quinta-feira, 5 de abril de 2018
ENFIARAM UMA PAJARACA NO RABO DO LULA, SEM CUSPE... MAS COM AREIA... QUANTA MALVADEZA!!!
As MANOBRAS de Gilmar Mendes e o DESTEMPERO
de Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski não foram capazes de impedir o
Supremo Tribunal Federal de recuperar parte de sua credibilidade, finalmente
negando o habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente Lula
com o objetivo de impedir sua prisão, apesar da condenação por tribunal de
segunda instância – no caso, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. Depois
de duas semanas nas quais vigorou um surreal salvo-conduto, a corte
restabeleceu, por 6 votos a 5, o princípio de que A LEI VALE PARA TODOS.
A maioria dos ministros, é verdade, tentou vencer
o público pelo cansaço, alongando-se desnecessariamente em seus votos, um
desrespeito aos próprios colegas e ao país, que aguardava com ansiedade o
resultado do julgamento. Mesmo depois do segundo intervalo, quando a noite já
começava e ainda faltava o voto de seis integrantes da suprema corte, eles
continuaram a ser prolixos, dando voltas em vez de declararem seu voto e
resumirem sua argumentação aos pontos mais importantes. A presidente da corte,
ministra Cármen Lúcia, teve o mérito de conduzir a sessão até sua conclusão,
sem mais adiamentos ou suspensões.
A dinâmica da votação foi alterada por Gilmar
Mendes, que tinha voo marcado para Portugal e pediu a palavra logo depois do
relator, ministro Edson Fachin, para declarar seu voto e tentar transformar o
julgamento do habeas corpus em uma decisão de mérito sobre as teses relativas à
prisão após decisão de corte de segunda instância. Felizmente, o “SEQUESTRO”
do julgamento não prosperou e a sessão continuou dedicada exclusivamente ao
caso de Lula. Isso foi decisivo para determinar os rumos da sessão, ainda que
os ministros que votaram pelo deferimento do habeas corpus tenham se baseado
justamente em sua oposição ao início do cumprimento da pena antes de esgotados
todos os recursos; NENHUM DELES SOUBE APONTAR QUALQUER
IRREGULARIDADE NAS DECISÕES ESPECÍFICAS QUE CONDENARAM LULA OU QUE, NO CASO DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NEGARAM SEU HABEAS CORPUS ANTERIOR.
O momento que todos esperavam era o voto da
ministra Rosa Weber, a grande incógnita da sessão, dado o seu posicionamento em
defesa do início do cumprimento da pena apenas após esgotados todos os recursos
em tribunais superiores. Ela reafirmou esse entendimento durante seu voto, e
lembrou que precedentes não estão escritos em pedra e podem ser alterados caso
os tribunais superiores reconheçam essa necessidade, defendendo inclusive uma
nova apreciação do tema pelo plenário. MAS
ROSA RESSALTOU QUE, FRUSTRADA A MANOBRA DE GILMAR MENDES, O JULGAMENTO DESTA
QUARTA-FEIRA NÃO ERA SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE DA PRISÃO APÓS DECISÃO DE
SEGUNDA INSTÂNCIA, E SIM SOBRE O CASO ESPECÍFICO DE LULA.
E, em uma profunda demonstração de HONESTIDADE INTELECTUAL, a ministra reconheceu que, mesmo tendo sido parte
vencida nos julgamentos de 2016, é preciso seguir o que foi decidido naquelas
ocasiões, e por isso ela não tinha como ver ilegalidade nenhuma na decisão do
STJ que, por 5 a zero, havia rejeitado o habeas corpus preventivo impetrado
pela defesa de Lula naquela corte. Vigorando a posição atual, que permite a
prisão após decisão de segunda instância, e sem detectar nenhuma arbitrariedade
nas decisões anteriores – nem de Sergio Moro, nem do TRF-4, nem do STJ –, a
ministra concluiu que não haveria motivo para decidir em favor de Lula. Rosa
ainda fez uma bela defesa da segurança jurídica, afirmando que não se pode
ficar alterando entendimentos a todo momento – o que, esperamos, inspire os
ministros quando o plenário for novamente chamado a se debruçar sobre as teses
a respeito do início do cumprimento da pena.
A reação de Marco Aurélio e Lewandowski, que
passaram a interromper Rosa Weber quando ficou evidente que ela negaria o
habeas corpus, mostrou o nível a que podem descer alguns dos ministros – MARCO
AURÉLIO CHEGOU A INSINUAR QUE ROSA ERA INEXPERIENTE, CITANDO O FATO DE ELA TER
SIDO NOMEADA PARA O STF EM 2011. A ministra soube rebater os ataques, mas o
desespero da dupla deixou evidente o quanto ambos estavam empenhados em livrar
Lula.
No fim do julgamento, a defesa de Lula ainda
tentou duas cartadas. Quando faltavam apenas dois votos, pediu um novo
salvo-conduto para Lula, que desta vez durasse até o julgamento das ações de
relatoria de Marco Aurélio Mello e que tratam do início do cumprimento da pena.
E, quando chegou a vez de Cármen Lúcia desempatar, o advogado José Roberto
Batochio invocou o regimento do STF para argumentar que a presidente da corte não deveria votar, deixando o julgamento empatado, o
que beneficiaria Lula. Cármen, no entanto, rebateu com o próprio regimento e conseguiu o apoio de todos os
ministros para proferir o voto que selou o destino de Lula, mas foi imprudente
ao colocar em votação a liminar pedida pela defesa, ainda que proveniente de um
habeas corpus negado
– felizmente, Marco Aurélio e Lewandowski ficaram sozinhos na intenção de
manter Lula livre.
Desta vez, a impunidade não prosperou. Sim, é
possível que, num futuro próximo, o Supremo coloque na pauta as ações liberadas
por Marco Aurélio e mude o entendimento que voltou a adotar em 2016, após um
hiato de sete anos, e com isso coloque de volta na rua todos os presos que
aguardam recurso em tribunais superiores – os da Lava Jato e todos os demais.
Mas, enquanto isso não ocorre, a maioria (ainda que apertada) dos ministros SE
RECUSOU A CONSIDERAR UM BRASILEIRO EM PARTICULAR ACIMA DAS LEIS, AINDA QUE ESTE
BRASILEIRO SE JULGUE IMUNE ÀS INSTITUIÇÕES. Fonte:
Gazeta do Povo. – As imagens e manchete não fazem parte do texto original -
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Um comentário:
O que precisa agora e prender a gleise
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