Ruy
Fabiano
Lula,
já CONDENADO em um dos sete processos que contra ele tramitam na Justiça,
continua a se comportar como vítima de perseguição política. Mais: faz dessa FALSA CONDIÇÃO sua bandeira
eleitoral. Em vez de infrator, seria vítima de infrações judiciais.
Trata
os que, com base em provas consistentes e abundantes, cumpriram o rito legal de
condená-lo – o juiz Sérgio Moro, os procuradores e a Polícia Federal – como
agentes políticos, a serviço de forças que sua militância não hesita em chamar,
em momentos de maior moderação, de fascistas – às vezes, até de agentes da CIA.
Ele
próprio, em numerosas entrevistas de rádio, país afora, e em pronunciamentos à
militância – A ÚNICA PLATEIA
QUE LHE RESTOU -, ESTIMULA as
agressões e procura deslegitimar previamente a próxima sucessão presidencial,
caso dela esteja ausente. E É CERTO QUE ESTARÁ.
O
próprio ministro Luís Fux, que presidirá o TSE no curso da campanha, já se
manifestou contra a presença de um candidato sentenciado, ainda que sem
trânsito em julgado.
Anteriormente,
o STF, em questão que envolvia o então presidente do Senado, Renan Calheiros,
já se manifestara contra alguém, na condição de réu, ocupar, ainda que
interinamente, a cadeira presidencial; imagine-se em caráter permanente.
Não
bastasse, o senso comum não consegue atinar com tamanho disparate. Mesmo assim,
Lula prossegue, prometendo – e cumprindo - tocar fogo no país. O “exército do
Stédile” está em ação.
As
invasões do MST tornaram-se mais frequentes e predadoras, sem que o Estado a
elas se contraponha. O governo Temer, que sequer tentou desaparelhar a máquina
administrativa ocupada pelo petismo, não tem força política para fazê-lo. Com
isso, a crise ameaça o único setor sadio da economia, o agronegócio.
O
discurso do “Fora, Temer”, desde o início uma encenação, foi há pouco suspenso
por ordem de Lula. Não é mais necessário, pois já cumpriu o papel de impedir
que o novo governo não apenas expusesse as falcatruas do anterior, como
sobretudo viesse a faturar aplausos pelas correções de rumo, ainda pálidas, que
conseguiu imprimir à economia.
A
lógica vitimista do golpe tenta disseminar a versão de que o ambiente
recessivo, com desemprego sem precedentes, é obra de Temer, E NÃO UM LEGADO PETISTA. Como
o governo Temer carece de autoridade moral para contra-argumentar, dado o
prontuário de sua cúpula, Lula consegue estabelecer ambiente de terra arrasada.
Nele,
todos são iguais, mesmo não sendo. Perde-se o senso das proporções dentro da
roubalheira. A turma do PMDB roubava para fins de enriquecimento pessoal; A DO PT, PARA, ALÉM DISSO, QUIS PERPETUAR-SE NO PODER E PROMOVER
A TAL REVOLUÇÃO BOLIVARIANA.
Daí a
diferença de escala entre uma coisa e outra. A roubalheira do PMDB cabe em
malas; a do PT, não: depende de muitos bancos e países amigos (amigos dele,
PT). Todos, claro, devem responder pelo que fizeram, na proporção do que fizeram.
Mas a
dimensão do dano não pode se diluir numa massa amorfa ou muito menos, como se
quis (e ainda se quer) fazer crer que a chefia do esquema cabia a Temer. Ele,
nunca é demais repetir, era o representante do PMDB junto aos governos
petistas, ali posto por Lula, como aliado de confiança. DILMA MAL O CONHECIA.
A AÇÃO PREDADORA E PROVOCATIVA DE LULA, DESDENHANDO
DO JUDICIÁRIO, DA LEI E DAS INSTITUIÇÕES, CUMPRE PAPEL GOLPISTA SEMELHANTE AO
DOS QUE PEDEM A INTERVENÇÃO MILITAR.
A
diferença é que esses, equivocados ou não, o fazem em nome da restauração da
ordem, enquanto Lula o faz com propósito oposto, para limpar sua biografia e
tentar se restabelecer no poder. Tornou-se hoje o fator de desestabilização da
política brasileira.+
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