AS PROVAS SÃO ABUNDANTES E TUDO INDICA QUE DIRCEU
LOGO ESTARÁ DE VOLTA À PRISÃO EM CURITIBA OU NA PAPUDA, EM BRASÍLIA, ONDE TEM
RESIDÊNCIA. AS TEORIAS CONSPIRATÓRIAS DOS PETISTAS ALEGAM QUE NÃO HÁ
COINCIDÊNCIA NO FATO DE QUE TANTO O DEPOIMENTO DE LULA NO CASO DO SÍTIO DE
ATIBAIA COMO O JULGAMENTO DE JOSÉ DIRCEU TENHAM SIDO MARCADOS EM SETEMBRO PARA
O MESMO DIA 13 – NÚMERO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. OS PETISTAS DIZEM QUE,
COM ESSA COINCIDÊNCIA, O JUDICIÁRIO ASSUME SEU VIÉS POLÍTICO E TENTA ASSOCIAR
NA MENTE DA POPULAÇÃO A IMAGEM DO PT A ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO. MAS É CLARO QUE
NINGUÉM PODE LEVAR A SÉRIO ESSA TEORIA. SÓ PODE SER PIADA DO ANO. (C.N.)
Carlos Newton
Um ano após chegar ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal) da 4ª
Região, em Porto Alegre, o processo que condenou o ex-ministro José Dirceu a 20
anos de prisão está pronto para ser julgado pela 8ª Turma no próximo dia
13, que não cai numa sexta-feira, mas de antemão jamais poderá ser classificado
como um dia de sorte para o ex-ministro e ex-presidente do PT. Pelo contrário,
tudo indica que a condenação será mantida e Dirceu logo estará de volta à
prisão federal em Curitiba, onde vinha cumprindo pena, ou à Papuda, em
Brasília, onde está morando.
NÃO HAVIA QUADRILHA – Dirceu deu sorte em 2014, no julgamento do mensalão, por
ter sido beneficiado por embargos infringentes e absolvido da formação de
quadrilha, por 6 votos a 5. Nunca antes, na história deste país, havia
ocorrido tamanho encadeamento de crimes coletivos, sem que existisse um “chefe”
e sem que se caracterizasse “formação de quadrilha”, conforme a visão dos
ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Cármen
Lúcia, Rosa Weber e Teori Zavascki – todos nomeados na Era do PT, por
coincidência é claro.
No mensalão, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão e
passou a cumprir a pena em 15 de novembro de 2013. Um ano depois, em 4 de
novembro de 2014, o relator Barroso autorizou que cumprisse prisão domiciliar
em Brasília.
No entanto, em 3 de setembro de 2015 Dirceu foi novamente preso,
desta vez pela Lava Jato. Surpreendentemente, em 2 de maio de 2017 ele ganhou
direito à prisão domiciliar, com votos dos ministros Gilmar Mendes, Dias
Toffoli e Ricardo Lewandowski, com os quais mantinha relações de amizade, sendo
íntimo de Toffoli e Lewandowski, que mesmo assim não se julgaram suspeitos para
julgá-lo. Os votos contrários foram do relator Edson Fachin e do ministro Celso
de Mello.
PRENDE E SOLTA – O caso de José Dirceu, nesse vaivém de prende e solta,
demonstra a esculhambação que reina na Justiça brasileira, pois as leis sobre
suspeição e impedimento de magistrados não são mais respeitadas, e fica tudo
por isso mesmo, como se dizia antigamente.
No mensalão, os crimes de Dirceu já foram considerados cumpridos.
Na Lava Jato, ele foi condenado a 20 anos de prisão no primeiro julgamento, e
depois, em março de 2017, pegou mais 11 anos de cadeia.
No próximo dia 13, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julga a
apelação de Dirceu sobre a primeira condenação. Em Curitiba, Dirceu e o lobista
Milton Pascowitch receberam a maior condenação já dada pelo juiz Sergio Moro na
Lava Jato – e Pascowitch virou delator. No processo, ambos são réus junto
com Gerson de Mello Almada, ex-sócio da Engevix, que em outro processo já foi
condenado em segunda instância no mesmo TRF-4 e teve a pena aumentada de 19
para 34 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário