O ex-presidente Lula visitou o sítio de Atibaia mais de 250 vezes, desde que deixou a Presidência em janeiro de 2011 até o início a Operação Lava Jato, quando começaram a surgir as primeiras as evidências de um esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro empregados na reforma e ampliação da propriedade, no interior de São Paulo.
Segundo Lula, o sítio é de um amigo dele. No entanto, foi para lá que levou boa parte de sua mudança de Brasília, ao fim de seu segundo mandato, como a coleção de bebidas transportada em dois caminhões climatizados.
A juíza substituta Gabriela Hardt, que ocupa o lugar do juiz Sérgio Moro no comando da 13.ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, interroga segunda-feira (5), dois réus do processo do sítio de Atibaia, no qual o ex-presidente Lula figura como réu, acusado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz Sérgio Moro afastou-se das atividades na Lava Jato logo após ter aceito o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o futuro ministério da Justiça e Segurança Pública.
Gabriela Hardt é considerada mais linha dura que o próprio Moro. O empresário Marcelo Odebrecht, que já afirmou que as reformas no sítio foram feitas para beneficiar o ex-presidente Lula, também quer depor nesta segunda-feira. O executivo está em Curitiba para resolver problemas técnicos com sua tornozeleira eletrônica.
O ex-presidente Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos dele. O interrogatório do petista está marcado para 14 de novembro, quarta-feira. Essa é uma das últimas fases do processo. Depois, os réus e o Ministério Público apresentam as alegações finais e, por fim, o juiz dá a sentença. A juíza Gabriela Hardt acaba já negou no início da tarde um pedido de Cristiano Zanin, advogado de Lula, que queria adiar a audiência de hoje. - Imprensa Viva -
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