terça-feira, 6 de novembro de 2018

O BRASILEIRO MAIS QUERIDO DESSES ÚLTIMOS 518 ANOS DIZ: "Eu sou um homem da lei"...




Ciente de sua responsabilidade como ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro voltou a se manifestar sobre os comentários maldosos sobre sua decisão de abandonar a magistratura para assumir um cargo no governo de Jair Bolsonaro. O homem que comandou a Lava Jato por mais de quatro anos e colocou o ex-presidente Lula na cadeia afirmou nesta segunda-feira (5), que não descumpriu a promessa que fez de não ingressar na política ao aceitar o cargo de ministro. Moro, como a maioria dos membros do Judiciário, informou que considera o posto predominantemente técnico.

"Não pretendo jamais disputar um cargo eletivo”, afirmou numa palestra em Curitiba na noite desta segunda. “Eu sou um homem da lei. Também achei que minha participação poderia contribuir para afastar esses receios infundados”, afirmou Sérgio Moro.

Sua ida para o ministro da Justiça e Segurança Pública incomodou diversos setores da política e imprensa. Alvo de ataques durante os mais de quatro anos em que comandou os processos da Lava Jato, Moro não se permitiu intimidar por críticas ao aceitar o desafio de assumir a pasta da Justiça, abrindo mão de uma carreira segura na magistratura.

Durante a palesta, Moro lamentou sua saída da magistratura, após 22 anos de carreira, mas disse que aceitou a indicação para o cargo no Executivo porque considera que poderá avançar em pautas anticorrupção e contra o crime organizado. Como ministro, Moro informou que já está elaborando projetos nesse sentido para encaminhar ao Legislativo a partir de janeiro.

Os ataques dos detratores de Moro não se sustentam por uma série de razões. Entre elas, está a disposição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de indicar nomes técnicos para os ministérios. Logo, a indicação de Moro não tem nenhuma relação com a política. Até mesmo por que o juiz não possui filiação partidária ou tinha vínculos políticos com o presidente eleito. Moro é um técnico indicado para um cargo técnico.

Apesar de refutar qualquer aspiração eleitoral, Moro disse que considera a política a mais "nobre" das profissões, mas que há pessoas com vocação para exercê-la.

“Eu confesso que o meu objetivo não é me tornar propriamente um político no sentido de perseguir cargos eletivos, mas penas realizar um trabalho técnico dentro do Ministério”, ressaltou, dizendo que vai procurar o diálogo com as demais instituições, principalmente o Legislativo.

Sob o ponto de vista de seu potencial, Moro não teria qualquer chance de avançar com seu trabalho de forma mais contundente como um simples juiz de primeira instância. É justamente isto que apavora dezenas de investigados, representantes do PT e outros elementos que não foram alcançados pelos braços da Lei. Moro é o brasileiro que melhor simboliza a esperança da sociedade quanto ao combate à impunidade.

"Nós podemos, ao invés de ter o retrocesso, avançar.”, afirmou Moro sobre as possibilidades concretas de contribuir para o fortalecimento do combate à corrupção e ao crime organizado no Ministério da Justiça. - Imprensa Viva - 



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