sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ZÉ DIRCEU TÁ FUDIDO: será julgado dia 13 em segunda instância e já sabe que voltará a ser preso





AS PROVAS SÃO ABUNDANTES E TUDO INDICA QUE DIRCEU LOGO ESTARÁ DE VOLTA À PRISÃO EM CURITIBA OU NA PAPUDA, EM BRASÍLIA, ONDE TEM RESIDÊNCIA. AS TEORIAS CONSPIRATÓRIAS DOS PETISTAS ALEGAM QUE NÃO HÁ COINCIDÊNCIA NO FATO DE QUE TANTO O DEPOIMENTO DE LULA NO CASO DO SÍTIO DE ATIBAIA COMO O JULGAMENTO DE JOSÉ DIRCEU TENHAM SIDO MARCADOS EM SETEMBRO PARA O MESMO DIA 13 – NÚMERO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. OS PETISTAS DIZEM QUE, COM ESSA COINCIDÊNCIA, O JUDICIÁRIO ASSUME SEU VIÉS POLÍTICO E TENTA ASSOCIAR NA MENTE DA POPULAÇÃO A IMAGEM DO PT A ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO. MAS É CLARO QUE NINGUÉM PODE LEVAR A SÉRIO ESSA TEORIA. SÓ PODE SER PIADA DO ANO. (C.N.)

Carlos Newton

Um ano após chegar ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre, o processo que condenou o ex-ministro José Dirceu a 20 anos de prisão está pronto para ser julgado pela 8ª Turma no próximo dia 13, que não cai numa sexta-feira, mas de antemão jamais poderá ser classificado como um dia de sorte para o ex-ministro e ex-presidente do PT. Pelo contrário, tudo indica que a condenação será mantida e Dirceu logo estará de volta à prisão federal em Curitiba, onde vinha cumprindo pena, ou à Papuda, em Brasília, onde está morando.

NÃO HAVIA QUADRILHA – Dirceu deu sorte em 2014, no julgamento do mensalão, por ter sido beneficiado por embargos infringentes e absolvido da formação de quadrilha, por 6 votos a 5. Nunca antes, na história deste país, havia ocorrido tamanho encadeamento de crimes coletivos, sem que existisse um “chefe” e sem que se caracterizasse “formação de quadrilha”, conforme a visão dos ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Teori Zavascki – todos nomeados na Era do PT, por coincidência é claro.

No mensalão, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão e passou a cumprir a pena em 15 de novembro de 2013. Um ano depois, em 4 de novembro de 2014, o relator Barroso autorizou que cumprisse prisão domiciliar em Brasília.

No entanto, em 3 de setembro de 2015 Dirceu foi novamente preso, desta vez pela Lava Jato. Surpreendentemente, em 2 de maio de 2017 ele ganhou direito à prisão domiciliar, com votos dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, com os quais mantinha relações de amizade, sendo íntimo de Toffoli e Lewandowski, que mesmo assim não se julgaram suspeitos para julgá-lo. Os votos contrários foram do relator Edson Fachin e do ministro Celso de Mello.

PRENDE E SOLTA – O caso de José Dirceu, nesse vaivém de prende e solta, demonstra a esculhambação que reina na Justiça brasileira, pois as leis sobre suspeição e impedimento de magistrados não são mais respeitadas, e fica tudo por isso mesmo, como se dizia antigamente.

No mensalão, os crimes de Dirceu já foram considerados cumpridos. Na Lava Jato, ele foi condenado a 20 anos de prisão no primeiro julgamento, e depois, em março de 2017, pegou mais 11 anos de cadeia.

No próximo dia 13, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julga a apelação de Dirceu sobre a primeira condenação. Em Curitiba, Dirceu e o lobista Milton Pascowitch receberam a maior condenação já dada pelo juiz Sergio Moro na Lava Jato – e Pascowitch virou delator. No processo, ambos são réus junto com Gerson de Mello Almada, ex-sócio da Engevix, que em outro processo já foi condenado em segunda instância no mesmo TRF-4 e teve a pena aumentada de 19 para 34 anos.

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