O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, apresentou nesta segunda-feira sua proposta de criar um programa por meio do qual o governo federal pague metade do valor do botijão de gás para famílias de baixa renda. Em agenda na capital paulista, Alckmin citou dados do IBGE segundo os quais 17% da população brasileira não têm acesso a gás de cozinha. “Não há nada mais importante que uma boa alimentação. Nós temos uma população muito pobre que precisa do apoio do governo, e a melhor maneira de fazê-lo é por meio da alimentação de qualidade”, afirmou.
Alckmin explicou que o programa vai beneficiar as famílias cadastradas na tarifa social de energia elétrica, em torno de 8,3 milhões de pessoas. Ao explicar como a União vai custear o programa, o candidato afirmou que há muito espaço para cortar gastos do governo federal e que promoverá um duro ajuste fiscal. “Governar é escolher”, ressaltou.
Além do Vale Gás, o presidenciável, que visitou a unidade do Bom Prato no Brás, citou o programa como importante medida para garantir alimentação saudável à população carente. Alckmin se comprometeu a levar o Bom Prato para o Brasil. O programa atende cidades paulistas com mais de 200 mil habitantes, em parceria com prefeituras. Mantidos pelo governo do Estado, os restaurantes são implementados em parceria com os municípios e geridos por organizações sociais da sociedade de civil. Diariamente são servidas 90 mil refeições ao preço de R$ 1. Crianças de até 6 anos não pagam. Qualquer pessoa pode se servir.
As refeições são balanceadas e de adequado teor calórico (1.200 calorias). Oferecem arroz, feijão, carne, legumes, salada, farinha de mandioca, pão, fruta da estação e suco. O Bom Prato nasceu no governo Covas, em 2000, e hoje conta com 54 unidades (22 na capital, 9 na Grande São Paulo, 6 no litoral e 16 no interior). Desde 2011, o Bom Prato passou a servir também café da manhã, a R$ 0,50.
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