sexta-feira, 8 de setembro de 2017

NA LINGUAGEM BANDIDA DO LULA, DILMA  E DO PT, PROPINA OU SUBORNO SIGNIFICA AJUDA OU COLABORAÇÃO...





Felipe Moura Brasil


Lula, no Twitter, em 28 de abril:

“Não tenho preocupação com nenhuma delação. Palocci é meu companheiro há 30 anos, é um dos homens mais inteligentes desse país.”

Lula, no Facebook, em 6 de setembro:

“Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena.”

Entre uma declaração e outra, claro, o companheiro Antonio Palocci, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, entregou Lula e o “PACTO DE SANGUE” do petista com a Odebrecht para o pagamento de R$ 300 milhões a si próprio e ao PT.

Como “UM DOS HOMENS MAIS INTELIGENTES DESSE PAÍS”, o ex-ministro deu uma aula a Cristiano Zanin, advogado do comandante máximo, sobre a relação entre oito contratos da Odebrecht com a Petrobras e a compra de uma sede para o Instituto Lula.

“A empresa trabalha com a Petrobras; a Petrobras dá vantagens para essa empresa; com essas vantagens, cria uma conta para destinar aos políticos que a apoiaram; o presidente mantém lá diretores que apoiam a empresa, para dar a ela contratos; esses contratos geram dinheiro; com esse dinheiro, eles pagam propina aos políticos. A ODEBRECHT FEZ UM CAIXA (COM OS CONTRATOS DA PETROBRAS) E DESSE CAIXA FOI SACADO UM DINHEIRO QUE COMPROU ESSE PRÉDIO QUE FOI DADO AO PRESIDENTE LULA.”

Zanin ainda perguntou “por que a Odebrecht estaria envolvida na compra deste imóvel” na Rua Doutor Haberbeck Brandão, 178, em Vila Clementino, São Paulo.

Palocci respondeu:

“Porque o doutor [José Carlos] Bumlai e o doutor Roberto Teixeira [advogado e também amigo pessoal de Lula] sabiam que a Odebrecht era uma colaboradora…”

O ex-ministro interrompeu a própria frase e se corrigiu:

“Colaboradora talvez seja uma palavra…”

Interrompeu-se de novo e, dirigindo-se a Moro, disse:

“O senhor desculpa, às vezes eu… Eu sou [há] trinta anos treinado para falar dessa forma. Mas…”

Reformulando, então, sua frase com foco no que Bumlai e Teixeira sabiam, Palocci prosseguiu:

“QUE A ODEBRECHT DAVA PROPINAS FREQUENTES AO PRESIDENTE LULA E AO PT. COMO SE TRATAVA DE UM PAGAMENTO DE UMA PROPINA, ELE [BUMLAI] ACHOU QUE A ODEBRECHT PODERIA PAGAR ESSE TERRENO”, explicou o ex-ministro, considerando que Bumlai lhe pediu para que solicitasse dinheiro a Marcelo Odebrecht justamente porque sabia que Palocci conversava com o então presidente da empreiteira “SOBRE ESSAS COISAS”.

A recente entrevista à Veja com o autogrampeador Joesley Batista, que está longe de ser um dos homens mais inteligentes do país, também teve um momento similar.

“Falei de PROPINA com a presidente [Dilma] na sala da presidente da República!”, disse o empresário, dono da JBS.

“O senhor falava ‘PROPINA’?”, perguntou a repórter.

“Não, essa palavra aprendi agora, no Ministério Público. Eu falava ‘AJUDA’. ‘Vou dar uma ajuda, um apoio e tal.’”

A diferença entre Joesley e Palocci, portanto, é que um alegou que dizia “AJUDA” por ignorância, o outro admitiu que falava “colaboração/colaboradora” por treinamento – até que a Lava Jato matou os eufemismos, restaurando o trânsito normal entre língua, percepção e realidade, sem o qual os atos criminosos soam como caridade exercida.

Curiosamente, o tempo de treino em disfarce verbal admitido por Palocci a Moro é exatamente igual ao tempo admitido por Lula de companheirismo com Palocci: 30 anos.

Graças à Lava Jato – contra a qual Palocci ainda admitiu ter atuado –, também está cada vez mais claro que a palavra “companheiro” usada por Lula e demais petistas é apenas um eufemismo para COMPARSAS ou CÚMPLICES de crimes e de seus acobertamentos. TÍTULO ORIGINAL: A LAVA JATO MATOU O EUFEMISMO. - 

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