terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A morte do PT. Humberto Costa pega na alça do caixão

























Por Zezinho de Caetés

E mais uma semana começa. Pelo menos para nós que só começamos às terças-feiras. Mesmo assim não menos alegre do que no final de semana com a confissão do Humberto Costa de que o PT morreu, que ainda repercute no meio político.

Ontem, vi o Senador Cristovão Buarque falando da tribuna do Senado, do gesto de coragem do nosso senador. Ele dourou um pouco a pílula, mas, vá lá, nós concordamos que foi um gesto de coragem, mas, daqueles em que você está no meio de uma selva, perdido, e aparece um leão querendo lhe comer, e você, apenas usa o que tem à mão para mata-lo.

No fundo, no fundo, ele estava era se “borrando” de medo, e quando viu que não há mais chance para petista nenhum, pois será difícil, em 2018, alguém apertar o 13 na urna, ele agora quer que o PT peça perdão, pelos crimes que cometeu.

O Tarso Genro, lá do Rio Grande do Sul, também está nesta jogada de purificar o PT. Li até o que querem fazer com a ex-presidenta incompetenta, a Dilma, lançando-a como candidata a governadora do Estado. Pensamos que ele pensa que os gaúchos são burros. O mesmo pensaria Humberto se se candidatasse aqui a governador, aqui em Pernambuco. Purificar o PT é como querer transformar aquele petróleo com que Lula melou seus 9 dedos em água mineral.

Continuando com o Humberto Costa, o que ele disse na entrevista a Veja, já seria motivo para sua condução coercitiva para explicar à justiça quem foi que roubou no PT. Eu sei que ele diria que foi a Gleisi Hoffman ou o Lindberg Farias, mas, estes já estão mais encalacrados do que o Lula. Ele teria que levar até “selfies” dele afanando o erário junto com o Lula para que fosse beneficiado num acordo de delação premiada.

Pensamos que isto ainda não aconteceu porque a PF está sobrecarregada tentando mostrar que a Dilma, o Lula e o Mercandante quiseram obstruir o trabalho de justiça, naquele episódio em que a Dilma o nomeou Ministro da Casa Civil com o único objetivo de salvá-lo das garras do Sérgio Moro. Ainda me lembro da cena patética do Lula descendo uma rampa no Palácio do Planalto, com a cara de quem pensa: “Onde eu fui amarrar meu jegue!?”.

E estava lendo agora que esta história de usar a nomeação para ministro, e que agora o Temer usou com o Moreira Franco para se livrar das instâncias inferiores da justiça, usando a excrecência do Foro Privilegiado, não é nova não.

Conta-se que o Zé Dirceu foi visto, em priscas eras, quando ainda era o potentado da República, aos brados no Palácio do Planalto dizendo que o Henrique Meirelles deveria ter status de ministro, para pegar o foro. Como todos sabemos o Meirelles foi tão importante para o governo Lula quanto está sendo para o Temer agora. Fizeram a operação rapidinho e o Meirelles virou ministro.

Então hoje, quando você escutar um petista falando do caso Moreira “angorá” Franco, pergunte pelo Meirelles. No entanto, sabemos que o PT nunca primou pela coerência, e o Lula é o campeão das idas e vindas ideológicas, por motivos que fogem totalmente a princípios, nesta área.

Enfim, são tantas as emoções desta semana, que talvez o gesto do Humberto Costa seja esquecido, como soe acontecer neste país. Hoje, será a sabatina do Alexandre Moraes para ser nomeado ministro do STF. Imperdível. Dizem que o PT prepara milhares de dossiês para desqualificar o candidato. Mas, com que roupa este partido pode se opor a isto depois de terem nomeado o Toffoli?

Não quero dizer que nenhum dos dois sejam incapazes de assumir a cadeira do Teori Zavascki, mas, pelo menos, respeitemos os mortos com um pouquinho de coerência. Este é o PT que o Humberto quer. Com coerência e princípios e dizendo “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!”, e deixar o Alexandre morrer pela boca, como sempre tentou.



Só para concluir, eu diria que, segundo o Humberto, o PT morreu e esqueceu de deitar. Vamos fazê-lo deitar em 2018, para o bem do Brasil. Pelo menos senador petista de Pernambuco será coisa do passado. E pelo que vemos de movimento de fuga no Senado, até 2018, só teremos no PT a Gleisi e o Lindberg. Não porque não queiram sair, mas, porque não tem para onde


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