quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

NO BRASIL, O MAIOR PERIGO DE UMA IMPRENSA LIVRE NÃO SÃO OS RADICAIS ISLÂMICOS, MAS OS RADICAIS DO PT...



Rachel Sheherazade

O ataque de ontem à sede do Charlie Hebdo não foi o primeiro. Em 2011, após publicar caricaturas do profeta Maomé e de líderes muçulmanos, o jornal francês foi alvo de um incêndio criminoso. Antes de sua última edição, os jornalistas do Hebdo pressentiam o pior. O cartunista Stéphane Charbonnier, um dos 12 mortos no atentado de ontem, tinha acabado de publicar seu último desenho, com a seguinte frase: “AINDA NÃO HOUVE ATENTADOS NA FRANÇA”. Na charge, a afirmação é respondida por um extremista armado: “ESPERE! TEMOS ATÉ O FINAL DE JANEIRO PARA FAZER NOSSOS VOTOS”. A premonição, infelizmente, se cumpriu. O mundo civilizado condenou o ataque terrorista ao jornal francês. Líderes mundiais o classificaram como um ATENTADO À LIVRE EXPRESSÃO E À LIBERDADE DE IMPRENSA. Até mesmo a presidente Dilma, que costuma ter mais tolerância com terroristas, sugerindo até o diálogo com grupos extremistas, desta vez não teve saída senão, concordar com a lucidez dos demais líderes. Nossa presidente foi até sensata e afirmou em nota: “Esse ato de barbárie é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa.” Apesar de prudente em suas palavras, Dilma não foi coerente. A mesma mandatária que defendeu a liberdade de expressão na França, APÓIA UM PROJETO DE REGULAÇÃO DA MÍDIA NO BRASIL, QUE PODE RESTRINGIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ATÉ EVOLUIR PARA UMA FUTURA CENSURA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Não é fácil ser jornalista no Brasil. Ameaças, chantagens, assassinatos... Pesquisa de uma ONG ligada às nações Unidas classificou o país como o nono mais perigoso para a atividade jornalística em todo mundo. Aqui, quem fala ou escreve o que não está no script corre sérios riscos de ser neutralizado. Para se preservar, muitos jornalistas aderem à auto-censura, preferindo calar a denunciar, rezar a cartilha dos poderosos a se voltar contra eles. Há poucos veículos resistentes e independentes. É o caso da revista Veja, que, às vésperas da eleição publicou uma corajosa matéria denunciando a suposta ligação da então candidata Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula com o escândalo do Petrolão. Pela ousadia de informar seus leitores, a editora Abril pagou um alto preço. TEVE A SEDE ATACADA POR VÂNDALOS, NUM SINAL CLARÍSSIMO DE INTIMIDAÇÃO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO. NO BRASIL, O MAIOR TEMOR DA IMPRENSA LIVRE NÃO SÃO OS RADICAIS ISLÂMICOS, MAS OS RADICAIS DA ESQUERDA(A manchete não faz parte do texto original).

 

 

 

 

 

 

 

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