Cosme Malassombrado
Numa
noite tenebrosa e dantesca de NATAL do ano de mil novecentos e me esqueci, EVANGIVALDO AÇAFRÃO presenteou
seus pais com um jantar em um dos restaurantes mais escondidos e chiques da sua
cidade. O casal estava comemorando mais um aniversário de casamento que era o
dia 25 de dezembro. Os pais de EVANGIVALDO AÇAFRÃO adoraram o presente, mas ficaram com
receio de deixar o filho sozinho em casa, pois naquela semana, a POLÍCIA BOINA
PRETA recebeu diversos chamados relatando tentativas de invasão em residências
na rua em que moravam. Depois de dizer repetidas vezes :"Podem ficar
tranquilos, estarei bem" e "Não precisa se preocupar", EVANGIVALDO conseguiu
convencer os pais a irem nesse jantar que se localizava no bairro da Gruta do
Escondidinho. Logo que os pais saíram, EVANGIVALDO AÇAFRÃO trancou toda a casa, foi para a sala,
deitou no sofá, ligou a TV e passou a acompanhar um jogo de futebol do IBIS,
seu time do coração. Cerca de dez minutos depois a campainha tocou. AÇAFRÃO estranhou, pois não esperava ninguém. Do
pequeno trajeto do sofá até a porta, a campainha tocou 7 repetidas vezes.
Andrew nem se quer olhou pelo olho mágico e foi logo abrindo a porta, mas, para
seu espanto, não havia ninguém, EVANGIVALDO AÇAFRÃO apenas sentiu um vento gelado e estranho
passar por ele que deu um frio na espinha, assustado, fechou a porta
rapidamente. EVANGIVALDO voltou
a se deitar no sofá, mas a tranquilidade do silêncio do casarão que tinha 13
janelas, passou a sentir um enorme desconforto. A medida em que os minutos
passavam, o garoto se sentia cada vez mais agoniado com algo que nem ele sabia
o que era. EVANGIVALDO AÇAFRÃO olhava
para o relógio, esperava que as horas passassem depressa, queria que seus pais
retornassem o quanto antes. Ele se
sentia estranho, sentia como se alguém estivesse bem próximo observando cada
movimento. O rapaz foi ficando cada vez mais assustado e com os cabelos do ânus
arrepiados, até que decidiu ir para o enorme quarto e ficar lá até seus pais
chegarem. Andando apressadamente, EVANGIVALDO subiu
as escadas, e para aumentar ainda mais seu medo, teve a ligeira impressão de
ouvir passos, parecia que alguém o havia acompanhado ao subir as escadas. Antes
de entrar em seu quarto. Ele foi até o
banheiro no fim do corredor, pois estava muito assustado e já se borrando, porém
a vontade de usar o banheiro era muito grande. Quando voltou, notou algo
estranho em seu extenso quarto. Ao passar para ir ao banheiro a porta estava
fechada, agora, de repente não mais que de repente, a danada estava totalmente
aberta. Caminhando lentamente, EVANGIVALDO AÇAFRÃO foi
até a porta do quarto, que estava totalmente escuro, e receosamente acendeu a
luz, mas lá havia algo esperando por ele. A lâmpada começou a piscar
freneticamente e, entre esses pequenos espaços entre a claridade e a escuridão,
ele pode ver aquilo que o apavoraria. Sentado na beira da cama, havia um vulto
negro, meio acinzentado. EVANGIVALDO ao ver aquela ‘’marmota’’ em seu quarto
se desesperou e saiu desembestado a correr, descendo as escadas, passando pela
sala e indo até a rua, mas, aquele ser estranho o perseguiu por todo esse
trajeto. EVANGIVALDO AÇAFRÃO, lá da calçada, pode ver a porta da sua
casa ser fechada violentamente. Aterrorizado, ele sentou-se na calçada e
começou a chorar. Não demorou muito e seus pais logo retornaram e EVANGIVALDO AÇAFRÃO tentou explicar o que havia ocorrido,
mas não conseguia, ainda chorava muito. Ainda fora da casa, seu pai telefonou
para a POLÍCIA BOINA PRETA e, só depois que chegaram duas viaturas lilás da cor
de caixão de defuntos, eles entraram na casa. A casa estava toda revirada, a
sala, a cozinha, os quartos, todos com os móveis fora de lugar e objetos
jogados ao chão. A POLÍCIA BOINA PRETA fez uma breve investigação e constatou
que não haveria como alguém ter entrado na casa, não havia sinal de
arrombamento e nem nada foi roubado da casa. Eles também ouviram o depoimento
de EVANGIVALDO AÇAFRÃO, não estranharam o que ele relatou, mas
não fizeram nenhum comentário. EVANGIVALDO e seus pais ficaram assustados com tudo
aquilo, mas só o garoto sabia o que realmente aconteceu, e jamais vai esquecer
aquela cena extremamente perturbadora, macabra e horripilante em plena madrugada de NATAL...
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