O CRIMINALISTA ROBERTO PODVAL REAGIU À CONDENAÇÃO DE DIRCEU A 11 ANOS E 3 MESES, QUE SE SOMA A OUTRA, DE 23 ANOS E 3 MESES DE RECLUSÃO. (FOTO: ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO) |
Cláudio Humberto
A propósito da nova condenação do ex-ministro José
Dirceu, desta vez a 11 anos e 3 meses de reclusão, seu advogado, o criminalista
Roberto Podval afirmou, em nota, que “estão matando o Zé Dirceu”, porque “é
mais fácil matá-lo do que admitir sua inocência”. Para o advogado, “hoje não se
julga mais os fatos e sim o nome de quem aparece na capa do processo”.
Já condenado a 23 anos e 3 meses de prisão em outro processo da Lava
Jato, ex-“primeiro-ministro” do governo Lula recebeu a segunda condenação,
desta vez de 11 anos e 3 meses de reclusão, ambas proferidas pelo juiz federal
Sérgio Moro. Ele foi condenado agora por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Dirceu também foi multado em R$ 774 mil.
“Espero com a teimosia dos burros que nossos juízes voltem a julgar se
guiando pela Constituição e não pela opinião pública”, escreveu Podval em sua
nota.
José Dirceu foi condenado por receber vantagens indevidas em um contrato
da empresa Apolo Tubulars com a Petrobras e teria ocultado e dissimulado o
recebimento do dinheiro de propina por meio de contratos fictícios de
consultoria de sua empresa JD Assessoria e Consultoria.
O caso foi investigado na Operação Vicio, 30ª fase da Lava Jato, em que
a Apolo Tubulars foi acusada de pagar propinas para obter contratos para fornecimento
de tubos para a exploração de petróleo e gás da Petrobras.
DUQUE PEGOU 6 ANOS - Na mesma ação de José Dirceu, Sérgio Moro condenou o ex-diretor de
serviços da Petrobras Renato Duque a 6 anos e 8 meses de prisão por corrupção
passiva, por ter intermediado o acerto que beneficiou Dirceu. Mas ele foi
absolvido da acusação de lavagem de dinheiro por falta de provas. O ex-diretor
da estatal também terá de pagar multa de R$435 mil.
Outros condenados foram o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e
Silva, a quase 10 anos e meio de reclusão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro; o empresário Eduardo Aparecido de Meira, ligado a Dirceu; e Flávio
Henrique de Oliveira Macedo, executivo da Credencial Construtora, por corrupção
passiva e associação criminosa, ambos a oito anos e nove meses de prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário