terça-feira, 7 de março de 2017

O GIGANTE ATOR NEGRO, WOODY STRODE




Por Altamir Pinheiro

Quando se fala em atores NEGROS de Hollyood vem logo à memória  da gente a figura de SIDNEY POITIER, hoje, com 90 anos de idade. Esquece-se desse gigante ator negro que é Woodrow Wilson Wolwine Strode, apelidado “WOODY”, descendente de ÍNDIOS Cherokee, além de naturalmente ser o que se convencionou chamar de AFRO-AMERICANO. Essa mistura de raças gerou um jovem fortíssimo, com 1,93m de altura e uma invejável musculatura. Em sua brilhante e promissora carreira como ator Woody Strode  fez parte de grandes filmes, conviveu com diretores do mais alto gabarito como  John Ford e com atores famosos como John Wayne. Tudo isso em razão de  sua boa índole, seu porte  físico e altivez somados a seu razoável talento interpretativo, fizeram dele um dos mais requisitados atores negros de seu tempo. O Gigante Woody  foi abatido por um  câncer do pulmão que o levaria à morte aos 80 anos em 31 de dezembro de 1994, em Glendora, na Califórnia.

Essa figura extraordinária, Strode foi daqueles atores que tem uma presença tão marcante, em razão de seu porte, seu olhar, que mesmo tendo poucos diálogos, como na maioria de seus filmes, atraía o olhar da plateia para ele num piscar de olho,  automaticamente.  Todos os papéis que esse ator desempenhou, ele deixava um rastro de perfeição. Como sempre, impondo uma dignidade, uma altivez e uma grande sensibilidade em tudo que fazia ou  o papel que desempenhava. Basta dizer, do seu desempenho de ator que dignificou cada personagem que interpretou, especialmente o Sargento Rutledge de “Audazes e Malditos”, o gladiador de “Spartacus” e o negro Pompey, empregado de John Wayne em “O Homem que Matou o Facínora”. Esses três filmes apenas bastariam para colocar Woody Strode no hall da memória dos verdadeiros  amantes dos filmes de faroestes.

O competente historiador de filmes faroestes, Darci Fonseca,  nos afirma que, na década de 1960 Woody Strode participou de diversos filmes importantes que o levaram a ser conhecido pelo nome e não apenas lembrado como “AQUELE NEGRO FORTE” de tantos outros trabalhos no cinema. A magnífica sequência começou em 1960 com “AUDAZES E MALDITOS” (Sergeant Rutledge), western de John Ford que Woody protagonizou. No mesmo ano, um dos melhores momentos do épico “SPARTACUS” foi a brutal luta entre o gladiador africano Draba (Woody) contra Spartacus (Kirk Douglas). Indicado para o prêmio ‘Melhor Ator Coadjuvante’ do Globo de Ouro (1961), por sua atuação em “Spartacus”, Woody Strode recebeu, enfim, o reconhecimento da crítica quanto a seu talento como intérprete. Fazer parte do grupo de atores preferidos de John Ford é, sem dúvida, uma honra para qualquer intérprete e Woody Strode atuou sucessivamente em “Terra Bruta”,  “O Homem que Matou o Facínora”,  ambos do diretor John Ford que morreu no ano de 1973. Neste último, que foi a derradeira obra-prima de Ford, Woody Strode interpreta Pompey, numa atuação tão marcante quanto aquela em que personificou o Sargento Rutledge. E Woody estaria presente no elenco de “Os Três Desafios de Tarzan”, em que o Rei das Selvas é Jock Mahoney. Strode já estivera em outro filme do Rei das Selvas, que foi “Tarzan e a Tribo Nagasu”, com Gordon Scott.

Os anos 60 reservaria ainda dois filmes memoráveis para Woody Strode, ambos faroestes. Em 1966 Woody foi um dos quatro especialistas de “Os Profissionais”,  como o atirador de flechas de Burt Lancaster  E veio 1968, com SERGIO LEONE colocando Woody Strode na deslumbrante sequência inicial de “ERA UMA VEZ NO OESTE”,  com Woody como Stone, um dos bandidos que aguardam a chegada do trem. Depois desse conjunto de westerns Woody Strode poderia ser considerado o mais importante ator negro dos faroestes, ainda que nunca como ator principal. Provavelmente pelo grande preconceito de seu país, woody não teve maiores oportunidades como PROTAGONISTA, pois, em minha opinião, ele tinha talento, pena que não pôde desenvolvê-lo a contento. Outros westerns-spaghetti, já nos anos 70, que contaram com Woody Strode no elenco foram “KEOMA”, com Franco Nero. Pois bem!!! Longe do gênero western Woody Strode apareceu em “TRAVESSIA A CUBA”, como também   em "CAUSA PERDIDA": uma  biografia do guerrilheiro argentino CHE GUEVARA que fora  protagonizado por Omar Shariff.

O filme CHE que teve seu nome alterado, aqui no Brasil, para CAUSA PERDIDA. Apesar de ter sido filmado em 1969, só chegou às telas do Brasil em 1976, em pleno regime militar e com vários cortes... Esta é uma obra bastante controversa, em especial nas personagens centrais: Ernesto Che Guevara (Omar Sharif) e Fidel Castro (Jack Palance, caracterizado fisicamente de maneira perfeita). Como escreve o blogueiro  Alexandre Maccari, o filme é uma   produção hollywoodiana, com elenco mega estelar, que tinha o objetivo de retratar um símbolo da luta contra o imperialismo dos Estados Unidos. Principalmente se considerarmos ser um filme feito no cerne de acontecimentos importantes da Guerra Fria, como a luta no Vietnã e tão próximo da morte de Ernesto Che Guevara, em 1967. A obra está estruturada de forma que somos conduzidos por depoimentos PSEUDO-DOCUMENTAIS, de partícipes da luta PRÓ e também CONTRA os ideais de Guevara, sendo exposto a trajetória do líder da chegada à Cuba (em fins de 1956), passando pelos conflitos ideológicos entre Fidel e Che, até o retrato do momento da guerrilha na Bolívia e seu desenlace trágico. O filme vale principalmente por seu caráter histórico.  Destaca-se na produção os ótimos atores Frank Silvera e WOODY STRODE, que no filme acabam sendo meros coadjuvantes de Jack Palance e Omar Sharif.

Por fim, a esse “GIGANTE” que com certeza ajudou abrir “muitas portas” para as futuras gerações de artistas negros que tão bem desempenhou o papel de SARGENTO RUTLEGDE, no filme “Audazes e Malditos”, o mais preto e branco dos filmes do diretor John Ford. E para fazer jus e dignificar cada personagem que o GIGANTE  ATOR NEGRO interpretou, assista ao trailer de apenas 4 minutos de  trechos exibidos como anúncio do filme CHE! – CAUSA PERDIDA -  que está sendo  projetado logo abaixo, tendo como pano de fundo uma excelente melodia de CARLOS PUEBLA, cantor, compositor e guitarrista, muito conhecido como   “El Cantor de la Revolución Cubana”, intitulada HASTA SIEMPRE COMANDANTE - Até Logo Comandante (Versão tradicional). Vale a pena conferir a seleção de 4 minutos do vídeo abaixo.

www.youtube.com/watch?v=uT3DCWDgpmM




O GENIAL “MALVADO” FERNANDO SANCHO




Por Altamir Pinheiro


Por analogia, se o picareta Eduardo Cunha  é considerado o BANDIDO PREDILETO ou FAVORITO  dos brasileiros, por ter  prestado um relevante serviço à nação, em razão dele ter sido o algoz de Dilma, quando assinou aquele oportuno e  bendito  pedido de  impeachment (É sempre bom lembrar que o impeachment contra a ex-presidente  Dilma Rousseff salvou o Brasil). Em paralelo vem em nossa mente àquela  figura excêntrica e afamada, além de   galhofeira  e debochada desse magistral   ator,  FERNANDO SANCHO, o nosso BOM HOMEM MAU... Por esse “interiozão”  das cidadelas brasileiras, dias de feiras livres,  fãs de memoráveis westerns spaghetti procuravam avidamente pelo nome de Fernando Sancho nos cartazes dos filmes dependurados em postes ou acompanhava o “locutor” num carro de marca  Jeep ou Rural, com um microfone enrolado num farrapo de flanela vermelha,  anunciando a película cinematográfica de logo mais à noite em CinemaScope, que era   uma tecnologia de filmagem e projeção que utilizava lentes de última geração, pois ninguém   tinha dúvida em comprar o bendito  ingresso com a certeza de boa diversão.

O Genial Malvado foi muitas vezes estigmatizado ou rotulado de modo negativo como um bandido mexicano quando na verdade ele nasceu em Zaragoza, viveu  na Espanha e morreu em Madrid. Com aquele seu corpanzil pesado, o ator  espanhol que passava facilmente por mexicano, normalmente por bandido mexicano. Ele é um ator espanhol que se notabilizou por interpretar bandoleiros com seu barrigão exagerado, rosto suado, vestes ensebadas e gargalhada que se ouvia à distância de  um ou mais quilômetros antecipando alguma crueldade. O nome desse ator é Fernando Sancho, que por mais que tentasse ser sinistro e sanguinário, nunca deixava de conquistar o espectador que, muitas vezes, secretamente até a gente  torcia  por ele.

Quando o WESTERNCINEMANIA elaborou a  enquete “GRANDES BANDIDOS DOS FAROESTES”, alguns cinéfilos como Darci Fonseca,  Joaílton de Carvalho e Edson Paiva não se conformaram com a ausência do europeu  Fernando Sancho entre os 50 homens mais selecionados para a enquete. ESCREVERAM: “Acho que na lista dos piores bandidos faltou Fernando Sancho, carismático, cruel, cínico e sujo”. OUTROS COMENTÁRIOS: “Fernando Sancho foi uma ausência de peso. (...) Acho que nenhum dos 50 da lista interpretou a quantidade de vilões que fizeram a fama de Fernando Sancho. (...) Ele marcou os westerns spaghetti e muitas vezes os filmes só valiam à pena por sua presença”...

O cinema espanhol não poderia prescindir de um artista como Fernando Sancho que, mesmo sempre um pouco acima do peso, era capaz de interpretar galãs com a mesma facilidade com que interpretava policiais, oficiais fardados e, melhor que ninguém, HOMBRES MALOS nos westerns spaghetti. Em sua briosa carreira, no auge, Sancho não parava de filmar e suas participações em produções na década de 60 é impressionante: sete filmes em 1961; -  seis em 1962;  - nove em 1963; -  nove em 1964; - 14 em 1965; -  14 em 1966; - 12 em 1967; - nove em 1968; cinco em 1969. Nessa década Fernando Sancho fez desde pequenas participações em superproduções como “LAWRENCE DA ARÁBIA”, “O Rei dos Reis” e “55 Dias em Pequim” a papeis importantes como em “O Filho do Capitão Blood”. Ao todo foram mais de 200 filmes.  Sancho participou de gravações cujos elencos eram liderados por campeões de bilheteria na Espanha como os astros infantis Pablito  e Joselito. Foi pouco relevante mas que alcançou sucesso na Espanha interpretando “El Zorro” herói muito querido na terra de Cervantes. Em “A Vingança do Zorro” (1962), Fernando Sancho iniciou uma nova fase em sua carreira, agora no GÊNERO WESTERN que atraía muito público na Europa. Além destes, Sancho atuou em muitos  filmes  com o italiano  GIULIANO GEMMA, filmes como:   "Uma Pistola Para Ringo", "Ringo Não Discute: Mata". Em "Uma Pistola para Ringo" ele é dublado por alguém bastante competente, o que deixa o filme ainda mais divertido. O melhor filme de Ringo com Sancho, donde, recomendo-o.

E haja filmes de faroestes!!!, entre tantos:  “Pelo Prazer de Matar; -  “Até no Inferno Irei à Sua procura”; -  “Django Atira Primeiro”; -  “Clint, o Solitário”; -  “Django Mata por Dinheiro. EM “ARIZONA COLT”,  GIULIANO GEMMA E FERNANDO SANCHO CONTRACENAM PELA ÚLTIMA VEZ NUM WESTERN. Dois spaghetti que alcançaram muito sucesso foram “O Dia da Desforra” e “Ódio por Ódio”, ambos com a presença de Sancho. São de 1967: “Um Homem e Um Colt”; -  “Killer Kid” (com o ítalo/brasileiro Anthony Steffen);  - “Billy, o Sanguinário” (o personagem de Sancho é ‘El Bicho’);  - “15 Forcas para um Assassino”; -  “RITA NO WEST” (COM RITA PAVONE E TERENCE HILL); -  “A Outra Face da Coragem” (com Mark Damon e John Ireland e Sancho interpretando “Carrancha”, mais um nome bastante significativo para o ator).

Finalmente,  como curiosidade,  os filmes da dupla “O Gordo e o Magro” faziam grande sucesso na Espanha e o eclético Fernando se tornou o dublador oficial de Oliver Hardy, o Gordo. Fernando Sancho tinha como seu grande ídolo: JOHN WAYNE. Os últimos westerns da filmografia de Fernando Sancho, nos anos 70, tiveram qualidade bastante inferior uma vez que diretores como Corbucci, Sollima, Tessari e principalmente  LEONE(com quem Fernando Sancho nunca filmou) haviam dado adeus ao gênero. A fama de Fernando Sancho era tão grande na Europa de modo geral e mais especialmente em seu país, que a revista espanhola “INTERVIU” bateu recordes de tiragem quando estampou ensaio fotográfico com MAYTITA, A FILHA DO ATOR. Já passado dos 60 anos de idade, o ritmo de trabalho de Fernando Sancho diminuiu sensivelmente, mas ainda assim nunca lhe faltou convites para atuar, no mais das vezes emprestando seu glorioso nome a produções de qualidade duvidosa. Sancho foi dirigido pelos principais diretores italianos e espanhóis de westerns, mas não teve oportunidade de atuar sob as ordens de SERGIO LEONE, o que aparentemente não o incomodou. Se vivo fosse FERNANDO SANCHO teria completado 101 anos em janeiro de 2017. Morreu em 1990 aos 74 anos de idade de câncer. O gorducho nunca levava a sério, como também não ligava para  certa discriminação que sofria de Hollyood. Porém, a única coisa que lamentava,  isto sim, nunca ter participado de um filme de John Wayne,  seu grande ídolo no cinema.




LULA & DILMA TINHAM UM MINISTÉRIO DE “PROPINOCRACIA” QUE SUPERAVA A FICÇÃO...

7





Josias de Souza

— QUEM É O ‘ITALIANO’ REFERIDO NO E-MAIL?, INQUIRIU SERGIO MORO
— A GENTE SABIA QUE O 'ITALIANO' ERA O PALOCCI, RESPONDEU EXECUTIVO DA ODEBRECHT FERNANDO SAMPAIO BARBOSA.
— A GENTE SABIA QUEM?, INSISTIU MORO.
— EU SABIA. EU TINHA SIDO INFORMADO PELO MÁRCIO FARIA, ACRESCENTOU FERNANDO SAMPAIO, CITANDO OUTRO EXECUTIVO DA ODEEBRECHT.
Arrolado como testemunha de Marcelo Odebrecht, Fernando Sampaio prestoU DEPOIMENTOS nesta segunda-feira. Foi a primeira vez que um operador da Odebrecht reconheceu em juízo que “ITALIANO” é mesmo o apelido de ANTONIO PALOCCI nas planilhas do departamento de propinas da construtora. De acordo com os investigadores, Palocci atuou como COLETOR DE PIXULECOS para o PT enquanto foi ministro da Fazenda de Lula. Beliscou pelo menos R$ 128 MILHÕESFoi sucedido no ministério e nas planilhas da Odebrecht por Guido Mantega, o “PÓS-ITALIANO”.

Se a Era do PT no Poder fosse um filme de James Bond, o serviço secreto britânico descobiria uma caverna nos subterrâneos da pasta da Fazenda. Dentro dela, PROTEGIDA POR PAREDES DE AÇO, um sofisticado centro tecnológico de gerenciamento de interesses espúrios e captação deVERBAS TÓXICAS. No comando, uma dupla de personagens satânicos de vida dupla. Nos porões, eram gênios do mal, dedicados a comprar o PMDB e assemelhados, para dominar o mundo. Na superfície, não passavam de ministros inocentes, empenhados em defender os cofres da República.
Por azar, a realidade brasileira superou qualquer ficção. Faltou à nação petista um 007 capaz de explodir com uma caneta a laser a caverna instalada sob a Fazenda antes que os vilões transformassem o sistema político nacional numa PROPINOCRACIA PÓS-IDEOLÓGICA. Num filme, Bond exterminaria os vilões e livraria a humanidade de suas ameaças. No Brasil real, o PMDB cavalga a Presidência de Michel Temer como se não tivesse nada a ver com o governo comprado pela Odebrecht. E Lula é candidato a um terceiro mandato. Talvez um quarto. Quem sabe um quinto… O QUE DIFERENCIA O BRASIL DA FICÇÃO É QUE A AMEAÇA DURA MUITO MAIS DO QUE O INTERVALO DE UM FILME.


segunda-feira, 6 de março de 2017

EMBAIXADAS DOS “NEGÃO DITADORES DA ÁFRICA” CRIADAS PELO SEBOSO E PELA VACA SERÃO FECHADAS


Os governos petistas criaram embaixadas em países pouco expressivos. Muitas delas, fruto da arrogância LULOPETISTA, deverão ser fechadas. Adeus, Burkina Faso; adeus, Nepal; adeus, Guiné Equatorial do ditador Teodoro Nguema (na foto, com Lula):


A visão expansionista da diplomacia brasileira, tônica do governo petista, está em xeque, ainda mais depois que o presidente Michel Temer manteve o Itamaraty sob o comando tucano, nomeando o senador Aloysio Nunes Ferreira para substituir o ex-ministro José Serra. E a mudança de rota já tem um roteiro pronto para ser seguido pelo novo chanceler.

Estudo elaborado pela senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e aprovado em 8 de dezembro de 2016 pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida na ocasião por Aloysio Nunes, indica que a grave crise fiscal do país abre caminho para o Itamaraty fazer uma “REVISÃO DA ALOCAÇÃO DE INFRAESTRUTURA DIPLOMÁTICA AO REDOR DO MUNDO, PRIVILEGIANDO A LOCALIZAÇÃO EM PAÍSES DO SUL E NORTE QUE TÊM A MAIOR CHANCE DE GERAR DIVIDENDOS ECONÔMICOS E POLÍTICOS PARA O BRASIL”.

O levantamento, que utilizou dados inéditos da estrutura do Itamaraty no exterior, aponta que a criação de dezenas de representações diplomáticas no governo Lula gerou retorno, comercial ou político, duvidoso. Mostra ainda a dificuldade da diplomacia brasileira para aferir a eficácia desses novos postos.

Uma revisão da expansão diplomática já vinha sendo estudada pelo Itamaraty. Serra pediu um diagnóstico sobre as embaixadas abertas durante a gestão de Lula. Uma fonte do ministério disse ao GLOBO, sob condição de anonimato, que o ex-ministro Mauro Vieira também já havia se preocupado com o assunto. Procurados pela reportagem, o Itamaraty e o chanceler não se pronunciaram.

Muitas das embaixadas criadas por Lula foram enfraquecidas por Dilma Rousseff, que deu pouca atenção à política externa. DAS 44 EMBAIXADAS CRIADAS ENTRE 2003 E 2010, SETE TINHAM APENAS UM FUNCIONÁRIO EM 2015 (GUINÉ, BURKINA FASO, MALI, MAURITÂNIA, DOMINICA, LIBÉRIA E SERRA LEOA). O estudo sugere que, em alguns casos, é melhor unificar postos ou mesmo fazer acordos com países parceiros na região para dividir os custos de uma representação.

Um importante membro da cúpula do Itamaraty, ligado ao novo ministro, afirmou ao GLOBO que muitas destas embaixadas foram criadas por motivos políticos — VOTOS NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU — OU POR IDEOLOGIA. E que, em muitos casos, a existência de um conselheiro comercial ou um adido cultural ou agrícola tem mais efeito do que o funcionamento de uma embaixada. Ele lembra, contudo, que é preciso cautela, pois não é matemática a medição do custo-benefício de uma atividade diplomática.

O estudo recomenda que se “REVEJA O NÚMERO DE EMBAIXADAS E DE EFETIVO DIPLOMÁTICO, DE MODO A MAXIMIZAR O USO DOS RECURSOS DO MINISTÉRIO PARA GERAR O MAIOR RETORNO DIPLOMÁTICO POSSÍVEL”.

— A minha expectativa é que sim (o estudo tenha aplicação prática). O senador Aloysio era presidente da Comissão de Relações Exteriores, e o Serra já tinha dado relevância grande ao trabalho — afirmou Tasso Jereissati, embora reconheça as resistências corporativas à decisão de fechar uma embaixada.

Rubens Ricupero, que comandou a secretaria-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) entre 1995 e 2004, defende um enxugamento dos postos.

— Eu acho muito melhor reduzir o número, se for o caso, e procurar concentrar os recursos nos postos principais — avaliou o embaixador. Para o diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense, Eurico Figueiredo, o recuo diplomático seria um erro: — Eu acho que é uma economia imediatista que não tem visão estratégica de país. Espaço político se conquista e não se deve perder.

Ricupero, Tasso e o embaixador Roberto Abdenur, que comandou postos na China e em Washington, admitem riscos na mudança de rota, pois os países afetados podem identificar desprestígio. Ainda assim, afirmam que o Brasil não tem como se dar ao luxo, no atual quadro fiscal, de ter embaixadas ou consulados que não trazem resultados eficazes.

— A expansão da rede diplomática brasileira estava muito em linha com a política brasileira de universalizar a rede diplomática. Não é uma coisa ruim, mas foi longe demais. O fechamento é, sim, sempre doloroso e ruim, porque dá a sensação de que se está dando as costas para o país que ganhou um posto. Exige uma avaliação caso a caso — disse Abdenur.

OBJETIVOS POLÍTICOS E COMERCIAIS

A expansão da era Lula tinha objetivos políticos e comerciais, como ampliar exportações e ter um ASSENTO PERMANENTE NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU.

“No que se refere ao comércio exterior, nota-se que após a abertura das embaixadas houve uma melhoria marginal nos resultados agregados do comércio. Mas a dispersão é muito grande e, de modo global, o investimento nas novas embaixadas possivelmente não cobre os retornos econômicos auferidos pelo Brasil”, diz um trecho do relatório.

Sérgio Amaral, embaixador brasileiro nos Estados Unidos, afirma que o Brasil não pode virar as costas para a África, mas sim atualizar e modernizar o foco do relacionamento com o continente.


— Nas últimas duas décadas, a África cresceu mais que a América Latina. Há muitas oportunidades, e o Brasil tem uma vantagem: além de laços históricos, somos líderes em tecnologia para produtos tropicais, tanto na agricultura como na pecuária — afirmou o embaixador, um dos mais influentes no Itamaraty.(O Globo). – A manchete não faz parte do texto original - 

A GAMBIARRA DA TRANSPOSIÇÃO DO PT ESTÁ CHEIA DE BARRAGEM SONRISAL...




Magno Martins

Projetada e sonhada deste o Império, a Transposição das Águas do Rio São Francisco é o maior investimento hídrico no Nordeste feito pelo Governo Federal. HÁ DEZ ANOS SUAS OBRAS CAMINHAM EM RITMO TARTARUGA, QUASE PARANDO. Com os atrasos, tudo na obra ficou mais cara. O custo passou de R$ 4,5 8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. Milhares de hectares de caatinga foram devastados para construção dos canais. 
O canal por onde começa a transposição ficou pronto desde 2015, mas as bombas só começarem a puxar a água recentemente. O projeto é magnânimo até na sua finalidade: melhorar a vida de 12 milhões de pessoas em quatro Estados nordestinos – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A construção envolve 600 quilômetros de canais de concreto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deu o pontapé inicial, PREVIA INAUGURAR A OBRA EM 2010.
Ao longo dos últimos anos se descobriu não apenas superfaturamento nas obras. A primeira denúncia de corrupção envolveu o Exército. Em 2011, o batalhão de engenharia responsável foi acusado de roubo de materiais de construção, favorecimento de empresas e direcionamento de licitações. As grandes empreiteiras aproveitaram para ganhar terreno e assumir pouco a pouco os serviços. Em 2015, delegados e agentes da Polícia Federal mobilizados na operação Vidas Secas prenderam empresários, funcionários e doleiros – alguns dos quais, não tão surpreendentemente assim, já haviam sido detidos em fases da Lava Jato.
Os desvios foram realizados pelo consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa, responsáveis por dois dos 14 lotes do megaempreendimento. O grupo, do qual quatro empreiteiras já eram investigadas na Lava Jato, é suspeito de superfaturamento e de usar empresas de fachada dos doleiros Alberto Youssef e Adir Assad, condenados por envolvimento no esquema de corrupção da operação envolvendo a Petrobras.
Uma face, entretanto, desconhecida do projeto veio à tona com O ROMPIMENTO DA BARRAGEM BARREIRO, EM SERTÂNIA, SEXTA-FEIRA PASSADA. OBRA SONRISAL? Pode até não ser, mas gerou esta desconfiança no segmento da engenharia e na opinião pública. Mas o que aconteceu em Sertânia não é exclusividade do projeto, não foi a primeira e parece que não será também a última notícia ruim. Só para refrescar a memória, no início de 2012, 240 metros do canal foram danificados no Ceará por causa das “FORTES CHUVAS” em Mauriti.
Em fevereiro do ano passado, UMA PAREDE DE CONCRETO TAMBÉM SE ROMPEU EM UM DOS CANAIS DO EIXO NORTE ENTRE OS RESERVATÓRIOS DO TUCUTU E DE TERRA NOVA, EM CABROBÓ. A estrutura danificada pertence a um trecho que já estava pronto, mas que em período de testes não suportou a passagem de água, provocando um vazamento. Ninguém no Nordeste, que sonha acordado com o pleno funcionamento do projeto, sem descontinuidade no Governo Temer, deseja ser surpreendido com notícias como essas que DESPERTAM A DESCONFIANÇA DE QUE AS OBRAS FORAM MAL FEITAS E A TRANSPOSIÇÃO PODE FRACASSAR, VIRANDO EM GRANDE ELEFANTE BRANCO.
MAS ENTRE A DESCONFIANÇA E A REALIDADE NÃO HÁ DISTÂNCIA. As obras do reservatório Barreiro, por exemplo, não são da fase nova. Foram iniciadas em março de 2014, no Governo Dilma, e finalizadas em setembro de 2015, primeiro ano do segundo mandato da petista, cassada em 2016. O início do enchimento se deu em 25 de fevereiro passado e a saída das águas pela estrutura de controle aconteceu no dia 27, totalizando dois dias de enchimento, para uma capacidade plena de 2.612.000 m³. – A manchete e as imagens não fazem parte do texto original - 

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - O QUE É VERDADE E MENTIRA NESSA OBRA QUE ENRIQUECEU MUITA GENTE E CUSTOU MUITO MAIS QUE O PREVISTO?!?!?! O LULA LEVOU QUANTO NESSA?!?!?!  OU NÃO SABIA DE NADA, TAMBÉM!!! PELO PREÇO E PELAS DIVERSAS INAUGURAÇÕES TINHA QUE CHEGAR ÁGUA MINERAL, ENGARRAFADA E COM GÁS...

domingo, 5 de março de 2017

CANDIDATURA DE ARAQUE DE LULA É TENTATIVA DE QUERER GANHAR NO GRITO, AS INVESTIGAÇÕES CONTRA O PENTA RÉU, A CAMINHO DO HEXA...


O abaixo-assinado da escória ideológica petista em favor da candidatura do tiranete Lula temAPENAS UM OBJETIVO: tentarATRAPALHAR as investigações que corremCONTRA ELE na Lava-Jato. Texto de Vera Magalhães (Estadão):


A semana promete ser tomada pelo “lançamento” da sexta candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. O pontapé inicial foi um manifesto “espontâneo” assinado pelos intelectuais de cabeceira do petismo, e que dará origem a um site e um road show do ex-presidente e réu na Lava Jato pelo País. O título do abaixo-assinado é “Por que Lula?”. 

Está aí uma boa pergunta,MAS A RESPOSTA está longe de ser o misto de ingenuidade, desonestidade intelectual e manipulação contidos no documento.

Por que Lula? Por que o Brasil precisa dele ou por que ele precisa dessa candidatura como escudo para se defender das acusações de que, no exercício da Presidência e depois de deixá-la, praticou corrupção passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e outros crimes investigados no petrolão?

O calendário do lançamento de Lula coincide com a reta final de um dos processos nos quais o petista é réu, sob a acusação de ter recebido propina de até R$ 3,7 milhões na forma de “mimos” da OAS, que reformou um triplex no GuarujáQUE SERIA OFERTADO à sua família e pagou pela guarda das “tranqueiras” que ele carregou quando deixou o Alvorada.

Lula vai depor em maio diante do juiz Sérgio Moro. Até lá, deve rodar o País entoando a cantilena de que é vítima de perseguição política e de que os processos nada mais são do que uma tentativa de tirá-lo da vida pública e impedir uma nova candidatura.

Não será o contrário? Lula nunca desejou de fato ser candidato novamente à Presidência. Não o fez quando teve a faca e o queijo na mão: petistas como Rui Falcão e Marta Suplicy lançaram o “volta Lula” em 2014, e ele não o levou adiante.

Não foi em respeito a Dilma Rousseff que ele deixou de ser candidato. Lula desistiu porque não podia vislumbrar a possibilidade – na época, ainda bastante remota – de não ser eleito nem a perspectiva, esta bem concreta, de fazer um governo pior do que os anteriores.

Por que, então, teria mudado de ideia agora que é réu em cinco ações penais, o PT foi varrido do mapa nas eleições municipais, Dilma sofreuIMPEACHMENT E A economia está em frangalhos? Altruísmo? Senso de dever para com aqueles que o PT diz ter incluído e que voltaram à miséria?

Talvez Chico Buarque ou Leonardo Boff acredite de fato nisso, embora seja espantoso.

A desigualdade social e o desemprego galopam no País por obra e graça dos governos Lula e Dilma. Ele por não ter aproveitado o vento favorável na economia mundial que vigorou até 2009 para fazer as reformas que eram necessárias. Ela por se lançar na tal “nova matriz econômica”, que nada mais era do que desculpa para abraçar a irresponsabilidade fiscal como se não houvesse amanhã.

A Lava Jato nada mais é do que a resposta da Justiça a um esquema de desvio de recursos públicos sem precedentes, montado de forma deliberada e reiterada pelos governos do PT – neste caso mais dele do que dela – para sustentar um projeto de poder que era para durar ao menos 20 anos.

O fato de Lula responder agora pelos crimes dos quais é acusado não é perseguição política, mas consequência do amadurecimento democrático e institucional do Brasil. Não à toa, os defensores do ex-presidente falam em “Justiça para todos e para Lula”, sem esconder a pretensão a que o cacique petista seja beneficiado por uma indulgência que não se destinaria a “todos”, só a ele.

É esse o desejo indisfarçado que transborda do texto dos “intelectuais” lulistas. O por que Lula, aqui, parece pressupor um complemento: por que Lula tem de responder como qualquer mortal perante a Justiça?

Portanto, não é a Lava Jato que quer impedir a candidatura do petista. É a candidatura que visa interditar, no grito, as investigações contra ele. Por que Lula? Por que não ele?


TELAS VALIOSAS, TAPETES E MÓVEIS HISTÓRICOS FORAM ENTULHADOS COMO LIXO PELA GENTALHA PETRALHA...


O INVENTÁRIO DESCOBRIU TELAS DE PORTINARI DETERIORADAS, TAPETES FURADOS ETC. (FOTOS: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)

Investigação aberta a pedido da Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República revelou obras de arte e móveis de época seriamente danificados nos Palácios do Planalto e da Alvorada. Além disso, encontrou um depósito com relíquias empilhadas como se fossem entulho. No Alvorada, duas telas de Cândido Portinari – avaliadas em R$ 60 milhões – estão em estado crítico e a tapeçaria Múmias, de Di Cavalcanti, apresenta manchas e descoloração.
O inventário constatou, ainda, o sumiço do vaso de cerâmica pintado por Eliseu Visconti, que pertence à coleção do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O dossiê ao qual também indica que um vaso oriental do século 19 apareceu quebrado e aparentemente foi “remendado” com cola, sendo devolvido nesse estado para aquele museu.
Até agora, o governo abriu seis processos de sindicância para apurar os danos ao patrimônio público e se houve negligência na manutenção do acervo de cerca de 13 mil bens móveis, artísticos, históricos e culturais, conforme determinação do Tribunal de Contas da União.






No depósito que abriga “bens inservíveis” dos palácios foram resgatados tapetes persas esburacados e outros dois da Casa Caiada – um deles com 20 metros quadrados, feito especialmente para a Presidência –, com rasgos nas pontas.
Da ação de fungos ao mofo, passando pelo ressecamento, várias foram as avarias encontradas em quadros, gravuras, tapetes e móveis, muitos expostos sem piedade ao sol. Nessa lista estão duas poltronas Oscar, de Sérgio Rodrigues, com assento e encosto em palhinha à espera de socorro, além de uma tela de Alberto da Veiga Guignard, castigada por manchas.
Em dezembro, 48 das 49 obras emprestadas pelo Museu de Belas Artes ao governo, em regime de comodato, foram devolvidas pela administração de Michel Temer, causando grande polêmica.
Para Antônio Lessa, diretor de Documentação Histórica do gabinete presidencial, a devolução das peças era uma necessidade. “Havia danos em mais de 80% das pinturas e todas as obras precisavam de alguma medida de conservação”, disse Lessa.
A situação mais dramática, porém, foi verificada na sala de estar do Alvorada. Cedidos pelo Banco Central, os quadros Jangada do Nordeste e Seringueiros, assinados por Portinari e segurados em R$ 60 milhões, apresentam rachaduras na pintura. Nas próximas semanas, serão encaminhados para restauro e substituídos por réplicas.
Um ofício enviado pelo governo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicita a “instalação de película refletiva com filtro de raios UV na fachada de vidro” do Alvorada para atingir os “parâmetros mínimos de temperatura e luminosidade” necessários à preservação das obras de arte.
O Iphan também foi o órgão que autorizou a rede de proteção na varanda do Alvorada, para a segurança de Michelzinho, de 7 anos, filho do presidente. O fato provocou protestos do ex-curador Rogério Carvalho, que definiu a iniciativa como “uma barbaridade deplorável”. Temer e a família não se acostumaram com o Alvorada e, pouco mais de uma semana após a mudança, voltaram a morar no Jaburu.
Cúpula. A sindicância da Diretoria de Documentação Histórica ainda não avaliou o estado do acervo no Jaburu e na Granja do Torto. A prioridade de Lessa, agora, é restaurar os Portinari, instalar câmeras de vigilância e uma cúpula de vidro reforçado para proteger as obras no Planalto e esvaziar os depósitos, onde repousam camas de jacarandá, peças assinadas por Joaquim Tenreiro, sofás de design e mais de cem cadeiras Tião e Kiko, também de Sérgio Rodrigues.
“Isso tudo é uma lástima”, afirmou Lessa. “Esses senhores que se dizem curadores criticam a devolução das obras para o museu, mas deveriam estar atentos à conservação do acervo, e não só à decoração.”
Ex-curador dos palácios no governo Dilma Rousseff, o arquiteto Rogério Carvalho reagiu no mesmo tom. “Essa criatura (Lessa) não tem a menor ideia do trabalho que fizemos porque é advogado e não entende nada”, rebateu ele. “Quando cheguei lá no Planalto, aquilo era um pardieiro. Tivemos de recuperar tudo. Os tapetes não foram rasgados na gestão da Dilma nem do Lula. Foram antes.”
O ex-diretor de Documentação Histórica Cláudio Rocha contou que Dilma pediu a restauração dos tapetes do Alvorada e resgatou cadeiras originais do salão de banquetes. “O problema é que a administração dos palácios é negligente. Prefere muito mais cuidar de carro e apartamento funcional do que de obras de arte.”
MÓVEIS DE ÉPOCA E OBRAS DE ARTE ENTULHADOS.

CONSTAM DA LISTA DE JANOT: Lula, Dilma Rousseff, Guido Mantega, Antonio Palocci e João Santana...



A PRIMEIRA LISTA do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conhecida em março de 2015, com nomes da Lava-Jato abrigados no foro especial do Supremo, gerou grande expectativa. Era, enfim, a leva inicial de políticos apanhados na investigação do petrolão, um esquema que tornaria o mensalão do PT algo menor.

Aproxima-se o encaminhamento ao STF da SEGUNDA LISTA de Janot, referente às delações da Odebrecht A expectativa, dessa vez, é menos quanto a nomes e mais em relação ao conteúdo dos 78 depoimentos da cúpula da empreiteira.

Os vazamentos já verificados e o que se soube do depoimento de Marcelo Odebrecht à Justiça eleitoral, quarta-feira em Curitiba, onde está preso, no processo que o PSDB move contra a chapa Dilma-Temer, confirmam o estado de putrefação do subsolo das finanças da política em eleições —, e não apenas nelas. Sem usar o termo chulo aplicado pelo senador Romero Jucá, da primeira lista de Janot e nome certo na segunda, o relacionamento indevido, por ilegal e sem ética, entre empreiteiras e políticos, que emerge de depoimentos e delações, SE ASSEMELHA MESMO ÀQUELAS FESTAS DESPUDORADAS EM QUE NINGUÉM É DE NINGUÉM.

No testemunho de quarta, Marcelo confirmou o pedido de dinheiro pelo ainda vice-presidente Temer, em jantar no Palácio do Jaburu, para financiar o PMDB nas eleições de 2014. Depois, ficou definido que seriam R$ 10 milhões, com outro participante do encontro, o futuro ministro Eliseu Padilha, hoje em convalescença de cirurgia em Porto Alegre, de onde pode não voltar para a Casa Civil. O Planalto comemora porque considera que a versão do presidente para o encontro — Temer diz que não pediu dinheiro para caixa dois — se confirmaria. Aparentemente sim, mas ainda há tanto o que acontecer, que é sensato não festejar.

O DEPOIMENTO CAUSA AVARIAS NA IMAGEM DA EX-PRESIDENTE DILMA, DEVIDO À REVELAÇÃO DE MARCELO DE QUE ELA SABIA DAS TRANSAÇÕES TENEBROSAS QUE COMEÇARAM A SER FEITAS ENTRE ANTONIO PALOCCI E A EMPRESA, INCUMBÊNCIA, DEPOIS QUE ESTE SAIU DA CASA CIVIL DE DILMA, PASSADA PARA GUIDO MANTEGA, MINISTRO DA FAZENDA. ERAM O “ITALIANO” E O “PÓS-ITÁLIA” DAS PLANILHAS DO "DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS” DA EMPREITEIRA, NOME POMPOSO QUE DESIGNAVA A SEÇÃO DE PROPINAS DA ODEBRECHT. PARA O PT FORAM DESTINADOS, ENTRE 2008 E 2014, R$ 300 MILHÕES, SEGUNDO MARCELO, ALGO COMO US$ 100 MILHÕES, CIFRA POLPUDA EM QUALQUER LUGAR DO PLANETA. CRESCE A SUSPEITA DE QUE O PT VENDEU O GOVERNO A EMPREITEIRAS.

HOUVE ATÉ A “COMPRA” DE UMA MEDIDA PROVISÓRIA, NA GESTÃO DILMA, POR R$ 50 MILHÕES, PARA CRIAR UM PROGRAMA DE REFINANCIAMENTO DE DÍVIDA TRIBUTÁRIA DE INTERESSE DA EMPRESA. Mais um envolvimento de governo lulopetista com negociatas em torno de MPs. E o caráter eclético da atuação da Odebrecht no mercado da política fica reforçado com a citação de Aécio Neves, presidenciável tucano em 2014, também ajudado pela empreiteira.

O Brasil está em um ciclo de escândalos e também de fortalecimento das instituições republicanas. Poderosos têm sido julgados e punidos. Também transcorreram dois impeachments desde 1992, sem hecatombes. Não há, portanto, motivos para maiores apreensões com o que vem por aí. – Fonte: Jornal o Globo -






COLLOR & LULA: DOIS PULHAS QUE RASPARAM O FUNDO DO TACHO DA DINHEIRAMA DA NAÇÃO!!!




Ricardo Noblat


Quem imaginaria ver Lula e Collor de mãos dadas e, depois, eventualmente sujeitos às consequências do maior escândalo da história do Brasil? Quem diria que Fernando Collor, um dia, seria apontado como suspeito de ter se beneficiado de dinheiro sujo da Petrobras no governo do seu ex-desafeto Luiz Inácio Lula da Silva? Quem viu não esquece. Em 1989, na primeira eleição presidencial pelo voto direto depois do fim da ditadura de 64, Collor derrotou Lula jogando sujo. Jogando sujo, não. Jogando muito, muito sujo. Pagou a Míriam Cordeiro, mãe de Lúrian, filha de Lula, para que dissesse na televisão que Lula a pressionou para que abortasse. E para que acusasse Lula de ser racista. Na reta final do segundo turno, inventou que Lula garfaria a caderneta de poupança dos mais pobres. E que desapropriaria grandes imóveis para abrigar famílias sem teto. A combinação de mentiras tão poderosas e destrutivas deu a Collor uma vitória apertada sobre Lula. (Isso lembra alguma coisa?). Mais tarde, Lula seria uma das cabeças do impeachment de Collor. Quem imaginaria ver Lula e Collor de mãos dadas e, depois, eventualmente sujeitos às consequências do maior escândalo da história do Brasil? O doleiro Yousseff já meteu Collor na lama. Disse que ele recebeu grana. Não se sabe se Lula escapará da lama mais uma vez.