domingo, 7 de maio de 2017

DIA 10 DE MAIO SERÁ A ÚLTIMA CENA DE LULA FORA DAS GRADES...





Eliziário Goulart Rocha


É natural que quem passou a vida interpretando se preocupe com o ângulo da câmera, sobretudo quando sabe que pode ser uma de suas últimas cenas fora das grades. Luis Inácio Lula da Silva interpreta até hoje o operário humilde, embora não saiba o que é trabalho de verdade desde os anos 1970 e tenha passado longo período saboreando as delícias do ÓCIO IDEOLÓGICO REMUNERADO por fora. E tanto atuou que está quase convencido de ser o personagem que criou, assim como Zé Dirceu estava quase convencido de sua inocência quando foi cassado e preso em função do Mensalão.

Há atores extraordinários e atores ordinários. Os extraordinários imortalizam personagens capazes de provocar na plateia O RISO ESCANCARADO OU O CHORO CONVULSIVO. Os ordinários não convencem ninguém, mas ainda assim conseguem levar às gargalhadas o público disposto a rir para não chorar e conduzir às lágrimas os patetas – ou cúmplices – capazes de acreditar na mais genuína história da carochinha.

O pedido da defesa de Lula para que a câmera, ao contrário do que ocorreu até aqui nos depoimentos da Lava Jato, não feche no interrogado, e sim utilize plano aberto para mostrar todo o ambiente, mais do que representar a malandragem porca visando a edições esperrrtas para o horário eleitoral gratuito – uma excrescência da qual os brasileiros há muito deveriam ter sido poupados -, revela o desespero de quem sabe que, NA AUSÊNCIA DE UMA TÁBUA SALVADORA, SÓ RESTA MESMO É ESPERNEAR.


O canastrão prestes a ter como camarim uma cela podia se poupar de certos micos, mas tal decisão dificilmente é tomada por quem se julga acima de coisas comezinhas como a Constituição, o Código Penal ou a vergonha na cara. Saber se retirar de cena quando ainda resta uma ínfima possibilidade de exibir dignidade é coisa para poucos. Na impossibilidade de evitar a metafórica chuva de tomates ao final de uma apresentação farsesca, resta pedir que os cinegrafistas façam plano geral, na esperança de que o público preste mais atenção nas cortinas ou no brilho do assoalho, e não no de sua cara de pau. – A manchete e as imagens não faem parte do texto original - 

Um comentário:

Anônimo disse...

estao ate apelando para na haver eleiçao em 2018 porque sabem que a surra que vao levar de lula é grande.moro nao tem mais moral nem em casa.