quarta-feira, 19 de abril de 2017

ODEBRECHT EXECUTOU REFORMA NO SÍTIO DE LULA




DELATOR DIZ QUE AJUDOU ADVOGADO DE LULA A OCULTAR QUE ODEBRECHT EXECUTOU REFORMA DE SÍTIO EM ATIBAIA E DIZ TAMBÉM  QUE COMPROU COFRE PARA GUARDAR DINHEIRO DA OBRA NA PROPRIEDADE FREQUENTADA PELA FAMÍLIA DE LULA; INSTITUTO LULA AFIRMOU QUE "O SÍTIO NÃO É DE PROPRIEDADE DO EX-PRESIDENTE".


Responsável pela obra do sítio de Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o engenheiro civil Emyr Costa contou à Procuradoria Geral da República (PGR) que ajudou a elaborar um contrato falso para esconder que a Odebrecht havia executado a reforma da propriedade rural. Costa relatou ainda que comprou um cofre para guardar R$ 500 mil repassados, em espécie, pela empreiteira para executar a obra.

O sítio está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva. No entanto, os investigadores da Lava Jato dizem que há indícios de que a propriedade pertenceria ao ex-presidente da República e de que a escritura apenas oculta o nome do verdadeiro dono. Em janeiro, a Polícia Federal pediu ao Ministério Público Federal para prorrogar o prazo de encerramento do inquérito que investiga o caso. O Instituto Lula afirmou que "o sítio não é de propriedade do ex-presidente".  "SEUS DONOS JÁ PROVARAM TANTO A PROPRIEDADE QUANTO A ORIGEM LÍCITA DOS RECURSOS QUE UTILIZARAM NA COMPRA DO SÍTIO", diz a nota.

Segundo Costa – que atuava como engenheiro da Odebrecht Ambiental –, ele usou o dinheiro para pagar, semanalmente, a equipe de engenheiros e operários e os materiais de construção da reforma do sítio. Emyr Costa contou detalhes da obra em depoimento de delação premiada com o Ministério Público. Ele é um dos 78 executivos e ex-dirigentes da empreiteira que fizeram acordo com a PGR para relatar irregularidades cometidas pela construtora em troca de eventual redução de pena. Em um dos trechos do depoimento de 32 minutos à PGR, O ENGENHEIRO EXPLICOU AOS PROCURADORES COMO AUXILIOU O ADVOGADO ROBERTO TEIXEIRA – AMIGO DO EX-PRESIDENTE – E O EX-DIRIGENTE DA ODEBRECHT ALEXANDRINO ALENCAR A REDIGIR UM CONTRATO FALSO PARA MAQUIAR O ENVOLVIMENTO DA CONSTRUTORA NA REFORMA DO SÍTIO. Conforme o delator, na reunião com Teixeira e Alexandrino, ele informou que as despesas da obra seriam pagas em dinheiro vivo e que seria subcontratada uma empreiteira menor para executar o serviço.


Em meio à conversa, destacou Costa, Roberto Teixeira sugeriu que o engenheiro procurasse o empreiteiro para elaborar um contrato de prestação de serviços em nome do proprietário que aparece na escritura do imóvel, FERNANDO BITTAR. Diante da proposta do advogado, contou o delator, ele próprio sugeriu que fosse colocado no contrato um valor inferior aos R$ 700 mil que foram gastos na obra. Emyr Costa explicou que decidiram definir que a reforma havia custado R$ 150 mil para que ficasse compatível com a renda de Bittar.  "EU FUI LÁ PARA QUE NÃO APARECESSE QUE FOI FEITO PELA ODEBRECHT EM BENEFÍCIO DE LULA. VAI LÁ E FAZ UM CONTRATO ENTRE BITTAR E CARLOS RODRIGO DO BRATO, QUE TEM UMA CONSTRUTORA E, NESSE MESMO OBJETO, EU DECLAREI: SAUNA, COLOCA UM VALOR ATÉ MAIS BAIXO PARA SER COMPATÍVEL COM A RENDA DO BITTAR", observou Costa. "A GENTE COLOCOU MAIS BAIXO QUE OS 700 MIL [REAIS]. COLOCAMOS 150 MIL E EU FIZ O CONTRATO PESSOALMENTE, MARQUEI UMA REUNIÃO, LEVEI O CONTRATO, PEDI PARA ELE ASSINAR E EMITIR UMA NOTA NO VALOR DO CONTRATO. ELE ME DEVOLVEU E EU E EU VOLTEI UM DIA ANTES PARA O SENHOR ROBERTO TEIXEIRA EU FUI SOZINHO E ME REGISTREI NOVAMENTE NA PORTARIA", complementou.



COFRE


Emyr Costa afirmou que foi destacado para coordenar a obra do sítio no final de 2010 em uma conversa com o executivo Carlos Paschoal, responsável pelas operações da Odebrecht em São Paulo. Segundo o engenheiro, à época ele comandava os projetos de saneamento da construtora entre São Paulo e São Caetano do Sul, município do Grande ABC. Ele explicou à PGR que a Odebrecht entregou a ele R$ 500 MIL EM ESPÉCIE PARA QUE ELE ADMINISTRASSE A REFORMA DO SÍTIO. O delator disse aos procuradores que nunca tinha visto tanto dinheiro vivo. A cifra elevada fez com que ele decidisse COMPRAR UM COFRE PARA GUARDAR O DINHEIRO. Costa destacou que, todas as semanas, SACAVA R$ 100 MIL DO COFRE para entregar à empresa subcontratada para fazer a reforma.

“EU PEGUEI TODA INFORMAÇÃO E MOSTREI PARA CARLOS PASCHOAL E DISSE QUE ERA NECESSÁRIO 500 MIL [REAIS]. ELE ME AUTORIZOU A COMEÇAR O TRABALHO E DISSE QUE IA ENTREGAR O DINHEIRO ATRAVÉS DESSA EQUIPE DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS. ELE PEDIU PARA LIGAR PARA A SENHORA MARIA LÚCIA SOARES. EU NUNCA TINHA FEITO UMA OBRA DESSA NATUREZA E COMPREI UM COFRE. SEMANALMENTE, EU ENTREGAVA R$ 100 MIL. EU RECEBI ESSE DINHEIRO EM ESPÉCIE”, contou o delator.

"[Paschoal] me disse que era para eu destacar um engenheiro de confiança para mandar até o apartamento do Lula e fosse até o sitio de Atibaia fazer umas reformas. Essa reunião foi na construtora", disse Emyr Costa aos procuradores, ressaltando que ouviu de seu chefe que a propriedade também era utilizada por Lula.


REFORMA


O engenheiro contou no depoimento que a reforma do sítio de Atibaia incluiu a construção de uma CASA PARA OS SEGURANÇAS da Presidência da República que atuavam na equipe de Lula, SUÍTES NA CASA PRINCIPAL, DUAS ÁREAS DE DEPÓSITOS PARA ADEGA e QUARTO DE EMPREGADA, SAUNA, CONSERTO DE VAZAMENTO DA PISCINA e CONCLUSÃO DE UM CAMPO DE FUTEBOL.

Dono da Odebrecht, o empresário Emilio Odebrecht afirmou em depoimento, no acordo de delação premiada, que A REFORMA DO SÍTIO DE ATIBAIA CUSTOU À CONSTRUTORA CERCA DE R$ 700 MIL. Emílio afirmou, ainda, que a propriedade sempre foi tratada dentro da empresa como se pertencesse ao ex-presidente da República. Segundo o empresário, FOI A EX-PRIMEIRA-DAMA MARISA LETÍCIA QUEM PEDIU AJUDA PARA CONCLUIR AS OBRAS, que já estavam em andamento no sítio. O pedido, relata Emílio, foi feito em 2010, no último ano do segundo mandato de Lula na Presidência da República.

No ano passado, o instituto já havia se pronunciado sobre o sítio, afirmando que o ex-presidente frequenta o local desde que encerrou o mandato (em 2011); que o sítio pertence a "AMIGOS DA FAMÍLIA"; e que "A TENTATIVA DE ASSOCIÁ-LO A SUPOSTOS ATOS ILÍCITOS TEM O OBJETIVO MAL DISFARÇADO DE MACULAR A IMAGEM DO EX-PRESIDENTE". - Fonte: G1 -


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - BANDIDO NÃO DÁ E NEM PASSA RECIBO DO ROUBO... 


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