Augusto Nunes
Na
última missa negra celebrada no Rio pela procissão dos pecadores sem chances de
aprovação no Juízo Final, o chefão da seita produziu o fecho perfeito para o
sermão da vigarice. Zanzando no palanque que transformou em púlpito como um
animador de auditório que exagerou ao matar a sede na hora do almoço, Lula
assim começou o palavrório: “EU
ESTOU TRISTE COM O QUE ESTÁ ACONTECENDO. O RIO DE JANEIRO NÃO MERECE A CRISE
QUE ELE ESTÁ VIVENDO”.
Teria
caído a ficha do farsante que nunca soube o que é remorso? Estaria começando o
pedido de desculpas do velho comparsa de Sérgio Cabral? Errado. Lula, de novo –
e como sempre – diria que não tem nada com isso. “O RIO DE JANEIRO NÃO MERECE… NÃO MERECE QUE GOVERNADORES QUE
GOVERNARAM ESTE ESTADO, QUE FORAM ELEITOS DEMOCRATICAMENTE PELO POVO, ESTEJAM
PRESOS PORQUE ROUBARAM O POVO BRASILEIRO. ROUBARAM O DINHEIRO PÚBLICO”.
Quem
não merece o quê? Perguntam-se os que ouviram a gravação. O Rio é que não
merece governantes ladrões ou os governantes ladrões é que não merecem cadeia?
A opção correta é a segunda, informou a continuação do palavrório. “EU NEM SEI SE É VERDADE, EU NEM SEI SE É VERDADE, PORQUE NÃO
ACREDITO EM TUDO O QUE A IMPRENSA FALA”.
Lula
não acredita, por exemplo, que foi condenado a nove anos e meio de cadeia por
corrupção e lavagem de dinheiro, como informou a imprensa. Vai acreditar na
imprensa quando for noticiado nas primeiras páginas que, pela primeira vez, um
ex-presidente da República passou a noite no beliche de uma cela em Curitiba.
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