NOS PRÉDIOS (CAINDO AOS PEDAÇOS) DAS
DELEGACIAS DE POLÍCIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO FALTAM DE UM TUDO: PAPEL, TINTA
PARA IMPRESSORA E ATÉ INTERNET. QUANTA POUCA VERGONHA!!!
Raphael
Guerra
Apesar do Governo de Pernambuco, PAULO CÂMARA, comemorar a redução dos índices de criminalidade nos últimos dois meses, o
mal-estar na Polícia Civil parece não ter fim. Profissionais, entre agentes,
comissários e delegados, não escondem a insatisfação pelas péssimas condições
de trabalho. E nesta semana foi a vez da Associação dos Delegados de Polícia do
Estado de Pernambuco (Adeppe) vir a público fazer críticas. A instituição
afirmou que materiais básicos como papel, tinta para impressora e até
computador com internet estão em falta nas delegacias espalhadas por todo o
estado.
“É comum faltar materiais como papel e
tinta para impressora, itens de proteção individual e limpeza, além de haver
dificuldades para uso de computador e internet, SENDO PRECISO, NÃO RARAMENTE, QUE OS DELEGADOS SOLICITEM AJUDA
DAS PREFEITURAS PARA PODER TRABALHAR”, informa a
Adeppe. Em algumas situações, policiais fazem até cota para comprar tinta e
conseguir imprimir os boletins de ocorrência, a exemplo de casos já registrados
na Central de Plantões da Capital, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do
Recife.
Outro problema já denunciado inúmeras
vezes pelo Ronda JC é que O CIDADÃO ENFRENTA DIFICULDADES PARA
REGISTRAR QUEIXAS, PORQUE ENCONTRAM MUITAS DELEGACIAS FECHADAS À NOITE E NOS
FINS DE SEMANA, APESAR DE A POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO AFIRMAR QUE EM TODAS AS
UNIDADES HÁ PELO MENOS UM POLICIAL DE PLANTÃO.
Em uma nota oficial, a associação
afirmou que “NÃO VÊ RAZÃO PARA COMEMORAR A ATUAL REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA”. Disse também que o aumento dos índices de homicídios e crimes
contra o patrimônio, registrados nos últimos quatro anos, foi resultado “DOS INVESTIMENTOS INSUFICIENTES NA SEGURANÇA PÚBLICA, SENDO A
POLÍCIA CIVIL A INSTITUIÇÃO MAIS AFETADA”.
CONFIRA, A SEGUIR, O TEXTO PUBLICADO PELA ADEPPE:
“A Adeppe informa que a verdadeira razão
para o aumento da violência em Pernambuco nos últimos anos é decorrente dos
investimentos insuficientes na segurança pública, sendo a Polícia Civil do
Estado de Pernambuco, a instituição mais afetada. Conforme as estatísticas
comprovam, o sucateamento da polícia judiciária coincide com o aumento do
número de ocorrências criminais.
Desde fevereiro deste ano, quando novos
delegados tomaram posse, APÓS QUASE NOVE ANOS SEM NOMEAÇÕES, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e de
Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP) diminuíram de maneira significativa,
tendo no mês de abril uma redução de 30,74% no CVLI em relação ao mesmo mês de
2017.
A Adeppe informa que também houve
redução a partir de setembro de 2009, outro momento de posse de novos
delegados. Na época, ocorreu diminuição de 94 assassinatos em relação ao mesmo
mês de 2008. Fica claramente demonstrado que, QUANDO SE INVESTE NA
POLÍCIA CIVIL, OS RESULTADOS POSITIVOS CHEGAM RAPIDAMENTE.
A falta de planejamento prejudica a
reposição do efetivo diante das inúmeras aposentadorias, que causam sobrecarga
de trabalho para os remanescentes e ocasionam inevitável diminuição na remessa
de inquéritos para a Justiça. O tráfico de drogas também aumenta as
estatísticas, sendo responsável atualmente por 60% dos homicídios no Estado,
segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), comandada atualmente pelo delegado
Antônio de Pádua. A criminalidade cresce em decorrência da sensação de
impunidade.
A Adeppe ressalta, ainda, as condições
deficitárias de trabalho nas delegacias. É comum faltar materiais como papel e
tinta para impressora, itens de proteção individual e limpeza, além de haver
dificuldades para uso de computador e internet, sendo preciso, não raramente,
que os delegados solicitem ajuda das prefeituras para poder trabalhar.
Por fim, a Adeppe, ciente da gravidade
da situação, NÃO VÊ RAZÃO PARA COMEMORAR A ATUAL REDUÇÃO DA
VIOLÊNCIA e reforça seu compromisso de continuar a reivindicar condições
adequadas de trabalho para a categoria, a fim de que a população fique mais
segura.” – As duas imagens e as duas manchetes não fazem parte do texto original -
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