ESTE TEXTO FOI ESCRITO EM
ABRIL DE 2006, POR Luiz Berto Filho
Em 1992 um motorista deu uma entrevista pruma revista de circulação nacional e prestou um depoimento numa CPI que investigava corrupção no governo federal.
Esse cidadão, chamado Eriberto, era motorista de uma senhora de nome Ana Acyolli, secretária particular do então Presidente da República, Fernando Collor de Mello.
A partir do depoimento do motorista, provou-se que as contas particulares do primeiro mandatário e de sua família eram pagas por um sujeito que habitava a lama e as sombras, chamado Paulo Cesar Farias.
Provou-se, também, que o dinheiro que pagava as contas presidenciais era sujo e advindo de ladroagem grossa.
Com isso chegou-se a um fato inédito na história da república desse país: o impedimento de um presidente.
Naqueles dias, abrigados numa época bem recente (apenas 14 anos nos separam desses fatos) a elite pensante do país, os esquerdistas, as pessoas informadas e que liam as notícias das gazetas, a bovina classe média, os meios acadêmicos e universitários e, sobretudo, o atuante Partido dos Trabalhadores – na época palmatória do mundo e centro nacional de denúncias e devassas -, apoiou entusiasticamente o impedimento e induziu o formidável movimento popular que pediu a cabeça do então Presidente da República.
Foi um inesquecível espetáculo de civismo e cidadania.
Botou-se pra correr do poder uma corja e uma quadrilha sem qualquer qualificação pra exercer a administração do Brasil
Nos dias de hoje, com um governante do PT eleito em pleito formidável e democrático, a história se repete.
Não como farsa, não como comédia. Mas como triste tragédia.
O Paulo Cesar Farias de hoje é um japonês obscuro e misterioso, que paga as contas do Presidente e de sua filha, e se recusa obstinadamente a abrir o sigilo bancário e dizer de onde vem o dinheiro que faz os pagamentos. Uma medida meramente formal, já que qualquer pessoa medianamente informada e usando a razão e o bom senso sabe exatamente de que cueca são retirados os dÓlares que pagam as dívidas de Lula e os aluguéis atrasados de Lurian.
No lugar do motorista Eriberto, temos hoje um caseiro chamado Francenildo e, novamente, uma CPI que também apura corrupção no governo.
A diferença está apenas no seguinte: a elite pensante, os guerrilheiros de boteco dos anos 90, os esquerdistas, os meios acadêmicos e universitários e, sobretudo, o atuante Partido dos Trabalhadores, estão radicalmente contra qualquer apuração, qualquer esclarecimento, qualquer tentativa de punição dos ladrões e fazem de tudo pra desqualificar quem denuncia a gigantesca ladroagem.
Seria cômico, se não fosse trágico e irritante, observar as manobras pequenas e baixas da bancada governista atuando no congresso, tentando desesperadamente tapar esse sol imenso com uma minúscula peneira.
Naquele tempo, os filhos de Collor eram adolescente e gozavam a dolce vita de herdeiros do poder, comendo gente, puxando fumo e se deslumbrando com a bajulação ao seu redor.
No tempo de hoje, Lulinha funda uma empresa de fundo de quintal, recebe tanto quanto 15 milhões de reais de uma concessionária do serviço público (que depende das canetadas do seu pai) e o presidente vem a público declarar que “é sacanagem e jogo sujo investigarem minha família”.
Que saudades da corrupção na era Collor…
Dois tempos, dois bandidos-presidentes. Cada um tem o Paulo que merece |
Um comentário:
UM JÁ FOI PRO CARALHO, FALTA IR O
OUTRO, QUE TAMBÉM TEM CARA DE MAFIOSO !!!!!!!!!
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