O eleitor brasileiro é facilmente manipulado por políticos inescrupulosos que recorrem a artifícios e narrativas fantasiosas no vale tudo pelo poder. Nestas eleições, em particular, muitos procuram confundir o eleitor com argumentos rasteiros e covardes contra adversários.
O fato é que, ao contrário de um parlamentar, que pode usar as tribunas das casas legislativas como palanque durante todo seu mandato, um prefeito ou governador precisa se concentrar nos desafios comuns aos ocupantes de cargos no executivo. A relação com o governo federal também deve ser conduzida com mais responsabilidade por um prefeito ou governador, tendo em vista a necessidade de manter relações institucionais minimamente equilibradas, de modo a não prejudicar sua administração e, consequentemente, a população que governa.
Um vereador, deputado ou senador pode usar seu cargo e visibilidade nos parlamentos para exercerem oposição sistemática aos governantes. Faz parte do jogo político, do tipo de aliança e agremiação partidária. Já um prefeito ou governador, que além de não ter a mesma visibilidade no plano nacional e ter enormes responsabilidades com sua gestão, precisa conduzir as relações com o governo de modo mais responsável.
Vale lembrar que a organização política do Brasil está baseada em um modelo de Estado federalista. Neste caso, estados e municípios funcionam como organizações políticas relativamente autônomas entre si. Elas unem-se para formar um governo central – a União. Dentro da federação, o Poder Executivo estadual é chefiado pelos governadores, que lidam politicamente com as forças eleitas para as assembleias legislativas (deputados estaduais)
Além de enfrentar os desafios próprios das relações com as forças políticas regionais, um governador precisa conduzir a articulação política com o governo federal, bem como com os municípios. Cabe ao governador articular múltiplas relações governamentais para viabilizar o progresso de seu estado através da obtenção de verbas, cortes de gastos, aprovação de projetos e outros desafios que dependem de habilidade para lidar com prefeitos, vereadores dos municípios, deputados das assembleias legislativas, no nível estadual, além de lidar com o Governo Federal e o Congresso, Câmara dos Deputados e Senado.
Os desafios de um governador se avolumaram a partir da Constituição de 1988, quando a União passou a concentrar a maior parte das funções relevantes, enquanto os governadores ficaram limitados a competências limitadas e dependentes das políticas do governo federal. Na prática, os estados ficaram com menos autonomia para alterar leis capazes de atrair mais investimentos, reduzir certos impostos e até mesmo a obrigatoriedade de investir determinadas verbas em áreas específicas, independente da prioridade do estado.
Um governador enfrenta desafios no que diz respeito aos meios e competências legais para desenvolver atividades próprias. A maior parte das competências são de atribuição da União, o que cria um certo vácuo para a determinação das responsabilidades de cada um. Logo, um governador de estado enfrenta enormes desafios para conduzir políticas públicas e precisa ser habilidoso para obter os melhores resultados para a população que o elegeu.
No caso do ex-governador de São Paulo, Geraldo ALCKMIN, tais conquistas foram valiosíssimas para a população do estado que governou quatro vezes. Ao contrário de Bolsonaro, que passou as últimas décadas se promovendo na tribuna da Câmara dos Deputados. ALCKMIN passou boa parte da sua vida governando São Paulo e foi responsável direto pela vida de mais de 42 milhões de brasileiros em áreas como saúde, segurança, educação, mobilidade, empregos, etc. O estado que era o segundo mais violento do país passou a ser o mais seguro com suas administrações. Na média, um cidadão morador de qualquer estado do Brasil tem 4 vezes mais chance de ser assassinado ou roubado do que em São Paulo.
Ao longo de seus quatro mandatos, ALCKMIN fez mais linhas e estações de Metrô que países como Inglaterra e França fizeram ao longo dos últimos 100 anos. Hoje, o Metrô de São Paulo transporta 4.5 milhões de passageiros por dia. Mais que o dobro de quando ALCKMIN assumiu o governo pela primeira vez, após a morte do ex-governador Mário Covas, no dia 6 de março de 2001.
Enquanto prefeitos reclamam das dificuldades em administrar um município com 5 mil habitantes, São Paul tem 5 mil escolas municipais com milhões de alunos atendidos diariamente. O Sistema Único de Saúde de São Paulo é responsável por mais de 30% dos atendimentos médicos em todo o país, com mais de 73 milhões de atendimentos por ano.
São Paulo é ainda o único estado do país que cresceu durante a grave recessão deixada pelos governos do PT de Lula e Dilma. Em 2017, o estado fechou as contas com um superávit de mais de R$ 5 bilhões, sendo praticamente o único estado do Brasil que fechou as contas no azul. Dedicado e habilidoso na condução de políticas públicas gigantescas, ALCKMIN é considerado o melhor governador do Brasil. O fato de ter passado as últimas décadas ocupado dedicando-se a trazer progresso para o estado de São Paulo impediu que ALCKMIN pudesse se projetar para o resto do país. Como não pode usar seu cargo como palanque político para fazer oposição aos governos do PT, ao contrário de deputados e senadores, acabou prejudicado nestas eleições, mesmo tendo feito oposição ao partido de Lula e tendo imposto derrotas amargas ao PT em São Paulo.
ALCKMIN derrotou o candidato de Lula nas eleições de 2002, José Genoíno, o mesmo que Jair Bolsonaro chegou a sugerir para o ministério da Defesa do governo Lula. Naquela eleição que levou o PT ao poder pela primeira vez, Bolsonaro também votou em Lula. Anos mais tarde, em 2010, ALCKMIN derrotaria Aluísio Mercadante, outro candidato de Lula. Em 2014, ALCKMIN derrotou Paulo Skaf o plano B de Lula que contou com o apoio do PT.
As acusações de que ALCKMIN não fez oposição aos governos do PT são injustas. Além de ter imposto derrotas históricas aos candidatos do PT ao governo de São Paulo, ALCKMIN ainda teve que ter habilidade para governar o estado lidando com Lula e Dilma na Presidência. Já Bolsonaro, que nunca fez praticamente nada pelo país, teve mais de 7 mandatos para usar como palanque eleitoral e tentar se viabilizar como candidato anti-PT, apesar de ter feito parte da base aliada dos governos de Lula no PP e ter votado com o PT na maior parte da vida parlamentar.
De fato, Bolsonaro sempre foi um parlamentar do baixíssimo clero do Congresso, como o próprio parlamentar assume. Protagonista de uma atuação parlamentar medíocre, Bolsonaro apresentou centenas de projetos defendendo interesses de sua classe, como aumento de salários para militares, aumentos de benefícios médicos, pensões para filhas de militares, etc. É conhecido como um defensor ferrenho de privilégios de servidores federais. Recebeu auxílio-moradia durante quase toda a vida e acumulou vários imóveis desde que se tornou político. Além de réu em duas ações no STF, Bolsonaro foi denunciado à Procuradoria-Geral da República por improbidade administrativa, no caso da funcionária apontada como fantasma que era paga com dinheiro do contribuinte para cuidar dos cães de sua casa da praia no litoral do Rio.
ALCKMIN é médico, professor, foi vereador, deputado federal constituinte e governou o maior estado do país por quatro mandatos. Apesar dos mais de 45 anos de vida pública, ALCKMIN não tem nenhuma condenação por improbidade administrativa e não ficou rico. Possui uma chácara herdada do pai e mora no mesmo apartamento há mais de 30 anos. É casado com a mesma mulher e costuma dizer que "quem enriqueceu na política é ladrão'. Há quem tente debilitar a imagem de Alckmin usando o fato de pertencer ao PSDB. Alckmin diz desafiar seus interlocutores a falar dele, de seus feitos ou acusá-lo por alguma irregularidade na vida pública. Neste caso específico, é preciso separar homens de partidos.
Estes são os fatos. O Eleitor brasileiro tem agora a oportunidade de eleger o novo presidente do Brasil. Há vários candidatos na disputa, como Bolsonaro, tido por muitos como incompetente, autoritário e desconhecedor de vários temas cruciais para a gestão de um país com as dimensões do Brasil. Há ainda Fernando Haddad, conhecido como o poste de Lula. Neste caso, é publico e notório que o presidiário irá mandar no país a partir da cadeia, caso não seja solto por Haddad em caso de vitória da chapa do PT. Entre outras opções, o eleitor pode escolher outros candidatos identificados como linhas auxiliares do PT, como Ciro Gomes e Marina Silva, que pertenceu aos quadros do partido por quase três décadas. ALCKMIN, reconhecidamente o mais experiente e considerado o melhor governador do Brasil nas últimas décadas, - Imprensa Viva. -
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