Após as declarações polêmicas do líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, que declarou que visitaria Lula na prisão e que uma juíza não poderia barrar a ida de uma “comissão externa” da Câmara para visitar Lula na cadeia, a juíza Carolina Lebbos vetou a visita do grupo de petistas.
A magistrada negou nesta segunda-feira (23), todos os pedidos de visita a Lula na prisão e barrou a ida dos deputados que afirmaram que fariam vistoria na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde o petista está detido desde 7 de abril.
A juíza Carolina Lebbos destacou que em duas semanas, chegaram "requerimentos de visitas que abrangem mais de uma dezena de pessoas, com anuência da defesa, sob o argumento de amizade com o custodiado". Entre os pedidos, havia solicitações da ex-presidente Dilma Rousseff e da senadora Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT, informou o UOL.
A juíza refutou as alegações do deputado petista e disse que não há ilegalidade na decisão. "Analisa-se, no caso em exame, limitação de cunho geral relativa a visitas na carceragem da Superintendência". Apenas familiares são autorizados a visitar os detentos, sem prejuízo do acesso aos advogados". Paulo Pimenta chegou a ameaçar responsabilizar a juíza de primeira instância, caso a comissão de petistas fosse impedida de vistar Lula na cadeia.
Para Carolina, "o alargamento das possibilidades de visitas a um detento, ante as necessidades logísticas demandadas, poderia prejudicar as medidas necessárias à garantia do direito de visitação dos demais".
Deve, neste momento, ser observado o regramento vigente, o que inviabiliza o acolhimento dos pedidos de visita deduzidos
Carolina Lebbos, juíza federal
Comissão de deputados
No mesmo pedido, a juíza também barrou uma vistoria de uma comissão de deputados na Superintendência, que aproveitaria para ver Lula.
O MPF já havia se posicionado contra dizendo que "o objeto da visita parece ser inadequado". "A inspeção ou fiscalização, tal qual pedida, é afeta às Comissões Permanentes, em especial às de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Direitos Humanos e Minorias, conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados".
Além da ex-presidente Dilma Rousseff, também foram barrados os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), André Figueiredo (PDT-CE), Bebeto (PSB-BA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), José Guimarães (PT-CE), Ivan Valente (PSOL-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ) e Weverton Rocha (PDT-MA). - Imprensa Viva - A manchete não faz parte do texto original.
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