O ex-presidente Lula bem que tentou dar uma de esperto durante seu interrogatório em Curitiba esta semana, mas acabou se complicando. Logo no início da oitiva, o petista deu uma de interrogador e indagou a magistrada se ele era ou não o dono do sítio em Atibaia, algo completamente fora de questão. Lula não é acusado de ser ou não ser o dono de nada, mas sim de ter sido beneficiário de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o repasse ao petista de vantagens indevidas por meio de reformas no referido sítio.
Após levar uma dura histórica da juíza Gabriela Hardt, que lembrou o petista que quem fazia perguntas ali era ela, Lula ainda tentou desconversar sobre as obras estimadas em mais de R$ 1 milhão feitas no sítio pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, e pelo seu amigo, José Carlos Bumlai.
A magistrada colocou o advogado Cristiano Zanin. numa situação delicada, a questioná-lo se o cliente tinha conhecimento do que era acusado. Mais adiante, Lula tentou novamente se esquivar das acusações concretas que pesam contra ele no processo, insinuando que era acusado de ser o dono do sítio.
Em dado momento, o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, resolveu acuar Lula e seus advogados, sugerindo que a defesa do petista não estava sendo eficiente no sentido de instruir o próprio cliente sobre as acusações que pesam contra ele e sugeriu que recorressem à defensoria pública (advogados gratuitos garantidos aos mais necessitados).
Ao perceber que havia criado uma situação da qual não saberia como se desvencilhar, Lula pediu licença para ir ao banheiro.
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