Por Altamir Pinheiro
Se já não bastasse os loteamentos clandestinos, Garanhuns
está empestada de loteamentos irregulares. Os clandestinos são as invasões
desordenadas por um aglomerado ou entulhos de seres humanos que sobrevivem do
Bolsa Família que a gente chama de
gente. Já os LOTEAMENTOS IRREGULARES são
aqueles que possuem o projeto de parcelamento aprovado, porém
está em desacordo com as exigências físicas, jurídicas ou administrativas. E
quem são os culpados por tamanha desarrumação?!?!?! Claro que é a Prefeitura em conluio ou
panelinha com a Câmara de Vereadores.
A preocupação com a construção de loteamentos irregulares,
bem como, com a responsabilidade que a prefeitura de Garanhuns deveria ter frente às consequências negativas que atingem
pessoas que adquirem seu lote de construção é deveras preocupante. A omissão do
município diante da construção de loteamentos irregulares é algo corriqueiro
nos arredores de Garanhuns. A cidade está poluída de verdadeiras gangs imobiliárias que vêm de fora e através de amizades, esquemas e o
diabo a quatro conseguem se estabelecer
e criar um caos futurista.
Fatores como especulação e carência imobiliária acabam
gerando a proliferação dos loteamentos irregulares. Esses loteamentos são
construídos em locais em que não existe estrutura e que são ilícitos para
atividade imobiliária. Além da questão jurídica que está envolvida há que se
destacar que esses loteamentos em grande parte dos casos causam grandes danos
ao meio ambiente. Um tema delicado que exige um olhar mais preocupado por parte
das autoridades.
Como esses loteamentos não têm autorização ou
fiscalização rígida são feitos usando
uma variedade infindável de técnicas de terraplanagem e afins o que pode causar
diversos danos ao meio ambiente e principalmente ao solo e destruindo,
obstruindo ou entupindo por completo as veias d’águas que circundam em nossos
outrora abundantes lençóis
freáticos. Outra questão que merece a
nossa atenção é com certeza a falta de condições mínimas sanitárias o que acaba
resultando no descarte de detritos sólidos e esgotos nos rios, açudes e riachos
circunvizinhos.
Para atender a intensa demanda de grandes e pequenos
empreendimentos imobiliários geridos por empresários inescrupulosos picados
pela mosca azul da ganância desenfreada, vão se abrindo cada vez mais espaços
para condomínios, e bairros de classe
média baixa em locais tradicionalmente ocupados pela população mais pobre, os
chamados “PÉS DE POEIRA”, que vai sendo
deslocada para áreas desprovidas de
qualquer infraestrutura, como água
tratada, luz adequada, esgoto, escola, e serviços de saúde e de
transporte. Quer dizer, a cada dia que passa o pobre dana-se a morar lá pras
bandas da caixa prego onde o cão perdeu
as botas.
Recentemente, numa calorosa discussão no plenário da Câmara
no tocante à peleja verbal de um
empreendimento imobiliário aprovado a toque de caixa o pau cantou na casa de
Noca!!! Eis os adjetivos pejorativos ou frases soltas usadas por um vereador
em plenário, totalmente revoltado pela pressa de seus pares em aprovarem
um tal loteamento nas cercanias de Garanhuns:
cruzeta, irregularidade, crime contra o meio ambiente, projeto errado,
dúvidas não sanadas, falhas graves e aprovação dos vereadores por alguns
interesses estranhos. Só faltou mesmo o
vereador usar os termos PROPINA e SUBORNO, pois de resto saiu de um
tudo, pois este foi o linguajar do vereador que já tinha pedido vista para melhor
analisar o suspeito empreendimento imobiliário.
A podridão que ronda ou que está por trás
das tais licitações ou de aprovação de loteamentos pelo brasilsão afora é de
causar calafrios... Vulgarizou-se... Puxa-se uma pena vem um galinheiro... No
caso do loteamento irregular, geralmente quem paga o pato é o meio ambiente, a
famosa mãe natureza. A construção de loteamentos irregulares e a
responsabilidade solidária do município têm se tornado um tema de extrema
relevância. É preciso que o Ministério Público acorde pra Jesus e use o manto
sagrado da justiça para afugentar essas lobas famintas conhecidas por gangs
imobiliárias ou então exigir que elas se
enquadrem nos ditames da lei. Do contrário, a vigarice, o oportunismo e a
ganância vão ou já estão se multiplicando em escala geométrica.
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