terça-feira, 2 de julho de 2019

CASABLANCA, A HISTÓRIA DE AMOR MAIS FAMOSA DO CINEMA



Por Altamir Pinheiro

A caminho de completar 80 anos, CASABLANCA transformou-se  num dos mais populares filmes da história do cinema. Ganhou três Oscars da Academia, o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. A crítica da época elogiou as performances carismáticas de Bogart e Bergman, junto à profundidade das caracterizações, a fotografia poética, a sagacidade do roteiro e do impacto emocional do trabalho. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, em Casablanca, capital do Marrocos. Rota obrigatória de quem fugia das atrocidades dos nazistas, será em Casablanca que Rick Blane (Humphrey Bogart), dono de um bar local, irá reencontrar Ilsa Lund (Ingrid Bergman), anos depois de terem se apaixonado em Paris. Ela surge acompanhada pelo marido, o herói da resistência tcheca Victor Laszlo Um enredo comovente e uma trama empolgante, inesquecível!!!


Entre tantos problemas ou curiosidades que o filme apresenta, um deles é que, originalmente, no elenco do filme o protagonista seria  Ronald Reagan e não se sabe lá porque carga d’água não aconteceu(há quem diga que o empecilho foi o seu tamanho). Outro,   foi  a diferença de altura entre o par romântico Bogart & Ingrid. Ingrid media 1m75 enquanto Bogart media oficialmente 1m68, e para as cenas que reuniam os dois, Bogart precisava subir em uma plataforma para poder ficar equiparado ou mais alto que Ingrid. Seja como for, tudo foi superado, e Casablanca se tornou um dos títulos mais lendários da fase de ouro de Hollywood, o arquétipo do cinema romântico americano, se tornando um dos maiores clássicos do cinema mundial, consagrando Ingrid Bergman como estrela no cinema americano.


A melhor cena, os melhores diálogos, as melhores frases, o melhor final, enfim, no campo do romantismo, o filme mais perfeito de todos os tempos!!! Não é à toa que, com o passar do  tempo e lá se vão mais de 75 anos, o  mundo sempre deu  boas-vindas aos amantes Rick e Ilsa... A sueca Ingrid, no esplendor da sua beleza, comove o espectador com sensibilidade discreta. Humphrey Bogart, cínico e aparente frio, constrói um personagem que repetiria inúmeras outras vezes. A química entre ambos é total, levando a plateia às lágrimas quando um Bogart apaixonado abre mão do seu amor para que ela siga ao lado do marido, dizendo: “NÓS SEMPRE TEREMOS PARIS”. Além de explorar o contexto histórico, o filme é maravilhoso devido as atuações de Ingrid Bergman e Humphrey Bogart. 


Nas páginas de jornais como  O Globo lê-se que, Humphrey Bogart tinha uma  atuação concentrada, um grande carisma e a intensa presença na tela. transformaram em astro - de "Relíquia macabra" (1941), "Casablanca" (1942) e "Uma aventura na África (1951)", ao lado de Katharine Hepburn, que lhe rendeu o Oscar, entre outros - um ator que fugia dos padrões de Hollywood. Humphrey Bogart era mais velho, mais baixo e mais feio do que os outros galãs de sua época, como Clark Gable, Tyrone Power, Cary Grant. Detratores costumavam dizer que o ator  Bogart tinha duas expressões faciais: com e sem cigarro na boca. Os cigarros eram realmente companhia constante, na tela e fora, e ajudaram a agravar o câncer na garganta que o matou.


Ingrid Bergman foi a  maior descoberta sueca de Hollywood após a aposentadoria da "divina" Greta Garbo. Ela foi a ILSA LUND de "Casablanca", a loira de Hitchcock, a apaixonada amante e esposa de Roberto Rossellini e, finalmente, filmou com o outro Bergman, Ingmar, no crepúsculo de sua carreira: Ingrid Bergman, uma das melhores atrizes da história em qualquer sala de projeção cinematográfica existente no mundo.  No cinema, foi a inspiração para a célebre frase "Nós sempre teremos Paris", com a qual Humphrey Bogart deixava aberta a história de amor mais clássica da telona.


Em 26 de novembro de 1942, Casablanca estreava em Nova York. O longa-metragem foi lançado em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que ainda estava longe de ter um fim. Devido à guerra, o filme demorou a ser exibido na Europa. Na Itália, ele estreou em 1946, na França, em 1947, na Áustria, em 1948, e na Alemanha Ocidental, apenas em 1952, em uma versão com cortes. Na Alemanha Oriental, Casablanca estreou diretamente na televisão, somente em 1983!!! OS BRASILEIROS, por sua vez, puderam conferir o longa-metragem menos de um mês após sua estreia nos Estados Unidos, em 7 de dezembro de 1942.


CASABLANCA com seu ótimo roteiro, trilha sonora perfeita e elenco extraordinário, primeiramente estava previsto para ser filmado em Lisboa,  depois optaram pela capital do Marrocos. O fato é que, com três prêmios Oscar conquistados, uma trama cheia de diálogos inesquecíveis, interpretações espetaculares de Humphrey Bogart(que faleceu em 1957 aos 58 anos) e Ingrid Bergman(encantou-se em 1982 aos 67 anos na data de seu aniversário), “Casablanca” entraria para sempre para a eternidade. É de arrepiar frases antológicas como: "Tantos bares, em tantas cidades em todo o mundo, e ela tinha que entrar logo no meu", “Toque outra vez, Sam”, “Isso foi o barulho de um canhão ou o meu coração que deu um salto?"  ou “O mundo está desmoronando e nós nos apaixonamos”, “Nós sempre teremos Paris”, – não é preciso dizer mais nada… Há 77 anos era iniciada “UMA GRANDE AMIZADE” entre o público de qualquer geração e a história de amor mais famosa do cinema.


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