Valor é baseado na cotação do dólar do dia e foi obtido através da somatória de todos os contratos.
O presidente Jair Bolsonaro cumpriu nesta quinta-feira (17) mais uma promessa de campanha. A revelação da chamada “CAIXA PRETA DO BNDES” trouxe à tona os 50 maiores devedores do país, entre eles empresas privadas e Estados, como o Ceará.
O BNDES Gate também revelou contratos de apoio à exportação brasileira para obras no exterior, que, em outras palavras, significa os acordos em que dinheiro do contribuinte foi usado para a realização de obras em outros países através de empreiteiras como a Odebrecht e a OAS.
As obras foram realizadas em países da África, América do Sul, Central e do Norte, sendo eles: Angola, Argentina, Costa Rica, Cuba, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, México, Moçambique, Peru, República Dominicana e Venezuela.
Dentre as nações citadas acima, a Odebrecht só não foi contratada para efetuar obras em apenas quatro: Cuba, Costa Rica, Gana e Honduras.
Nos outros, por meio de setenta e seis contratos, as gestões anteriores desembolsaram à Odebrecht mais de US$ 6 bilhões.
O país que mais recebeu investimentos do Brasil foi ANGOLA, com valores que ultrapassam os US$ 2,4 bilhões.
MOÇAMBIQUE, outro país africano, foi o que menos recebeu, ficando com “apenas” cerca de US$ 124 milhões.
A consulta de valores desembolsados pode ser feita através de uma pesquisa avançada no próprio site do BNDES, sendo necessária uma consulta específica em cada um dos contratos, já que nem sempre o valor da operação correspondeu ao valor desembolsado à empresa.
Para ajudar a entender a imensidão do dinheiro gasto por governos anteriores através do BNDES com outros países, a RENOVA fez os cálculos de quanto foi recebido por cada uma das nações que fizeram contrato com a empreiteira Odebrecht.
As quantias apresentadas estão em dólar, mas o resultado final foi convertido para real e o valor é assustador. Confira abaixo:
ANGOLA: US$ 2.440.862.832 divididos em 43 contratos válidos*;
ARGENTINA: US$ 1.809.428.525 em 6 contratos válidos*;
EQUADOR: US$ 200.058.688 em 2 contratos;
GUATEMALA: US$ 167.774.179 em 1 contrato;
MÉXICO: US$ 89.993.751 em 1 contrato;
MOÇAMBIQUE: US$ 124.073.950 em 2 contratos;
PERU: US$ 289.528.302 em 1 contrato;
REPÚBLICA DOMINICANA: US$ 926.739.334 em 14 contratos;
VENEZUELA: US$ 768.725.271 em 3 contratos válidos*.
TOTAL: US$ 6.817.184.770 ou, na cotação atual (R$ 3,74), R$ 25.496.271.039,80.
*Em certos contratos, nenhum valor foi desembolsado, por isso não entraram para a conta de “contratos válidos”.