Juiz da Lava Jato é acusado de produzir muito mais que qualquer ministro do STF mesmo viajando dois dias por mês.
Augusto Nunes
Pouquíssimos magistrados no mundo exibem a eficiência de Sergio Moro. O juiz da Lava Jato trabalha em fins de semana, feriados e dias santos para manter um nível de produtividade que desmoraliza instâncias superiores, luta incansavelmente para neutralizar manobras protelatórias de advogados espertalhões, examina e julga processos com exemplar agilidade.
Pois um dos grandes jornais resolveu denunciar Sergio Moro por ausentar-se do local do emprego dois dias úteis por mês. Noticiada na primeira página, a descoberta acabou enriquecendo o currículo do juiz federal. As viagens não o impedem de acumular números que escancaram a lentidão exasperante do Supremo Tribunal Federal.
A imprensa deveria investir em investigações menos inúteis o tempo que desperdiça com a caça a irregularidades inexistentes envolvendo defensores da lei. Que tal, por exemplo, descobrir quantos dias Lula ficou longe do Planalto nos oito anos em que foi presidente? Também seria interessante contar aos leitores o que faz Dilma Rousseff para ganhar a vida ─ além de sair por aí não dizendo coisa com coisa em distintos idiomas.
Assunto não falta. Faltam critério, juízo e competência.
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