Magno Martins
Projetada
e sonhada deste o Império, a Transposição das Águas do Rio São Francisco é o
maior investimento hídrico no Nordeste feito pelo Governo Federal. HÁ DEZ ANOS SUAS OBRAS CAMINHAM
EM RITMO TARTARUGA, QUASE PARANDO. Com os atrasos, tudo na obra ficou
mais cara. O custo passou de R$ 4,5 8 bilhões para R$ 8,2 bilhões. Milhares de
hectares de caatinga foram devastados para construção dos canais.
O
canal por onde começa a transposição ficou pronto desde 2015, mas as bombas só
começarem a puxar a água recentemente. O projeto é magnânimo até na sua
finalidade: melhorar a vida de 12 milhões de pessoas em quatro Estados
nordestinos – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A construção
envolve 600 quilômetros de canais de concreto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que deu o pontapé inicial, PREVIA INAUGURAR A OBRA EM 2010.
Ao
longo dos últimos anos se descobriu não apenas superfaturamento nas obras. A
primeira denúncia de corrupção envolveu o Exército. Em 2011, o batalhão de
engenharia responsável foi acusado de roubo de materiais de construção,
favorecimento de empresas e direcionamento de licitações. As grandes
empreiteiras aproveitaram para ganhar terreno e assumir pouco a pouco os
serviços. Em 2015, delegados e agentes da Polícia Federal mobilizados na
operação Vidas Secas prenderam empresários, funcionários e doleiros –
alguns dos quais, não tão surpreendentemente assim, já haviam sido detidos em
fases da Lava Jato.
Os
desvios foram realizados pelo consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão
Engenharia, Barbosa Melo e Coesa, responsáveis por dois dos 14 lotes do
megaempreendimento. O grupo, do qual quatro empreiteiras já eram investigadas
na Lava Jato, é suspeito de superfaturamento e de usar empresas de fachada dos
doleiros Alberto Youssef e Adir Assad, condenados por envolvimento no esquema
de corrupção da operação envolvendo a Petrobras.
Uma
face, entretanto, desconhecida do projeto veio à tona com O ROMPIMENTO DA BARRAGEM
BARREIRO, EM SERTÂNIA, SEXTA-FEIRA PASSADA. OBRA SONRISAL? Pode até não ser, mas gerou
esta desconfiança no segmento da engenharia e na opinião pública. Mas o que
aconteceu em Sertânia não é exclusividade do projeto, não foi a primeira e
parece que não será também a última notícia ruim. Só para refrescar a memória,
no início de 2012, 240 metros do canal foram danificados no Ceará por causa das
“FORTES CHUVAS” em Mauriti.
Em
fevereiro do ano passado, UMA PAREDE DE CONCRETO TAMBÉM SE ROMPEU EM UM DOS CANAIS DO EIXO NORTE
ENTRE OS RESERVATÓRIOS DO TUCUTU E DE TERRA NOVA, EM CABROBÓ. A estrutura danificada
pertence a um trecho que já estava pronto, mas que em período de testes não
suportou a passagem de água, provocando um vazamento. Ninguém no Nordeste, que
sonha acordado com o pleno funcionamento do projeto, sem descontinuidade no
Governo Temer, deseja ser surpreendido com notícias como essas que DESPERTAM A DESCONFIANÇA DE
QUE AS OBRAS FORAM MAL FEITAS E A TRANSPOSIÇÃO PODE FRACASSAR, VIRANDO EM GRANDE
ELEFANTE BRANCO.
MAS
ENTRE A DESCONFIANÇA E A REALIDADE NÃO HÁ DISTÂNCIA. As obras do reservatório
Barreiro, por exemplo, não são da fase nova. Foram iniciadas em março de 2014,
no Governo Dilma, e finalizadas em setembro de 2015, primeiro ano do segundo
mandato da petista, cassada em 2016. O início do enchimento se deu em 25 de
fevereiro passado e a saída das águas pela estrutura de controle aconteceu no
dia 27, totalizando dois dias de enchimento, para uma capacidade plena de
2.612.000 m³. – A manchete e as imagens não fazem
parte do texto original -
PITACO DO BLOG CHUMBO
GROSSO: - O QUE É VERDADE E MENTIRA NESSA OBRA
QUE ENRIQUECEU MUITA GENTE E CUSTOU MUITO MAIS QUE O PREVISTO?!?!?! O LULA
LEVOU QUANTO NESSA?!?!?! OU NÃO SABIA DE
NADA, TAMBÉM!!! PELO PREÇO E PELAS DIVERSAS INAUGURAÇÕES TINHA QUE CHEGAR
ÁGUA MINERAL, ENGARRAFADA E COM GÁS...
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