terça-feira, 2 de julho de 2019

O LEGADO DO MAESTRO ENNIO MORRICONE




Por Altamir Pinheiro

Foi na “BOTA” da Europa que alguns dos melhores artistas de todos os tempos emergiram, tais como os renascentistas Leonardo da Vinci, Michelangelo ou Rafael. Séculos  decorridos, a tendência para a produção artística de grande valor prevaleceu e a Itália orgulha-se de um filho pródigo voltado para a música. Com um currículo repleto de bandas sonoras dos mais diversos filmes, Ennio Morricone é um colosso no que toca à associação do mundo da música com o do universo do cinema. Com o “TOQUE DE MIDAS” da composição, o europeu tem o condão de conceder o complemento necessário para que nenhum detalhe impregnado num filme passe despercebido. Como afirma o ótimo cinéfilo de Caruaru-PE, Joaílton, Ennio Morricone esgotou todos os adjetivos para qualificá-lo...

O escritor  Lucas Brandão que escreve para a revista eletrônica Comunidade Cultura e Arte  é taxativo em afirmar  quando nos relata que  o legado do maestro, hoje com 90 anos,  se estende por mais de 6 décadas e de 500 composições para filmes.  Ennio Morricone é um SATÉLITE QUE ORBITA TANTO NO PLANETA DA MÚSICA COMO NO DO CINEMA, fazendo a conexão fantasiosa entre os mesmos. Com um legado quase impossível de ser descrito num finito número de parágrafos, importa reforçar o caráter fascinante e unificador das composições musicais que reforçam já a aura única que cada filme transporta. Se já não bastasse que, pelo seu enredo e personagens, nos maravilhasse, a varinha mágica de  Morricone dá uma fragrância de musicalidade etérea à história transmitida.

Um fato curioso e diferenciado na vida do maestro ou uma interessante peculiaridade da sua carreira é a de que nunca abandonou a cidade que o viu nascer (Roma) para fazer as suas composições e nunca aprendeu a falar inglês, passando esta evidência despercebida com a sua versatilidade tanto como compositor para diversos tipos de trabalhos artísticos como nas funções de maestro e nas de diretor dos mesmos. Abdicando de viajar o máximo possível, o italiano é também conhecido pela originalidade das suas composições musicais, elaborando-as sempre do zero e abdicando de usar elementos predefinidos e já existentes. Atualmente, no mundo do cinema, destaca-se a reciclagem do norte-americano Quentin Tarantino de vários êxitos do compositor em filmes dirigidos pelo  cineasta,  como por exemplo, em 2013, Django Livre. 

Em janeiro de 2018, na cidade  São Paulo, aconteceu uma mostra  no Centro Cultural Banco do Brasil, dedicada ao trabalho do maestro e compositor Ennio Morricone, provavelmente o maior de todos os compositores de trilhas sonoras para o cinema, que  em novembro de 2019 completa 91 anos. “SONORA: ENNIO MORRICONE“ exibiu 22 filmes de gêneros e diretores diferentes, mas com algo em comum: a trilha marcante do maestro. Para todo o fã de cinema, é impossível medir a importância do SIGNORE MORRICONE para  a história. Desde os spaghetti Westerns de Sergio Leone, até Os Oito Odiados, pelo qual finalmente recebeu um Oscar de trilha sonora, Morricone escreveu trilhas fantásticas. As  preferidas, recentemente,  são as de Os Intocáveis  e a simplesmente perfeita de Cinema Paradiso – impossível não se emocionar com todas essas  cenas….

A propósito do filme Era Uma Vez no Oeste  que é um majestoso faroeste dirigido por Sergio Leone, muito da beleza visual desse filme deve-se ao maestro e compositor Ennio Morricone pois como é sabido, Leone pediu a Morricone que compusesse os temas musicais do filme, o que o compositor fez a partir da leitura do roteiro e de suas conversas com o diretor. Para as sequências e personagens principais, Morricone criou composições específicas e Leone executava essas peças durante as filmagens. Isso não só ajudou os atores, mas despertou nele, diretor, uma transcendente inspiração. Como diz o estudioso de faroeste Darci Fonseca: “Ennio Morricone já havia criado admiráveis e inovadoras trilhas sonoras para westerns spaghetti. Nenhuma delas, porém, atingiu a perfeição das peças musicais composta para “Era Uma Vez no Oeste”, especialmente o tema principal que tem o mesmo título do filme”.

Sob encomenda do cineasta SERGIO LEONE, Ennio Morricone escreveu as trilhas sonoras de quatro dos 10 principais filmes de Western Spaghetti: Por um Punhado de Dólares) (1964),  Por Uns Dólares a Mais)(1965), Três Homens em Conflito (1966) e Era uma Vez no Oeste) (1968). Aliás,  No filme Era Uma Vez no Oeste, a música conjugada com as imagens é uma das coisas mais bonitas que o cinema já proporcionou. Mas como nem só de um estilo vive a obra de um gênio, o maestro também assinou a trilha de obras de comédia, horror e drama. Os filmes  Exterminação 2000 (1977), de Alberto De Martino; Áta-me! (1990), de Pedro Almodóvar e Reviravolta(1997), de Oliver Stone são alguns dos destaques da vida musical de Morricone fora do velho oeste. Pelo conjunto da obra, a indústria cultural assume que um gênio do calibre de Ennio Morricone surge uma vez a cada nunca mais.

A seguir, para os apreciadores da boa música,  clic no endereço abaixo para ouvir por uma hora esta coleção de músicas originais comandada pelo maestro  Ennio Morricone,  todas fazem referência aos filmes Spaghetti Westerns.


CASABLANCA, A HISTÓRIA DE AMOR MAIS FAMOSA DO CINEMA



Por Altamir Pinheiro

A caminho de completar 80 anos, CASABLANCA transformou-se  num dos mais populares filmes da história do cinema. Ganhou três Oscars da Academia, o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. A crítica da época elogiou as performances carismáticas de Bogart e Bergman, junto à profundidade das caracterizações, a fotografia poética, a sagacidade do roteiro e do impacto emocional do trabalho. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, em Casablanca, capital do Marrocos. Rota obrigatória de quem fugia das atrocidades dos nazistas, será em Casablanca que Rick Blane (Humphrey Bogart), dono de um bar local, irá reencontrar Ilsa Lund (Ingrid Bergman), anos depois de terem se apaixonado em Paris. Ela surge acompanhada pelo marido, o herói da resistência tcheca Victor Laszlo Um enredo comovente e uma trama empolgante, inesquecível!!!


Entre tantos problemas ou curiosidades que o filme apresenta, um deles é que, originalmente, no elenco do filme o protagonista seria  Ronald Reagan e não se sabe lá porque carga d’água não aconteceu(há quem diga que o empecilho foi o seu tamanho). Outro,   foi  a diferença de altura entre o par romântico Bogart & Ingrid. Ingrid media 1m75 enquanto Bogart media oficialmente 1m68, e para as cenas que reuniam os dois, Bogart precisava subir em uma plataforma para poder ficar equiparado ou mais alto que Ingrid. Seja como for, tudo foi superado, e Casablanca se tornou um dos títulos mais lendários da fase de ouro de Hollywood, o arquétipo do cinema romântico americano, se tornando um dos maiores clássicos do cinema mundial, consagrando Ingrid Bergman como estrela no cinema americano.


A melhor cena, os melhores diálogos, as melhores frases, o melhor final, enfim, no campo do romantismo, o filme mais perfeito de todos os tempos!!! Não é à toa que, com o passar do  tempo e lá se vão mais de 75 anos, o  mundo sempre deu  boas-vindas aos amantes Rick e Ilsa... A sueca Ingrid, no esplendor da sua beleza, comove o espectador com sensibilidade discreta. Humphrey Bogart, cínico e aparente frio, constrói um personagem que repetiria inúmeras outras vezes. A química entre ambos é total, levando a plateia às lágrimas quando um Bogart apaixonado abre mão do seu amor para que ela siga ao lado do marido, dizendo: “NÓS SEMPRE TEREMOS PARIS”. Além de explorar o contexto histórico, o filme é maravilhoso devido as atuações de Ingrid Bergman e Humphrey Bogart. 


Nas páginas de jornais como  O Globo lê-se que, Humphrey Bogart tinha uma  atuação concentrada, um grande carisma e a intensa presença na tela. transformaram em astro - de "Relíquia macabra" (1941), "Casablanca" (1942) e "Uma aventura na África (1951)", ao lado de Katharine Hepburn, que lhe rendeu o Oscar, entre outros - um ator que fugia dos padrões de Hollywood. Humphrey Bogart era mais velho, mais baixo e mais feio do que os outros galãs de sua época, como Clark Gable, Tyrone Power, Cary Grant. Detratores costumavam dizer que o ator  Bogart tinha duas expressões faciais: com e sem cigarro na boca. Os cigarros eram realmente companhia constante, na tela e fora, e ajudaram a agravar o câncer na garganta que o matou.


Ingrid Bergman foi a  maior descoberta sueca de Hollywood após a aposentadoria da "divina" Greta Garbo. Ela foi a ILSA LUND de "Casablanca", a loira de Hitchcock, a apaixonada amante e esposa de Roberto Rossellini e, finalmente, filmou com o outro Bergman, Ingmar, no crepúsculo de sua carreira: Ingrid Bergman, uma das melhores atrizes da história em qualquer sala de projeção cinematográfica existente no mundo.  No cinema, foi a inspiração para a célebre frase "Nós sempre teremos Paris", com a qual Humphrey Bogart deixava aberta a história de amor mais clássica da telona.


Em 26 de novembro de 1942, Casablanca estreava em Nova York. O longa-metragem foi lançado em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que ainda estava longe de ter um fim. Devido à guerra, o filme demorou a ser exibido na Europa. Na Itália, ele estreou em 1946, na França, em 1947, na Áustria, em 1948, e na Alemanha Ocidental, apenas em 1952, em uma versão com cortes. Na Alemanha Oriental, Casablanca estreou diretamente na televisão, somente em 1983!!! OS BRASILEIROS, por sua vez, puderam conferir o longa-metragem menos de um mês após sua estreia nos Estados Unidos, em 7 de dezembro de 1942.


CASABLANCA com seu ótimo roteiro, trilha sonora perfeita e elenco extraordinário, primeiramente estava previsto para ser filmado em Lisboa,  depois optaram pela capital do Marrocos. O fato é que, com três prêmios Oscar conquistados, uma trama cheia de diálogos inesquecíveis, interpretações espetaculares de Humphrey Bogart(que faleceu em 1957 aos 58 anos) e Ingrid Bergman(encantou-se em 1982 aos 67 anos na data de seu aniversário), “Casablanca” entraria para sempre para a eternidade. É de arrepiar frases antológicas como: "Tantos bares, em tantas cidades em todo o mundo, e ela tinha que entrar logo no meu", “Toque outra vez, Sam”, “Isso foi o barulho de um canhão ou o meu coração que deu um salto?"  ou “O mundo está desmoronando e nós nos apaixonamos”, “Nós sempre teremos Paris”, – não é preciso dizer mais nada… Há 77 anos era iniciada “UMA GRANDE AMIZADE” entre o público de qualquer geração e a história de amor mais famosa do cinema.


segunda-feira, 1 de julho de 2019

COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ...

Resultado de imagem para ROBERTO CARLOS CANTANDO

Luiz Berto

COISA ESTRANHA: Teve uns detalhes que me deixaram intrigado nas manifestações acontecidas ontem, domingo. Olhei, vi as imagens, procurei, pesquisei, futuquei e não achei algumas coisas que são comuns e corriqueiras em outras manifestações. Não vi ninguém cagando na rua, fumando maconha, quebrando vitrines, fudendo nos becos, mijando nas esquinas, cheirando pó, tocando fogo em pneus, atirando bombas em policiais ou incendiando ônibus. Nem mesmo manifestantes com a cara coberta por capuz eu cheguei a ver! E olhe que procurei foi muito. Na verdade, o que vi mesmo foram coisas muito estranhas. Como, por exemplo, uma multidão cantando música de Roberto Carlos, “Como é grande o meu amor por você“, em homenagem a uma autoridade federal. E também uma montanha formada por gente, por pessoas, cantando o Hino Nacional. Vôte!!!

NO GOVERNO DO PT HAVIA MUITA TETA, MUITA BOCADA E MUITA MAMATA...


Jorge Pontes
Acompanhar nos noticiários as idas e vindas da Lava Jato, esse jogo de perde e ganha que setores sombrios do Congresso Nacional e um grupo de ministros do STF insistem em promover para retrocederem com os resultados da operação, é de fato muito cansativo e sofrido para a população brasileira.
Tudo ocorre porque o lado do Mal não dá trégua. Eles têm de fato muito a perder, o que inclui poder, faturamento de milhões de reais e até a própria liberdade, em muito dos casos. É de fato uma batalha difícil por conta do encastelamento dessa resistência da criminalidade empoderada.
CORRUPÇÃO – E o país sofre com esse racha, esse verdadeiro Fla x Flu. Hoje já está claro que a corrupção não tem partido e que nesse momento o Brasil inteiro deveria estar a favor da Lava Jato, que já alcançou políticos corruptos de todas as matizes ideológicas.
E olhem que nunca foi tão fácil para o cidadão comum, de bem, escolher o lado certo. Pois em um flanco está o maior esquema de corrupção política e empresarial da História e no outro a maior e mais bem-sucedida operação policial já realizada.
Quem insiste em escolher errado é porque tem desvio de caráter. Não há argumentos nem cegueira que possam justificar uma pessoa de bem ficar contra uma operação que prende centenas de criminosos fraudadores e recupera bilhões de Reais desviados do erário.
HÁ MOTIVOS? – Os nossos conhecidos que são contra a Lava Jato devem ter certamente motivos inconfessáveis para agir assim. Havia muita teta, muita bocada e muita mamata. Em vários níveis. Desde o dono da JBS e de outros “campeões nacionais”, até ongueiros, passando por professores universitários e por artistas e empresários do show business.
Era, sem dúvida, uma legião de bezerros que agora estão desmamados. Por isso o tamanho do rombo e do prejuízo, e por isso as dimensões da oposição e da choradeira. Esses governos corruptos em sequência fizeram um mal muito maior do que podemos imaginar. Corromperam enormes parcelas e inúmeros setores da população.
A clivagem que a sociedade brasileira experimenta hoje em dia é a pior de todas essas heranças, pois com o país dividido as soluções para a crise se arrastarão por conta da falta de unicidade dos nossos desejos.

CELSO DE MELLO JÁ TIROU AS ESPERANÇAS DE LULA SER SOLTO NO JULGAMENTO DE AGOSTO


Carlos Newton
É impressionante a atuação dos jornalistas que ainda defendem a inocência de Lula da Silva, por acreditarem que se trata de um preso político que vem sendo implacavelmente perseguido pela Justiça brasileira, liderada por Sérgio Moro. Não importa a existência de 10 processos penais contra ele, pois seriam grotescas manipulações, apesar de nem todos eles terem tramitado na Vara Federal de Curitiba, na época em que o juiz Sérgio Moro a conduziu.
CEGUEIRA COLETIVA? – Realmente há pessoas que acreditam nessa fábula, no Brasil e no exterior. Partem da premissa de que Lula é um líder de esquerda, um homem honrado, que conduziu adequadamente seu governo e por isso sofre perseguição. Mas na verdade Lula jamais foi de esquerda, deu feição institucional ao maior esquema de corrupção já implantado no planeta e incluiu os próprios filhos na corrupção. 
O que espanta é que haja importantes jornalistas que não conseguem enxergar essa realidade,  inclusive profissionais que jamais foram beneficiados pelo governo petista. Seria um caso de cegueira coletiva? Ou hipnotização em massa? Ninguém sabe.
PLANTANDO NOTÍCIAS… – O fato concreto é que esses jornalistas existem e desde a terça-feira passada, quando a Segunda Turma do Supremo decidiu manter Lula na cadeia por apertados 3 votos a 2, passaram a plantar notícias de que o ministro Celso de Mello, que definiu a votação, teria deixado claro que na sessão final do julgamento, em agosto, poderá mudar seu voto.
Celso de Mello realmente disse que sua decisão na terça-feira, dia 25, não entrava no mérito do habeas corpus (a suspeição do então juiz Sérgio Moro e sua denunciada “parcilidade”), mas de forma alguma essa ressalva significou que pretenda votar pela libertação de Lula em agosto.
Muito pelo contrário, o decano dos ministros, em seu curto e bem fundamentado voto, fez questão de sinalizar que vai se manter contrário à libertação de Lula no próximo julgamento.
DISSE MELLO – Logo após a decisão da terça-feira, o sempre atento comentarista Tetsuo Oishi enviou à Tribuna da Internet dois trechos do voto de Celso de Mello que não deixam margem a dúvidas em suas afirmações:
  • “O fumus boni iuris [fumaça do bom direito] está descaracterizado, quer pela existência de três títulos condenatórios, emanados do juízo de primeiro grau, do TRF-4 e do STJ; seja também especialmente quando se discute a questão da revelação de fatos e eventos por aquele portal The Intercept Brasil, pela própria iliquidez daqueles fatos”.
O próprio Tetsuo Oishi se encarregou da tradução simultânea e explicou: “Portanto, Celso de Mello considera que Lula perdeu o direito à presunção de boa fé, ou presunção de inocência, uma vez que não é só um preso provisório ou um condenado em primeira instância, mas sim um condenado em três instâncias, o que afasta a presunção de inocência a todos devida.
  • “Em razão de seu conteúdo haver sido contestado pelo ex-juiz federal Sergio Moro quanto à sua autenticidade, havendo ele afirmado – correta ou incorretamente, não vem ao caso – que essa ‘disclosure’ dos dados poderia ter sofrido edição ou até mesmo adulteração”, completou Celso de Mello, citando artigo do Código de Processo Penal que exige perícia de dados particulares e outro do Código de Processo Civil que impede o uso deles quando não se comprova sua veracidade.
CONCLUSÃO – Fica claro que Celso de Mello sinalizou exatamente o contrário do que os jornalistas que defendem Lula tentam nos fazer crer. Na sequência do julgamento, ele votará contra a soltura de Lula, com base neste inquestionável raciocínio citado por Tetsuo Oishi – a inexistência de presunção de inocência.
Quanto aos pré-fabricados escândalos do The Intercept, que sequer podem ser usados como argumento pela defesa de Lula, por constituírem provas ilícitas, suas denúncias estão cada vez mais desmoralizadas, sobretudo depois que foram flagradas as manipulações de datas e a inserção de diálogos falsos, como ficou comprovado pela posição firme da procuradora federal Monique Checker, confirme a TI analisou neste domingo.

P.S.  Por fim, é preciso lembrar que nem mesmo a progressão da pena para regime semiaberto (dormir na prisão) está garantida a Lula, por se tratar de “reincidente específico”, condenado em dois processos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. (C.N.)  

sábado, 29 de junho de 2019

THE ALOPRADO DOSSIER DO GRINGO GLENN GREENWALD GLENNORRAGIA


Não dá pra escrever Intercept sem PT...




Glenn Greenwald primeiro atribuiu a nova troca de mensagens ao procurador
Ângelo Villela, depois disse que seria Ângelo Augusto Costa. A interlocutora, segundo Glenn, era Monique Cheker, a quem o americano atribui lotação na Procuradoria em Osasco – local onde Cheker nunca trabalhou.
Mas quem tem lotação original em Osasco? Justamente o procurador Ângelo Villela, retirado da matéria por “erro de edição”. Villela, como é de conhecimento público, foi preso pela Operação Greenfield, do MPF em Brasília, vendendo informações privilegiadas à JBS. Não se trata, portanto, de erro de edição. MAS DE MANIPULAÇÃO (E ATRAPALHADA) COM CLARO OBJETIVO POLÍTICO.

@@@ - Fonte: Blog O ANTAGONISTA

 

COMPROVADO: O GRINGO GLENNORRAGIA ALTEROU E FALSIFICOU NOMES E DATAS PARA INCRIMINAR O JUIZ SÉRGIO MORO

O VIADO GRINGO GLENNORRAGIA É AMANSEBADO COM O  OUTRO VIADO DEPUTADO  DO PSOL-RJ, DAVID MIRANDA

O Intercept mexe nos arquivos supostamente roubados à Lava Jato. Isso ficou provado hoje. O dono do site, Glenn Greenwald, anunciou no Twitter novos ataques a Sergio Moro. No print publicado em sua página – E QUE ELE APAGOU CORRENDO -, uma frase é atribuída ao procurador Ângelo Goulart Villela preso em 2017. Algum tempo depois, o site corrigiu o nome do procurador para Ângelo Augusto Costa. Na versão final, ficou apenas Ângelo. SE O INTERCEPT PODE MEXER NUM NOME, ELE PODE VIOLAR TAMBÉM QUALQUER OUTRA PARTE DOS ARQUIVOS, ACRESCENTANDO OU ELIMINANDO FRASES. É a prova de que essas provas são lixo. Veja aqui o print de Glenn Greenwald:






E VEJA  A VERSÃO FINAL:


VEJA MAIS:


O Intercept não edita apenas nomes nos arquivos supostamente vazados da Lava Jato – ele edita também datas. Na reportagem do site, há até uma mensagem vinda do futuro – 28 DE OUTUBRO DE 2019. EM SEGUIDA, ELA FOI CORRIGIDA PARA 28 DE OUTUBRO DE 2018.



@@@ - Fonte: Blog O Antagonista.



sexta-feira, 28 de junho de 2019

MORO: "NÃO PRETENDO DESISTIR"


No final do discurso de agradecimento pela homenagem que recebeu de João Dória, Sergio Moro também disse que, apesar dos recentes ataques, continua recebendo apoio das pessoas.

“A palavra que mais ouvi é  "NÃO DESISTA". E posso assegurar: não vamos desistir. Nós vamos prosseguir. Aceitei a missão que foi que me foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro, quando foi feito o convite. Saí da magistratura, não foi decisão fácil, foram 22 anos deixados para trás, com todos os benefícios que existem na carreira, e é um caminho sem volta”.

Repetiu que o plano é consolidar os avanços contra a grande corrupção, avançar no enfrentamento do crime organizado e combater o crime violento.

“É essa missão com a qual me comprometi e dessa missão não pretendo desistir. Fico feliz em ter o apoio dos senhores, das senhoras, do presidente Jair Bolsonaro e do governador João Dória”, concluiu. - Fonte: O Antagonista. -

DÓRIA: “O BRASIL, AMIGAS E AMIGOS, PRECISA DE MAIS MOROS E MENOS LULAS"


Ao entregar hoje a Sergio Moro a grã-cruz da Ordem do Ipiranga, a maior honraria do estado de São Paulo, João Doria fez efusivos elogios ao ministro, ressaltando que a parceria entre eles começou antes que assumisse o mandato de governador. Lembrou que um mês após a posse, 22 chefes do PCC foram transferidos. Em seguida, defendeu a atuação do ex-juiz na Lava Jato.

“Se não fosse este homem, liderando um grupo de patriotas, como juízes, desembargadores e promotores nós não teríamos Lava Jato no Brasil. E não teríamos trancafiados em prisões aqueles que usurparam, roubaram e enganaram os brasileiros, inclusive em São Paulo. Se estiverem em dúvida, o triplex é em São Paulo, o sítio também é em São Paulo, o início de um esquema criminoso começou em São Paulo”, afirmou.

Disse que a operação recuperou mais de R$ 13 bilhões desviados dos cofres públicos nos governos do PT e emendou, sob aplausos: “O BRASIL, AMIGAS E AMIGOS, PRECISA DE MAIS MOROS E MENOS LULAS". - Fonte: O Antagonista. -


O CRIME DO JUIZ SÉRGIO MORO FOI OUSAR EM COMBATER BANDIDOS DA LAIA DO LULA, GEDDEL, CUNHA, ZÉ DIRCEU...


Plácido Fernandes
No Brasil, trava-se claramente uma guerra jurídica de grandes proporções. De um lado, juízes que parecem determinados a punir bandidos do colarinho-branco, definidos como criminosos que, supostamente, não usam da violência nem põem vidas em risco ao cometer delitos, como afanar dinheiro dos cofres públicos.

Do outro, magistrados que, aparentemente, parecem se agarrar a quaisquer resquícios de legalismo, como privilégios e isenções instituídos no ordenamento jurídico, para favorecer esse tipo de fora da lei, geralmente poderoso, endinheirado e defendido por caríssimos escritórios de advocacia.

LAVA JATO – No país, atualmente, o confronto da vez tem como alvo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, que se tornou símbolo da Lava-Jato, a implacável força-tarefa de combate à corrupção, que acabou com a impunidade de bandidos de colarinho-branco no país.

A partir da divulgação de mensagens hackeadas de Moro com integrantes da Lava-Jato — em alguns casos com diálogos editados e tirados de contexto —, tenta-se anular os processos e pôr em liberdade condenados, mesmo com provas apreciadas, validadas e sentenças ratificadas em até três instâncias da Justiça brasileira. É como se quisessem mostrar ao então “juizeco” de Curitiba que “NÃO SE BRINCA” com certos bandidos.

Moro ainda será o alvo principal em, pelo menos, mais duas ocasiões. Uma na Câmara dos Deputados. Outra a mais decisiva: quando a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal voltar a julgar habeas corpus no qual a defesa de Lula pede que seja declarada a suspeição do ex-juiz no caso do triplex.

SEM PROVAS – Não há, até aqui, nas conversas vazadas, nada que desabone a conduta de Moro a ponto de levar a uma anulação do processo. Ainda mais porque as mensagens hackeadas teriam sido obtidas de forma ilegal e porque o próprio Moro não reconhece a autenticidade. Mesmo assim, há quem sustente que podem, sim, ser usadas a favor do ex-presidente. Como se trata do Brasil, o país da insegurança jurídica, tudo é possível, sim.

No STF, o julgamento do habeas corpus a favor de Lula teve início em dezembro de 2018. Acabou suspenso por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. À época, o relator, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia tinham se posicionado contra a suspeição de Moro, e o placar estava dois a zero contra a concessão do HC.

Os outros dois integrantes da turma são Ricardo Lewandowski e o decano Celso de Mello. Petistas consideram certos, a favor de Lula, os votos de Gilmar e de Lewandowski e apostam que terão também o de Mello, tido como um ministro “garantista”.

ANULAÇÃO – Caso o prognóstico se confirme no julgamento em agosto, a condenação do petista será anulada, dando início ao desmonte da Lava-Jato, um temor que aflige a sociedade brasileira, cansada da impunidade garantida a ricos e poderosos deste país. Aliás, o Brasil é pródigo em narrativas a favor de bandidos.

Como na descrição do “inofensível” crime de colarinho-branco: quem disse que roubar dinheiro de hospitais, de estradas, da segurança pública não mata? E roubar dinheiro da educação, condenando milhares de pessoas ao analfabetismo? E da merenda das crianças?

O MAIOR CRIME DE MORO
  e da Lava-Jato foi ousar combater bandidos que nos condenam à morte nas estradas, nas filas dos hospitais, na falta de segurança. Foi combater quem nos condena ao atraso ao roubar o dinheiro que poderia garantir educação e futuro a nossas crianças. É por isso que Moro pode ser punido. E, também, a maioria da população que apoia a Lava-Jato, segundo demonstraram pesquisas.

O JUIZ SÉRGIO MORO NADA FEZ DE ERRADO. O SUPREMO POLUÍDO POR PETRALHAS É QUE É UMA ESCULHAMBAÇÃO



Mario Cesar Carvalho

O hoje ministro Sergio Moro (Justiça) não fez nada de errado como juiz ao trocar mensagens com o procurador Deltan Dallagnol. Isso não compromete em nada as sentenças da Lava Jato, baseadas em provas irrefutáveis. A OPINIÃO É DO DESEMBARGADOR FEDERAL FAUSTO DE SANCTIS, QUE INTEGRA O TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO, EM SÃO PAULO, DESDE 2010.

“Conversas podem existir desde que não haja desrespeito de parte a parte”, afirma De Sanctis, que não tem perfil no Facebook ou Twitter, por exemplo, por considerar que a sua opinião em rede social pode afetar a sua imparcialidade.

DANTAS E CORRÊA – Antes de subir para o TRF-3, De Sanctis julgara duas das operações mais barulhentas da Polícia Federal, que acabaram desfiguradas pelo Supremo: a Satiagraha, em torno do banqueiro Daniel Dantas, e a Castelo de Areia, sobre a Camargo Corrêa e que foi uma espécie de miniesboço da Lava Jato.

Em entrevista à Folha, Sanctis, 53, diz que os problemas éticos da Justiça não estão no primeiro grau, no qual os juízes são concursados, mas nos tribunais superiores, nos quais chegam por indicação política.
“O Supremo tem sido reconhecido como o primeiro violador da ética judicial. Não se reconhece em muitos ministros a figura de um magistrado, mas de um político”, afirmou à Folha.

O SR. ACHA NORMAL QUE UM JUIZ TROQUE MENSAGENS COM UM PROCURADOR SOBRE QUESTÕES QUE PARECEM COMPROMETER A IMPARCIALIDADE DO JULGADOR? 

Inicialmente eu não falo sobre um fato específico e concreto sobre um colega que foi juiz em um caso que ainda será analisado pela Justiça. O que eu poderia falar é que estamos no bojo de algo absolutamente novo, que é a comunicação via WhatsApp, Facebook, Twitter. Isso deve merecer um treinamento de todos.

TREINAMENTO PARA JUÍZES OU PARA QUEM?
 
Treinamento para todos. Porque as pessoas não estão preparadas para as consequências que as mensagens de âmbito privado têm em caso de uso indevido. Em caso de hacker, você tem um problema adicional: a prova daí derivada é absolutamente ilegítima porque houve um crime.

O MINISTRO GILMAR MENDES, DO SUPREMO, JÁ DISSE QUE PROVAS ILEGAIS PODEM EVENTUALMENTE SER USADAS… 

A prova é absolutamente nula e sequer pode ser produzida uma perícia para confirmar a sua veracidade. Um ambiente assim é imprestável para a Justiça. O invasor pode manipular a informação. É diferente do caso do Wikileaks, em que houve obtenção de documentação que era sigilosa, mas era oficial. O documento por si só é confiável. Quando há a possibilidade de os hackers terem manipulado as informações, nós estamos no campo do nada. Nada é prestável juridicamente. Tudo é nulo do ponto de vista jurídico.
Estamos num campo de discussão ética: há falta de treinamento e falta de orientação. Isso obriga os juízes a serem mais cautelosos. Eu não tenho Facebook e Twitter por uma cautela especial. O juiz precisa ter mais cautela do que o cidadão comum porque o juiz, por si só, pode gerar um viés de parcialidade com seus posicionamentos, seus likes, seus tuítes. O fato de o juiz conversar com advogado pelo WhatsApp não quer dizer que o advogado é amigo do juiz. Amigo virtual não é amigo real.

O JUIZ PODE CONVERSAR COM PROCURADOR NUM CASO QUE ELE VAI JULGAR? ISSO NÃO AFETA A IMPARCIALIDADE? 

Conversas sempre existiram dentro do Judiciário. Fofocas também. Conversas podem existir desde que não haja desrespeito de parte a parte. Já recebi questionamentos de advogados perguntando se ele fizesse tal coisa qual seria a minha posição. Eu imediatamente respondi que não estou aqui como agente de consulta. O juiz decide. É muito perigoso o juiz antecipar o que vai julgar. Ele vai estar dando uma informação que pode ser de uso indevido, até com extorsão de pessoas. Podem dizer que o juiz pediu tanto para isso, quando o que chegou a ele foi um pedido de orientação. Essas conversas geram problemas éticos.

QUE PROBLEMAS ÉTICOS? 

O problema da imparcialidade. O juiz tem de saber os limites, até onde ele pode ir. Em casos de grande repercussão, o Ministério Público fica até inseguro por conta das ações que estão ocorrendo: até onde ele pode ir? Às vezes o Ministério Público pode fazer não uma consulta jurídica, mas tentar sondar os entendimentos do juiz.

O SR. ACHA LEGÍTIMO O PROCURADOR SONDAR O JUIZ? 

Depende do tipo de abordagem e das circunstâncias. As circunstâncias vão determinar o tipo de abordagem. É fundamental que haja respeito pela figura do magistrado. Comigo sempre houve absoluto respeito. Conheço casos de orientação indevida, mas não havia má-fé, mas falta de percepção, ingenuidade de parte a parte. Essas discussões éticas estão muito presentes nos juízes de primeira instância, de segunda instância e até o Supremo Tribunal Federal.
Mais do que discutir os juízes de primeiro grau, a população cobra muito mais uma compostura ética da cúpula do Judiciário. Porque o primeiro grau é reconhecido como a Justiça realmente independente porque não há conexões políticas. O juiz de primeiro grau é necessariamente um concursado. Já os juízes da cúpula são indicados politicamente, seja pelo Executivo ou Legislativo. Isso vira objeto de lobby. Não deveria existir conexão política que justifique as atitudes do Judiciário.

UM DOS DIÁLOGOS REVELADOS MOSTRA QUE MORO TINHA SIMPATIA PELO EX-PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, DO PSDB. É NORMAL JUIZ TER ESSE TIPO DE APREÇO POLÍTICO? 

Eu não vou comentar o caso, mas o magistrado tem, como a pessoa comum, seu entendimento político sobre as questões da sociedade. Ele não pode agir ou deixar de agir por conta disso. Ora, você está no campo de uma operação com a amplitude de uma Lava Jato, que começou atingindo o político que estava no poder há 16 anos e colocou em xeque esse partido sem descuidar dos outros coligados e até os partidos de oposição, como o PSDB. Eu não vi até agora um viés político nas decisões judiciais do Moro. As decisões judiciais estão muito bem embasadas, com provas, com confissões, com delações, atingindo políticos e empresários.
No Rio de Janeiro a operação prendeu três governadores. Prendeu no Paraná. Em Minas, Aécio está sob investigação. São fatos que ganharam corpo por causa das provas, não por um viés político. Os fatos são muito mais graves e engoliram qualquer viés político. O TRF 4 [Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, que julgou recursos de decisões de Moro] tomou decisões técnicas e com uma postura ética que juízes de primeiro grau gostariam de ver nas cortes superiores. O TRF respeita a decisão soberana do juiz. Se formos discutir ética, deveríamos começar de cima para baixo.

O SR. ACHA QUE O SUPREMO TEM PROBLEMAS MAIS GRAVES DO QUE A PRIMEIRA INSTÂNCIA? 

O Supremo tem sido reconhecido como o primeiro violador da ética judicial. Não se reconhece em muitos ministros a figura de um magistrado, mas de um político. Não deveria haver qualquer contato e proximidade política.

O SR. ESTÁ SE REFERINDO AO MINISTRO GILMAR MENDES? 

Não estou falando de ninguém. Alguns são reconhecidos como o exemplo antiético de um magistrado. Esses são os primeiros a apontar o dedo em riste para juízes de primeiro grau. As violações éticas começam, na verdade, ali.
Quando o Supremo, em determinadas decisões, rompeu a barreira do respeito ele não pode exigir respeito por parte da população. Eu costumo dizer que é pelo olhar das instituições que o direito é revelado. Mas é pelo olhar da população que as instituições são reconhecidas.

O SR. ACHA QUE A POPULAÇÃO ESTÁ CERTA AO CRITICAR O SUPREMO? 

Acho que ela tem bastante elementos para se posicionar do jeito que está se posicionado. E ela tem se posicionado contra essa ruptura ética do magistrado, parte deles do Supremo, que são os primeiros a cobrar dos magistrados de primeiro grau aquilo que eles não fazem, que é respeitar os colegas e os fatos.
Tenho defendido que o Supremo devia sair fisicamente de Brasília, para ficar distante desse universo político. Não é bom estar lá. Tem tido interferência política e, como cidadão e juiz, fico triste que isso existe e que pode influenciar decisões. A mensagem passada muitas vezes é que o crime compensa, que a corrupção não é grave no Brasil, que a Lava Jato é empunhada por um bando de juízes justiceiros e inconsequentes.

O QUE O SR. ACHA DA FIGURA DO JUIZ JUSTICEIRO?

Juiz justiceiro é um termo pejorativo. Quer dizer que o juiz vai além dos limites da lei. O Moro foi qualificado assim, como eu já fui, de uma forma indevida. O trabalho do Moro é de excelência. Não concordo com tudo, como é natural, mas o saldo é altamente positivo.
Quando começa a surgir a figura do juiz-herói, não que o juiz esteja empunhando essa bandeira, é sinal de que a Justiça não é reconhecida como imparcial pela população. Isso é muito grave. Se a população reconhece heróis no Judiciário é porque identifica necessariamente vilões.

QUAL A OPINIÃO DO SR. SOBRE O PROJETO DE LEI QUE ALTERA O CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE PARA JUÍZES? 

Esse projeto é estapafúrdio. Isso começou em 2009 para deter aqueles juízes que cuidavam de grandes operações. Em 2008 eu julguei a Satiagraha; em 2009, a Castelo de Areia, que nada mais era do que a Lava Jato antecipada. O projeto de abuso de autoridade surgiu para tolher a independência desses juízes.
O sistema está se rearticulando para tolher as consequências da Lava Jato ou futuras Lava Jato. A Lava Jato foi vitoriosa na primeira e segunda instância. Entre os políticos, só há um condenado pelo Supremo.
A Lava Jato começou em 2014. Que Poder Judiciário é esse que blinda os políticos de certa forma? Não por má-fé, mas por um sistema disfuncional e com absoluta falta de eficácia no combate à criminalidade dos políticos.