Inaldo Sampáio
O ex-presidente Lula começa a cumprir a
partir de hoje a pena de 12 ANOS E
30 DIAS DE PRISÃO que lhe foi imposta pelo TRF da 4ª
Região. Prisão de ex-chefes de estado não é incomum no resto do mundo. Mas no
caso do Brasil é novidade porque esta é a primeira vez que um ex-presidente é
condenado por corrupção. Isto manchará definitivamente a história do PT,
fundado há 40 anos exatamente para “combater a corrupção”. O partido vai tentar
transformar o ex-presidente em “mártir”, dizendo que ele foi vítima de “erro
judiciário” e condenado pelo juiz Sérgio Moro “sem provas”. Tem todo o direito
de fazê-lo, mas nem os próprios petistas se sensibilizam mais com essas
versões. Basta ver as manifestações de “solidariedade” ao ex-presidente
convocadas para a última quarta-feira, dia em que o STF negou o habeas corpus
em seu favor. Poucos gatos pingados participaram das manifestações, inclusive
na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, onde Lula acompanhou a
sessão. Prisão de um ex-presidente é algo que choca qualquer país, ainda mais
quando a condenação se dá por improbidade. Isto, por um lado, revela
amadurecimento de nossas instituições, mas por outro também deixa claro que
ainda estamos muito longe de construir a “Nova República” que nos foi prometida
por Tancredo Neves em sua campanha presidencial de 1984. Ao PT só resta agora
escolher outro candidato a presidente, e não ficar repetindo bobagens tipo
“Lula será candidato de todo jeito”. O “plano B” terá que aparecer, mesmo
contra a vontade da presidente Gleisi Hoffmann. – As imagens e a manchete não fazem parte
do texto original -
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