quarta-feira, 12 de abril de 2017

Amigo é coisa para se guardar / No lado esquerdo do peito...



Ricardo Noblat

Em depoimento, ontem, ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, o empresário Marcelo Odebrecht disparou alguns petardos contra Lula, Dilma e o PT que se não forem mortais para eles, estão destinados pelo menos a causar graves estragos. Em resumo, ele disse:
* REPASSOU R$ 4 MILHÕES E MAIS R$ 8 MILHÕES AO INSTITUTO LULA PARA A COMPRA DO TERRENO ONDE ELE SERIA CONSTRUÍDO;

* BRANISLAV KONTIC, EX-ASSESSOR DE ANTONIO PALOCCI, RECEBEU R$ 13 MILHÕES EM DINHEIRO VIVO QUE FORAM ENTREGUES A LULA;

* A PEDIDO DE GUIDO MANTEGA, MINISTRO DA FAZENDA, DESTINOU R$ 50 MILHÕES EM PROPINA PARA A CAMPANHA À REELEIÇÃO DE DILMA;

* LULA ERA O “AMIGO” NA PLANILHA DE PROPINAS MILIONÁRIAS DA EMPREITEIRA. PALOCCI, O “ITALIANO”. MANTEGA, O “PÓS ITÁLIA”.

* MARCELO VIAJOU AO MÉXICO PARA SE REUNIR COM DILMA E AVISÁ-LA DE QUE O PAGAMENTO NA SUÍÇA AO MARQUETEIRO JOÃO SANTANA PODERIA “CONTAMINAR” A CAMPANHA DELA À REELEIÇÃO.

Foram duas horas de depoimento. E foi a primeira vez que Marcelo respondeu a perguntas feitas por Moro. Da vez anterior que esteve frente a frente com o juiz, Marcelo preferiu ficar calado. Mais tarde, foi condenado a 19 anos de cadeia. Então negociou a delação premiada e começou a “cantar”.
O que Marcelo contou a Moro deverá ser aproveitado em alguns ou em todos os cinco processos a que Lula responde em Curitiba. No próximo dia 3, Lula será ouvido no processo que investiga a suposta compra de um tríplex na praia do Guarujá, em São Paulo, reformado de graça pela construtora OAS.


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