério risco de sofrer corte caso a presidente Dilma seja impedida de continuar seu governo”.
Não bastasse a repetição da retórica cretina da campanha eleitoral, a presidente disse nos últimos dias que o que está se vendo o País é um verdadeiro “nazismo”, sem lembrar que o discurso do “nós contra eles” foi gestado e cultivado por sua equipe. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, foi na mesma toada ao tentar reverter a posição do governo de incitador de ódio para pacificador: “Nós vamos baixar o tom ou esperar o primeiro cadáver?”. Sem mencionar, é claro, provocações até do presidente do PT, Rui Falcão, que no twitter escreveu recentemente: “Queremos a paz, mas não tememos a guerra”. Ou as palavras de Guilherme Boulos, coordenador do MTST, que disse que se o impeachment for efetivado ou Lula for preso, o Brasil seria “incendiado por greves, ocupações e mobilizações” e que “Não haverá um dia de paz do Brasil”.
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AS DIABRURAS DE "MARIA, A LOUCA"
Não é exclusividade de nosso tempo e nem de nossas cercanias que, na iminência de perder o poder, governantes ajam de maneira ensandecida e passem a negar a realidade. No século 18, o renomado psiquiatra britânico Francis Willis se especializou no acompanhamento de imperadores e mandatários que perderam o controle mental em momentos de crise política e chegou a desenvolver um método terapêutico composto por “remédios evacuantes” para tratar desses casos. Sua fórmula, no entanto, pouco resultado obteve com a paciente Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança, que a história registra como “Maria I, a Louca”. Foi a primeira mulher a sentar-se no trono de Portugal e, por decorrência geopolítica, a primeira rainha do Brasil. O psiquiatra observou que os sintomas de sandice e de negação da realidade manifestados por Maria I se agravaram na medida em que ela era colocada sob forte pressão. “Maria I, a Louca”, por exemplo, dizia ver o “corpo” de seu “pai ardendo feito carvão”, quando adversários políticos da Casa de Bragança tentavam alijá-la do poder. Nesses momentos, seus atos de governo denotavam desatino, como relatou doutor Willis: “proibir a produção de vinho do Porto na cidade do Porto”. Diante desse quadro, era preciso que ocorresse o seu “impedimento na Coroa”. Quanto mais pressão, mais a sua consciência se obnubilava, até que finalmente foi “impedida de qualquer ato na Corte”. Já com o filho Dom João VI no comando de Portugal, “Maria I, a Louca” veio às pressas para o Rio de Janeiro com a Família Real diante da invasão de Portugal. Aqui, ela tinha por hábito usar longos vestidos pretos e passava horas correndo pelos corredores palacianos gritando palavrões desconexos. Costumava acordar na madrugada e “berrava para seres imaginários descerem do Pão de Açúcar” porque nele “morava o diabo”. A sua derradeira frase em território lusitano pode ser interpretada como faísca de lucidez na loucura: “Não corram tanto, vão pensar que estamos sendo tocados ou que estamos fugindo”.
Antonio Carlos Prado

Fotos: Adriano Machado, Claudio Belli/Valor; Adriano Machado/Ag. Istoé; CELSO JUNIOR/AE; EPITACIO PESSOA/AE, Marcelo Camargo/Agência Brasil, Givaldo Barbosa/Agência O Globo

sábado, 2 de abril de 2016

QUEM MANDOU MATAR CELSO DANIEL?!?!?! SERÁ QUE FOI O LULA...



CENA DO CRIME - O prefeito de Santo André Celso Daniel foi sequestrado e assassinado em 2002. Sua família sempre acusou dirigentes do PT de estarem por trás do homicídio.Clique sobre a imagem para vê-la ampliada Foto: Veja/Epitácio Pessoa/Estadão

QUEM MATOU CELSO DANIEL, PREFEITO DE SANTO ANDRÉ?!?!?! QUEM MANDOU DETONÁ-LO AINDA ESTÁ PARA SER DESCOBERTO, MAS EXISTEM FORTES SUSPEITAS OU DESCONFIANÇAS DE QUE O MANDANTE DO CRIME FOI O NOSSO ETERNO CANDIDATO AO NOBEL DA PAZ. VAMOS AGUARDAR OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS...

 UM CADÁVER NO MEIO DO CAMINHO
José Dirceu conversava animadamente em um restaurante de Brasília, no ápice da campanha presidencial, em 2002, quando foi interrompido por um homem bem vestido, de terno. Carregando uma valise, ele chegou apressado e fez sinal com as mãos de que precisava falar reservadamente. O então coordenador da campanha de Lula se levantou e apresentou o interlocutor: "Este aqui é o Delúbio, nosso tesoureiro". Os dois seguiram para um canto vazio e cochicharam por alguns minutos. Delúbio Soares passou rapidamente pela mesa, acenou e foi embora. Dirceu voltou ao seu lugar. Parecia transtornado. "Os tucanos estão preparando uma armadilha para nos destruir." "Que armadilha?", alguém perguntou. "Fizeram um dossiê para nos envolver no assassinato do Celso Daniel. Dizem que tem gravações telefônicas, depoimentos, gente do PT...". Antes de se despedir, Dirceu dimensionou o que estaria por vir: "Isso é muito grave. Precisamos reagir rápido, abortar o plano de qualquer maneira". Na conversa, que VEJA testemunhou, petistas e simpatizantes que estavam à mesa combinaram uma estratégia de defesa. Era preciso que se antecipassem, denunciando a farsa antes que viesse a público. Era preciso esclarecer que o caso constituía uma tentativa de golpe sujo e desesperado do governo tucano para atrapalhar a eleição de Lula.

O assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André, ocorrido em janeiro de 2002, nunca deixou de assombrar o PT, fosse na forma de chantagens eleitorais ou de investigações policiais que, até hoje, não esclareceram a morte do prefeito. Assim, a dúvida sobre o envolvimento de petistas no caso paira no ar como uma nuvem de enxofre capaz de contaminar ainda mais o pântano em que se meteu o partido. Na semana passada, a mais recente fase da Lava-Jato voltou a agitar o fantasma de Celso Daniel. A operação foi chamada de Carbono 14, numa referência ao elemento usado pela ciência para desenterrar o passado. Mas o que um homicídio de catorze anos atrás tem a ver com a roubalheira na Petrobras? As conexões são um pouco intrincadas, mas, seguindo-se o calendário das investigações, tudo fica mais claro.

O começo se dá em 2012. VEJA revelou que Marcos Valério ainda guardava consigo segredos devastadores. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o famoso operador do mensalão resolveu detalhar alguns deles. Um, em especial, parecia mirabolante. Valério disse que um obscuro empresário de Santo André, Ronan Maria Pinto, acionou o então secretário do PT, Silvio Pereira, para chantagear o ex-presidente Lula. A chantagem: ou o PT lhe dava 6 milhões de reais ou ele revelaria o envolvimento de Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato de Celso Daniel. Disse mais: os 6 milhões de reais foram negociados pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que tomou o dinheiro do cesto de picaretagens petistas na Petrobras. Diante dessa história, os investigadores arregalaram os olhos - era forte, mas também poderia ser resultado de imaginação positivamente fértil.

Em 2014, dois anos depois, durante as investigações da Lava-Jato, a polícia encontrou num escritório de contabilidade um contrato confidencial. Pelo documento, Marcos Valério emprestava 6 milhões de reais ao empresário chantagista Ronan Maria Pinto. O valor e o nome dos personagens acenderam uma luz vermelha. A polícia então interrogou a dona do escritório de contabilidade, Meire Poza. Ela contou que o contrato pertencia a um notório lavador de dinheiro chamado Enivaldo Quadrado. E Enivaldo Quadrado dizia que guardava uma via do tal contrato para resguardar-se. Era seu "seguro de vida contra o PT", uma "arma que derrubaria o Lula". E, claro, um instrumento para arrancar uma graninha do PT. E explicava que os tais 6 milhões do empréstimo serviriam para pagar a chantagem que Ronan Maria Pinto vinha fazendo contra o PT. O quebra-cabeça começava a tomar uma forma mais clara. Informações e ilustrações do site da revista Veja
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As duas primeiras manchetes NÃO fazem parte do texto da revista VEJA

sexta-feira, 1 de abril de 2016

POLÍCIA FEDERAL PRENDE EX-SECRETÁRIO DO PT, EX-TESOUREIRO, EMPRESÁRIO E JORNALISTA NA 27a. FASE DA OPERAÇÃO LAVA-JATO



A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 27ª fase da Operação Lava Jato. Desta vez, o foco das investigações é um empréstimo fraudulento concedido pelo Banco Schahin, cujos recursos teriam sido usados para a quitação de dívidas do Partido dos Trabalhadores. Mais do que apenas o rastreamento do dinheiro, a nova fase, BATIZADA DE CARBONO 14, traz de volta o fantasma do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
Foram presos na nova fase o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira e o empresário Ronan Maria Pinto. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram conduzidos coercitivamente. Silvinho, como é conhecido, chegou a ser incluído entre os réus do escândalo do mensalão, mas fez um acordo com a Justiça para realizar serviços à comunidade e não responder ao processo. Delúbio foi condenado no mesmo esquema a seis anos e oito meses de prisão por corrupção ativa.
Conforme revelou VEJA em 2012, o publicitário e operador do mensalão Marcos Valério revelou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que Ronan Maria Pinto, um empresário ligado ao antigo prefeito, estava chantageando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para não envolver seu nome e o do ex-presidente Lula na morte de Daniel. Segundo os investigadores da Operação Lava Jato, pelo menos metade do empréstimo fictício contraído junto ao Banco Schahin acabou desaguando nos bolsos de Ronan.
As apurações do mega esquema de corrupção na Petrobras indicam que o empresário e amigo do ex-presidente Lula, José Carlos Bumlai, integrou um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação do navio sonda Vitoria 10.000. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras e ao PT. A exemplo do escândalo do mensalão, o pagamento de dinheiro sujo foi camuflado a partir da simulação de um empréstimo no valor de 12,17 milhões de reais do Banco Schahin, com a contratação indevida da Schahin pela Petrobras para operar o navio sonda Vitoria 10000 e na simulação do pagamento do suposto empréstimo com a entrega inexistente de embriões de gado. Em depoimento, Bumlai admitiu que tomou o empréstimo para repassar os valores ao PT e detalhou que o dinheiro foi pedido pelo ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares.
"A fiar-se no depoimento dos colaboradores e do confesso José Carlos Bumlai, os valores foram pagos a Ronan Maria Pinto por solicitação do Partido dos Trabalhadores", disse o juiz Sergio Moro no despacho da 27ª fase.
Agora a Polícia Federal quer entender todos os capítulos dessa história e cumpre na manhã desta sexta doze mandados para aprofundar a investigação sobre o esquema de lavagem de capitais de cerca de 6 milhões de reais do empréstimo, considerado crime de gestão fraudulenta do Banco Schahin. As medidas estão sendo cumpridas em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.
A procuradoria afirma que o dinheiro deste empréstimo ao PT acabou gerando prejuízo para a Petrobras, já que os valores só foram liberados depois que o Grupo Schahin pagou propina para vencer a concorrência e ser operadora do navio-sonda Vitória 10.000. Apenas este contrato chegou a 1,6 bilhão de dólares.
Para a viabilização do esquema de pagamentos do empréstimo forjado ao PT, o dinheiro saiu de José Carlos Bumlai para o Frigorifico Bertin, que, por sua vez, repassou cerca de 6 milhões de reais a um empresário do Rio de Janeiro. Na sequência, ele fez transferências diretas para a Expresso Nova Santo André, empresa de ônibus controlada por Ronan Maria Pinto. Outras pessoas físicas e jurídicas indicadas pelo empresário para recebimento de valores, como o jornal Diário do Grande ABC, também foram usados para camuflar a transação.
Empresário com diversos negócios na região do ABC paulista, Ronan Maria Pinto é apontado pelo Ministério Público como um dos participantes do esquema de corrupção instalado em Santo André durante a administração de Celso Daniel. O nome do empresário, velho conhecido do PT, voltou à tona com a delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele disse que Bumlai obteve o empréstimo junto ao Banco Schahin e repassou 6 milhões de reais a Ronan. O nome da nova fase da Lava Jato, Carbono 14, é uma referência a procedimentos utilizados para a investigação de fatos antigos. As suspeitas envolvem crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Do site da revista Veja