sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Os dados foram apresentados pelo Secretário da Fazenda, em entrevista ao blog Acerto de Contas. De janeiro a agosto deste ano, os gastos apenas com pessoal de alguns órgãos privilegiados é o seguinte:
@ - TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO [TCE] – R$ 115 MILHÕES;
@ - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE PERNAMBUCO [ALEPE] – R$ 120 MILHÕES;
@ - MINISTÉRIO PÚBLICO [MPPE] – R$ 165 MILHÕES;
@ - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO [TJPE] – R$ 160 MILHÕES.
NO TOTAL DÁ UM GASTO DE 800 MILHÕES, QUASE 1 BILHÃO POR ANO, O QUE EQUIVALE A MAIS OU MENOS 20% DO QUE O ESTADO ARRECADA.
P.S. DO BLOG CHUMBO GROSSO: - JÁ PENSOU!!! SE A POPULAÇÃO ENTREGASSE A ESSES ENGRAVATADOZINHOS, UMA FOICE CEGA, ROMBUDA E SEM CUNHA PARA ESSES “FI DUMA ÉGUA” ARRANCAR TOCO DE JUREMA PELA CEPA, MEIO DIA EM PONTO, COM UMA DIÁRIA DE 10 REAIS, SEM A BÓIA?!?!?!
O total destas despesas não deixa dúvidas quanto à forte sangria que gera nos cofres do Estado. O Estado brasileiro foi simplesmente sugado por benefícios gerados nos órgãos, através da independência que foi dada, restando poucas alternativas aos Governos estaduais. Para ter uma idéia do desastre que isso significa, basta dizer que todo o valor aplicado em Saúde em Pernambuco no mesmo período foi de R$ 683.629 mil. Em outras palavras, gastou-se mais em salários para manter a burocracia fiscalizatória e legislativa do que na saúde dos pernambucanos. E não adianta falar que o Governo está investindo pouco em saúde porque de toda a receita ainda é necessário o repasse ao FUNDEB (25%, que uma parte volta), e com pagamento da amortização da dívida.
Não é a toa que estamos vendo pipocar problemas com os médicos, pelos baixos salários, quando o Estado viu sua capacidade de resolução de problemas diminuir muito após a Constituição de 1988.
Estes quatro órgãos consomem apenas com pessoal 17,11% de toda a folha de pessoal do Estado, e ficam com 8,48% de toda a receita líquida do Estado. Só o Ministério Público gastou de pessoal R$ 164 milhões em 8 meses.
É mole?
Vale salientar que estes gastos representam a absoluta ineficiência econômica, já que nada é produzido nestes órgãos, além de papelada e fiscalização. Só se fiscaliza e julga porque há ineficiência.
Explicando (para não gerar dúvidas): quando se fala em nada produzir, é pelo fato de serem atividades-meio, consumindo grande parte dos recursos em detrimento de atividades-fim. Há trabalho e importância nos órgãos, mas com baixa eficiência na produtividade final do bem-estar da população. Algo semelhante acontece com a segurança. Apenas gasta-se muito porque é necessário, mas se o lugar fosse seguro, a sociedade não iria precisar gastar tanto. Seria mais eficiente.
Esclarecendo (de novo): Quando falo em não produzir, quero dizer que o impacto no produto gerado pelos órgãos é zero, não quer dizer que as pessoas não estão trabalhando. Mas seu trabalho é fruto da ineficiência do nosso sistema. Se não houvesse insegurança jurídica ou corrupção, os órgãos teriam importância reduzida.

Nenhum comentário: