domingo, 5 de março de 2017

CONSTAM DA LISTA DE JANOT: Lula, Dilma Rousseff, Guido Mantega, Antonio Palocci e João Santana...



A PRIMEIRA LISTA do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conhecida em março de 2015, com nomes da Lava-Jato abrigados no foro especial do Supremo, gerou grande expectativa. Era, enfim, a leva inicial de políticos apanhados na investigação do petrolão, um esquema que tornaria o mensalão do PT algo menor.

Aproxima-se o encaminhamento ao STF da SEGUNDA LISTA de Janot, referente às delações da Odebrecht A expectativa, dessa vez, é menos quanto a nomes e mais em relação ao conteúdo dos 78 depoimentos da cúpula da empreiteira.

Os vazamentos já verificados e o que se soube do depoimento de Marcelo Odebrecht à Justiça eleitoral, quarta-feira em Curitiba, onde está preso, no processo que o PSDB move contra a chapa Dilma-Temer, confirmam o estado de putrefação do subsolo das finanças da política em eleições —, e não apenas nelas. Sem usar o termo chulo aplicado pelo senador Romero Jucá, da primeira lista de Janot e nome certo na segunda, o relacionamento indevido, por ilegal e sem ética, entre empreiteiras e políticos, que emerge de depoimentos e delações, SE ASSEMELHA MESMO ÀQUELAS FESTAS DESPUDORADAS EM QUE NINGUÉM É DE NINGUÉM.

No testemunho de quarta, Marcelo confirmou o pedido de dinheiro pelo ainda vice-presidente Temer, em jantar no Palácio do Jaburu, para financiar o PMDB nas eleições de 2014. Depois, ficou definido que seriam R$ 10 milhões, com outro participante do encontro, o futuro ministro Eliseu Padilha, hoje em convalescença de cirurgia em Porto Alegre, de onde pode não voltar para a Casa Civil. O Planalto comemora porque considera que a versão do presidente para o encontro — Temer diz que não pediu dinheiro para caixa dois — se confirmaria. Aparentemente sim, mas ainda há tanto o que acontecer, que é sensato não festejar.

O DEPOIMENTO CAUSA AVARIAS NA IMAGEM DA EX-PRESIDENTE DILMA, DEVIDO À REVELAÇÃO DE MARCELO DE QUE ELA SABIA DAS TRANSAÇÕES TENEBROSAS QUE COMEÇARAM A SER FEITAS ENTRE ANTONIO PALOCCI E A EMPRESA, INCUMBÊNCIA, DEPOIS QUE ESTE SAIU DA CASA CIVIL DE DILMA, PASSADA PARA GUIDO MANTEGA, MINISTRO DA FAZENDA. ERAM O “ITALIANO” E O “PÓS-ITÁLIA” DAS PLANILHAS DO "DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS” DA EMPREITEIRA, NOME POMPOSO QUE DESIGNAVA A SEÇÃO DE PROPINAS DA ODEBRECHT. PARA O PT FORAM DESTINADOS, ENTRE 2008 E 2014, R$ 300 MILHÕES, SEGUNDO MARCELO, ALGO COMO US$ 100 MILHÕES, CIFRA POLPUDA EM QUALQUER LUGAR DO PLANETA. CRESCE A SUSPEITA DE QUE O PT VENDEU O GOVERNO A EMPREITEIRAS.

HOUVE ATÉ A “COMPRA” DE UMA MEDIDA PROVISÓRIA, NA GESTÃO DILMA, POR R$ 50 MILHÕES, PARA CRIAR UM PROGRAMA DE REFINANCIAMENTO DE DÍVIDA TRIBUTÁRIA DE INTERESSE DA EMPRESA. Mais um envolvimento de governo lulopetista com negociatas em torno de MPs. E o caráter eclético da atuação da Odebrecht no mercado da política fica reforçado com a citação de Aécio Neves, presidenciável tucano em 2014, também ajudado pela empreiteira.

O Brasil está em um ciclo de escândalos e também de fortalecimento das instituições republicanas. Poderosos têm sido julgados e punidos. Também transcorreram dois impeachments desde 1992, sem hecatombes. Não há, portanto, motivos para maiores apreensões com o que vem por aí. – Fonte: Jornal o Globo -






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