quinta-feira, 21 de novembro de 2019

AS LOROTAS DO MARGINAL LULA NA CIDADE DO RECIFE

O SEBOSO DE CAETÉS VEM A GARANHUNS APRESENTAR SUA NOIVA "JANJA, QUE TEM APELIDO  DE QUENGA”  AO SEU MUNDIÇAL REMELENTO. OS GARANHUENSES ESTÃO SEDENTOS PARA  RECEPCIONÁ-LO...


Por Tonico Magalhães

O último domingo (17) teve vários eventos para acompanhar no Recife, ao vivo ou pela tv: como o jogo do Sport; a partida que deu o tetra campeonato mundial à seleção brasileira de futebol sub-17; a corrida de Fórmula Um em São Paulo, o palhaço Chocolate no Morro da Conceição; e até o festival Lula Solto no Pátio do Carmo, com música, poesia, protestos e a fala do Lula da Silva aos convertidos do Partido dos Trabalhadores.

Quero aqui falar das lorotas e exageros do ex-presidiário no seu discurso recheado de pós-verdades, fatos que não condizem com a realidade, como costuma dizer a TV Globo para não chamar de mentiras.

Nas primeiras palavras, afirmou, sem cerimônia, que passou 580 dias trancado numa solitária na Polícia Federal em Curitiba e que só conversava com os advogados e carcereiros, o que todos sabem que não aconteceu. Mandava cartinhas para o PT, recebia correligionários e adeptos, dava entrevistas à imprensa e recebia até políticos de outros países, como o então candidato, depois eleito presidente da Argentina Alberto Fernandez.  

Lula da Silva nunca esteve só ao cumprir parcialmente a sua pena por crimes de corrupção e lavagem dinheiro. Ele disse que saiu da cadeia melhor do que entrou. Há controvérsia nessa afirmação. No Pátio do Carmo foi o sindicalista de sempre, exaltando o que não fez e detonando o que os outros vêm tentando consertar.

Para ele, o atual governo federal  vem destruindo o País. Mas a insuspeita para a esquerda, jornalista Míriam Leitão, acha o contrário e publicou neste mesmo dia n’O Globo um balanço da gestão petista à frente da administração federal.

Disse ela que “quando o PT saiu do Planalto a economia estava em ruínas: o PIB encolheu 3,5%, a inflação havia batido  em 10%, os juros estavam em 14% (hoje estão em 5%), o desemprego havia disparado de 6% para 11,4%  em um ano e meio, a dívida pública subia em espiral, o país perdera o grau de investimento, as contas públicas estavam no vermelho. E há uma falta mais grave da perspectiva de um partido de esquerda: ele transferiu renda para cima”.

O discursante também agrediu verbalmente os culpados de sempre para ele, como Sérgio Moro, Dalton Dallagnol e Jair Bolsonaro. Para Lula da Silva, a Lava Jato tirou 580 dias de liberdade de um cidadão de bem. E que não quis passar para o regime semi-aberto porque sua casa não era prisão nem sua canela era de pombo para usar tornozeleira. Na verdade já esperava a controversa decisão do Supremo Tribunal Federal que liberou os condenados em segunda instância de cumprir pena na cadeia.

Comparou-se aos heróis locais do passado, como Frei Caneca e Padre Roma. E destacou a dignidade dos pernambucanos que ele levou com o pai e a mãe quando a família migrou para São Paulo. Uma afronta aos pernambucanos não convertidos ao credo do PT, uma vez que dignidade não é exclusiva de estados ou regiões, mas, sim, de pessoas íntegras que não se corrompem. Enfatizou ainda, repetindo a frase quando foi preso há um ano e sete meses, que “não era mais Lula, mas uma ideia”. Uma péssima ideia, por sinal.

O saldo dessa passagem pelo Recife foi uma torrente de pós-verdades que nunca serão comprovadas. Lula da Silva fala da boca para fora o que não pode resolver. O escritor e professor israelense Yuval Harari, no seu livro Lições para o século 21, registra que “para bem ou para o mal eleições não têm a ver com o que pensamos. Tem a ver com o que sentimos”. É nisso que aposta o ex-presidiário, conclamando os sentimentos da massa para uma utopia que não existe, nem existirá.

Os blogs amigos do PT e alguns veículos de comunicação, com exceção da TV Globo que ele chamou de mentirosa, noticiaram com ênfase a retomada da caravana petista  e promoveram o maior festival de fake news do domingo passado no Recife.

@@@ - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original. - 

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