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No dia 22 de novembro de 2017, a pedido do Ministério
Público Eleitoral, a Polícia Federal prendeu nove suspeitos, entre eles dois
ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Os
investigadores acreditavam ter encontrado crimes de corrupção, concussão,
participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas
eleitorais.
De acordo com a PF, o problema estaria num contrato de
aproximadamente R$ 3 milhões firmado com “uma grande empresa do ramo de
processamento de carnes“. Pois tudo não passaria de um disfarce para que
propina irrigasse campanhas eleitorais dos envolvidos.
O caso lembra um dos anexos da delação da JBS. Conforme
destacou O Antagonista, o executivo Ricardo Saud entregou que O PARTIDO DO CASAL GAROTINHO VENDEU O APOIO À CAMPANHA DE DILMA
ROUSSEFF POR PROPINA DE R$ POR 36 MILHÕES EM 2014. Os detalhes foram publicados pela Época:
“Em 2014, a JBS havia separado R$ 40 milhões para o PT
e sua campanha presidencial. O interlocutor era Edinho Silva, tesoureiro da
campanha de Dilma Rousseff. A aprovação para que Saud repassasse o dinheiro que
Edinho solicitava vinha de Guido Mantega, então ministro da Fazenda, e de
Joesley Batista, dono da JBS. Mas as ‘DEMANDAS’ – ou pedidos de propina – eram muitas. NO TOTAL, AO FINAL DA ELEIÇÃO, A JBS HAVIA REPASSADO CERCA DE R$
350 MILHÕES PARA O PT.
Saud conta minuciosamente como, conforme a corrida eleitoral ficou mais
acirrada, comprou, a pedido de Edinho, os partidos da coligação da chapa
Dilma-Temer para a eleição em 2014.
Os partidos que receberam dinheiro da JBS foram o PR, o
PP, o PRB e o PCdoB. O interlocutor no PR era o senador Antonio Carlos
Rodrigues. Valor da propina: R$ 36 milhões.”
Antonio Carlos Rodrigues foi um dos sete outros suspeitos detidos com o
casal.
Antes, Anthony Garotinho já havia sido preso duas vezes
na operação Chequinho, que via compra de votos na distribuição de um programa
similar ao Bolsa Família no município de Campos de Goytacazes, onde Rosinha era
prefeita até 1º de janeiro de 2017.
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