Ricardo Noblat
Em
depoimento, ontem, ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, o empresário Marcelo
Odebrecht disparou alguns petardos contra Lula, Dilma e o PT que se não forem
mortais para eles, estão destinados pelo menos a causar graves estragos. Em
resumo, ele disse:
*
REPASSOU R$ 4 MILHÕES E MAIS R$ 8 MILHÕES AO INSTITUTO LULA PARA A COMPRA DO
TERRENO ONDE ELE SERIA CONSTRUÍDO;
*
BRANISLAV KONTIC, EX-ASSESSOR DE ANTONIO PALOCCI, RECEBEU R$ 13 MILHÕES EM
DINHEIRO VIVO QUE FORAM ENTREGUES A LULA;
*
A PEDIDO DE GUIDO MANTEGA, MINISTRO DA FAZENDA, DESTINOU R$ 50 MILHÕES EM
PROPINA PARA A CAMPANHA À REELEIÇÃO DE DILMA;
* LULA ERA O
“AMIGO” NA PLANILHA DE PROPINAS MILIONÁRIAS DA EMPREITEIRA. PALOCCI, O
“ITALIANO”. MANTEGA, O “PÓS ITÁLIA”.
*
MARCELO VIAJOU AO MÉXICO PARA SE REUNIR COM DILMA E AVISÁ-LA DE QUE O PAGAMENTO
NA SUÍÇA AO MARQUETEIRO JOÃO SANTANA PODERIA “CONTAMINAR” A CAMPANHA DELA À
REELEIÇÃO.
Foram
duas horas de depoimento. E foi a primeira vez que Marcelo respondeu a
perguntas feitas por Moro. Da vez anterior que esteve frente a frente com o
juiz, Marcelo preferiu ficar calado. Mais tarde, foi condenado a 19 anos de cadeia.
Então negociou a delação premiada e começou a “cantar”.
O
que Marcelo contou a Moro deverá ser aproveitado em alguns ou em todos os cinco
processos a que Lula responde em Curitiba. No próximo dia 3, Lula será ouvido
no processo que investiga a suposta compra de um tríplex na praia do Guarujá,
em São Paulo, reformado de graça pela construtora OAS.
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