OS ADVOGADOS DO TIRANETE
(QUEM OS PAGA?) QUEREM QUE ELE PRESTE DEPOIMENTO SÓ EM SEGUNDA INSTÂNCIA.
QUEREM REVERTER A CONDENAÇÃO NO ESCÂNDALO DO TRÍPLEX DE GUARUJÁ. LULA NÃO TOMA
VERGONHA MESMO:
A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou, na noite de
segunda-feira, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um pedido de
recurso contra a sentença do juiz federal Sergio Moro no caso do tríplex do
Condomínio Solaris, localizado no município de Guarujá (SP). Lula foi
condenado, em julho, a nove anos e seis meses de prisão, por lavagem de
dinheiro e corrupção passiva, no âmbito da Operação Lava Jato. Os advogados
pedem a absolvição do petista no caso.
No
documento de 490 páginas, os doze advogados de defesa do petista argumentam que
um conjunto de equívocos justifica a nulidade ou a reversão da condenação. A
defesa também solicita que Lula preste um novo depoimento, sob a alegação de
que Moro não se empenhou em apurar a realidade dos fatos.
“O
pedido foi baseado na demonstração de que o juiz de primeiro grau jamais teve
interesse em apurar a realidade dos fatos e atuou como verdadeiro acusador:
enquanto o MPF [Ministério Público Federal] fez 138 perguntas a Lula durante o
seu interrogatório, o juiz formulou 347 questões ao ex-presidente, a maior
parte delas sem qualquer relação com o processo”, disse a defesa.
A
equipe de advogados sustenta que a análise de Moro foi “parcial e facciosa” e
“descoberta de qualquer elemento probatório idôneo”. Para a defesa, o juiz
falhou ao estabelecer a pena com base apenas na “narrativa isolada” do
ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como
Léo Pinheiro, sobre “um fantasioso caixa geral de propinas” e a suposta
aquisição e reforma do imóvel.
A
defesa afirma que a condução coercitiva de Lula foi caracterizada por violações
a requisitos legais e alega que os telefones do escritório dos advogados teriam
sido grampeados. O ex-presidente também teria sido impedido de ter acesso à
documentação do inquérito, segundo os advogados. A defesa também disse que não
teve um prazo semelhante ao concedido ao MPF para examinar as 16 mil páginas
que constituem a denúncia. (Veja.com).
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