domingo, 21 de maio de 2017

SEM RÁDIO E SEM NOTÍCIAS DAS TERRAS CIVILIZADAS







Dalinha Catunda

Enquanto pegava fogo Esse nosso cabaré Terra de muito Batista E de pouca Salomé Eu estava no sertão Comendo milho e baião E tirando ata do pé.


Não vi a tal da suruba Na delação da propina Eu curtia a invernada Como boa nordestina O Brasil com sua cruz E eu comendo cuscuz Sem chorar a minha sina.

Era cantiga de grilo Era sapo a coaxar De dia tapa em mutuca De noite vou lhe contar Era tapa em muriçoca No alpendre só fofoca E café para tomar.

Porém agora voltei Para a civilização Morada da putaria Reino da esculhambação Aonde é cega a justiça E tudo cheira a carniça Brasil em putrefação.

2 comentários:

A Marreta do Azarão disse...

Belo texto. E repito : essa Dalinha Catunda é gostosa pra danar. Que peitaria apetitosa!!!

Waltão disse...

HUM, A DALINHA É MUITO DA GOSTOSA, NÉNÃO ????
TRAGA ELA MAIS VEZES !!!!!