terça-feira, 15 de setembro de 2020

MAIS UMA VEZ A LAVA JATO DENUNCIA LULA POR RECEBER PROPINA DE R$ 4 MILHÕES DA ODEBRECHT

 



Paulo Roberto Netto

A força-tarefa da Lava Jato no Paraná denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por lavagem de R$ 4 milhões em propinas da Odebrecht repassadas a título de doações oficiais ao Instituto Lula, entre dezembro de 2013 e março de 2014. O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o presidente do instituto, Paulo Okamotto, também foram denunciados.

É a quarta denúncia da Lava Jato contra Lula e a segunda relacionada ao instituto que leva o nome do ex-presidente. De acordo com os procuradores, Marcelo Odebrecht teria autorizado o pagamento de R$ 4 milhões a Lula que seriam quitados da subconta ‘amigo’, associada ao petista, listada na planilha ‘Italiano’ do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira.

DOAÇÕES AO INSTITUTO – Para ‘lavar’ a propina, os repasses foram feitos como se fossem doações oficiais ao Instituto Lula, quitadas em quatro parcelas de R$ 1 milhão. Segundo a Lava Jato, a denúncia é embasada em e-mails e planilhas apreendidas em buscas feitas em fases anteriores da operação, além das delações de Marcelo Odebrecht e Antônio Palocci.

Em nota, a defesa de Lula classificou a denúncia como uma ‘invenção’ da força-tarefa. “Tais doações, que a Lava Jato afirma que foram “dissimuladas”, estão devidamente documentadas por meio recibos emitidos pelo Instituto Lula — que não se confunde com a pessoa do ex-presidente — e foram devidamente contabilizadas”, afirmou o criminalista Cristiano Zanin Martins.

Os procuradores afirmam que comunicações obtidas pela força-tarefa indicam que Marcelo Odebrecht informou o supervisor do departamento de propinas da empreiteira que Okamotto entraria em contato para acertar uma doação oficial ao Instituto Lula, que seria debitada da subconta ‘amigo’.

O e-mail de Marcelo foi enviado no dia 26 de novembro de 2013 – duas semanas depois, a primeira doação foi feita ao instituto. O registro de pagamentos da Odebrecht também constaria em planilhas apreendidas com Okamotto durante a 24ª fase da Lava Jato, a Aletheia.

Um comentário:

Unknown disse...

Vamos chamar o morinho.kkkkkkkk.