Cláudio Humberto
Marcelo Odebrecht disse em
depoimento à Justiça Eleitoral, nesta quarta-feira (1), que se sentia o "BOBO DA CORTE" do governo federal, tendo sido obrigado
a entrar em projetos que não desejava e a bancar repasses às campanhas
eleitorais sem receber as contrapartidas que julgava necessárias. "EU NÃO ERA O DONO DO GOVERNO, EU
ERA O OTÁRIO DO GOVERNO. EU ERA O BOBO DA CORTE DO
GOVERNO", disse
Marcelo. No depoimento, Odebrecht falou ainda sobre a "naturalidade"
do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu a legalização do lobby e deixou
claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar
apoio político. O caixa 2, segundo ele, envolve pagamento de propinas. Marcelo
foi preso em junho de 2015, no âmbito da Operção Lava Jato, acertou delação
premiada, e deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o
final deste ano. Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai,
presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht,
quanto a projetos em que a empresa apoiava o governo. O ex-presidente da
empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que
tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma e
Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.
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