O ex-presidente Lula se enganou quando
imaginou que tinha muita gente por ele, capazes de influenciar decisões
favoráveis nas instâncias superiores do país. Até certo ponto, é possível
deduzir que a parte da 'tranquilidade' e a parte do desespero que Lula demonstrou
durante o curso de seus processos na Lava Jato derivavam de uma certa confiança
de que 'pessoas influentes' não deixariam que a situação chegasse onde chegou.
Ao menos em um ponto, Lula estava certo:
o petista tem de fato um exército de cúmplices, subalternos e devedores de
favores que não se negaram sair em defesa do petista, por mais
constrangedora que fosse a tarefa.
Lideranças políticas, artistas e os velhos
'intelectuais' de sempre se uniram ao exército de mortadelas formado por
integrantes do MST, CUT, UNE e outros movimentos sustentados pelo PT de Lula e
Dilma nos tempos da farra com o dinheiro do contribuinte. Jornalistas de vários
meios de comunicação se esforçaram em criar narrativas que minimizassem as
coisas feias que Lula fez durante e depois de deixar a Presidência do país.
Embora em número cada vez menor, estes
grupos se dispuseram a ir a Curitiba acompanhar o primeiro interrogatório do
petista feito pelo juiz Sérgio Moro, foram ao seu julgamento na 13.ª Vara
Federal de Curitiba e, já em número bem menor, no julgamento do recurso do
TRF-4, que confirmou a condenação do grande líder da esquerda brasileira a 12
anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro.
Neste ponto, os artistas, algumas
lideranças políticas como Ciro Gomes, Marina Silva e até mesmo gente do PT
deram um jeito de tirar o corpo fora. A situação de Lula perante a Justiça já
havia degringolado, seu teatro político já havia fracassado e o poder de
mobilização do petista havia derretido totalmente. Ninguém mais estava disposto
a ir para as ruas ou mesmo para as Redes Sociais para defendê-lo.
Por fim, Lula passou a lançar mão de
expedientes estratégicos, reservados para serem usados em último caso.
Contratou advogados de peso, como o ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence, e
apostou no jogo de influência e na
pressão sobre ministros do Supremo. Foram enviadas verdadeiras romarias de petistas, aliados políticos e
advogados ao STF para pressionar a presidente da Corte e outros membros do
colegiado. Alguns, mas afoitos, até que chegaram a propor alguma solução para
livrar o petista da cadeia. Mas até o momento, as peregrinações fracassaram.
Nesta quarta-feira (14) a defesa do
petista protocolou mais um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). A
solicitação é para que o ministro Edson Fachin reconsidere a decisão liminar
que negou o habeas corpus de Lula, e suspenda a ordem de prisão contra o ex-presidente
até que as ações que discutem prisão após condenação em segunda instância sejam
discutidas no plenário.
Tanto Fachin quanto a ministra Cármen
Lúcia já se manifestaram contrários a qualquer iniciativa que venha a minimizar
o desespero de Lula e de seus subordinados. Apesar das sucessivas negativas, LULA SE HUMILHA E
TENTA DE TODAS AS FORMAS EVITAR A PRISÃO após analisados os últimos recursos no
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou o petista a 12
anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O DESESPERO DA DEFESA DO PETISTA
EVIDENCIA O FRACASSO DE SUA ESTRATÉGIA. A última solicitação requer que,
caso Fachin não atenda a esses pedidos,
a defesa pede que o ministro leve o habeas corpus para análise de mérito da
Segunda Turma do STF, e retire a responsabilidade do plenário.
Em último caso, os advogados Sepúlveda
Pertence e Cristiano Zanin Martins requerem que Fachin coloque o habeas corpus
em mesa, o que faria o plenário analisar o pedido sem que a presidente paute. Algo
completamente improvável de acontecer. Sepúlveda e Zanin fizeram plantão no
plenário do Supremo, enquanto ocorria a sessão ordinária desta quarta-feira
(14). Acabada a sessão, os advogados pediram para falar com o ministro Fachin.
O ministro ouviu os advogados, que
avisaram sobre os novos pedidos formulados. Sepúlveda e Zanin, na petição feita
hoje, também mencionam a divulgada iminência do julgamento dos recursos finais
de Lula no TRF-4.
"Com isso, maduro esse processo e
iminente a prisão do paciente -- as notícias são de que se dará em 26 deste
mês, quando seus embargos de declaração serão julgados no TRF-4", diz o
pedido feito hoje a Fachin.
"Agora é esperar o pronunciamento do
ministro Fachin", disse Zanin. Sepúlveda frisou que ministro pode levar o
caso à mesa, independentemente da pauta. Sepúlveda, ao ser questionado quais
seriam os próximos passos caso a nova estrategia da defesa não tenha efeito,
disse: "NÃO SEI".
Bem. É isso. Estes são os últimos
episódios da fantástica trajetória do ex-presidente Lula, desde que veio com a
família para São Paulo anos atrás como um retirante nordestino sem eira nem
beira. O PETISTA CHEGOU AO CARGO MAIS ALTO DA NAÇÃO
POR CAMINHOS TORTUOSOS, ILÍCITOS E VERGONHOSOS, MAS CHEGOU. TEVE A CHANCE DE ENTRAR PARA A HISTÓRIA COMO UM EXEMPLO PARA O PAÍS, MAS
PREFERIU CONTINUAR TRILHANDO O CAMINHO DA ESPERTEZA, DA CORRUPÇÃO, DA GANÂNCIA,
DA SOBERBA E DA CRENÇA IRREDUTÍVEL NA IMPUNIDADE. DEU NO QUE DEU. O
FIM HUMILHANTE DE LULA COMO HOMEM PÚBLICO ESTÁ PRÓXIMO. SEU DESTINO, COMO UM
CRIMINOSO COMUM, É UMA CELA DE PRISÃO. – Fonte: Imprensa Viva -
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