Augusto Nunes
As reformas aprovadas pelo Congresso deveriam ter sido mais
ousadas? Claro que sim. O governo federal exagerou nas concessões a bancadas
orientadas pelo oportunismo? Sem dúvida. Foi muito salgado o preço pago em
verbas e cargos pelo apoio de deputados e senadores? Foi. Ainda assim, BEM-VINDAS SEJAM
AS MUDANÇAS OCORRIDAS NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, NO SISTEMA ELEITORAL E EM
OUTRAS VELHARIAS DO SÉCULO PASSADO. A cláusula de barreira, por exemplo, começará a desmatar a
selva dos partidos de aluguel. A coligação em eleições proporcionais vai morrer
só em 2020, mas é animador constatar que a agonia é irreversível. As relações
trabalhistas enfim começaram a cruzar a fronteira do terceiro milênio. E O FIM DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
OBRIGATÓRIA APRESSOU A ERRADICAÇÃO DA PELEGAGEM VICIADA NO ÓCIO SEM DIGNIDADE.
COMO A CHUVA DE DINHEIRO CESSOU, OS CHEFÕES DAS ENTIDADES SINDICAIS VÃO
DESCOBRINDO QUE A FARRA BILIONÁRIA ESTÁ PERTO DO FIM. Por enquanto, a maioria dos sindicatos
e federações aperta o cinto dos outros e demitem funcionários, mas ALGUNS PELEGOS AMAMENTADOS POR GOVERNOS
DO PT JÁ PLANEJAM O ABANDONO DO BARCO CONDENADO AO NAUFRÁGIO. Dirigentes da CUT, por exemplo, lutam
por vagas nos botes que podem alcançar a Praça dos Três Poderes e depositá-los
no atracadouro do Congresso, ao lado de algum gabinete parlamentar. OS NÁUFRAGOS VIGARISTAS SABEM QUE SÓ A
VIDA MANSA DE DEPUTADO É COMPARÁVEL AO VIDAÇO DE SINDICALISTA PELEGO.
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