JORGE OLIVEIRA
Barra de S. Miguel,
AL - Falar do Eike Batista aqui é chover no molhado. Todo mundo já falou. Filho
do mineiro Eliezer, um dos executivos mais importantes na ditadura militar,
herdou do pai o mapa geológico do Brasil e virou bilionário da noite para o dia.
Eliezer, na era militar, dava as cartas no setor de minas (Vale do Rio Doce)
que dominou durante mais de trinta anos. O filho só começou a ser notado, com o
fim da ditadura, depois do primeiro bilhão de dólares. Dai para frente, a sua
excentricidade e a companhia de mulheres bonitas e badalas do jet-set carioca,
atraiu a mídia e o levou ao mundo fértil da futilidade. Sua primeira mulher,
Luma de Oliveira, chegou a desfilar, em 1998, seminua, de coleira com o seu
nome, no Sambódromo, para o delírio do maridão que passava um recado aos
mortais de que tinha a posse absoluta da bonitona.
Eike, que já era
rico, ficou bilionário no governo do PT. Luciano Coutinho, o ex-presidente do
BNDES escancarou os cofres do banco para que ele investisse em todas as áreas de
infraestrutura. Tornou-se o rei do Rio – e do Brasil - ao se aproximar do
ex-governador Sérgio Cabral, com quem manteve uma amizade promíscua e corrupta
com o dinheiro público. O Midas fazia caridade com o dinheiro do contribuinte,
uma espécie de filantropia para quem enchia os bolsos com empréstimos
subsidiados do BNDES e de outros bancos oficiais. Agora, o barco afundou de
vez. Preso e humilhado, só tem um caminho: ABRIR O BICO.
Se o Cabral já vive
o seu inferno astral, com a delação de Eike nada mais vai sobrar dele. É
provável que mofe na cadeia durante muito tempo. E pelo andar da carruagem o
futuro lhe reserva dias difíceis porque todos os seus bens serão
indisponibilizados para ressarcir os cofres públicos. Quanto a Lula, o chefão
de toda essa organização criminosa, dificilmente deixará de ser citado por Eike
como seu principal aliado no desvio dos recursos públicos. Coutinho, que até
então mantém-se longe dos holofotes, ainda terá que explicar os bilhões que
saíram do BNDES para a conta de Eike e nunca mais voltaram.
Na verdade, o que
houve no governo petista foi uma orgia financeira para manter o partido no
poder por mais vinte anos. A organização criminosa consistia em distribuir
recursos, fraudar licitações e enviar dinheiro para o exterior para alimentar o
caixa da quadrilha que iria alimentar as campanhas do PT e dos seus aliados.
Por isso é que as digitais dos empresários beneficiados estão em todas as
campanhas políticas e em quase todos os políticos agora delatados por Marcelo
Odebrecht e seus executivos.
Eike Batista é um
desses personagens do grupo mafioso que de uma hora para outra se transformou
em um dos sete homens mais rico do mundo, enquanto a economia brasileira
entrava no caos pelas mãos de Lula e Dilma. Enquanto o dinheiro era surrupiado
dos cofres públicos para alimentar a ganância das empreiteiras e dos empresários
aliados a esses políticos corruptos, a recessão econômica comia os EMPREGOS
. Hoje, mais de 12 milhões de trabalhadores estão
desempregados. Nesse triste mutirão não estão os petistas. Muitos ainda
trabalham no governo, outros ocuparam cargos no Congresso Nacional no acordo
para eleger os “golpistas” e os demais estão acomodados nos sindicatos as
custas da contribuição dos trabalhadores.
Como era de esperar
sobrou para o povão. Os desempregados não têm nem o que comer. E os que estão
no subemprego mal recebem para alimentar a família. Não à toa, muitos deles vão
para as portas dos presídios esperar os políticos e empresários denunciados
pela Lava Jato. Com cartazes de protesto, eles xingam todos de ladrões e
canalhas, pois têm consciência de que esses senhores tiraram seus empregos e a
comida da boca dos seus filhos.
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