SONHAR NÃO
É PROIBIDO. A TORCIDA É GRANDE E OS PETISTAS ESPALHAM AS MAIS ESTRANHAS TESES
JURÍDICAS E ABASTECEM OS JORNALISTAS QUE ACABAM EMBARCANDO NESSAS ARMAÇÕES, SEM
SABER BEM AO CERTO O QUE ESTÃO ESCREVENDO. EM TRADUÇÃO SIMULTÂNEA, A CANDIDATURA DE LULA NÃO VAI “ECZISTIR”, COMO
DIRIA O PADRE ÓSCAR QUEVEDO. A NÃO SER QUE VOCÊS ACREDITEM EM BRUXAS… (C.N.)
O que
será, que será? A celeridade com que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) marcou o julgamento de Lula só ampliou a certeza – tanto nas siglas de
esquerda como nas de direita – de que a corte deve condená-lo. Restam, agora,
duas perguntas: 1) Até onde o petista está disposto a ir para fazer de seu
calvário jurídico uma disputa política? 2) Algum ministro das cortes superiores
irá se dispor a suspender os efeitos da decisão por meio de liminar, liberando
o ex-presidente, hoje com 37% das intenções de voto, para ser julgado pelas
urnas?
Integrantes
do PT dizem que Lula não tem escolha a não ser radicalizar e levar seu embate
com a Justiça às últimas consequências. Ele deve manter a estratégia de se
registrar na disputa eleitoral e aguardar até o julgamento do último recurso
possível para deixar a eleição.
BOLSA DE
APOSTAS – Quem conhece o TRF-4 acredita que os três desembargadores que vão
analisar o caso Lula devem condená-lo, porém, com penas diferentes. Isso
abriria espaço para mais um tipo de recurso, o embargo infringente.
Em tese,
mesmo preso, Lula poderia se registrar na disputa. Em 2004, por exemplo,
Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí, conseguiu ser eleito enquanto estava na
cadeia.
“Se for o
caso, ele será proclamado eleito e chamado para a diplomação. Se vai comparecer
ou não, é um problema do carcereiro”, disse, na ocasião, o ministro Sepúlveda
Pertence, que presidia o TSE. Anos depois, Mânica acabou condenado a 100 anos.
E MAIS
ESSA – Um ex-ministro do TSE diz que a conclusão do julgamento de recursos
também depende da velocidade dos advogados – que podem tentar postergar decisão
final – e lembra que nenhum candidato pode ser preso a 15 dias da eleição.
Em reação
imediata, deputados do PT querem que a defesa do ex-presidente Lula vá ao
Conselho Nacional de Justiça questionar o que eles têm chamado de “velocidade
seletiva” na tramitação do caso do petista no TRF-4.
No dia em
que o Tribunal Regional Federal vai debater a sentença de Lula (24 de janeiro
de 2018), o presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), participam de recepção e jantar do Fórum de Davos, na Suíça. - Deu no Painel da Folha -
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